sábado, 30 de janeiro de 2021

Bolo de abóbora da dona Leda


Ah o sábado! Dia de descansar, colocar as pernas para o ar, esquecer que o mundo existe, e dia de fazer feira. Hoje, na minha feira livre, tinha uns pedaços lindos de abóbora paulista, mas aí fiquei pensando: doce de abóbora de novo? Mas comprei mesmo assim.

Chegando em casa, depois de comer meu pastel de queijo, fui dar uma olhada nos cadernos de receitas da minha mãe, e eis que vejo, na caligrafia linda que minha mãe tinha: “bolo de abóbora”. Viva!!! Resolvi mandar brasa, e ficou lindo, cheiroso e delicioso.

Façam e tirem a teima!

Ah! Dona Leda era minha mãe, que sempre cozinhava com amor! 

Ingredientes

1 kg de abóbora descascada e sem sementes (usei abóbora paulista)
5 ovos
300 g de açúcar
100 g de margarina derretida (pode deixar fora da geladeira umas horas antes de usar que esse calorão faz o serviço, ou usar o micro-ondas)
Suco e raspa de uma laranja
200 g de farinha
1 colher de sopa de fermento em pó

Preparação

Primeiro cortei a abóbora em quadradinhos pequenos e cozinhei. Depois de cozida, escorri (abóbora faz água) e coloquei numa tigela para esfriar um pouco. Depois adicionei o açúcar, misturei muito bem e depois o suco de laranja e os ovos, um a um batendo sempre entre cada adição. Juntei depois a margarina derretida e misturei bem. Finalmente adicionei a farinha peneirada, misturei bem, adicionando o fermento e as raspas no final, mexendo delicadamente para misturar. Levei ao forno em forma untada e polvilhada de farinha por cerca de 30 minutos a 180 °C.


quinta-feira, 28 de janeiro de 2021

Agradecer sempre! Mesmo quando a gente está chateado


Este aqui é um dos posts que me permito de vez em quando, daqueles que são quase um desabafo, que não posso fazer sempre, já que preciso continuar a informar, ensinar, aprender e compartilhar. Aliás, para quem acredita que o meu “ensinar” é um ponto de arrogância, agradeço a opinião, mas para mim o jornalismo, que me levou à criação do blog, é um exercício de aprendizado, e no dia em que eu achar que sei tudo, vou acabar.

Vou começar agradecendo meu amigo de milhões de anos, Paulo Gaefke, ele mesmo blogueiro (vejam meuanjo.com.br e comprovem). Ele é milhões de vezes melhor que eu e nunca se negou a me ajudar ou me ensinar. Porque estou agradecendo a ele? Ele merece e só. Mas, mais que tudo, assim como eu, ele não acredita em coisas “tiradas do chapéu e apresentadas como verdades”. Ele pesquisa, aprende, procura quem sabe sobre o assunto antes de escrever, mas principalmente, sempre me perdoa quando eu saio do prumo. Por isso é bem sucedido!

Porque estou agradecendo a esse amigo? Primeiro porque ele sabe que escrever e manter um blog não é para amadores. Requer sangue suor e lágrimas, e também porque em uma entrevista que dei recentemente a uma amiga, Silvana Barbosa, que criou um canal de educação multiplataforma no youtube (ALOCSE, para quem não sabe é escola ao contrário), falando sobre as dificuldades em ser jornalista neste Brasil cada dia mais besta. Aliás, obrigada Silvana pela oportunidade.

Quero dizer que deixei de mencionar que meu blog não existiria sem o Gaefke. E ele continua apoiando, mesmo quando eu me canso de tudo.

Vou aproveitar e agradecer a outro Paulo, o Cunha, de outro canal, o Outra Visão, lá de Minas, que também é um seguidor e para quem também dei entrevista. Mas não pensem que sou uma pessoa famosa, eu seria se viesse algum convite de um total desconhecido, e não de amigos bondosos que me apoiam. E se eu fizer uma lista desses não teria mais fim esse post.

Vou terminar tentando dar um recado sutil. A internet nos deu uma democracia de informação incrível. Podemos criar canais para informar, compartilhar conhecimento, aprender e tudo o mais. Infelizmente também temos na internet (e não só nas redes sociais), muita informação banal e muitos horrores que não deveriam interessar, mas, assim como aqueles acidentes feios na beira da estrada, atraem por seus títulos chamativos e conteúdos duvidosos. A internet, infelizmente, deu voz a quem nunca deveria abrir a boca.

