quarta-feira, 24 de novembro de 2021

Bolinhas de cenoura e coco um doce de dieta!

 Eu poderia chamar esse docinho de “engana criança”, já que vai fazer a molecada pensar em festinha de aniversário.

Parecem beijinhos de coco, mas têm como ingrediente principal as cenouras deliciosas e saudáveis.

Como não vai leite condensado, você pode trocar o açúcar por adoçante culinário e terá o mesmo resultado.

O principal é comer um docinho que vai matar a vontade de festa de aniversário comendo uma guloseima saudável.

Ingredientes

150 g de cenoura cozida, escorrida e passada em purê

130 g de coco ralado

130 g de açúcar (uma colher se sopa rasa se for adoçante culinário)

 

Preparação

Misture todos os ingredientes de forma homogênea.

Leve à geladeira de um dia para o outro para endurecer.

Se ainda estiver muito macio e difícil de enrolar as bolinhas, ponha mais coco.

Faça as bolinhas e passe por coco ralado ou açúcar cristal.

Se quiser dar um ar festivo ponha em forminhas de papel e servir.


domingo, 21 de novembro de 2021

Será mesmo que somos vasculhados?


Cá estou eu novamente avaliando os algoritmos que dizem o que eu quero, penso ou faço.

Parece bobagem, já que todos dizem que estamos sendo analisados a cada segundo.

Então... Ou eu sou inanalisável ou os programas são escritos por rematados idiotas.

Senão vejamos:

Quem tem um celular android já viu as notícias enviadas pelo Google segundo seus interesses.

Pelo menos é o que deveria acontecer, só que não...

Toda hora vejo previsões do tempo de todos os locais, menos de onde eu vivo e estou.

Aí você vai ocultar e dizer que aquilo não interessa.

Eles perguntam o motivo e dão múltiplas escolhas, mas nenhuma se adequa à realidade:

“NÃO QUERO SABER DO CLIMA EM CABROBÓ DO NORTE”

Sério, as palavras destacadas nunca são adequadas a nada.

Antes que alguém pergunte, eu tenho uma lista de preferências salvas, mas nunca são levadas em consideração.


São como os processos dos sites de busca de emprego.

Você cadastra um currículo e o site deveria levar em conta, os cargos que você busca; experiência; habilidades etc.

Porque eu, aos 60 anos, com formação em comunicação social, estaria à busca de uma vaga de operador de empilhadeira?

Nunca trabalhei nem perto disso.

O que me leva a pensar sobre este blog e se há mesmo alguma maneira de atração nele.

A própria plataforma me diz se está ok ou não o texto.

Se as frases e palavras são adequadas... Mas, de acordo com o que ou quem?


Tenho um texto que eu brinco sempre, uma receita de panquecas americanas.

Já troquei a palavra-chave umas 30 vezes, mas o algoritmo continua a dizer que não é boa.

Quero só ver o que me vai dizer deste texto vazio.

Eu, por mim, continuarei a dizer para buscarem algo mais interessante no blog.

Sério! São mais de mil conteúdos. Tem que haver algo de interesse.

Dá uma busca e não deixe de clicar.

 

quinta-feira, 18 de novembro de 2021

Lima Barreto, o meu herói literário

 


Estamos na semana em que a República foi proclamada e a Consciência Negra deveria ser celebrada, mesmo que não tenhamos motivos para comemorar nem um nem outro.

Tinha várias postagens que ficarão pra depois, Lima Barreto é mais importante pra mim.

Por quê? Por ele ser um escritor que merece todas as honrarias.

Retratou não apenas seu tempo, porque as desigualdades que permanecem.

A exclusão, o preconceito, a violência causada pela cor de sua pele, tudo continua.

Em 2022 (dia 1º de novembro) fará 100 anos da morte deste jornalista e escritor afrodescendente.

Afonso Henriques de Lima Barreto, mais conhecido como Lima Barreto, foi o escritor pré-modernista mais relevante do país.

Publicou romances, sátiras, contos, crônicas e uma vasta obra jornalística em periódicos, revistas populares ilustradas e jornais anarquistas do início do século XX.

Nasceu no Rio de Janeiro em 13 de maio de 1881, sete anos antes da abolição da escravidão.


Negro e de origem pobre, começou a sua educação em casa, com a mãe, professora.

Era bisneto apenas de uma escrava traficada da África.

Não por suas próprias origens e nem pelos dissabores de viver sem mãe, que morreu quando ainda era menino.

Também teve de parar os estudos para ajudar a pagar as contas.

Ou pelo pai que tinha problemas psicológicos.

Talvez por tudo isso e muito mais, Lima Barreto produzia crônicas de costumes do Rio de Janeiro.

Retratou com fidelidade o preconceito racial e as injustiças sociais do Brasil.

Sua voz crítica ainda ecoa na nossa República, que não deixou de ser uma “Bruzundanga”.

Essa, aliás, é uma obra que destaco em meio a tantos alertas de Lima Barreto.

O "bota abaixo" e o “higienismo”

No Rio de Janeiro do início da República um dos fatos mais marcantes foi o fim da escravidão.