Como pessoa da comunicação eu lamento a quantidade de mentiras sendo difundidas, sempre começando por palavras como “acho”, ‘eu vi no face’, ou “essa é minha opinião”. Às vezes eu gostaria que essas pessoas entendessem que não é questão de opinião. É questão de “saber”, de “provar”, de “testar”. Sabe como é? Método científico. Tese, antítese, síntese. Ou seja: se você não sabe nada sobre o assunto, se não estudou e se informou, CALE A BOCA! Ou no caso das mídias, as mãos.

Vai ter gente aí gritando: mas não é o que a mídia (no caso o jornalismo) faz? NÃO! A imprensa procura informação para passar a informação. Como jornalista, não sou a dona da verdade, nem ninguém é. Por esse motivo procuramos mais de uma fonte para comprovar a notícia. Sabem como é?

Alguém me diz que chove lá fora. Outro alguém diz que faz sol. Eu tenho como obrigação abrir a janela e ver a verdade. E não é a minha ou a sua verdade. É apenas a verdade.

Entendeu porque a opinião do tiozinho do whats não interessa? Ou quer que eu desenhe?

É por essas e outras que vou mencionar o caso de uma notícia que bombou na internet, de um professor doutor que perdeu a paciência (a dele muito maior que a minha) e mandou um palavrão no ar. Nós, que estudamos, e que aprendemos alguma coisa estão com o senhor professor. Muito obrigada por explodir a indignação de todos nós que nos esforçamos, mas que muitas vezes somos calados pelo amontoado de ataques e bobagens.

Como o senhor estamos cansados dos achismos, dos tiozinhos e tiazinhas que vão morrer se não derem uma opinião sem base nenhuma, só porque os dedos vão cair se elas não teclarem alguma bobagem. Por favor, antes de fazer isso, se informem, e garanto que a informação não estará na rede social de um ilustre que não fez nada para ser ilustre.

Quero terminar agradecendo a todos que me leem. Família, amigos, amigos de amigos e leitores que se agregaram ao ‘depoisdos39.com.br’. Vocês sabem que o Google me paga para isso. E mesmo que em quatro anos eu só tenha conseguidos uns 300 dólares sei que vai melhorar. Então, por favor, continua clicando!!! Eu agradeço!!!

 

terça-feira, 26 de janeiro de 2021

Igreja São Gonçalo e Nossa Senhora da Assunção e São Paulo


Ontem foi aniversário de São Paulo, e, acreditem, eu deveria ter publicado isso ontem como homenagem à minha cidade natal, mas fui atender a urgências outras.  

Também queria aproveitar e escrever sobre o local de fundação, que é o “Pateo do Colégio” dos Jesuítas, mas não queria incorrer no erro de acreditar que não havia nada aqui antes dos portugueses chegarem. Havia milhões de nativos nessas terras. Grandes Nações. E a chegada de outros povos, eu poderia dizer que veio agregar, mas não estaria falando toda a verdade.

Enfim, resolvi falar de outra igreja (tem várias nos meus percursos). E é pequena, muito conhecida como São Gonçalo, mesmo que ele não seja o padroeiro principal, que está ali, atrás da Sé, na atual praça João Mendes, antigo Largo da Cadeia. Uma igreja de aparência tão simpática que é impossível passar por ela sem entrar para uma visita. Pelo menos eu nunca resisti. Adoro caminhar pelo centro velho da minha cidade e ver como andam os prédios das histórias que ouvi ou li durante a minha vida.


Se estiver andando por São Paulo, entre e se encante. Tem vitrais lindos nas portas e no frontão; altares com santos e partes vindas de outras igrejas, já que essa pequena paróquia sempre foi pobre e modesta. Pedaços que restaram da primeira igreja, construída pelo primeiro santo nascido no Brasil, Frei Galvão, e que são uma ótima mostra do barroco paulista tardio, já beirando o rococó.

Ainda se pode ver em seu interior os pequenos balcões, onde algum cidadão “mais ilustre” ficava quando se “arriscava” a ver a missa na pequena capela, já que, além da humildade, estava situada bem no Largo da Cadeia, de onde saíam alguns condenados, em carro aberto, em direção ao Largo Forca, hoje Praça da Liberdade.

Próximo do altar mor balcões de clausura para as irmãs concepcionistas (enclausuradas) assistirem à missa na igreja, originalmente dedicada à Nossa Senhora da Conceição. Tudo ainda existe nessa pequena igreja. Elementos de luz e sombra que trazem a São Paulo colonial e escravista do século XVII, com sua arte decorativa, suas histórias muitas vezes sombrias. O quadrante do relógio veio dos restos do Pateo do Colégio.