E como um problema que era, destacamos a falta eterna de capacidade de resolver qualquer questão.

Os negros foram jogados em um novo “navio negreiro”, sem poder voltar para a terra de onde foram arrancados.

Tampouco podiam viver na terra que construíram com seu sangue, porque na mente da maioria, eles ainda eram coisas.

Moravam onde podiam, e não apenas no Rio. Cortiços insalubres se multiplicavam.

Assim como os sem teto de hoje, sinônimos de atraso diante de uma modernidade que só alguns têm direito.

Nos tempos em que Lima Barreto começou a escrever suas obras, um serviço higienista executado pelo prefeito Pereira Passos deixou uma dívida de 8 milhões de libras esterlinas e colocou abaixo as velhas casas da capital federal.

Lima criou uma fictícia República dos Estados Unidos da Bruzundanga e disse que de ”uma hora para a outra, a antiga cidade desapareceu e outra surgiu como se fosse obtida por uma mutação de teatro. Havia mesmo na coisa muito de cenografia”.


Para ele a capital se dividiu entre uma parte europeia e outra indígena.

Nesta porção da cidade, viviam os negros, os nordestinos, os imigrantes latinos, enfim, gente pobre de todo o país.

A questão era esconder debaixo do tapete o desleixo dos privilegiados que nunca pensam que estão roubando mais e mais dos despossuídos.

O dano colateral da expulsão da classe trabalhadora de suas habitações foi a ocupação dos morros, mais próximos dos seus locais de labuta.

Assim as favelas passaram a fazer parte da paisagem urbana carioca, e só cresceram a cada exclusão.

Assim como os sem teto do centro de São Paulo e tantas outras cidades.

O que diria Lima Barreto vendo este país em chagas?

Vendo cada vez mais desigualdades? Pessoas catando lixo para comer?

Talvez tivesse vergonha, como eu tenho.

Não vergonha de que o “mundo” veja como somos atrasados.

Mas vergonha de ainda termos os mesmos problemas do início da República e piorados.

Para Lima, assim como para mim, não existe progresso se não houver inclusão e respeito.

As demolições e desapropriações criaram os desabrigados sem condições de arcar com os impostos e aluguéis.

Mais uma vez quem produzia não tinha o direito de adquirir o produto.

Esta é a vergonha meu povo.

Não ter nem o direito de se sustentar.

Acho que Lima Barreto diria agora que cansamos de apenas “sobreviver”, e que queremos “viver”.

A crise de moradia de 1905 só piorou.

Juntou-se a isso uma crise humanitária sem precedentes.

Fome, desemprego, doença, morte. Apocalipse?

Todos os dias é o apocalipse pra alguém.

Eu não chego aos pés de Lima Barreto, que nunca entrou na Academia de Letras.

Era anárquico demais para chá com fardão.  

Peço neste mês de Consciência Negra que não apenas se lembrem de Lima Barreto.

Transgridam esse governo genocida e conheçam sua obra.

Talvez a gente para de tentar higienizar e comece a resolver problemas.

 

segunda-feira, 8 de novembro de 2021

Vidas negras importam e as irmandades centenárias mostram isso


Não quero me aproveitar de novembro ser o mês da Consciência Negra para levantar lutas e heróis. Mas eu o farei. Por quê?

Por causa de gente que ainda não entendeu que toda a exclusão causou um mal que não será curado tão cedo.

Precisamos voltar a lutar.

Não é mais possível aguentar as mentes medíocres que falam demais por não ter nada a dizer.

E hoje usarei as centenárias irmandades de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos para lutar.

Essas irmandades foram meios de união diante da opressão e da indignidade da escravidão.

A escravidão que ainda existe

Vamos começar com alguns fatos.

Os portugueses invadiram as terras indígenas em 1500 e desde então escravizaram indígenas e africanos.

Por conta de intervenções jesuítas os indígenas foram meio que deixados de lado.


Criou-se o mito de que eram indolentes. Não são. Nunca foram.

Vamos trazer africanos, disseram os invasores!

E não “trouxemos”. Sequestramos, escravizamos e tratamos gente como se fosse mercadoria.

E isso durou até 1888. Lei Áurea, vocês lembram?

388 anos de servidão que foi terminada com uma canetada burocrática.

Muitos pensam nos “pobrezinhos dos senhores”, que tiveram que começar a pagar funcionários pra lavoura etc.

Mas ninguém pensou nas vítimas verdadeiras, que continuam a ser tratadas como coisas ainda hoje.

Da exclusão nasce a ordem do Rosário dos Pretos

Os africanos trouxeram toda uma cultura e religiosidade da África.

Comidas, danças, práticas religiões, tudo proibido pelo sinhô e a sinhá.

Escravos fizeram de tudo para manter alguma unidade.

Inclusive sincretizar seus orixás com santos católicos.

Mas, muitos se tornaram católicos procurando uma aceitação.

Foi assim que nasceram as Irmandades de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos.

Os negros não podiam frequentar as mesmas igrejas dos senhores e criaram as suas próprias.

A irmandade de Nossa Senhora do Rosário no Brasil

A primeira Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos, berço da irmandade, foi a de Olinda, em Pernambuco.

Ela foi fundada no final do século XVI e sua construção terminou no início do século XVII.

 E de lá as irmandades se multiplicaram no país, além das que relacionei abaixo.

1654 – Recife, PE

Meados do século XVII - Rio de Janeiro, RJ

1682 – Belém, PA

1685 – Salvador, BA

1708 - São João Del Rei, MG

1721 - São Paulo, SP


E é sobre esta última que quero falar um pouco mais.

A irmandade de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos de São Paulo completou 300 anos em 2021.

Ela ainda é o ponto de encontro e resistência do povo que formou esta nação.

A Irmandade paulistana sofreu ao ver sua primeira igreja, na Praça Antônio Prado, construída em 1725 com a arrecadação de doações e esforço dos malungos (irmãos), ser demolida para dar lugar a projetos de urbanização da Província.

Os negros mantiveram algum patrimônio ao redor dessa igreja.

Casas simples serviram para atividades religiosas, acolhimento dos alforriados e a administração da Irmandade, composta de diretoria e mesários.

Hoje a igreja está localizada no largo do Paissandu (aberta em 1906), mas mantém seu calendário com procissões, novenas e rezas do terço.

Para os negros, o objetivo da irmandade era ter um local onde poderiam cultuar livremente.

Era também o local de apoio para um povo que veio à força para esta terra, construída sobre o sangue deles, e sempre excluídos.

A reza, feita com rosários de contas de “Lágrimas de Nossa Senhora”, aliviava os sofrimentos infligidos pelos brancos.

Com seus três séculos de existência, a Irmandade do Rosário dos Homens Pretos é uma referência para movimentos de consciência negra.

Ela apresenta uma tradição religiosa que remonta aos tempos dos primeiros

escravos.

Hoje, esse estilo colonial permanece nas dependências da igreja que, por ser capela, está sob a jurisdição da paróquia de Santa Ifigênia.

No subsolo fica a mesa administrativa, onde os irmãos se encontram para a missa de domingo; confraternização e a distribuição mensal de cestas básicas.

No local há um acervo de pinturas, ilustrações, fotografias, imagens e documentos que trazem à lembrança os primeiros irmãos.

Todo ano há eleição para a diretoria da Irmandade, que exerce as atividades administrativas e pastorais da comunidade.

Também são escolhidos por voto os “festeiros”, o rei e a rainha, que auxiliam a diretoria na organização das festas de Nossa Senhora do Rosário (Outubro) e São Benedito (Março).


No primeiro domingo de outubro, festa do Rosário, a igreja tem missa solene, coroação de Nossa Senhora, almoço para a comunidade e irmandades de São Paulo, Santos e Rio de Janeiro.

O povo sai em procissão pelas ruas do centro, cantando; as crianças vestem-se de anjos; os irmãos e irmãs carregam os andores dos santos; o rei e a rainha as coroas, lembrança dos reisados e congadas.

Mesmo não sendo mais dançadas conforme os costumes, a irmandade resiste.

De apoio dos irmãos escravizados a apoio dos irmãos segregados, a Irmandade resiste.

Há 300 anos, e com a benção de São Benedito e de Nossa Senhora do Rosário.

terça-feira, 2 de novembro de 2021

Torta de finados

 


O nome não é atraente, mas fiz essa torta hoje (dia de finados), com várias coisas que estavam estorvando na geladeira.

Como sou uma reaproveitadora de sobras e tudo o mais...

Abracadabra! Torta de liquidificador!

Vou dar a massa básica e o recheio que eu fiz, mas isso varia de acordo com o que se tem de sobras na geladeira.

Ingredientes

Para a massa

Uma xícara de óleo

Dois ovos

300 ml de leite

Duas colheres de sopa de maisena

Uma xícara de farinha de trigo (mais ou menos)

Uma colher de fermento em pó

Uma pitada de sal

Para o recheio

Uma coxa com sobrecoxa assada cortada em pedacinhos pequenos

Meia xicara de azeitonas picadas

Meia xícara de vegetais congelados (cenoura, vagem, ervilhas)

Uma embalagem de 200 g de milho

Um alho amassado

Uma colher de sopa de molho barbecue (se preferir use catchup)

Uma colher de sopa de mostarda

Uma colher de sobremesa de maisena diluída em 150 ml de leite

Preparo

O recheio deve ser preparado antes para deixar esfriar.

Ponha todos os ingredientes na panela para dar uma refogada.

Misture o leite com maisena e mexa para engrossar.

Desligue e reserve.

Coloque os ingredientes da massa em um liquidificador e bata por uns 5 a 10 minutos.

Reserve.

Quando o recheio estiver frio, misture com a massa em uma tigela para ter recheio em toda a torta.

Despeje em uma assadeira de 30 cm redonda untada e enfarinhada.

Leve ao forno aquecido por cerca de 30 minutos, mas faça o teste do palito aos 25.

Se o seu forno estiver desregulado como o meu, a torta assa antes.

 

 

 

 

Duas vidas ou uma só basta?

Duas vidas ou uma só basta? : Não me lembro de quem foi que disse a frase: “deveríamos ter duas vidas, uma pra ensaiar e outra para represen...