Dizem que a igreja de São Gonçalo (nascido na Índia) foi construída em 1756, quando o frei Antonio da Madre de Deus Galvão financiou a construção de uma capela dedicada à Imaculada Conceição e a São Gonçalo Garcia, o que provocou outra confusão: muitos confundem esse Gonçalo com outro, o do Amarante. Nada mais longe da verdade. O daqui era jesuíta e morreu em missão no Japão.


A capela ruiu com o tempo e em 1840 foi reconstruída a igreja, com a fundação da Irmandade Nossa Senhora e São Gonçalo. A torre é de 1878. Em 1893, os cuidados passaram aos Jesuítas, que nela trabalharam promovendo as Congregações Marianas e a Catequese dos Japoneses que começavam a chegar ao Brasil e ocupar em São Paulo o bairro da Liberdade.

Neste ano de fim de obras, dois altares laterais foram erguidos, a maior parte vindos da antiga igreja de Nossa Senhora Aparecida, em Aparecida. Há ainda casos de outras peças originárias de outras igrejas, que hoje encontram-se na igreja de São Gonçalo, como a pedra fundamental da antiga igreja do Colégio dos Jesuítas, uma imagem de São João Batista e algumas relíquias levadas para a igreja em 1901.

Quero chamar a atenção do leitor para a simplicidade da fachada dessa igreja colonial, em meio a uma cidade que cresceu demais e que parece quase ingênua em contraste com as altas pedras da catedral da Sé, bem à sua frente e com as linhas verticais dos arranha-céus que por ali existem na Praça João Mendes.

Em tempo, na arquidiocese, essa pequenina igreja, cheia de meandros e elementos, responde pelo no (oficial), de Paróquia de Nossa Senhora da Assunção e São Paulo e Matriz Paroquial Pessoal Nipo-Brasileira São Gonçalo. Aos domingos, há uma missa rezada em japonês, para lembrar que ela ainda está ali para honrar e homenagear um dos povos que formaram este país.


Abaixo um pequeno trecho sobre a “quase capela” que serviu de base para este post. E só para constar, essa igreja foi tombada pelo CONDEPHAAT em 1971 para impedir que a edificação fosse vendida ou mesmo demolida, e pelo CONPRESP em 1986.

 

"Pequena, estreita, terrivelmente modesta foi a primeira construção da igreja que levou o nome de São Gonçalo, forçado pelos seus intransigentes devotos. Porque realmente a igreja de São Gonçalo é a igreja de Nossa Senhora da Conceição, legítimo orago do templo. A insistência dos devotos do século XVIII desafiou o tempo e a igreja hoje é familiarmente conhecida, intimamente chamada de São Gonçalo, quando não o deveria ser. Tal é a força da tradição, porém. O santo menos o orago. O santo absorveu e dominou o nome do orago e a igreja de Nossa Senhora da Conceição, com todos os requisitos canônicos, ninguém a conhece. Mas todo mundo sabe qual é a igreja de São Gonçalo."

[ARROYO, Leonardo. Igrejas de São Paulo: introdução ao estudo dos templos mais característicos de São Paulo nas suas relações com a crônica da cidade. Rio de Janeiro: José Olympio, 1954, p.216-217.]

vitrais da igreja de São Gonçalo

quinta-feira, 21 de janeiro de 2021

Batata doce assada no forno com salmão fumado, atum e milho



Batata doce, apesar do nome, é o tipo de carboidrato que ajuda em muitos tipos de dietas. Ela ajuda a ganhar massa muscular, tem vários outros benefícios e sim (!), ajuda muito a reduzir a glicemia em diabéticos.

O melhor de fazer receitas com batata doce é que o índice calórico dela é muito baixo por não ter tanto amido quanto a batata comum. Essa receita que estou passando é uma delícia, e aconselho a não usar sal em nenhum dos preparos, já que estamos utilizando enlatados e salmão defumado.

Ingredientes

Batata doce o quanto baste

1 lata de milho escorrida

Fatias de salmão defumado desfiadas

3 latas de atum bem escorrido

2 colheres de sopa de salsa picada

4 ovos, levemente batidos

Queijo ralado

Preparação

Pré-aqueça o forno a 190 °C.

Coloque as batatas numa assadeira e leve ao forno, por uns 50 minutos, até ficarem macias (espete um garfo). Retire do forno, e quando estiverem mornas o suficiente para manipular, corte ao meio na horizontal. Retire a polpa da batata, deixando cerca de 1 cm na casca.

Com a ajuda de um garfo (ou um espremedor) esmague a batata doce e adicione o milho, o atum, o salmão desfiado e a salsa picada.

Bata os ovos, e tempere com uma pitada de sal e pimenta e junte ao purê envolvendo bem a mistura.

Coloque as cascas da batata-doce de novo numa assadeira. Recheie com a mistura e polvilhe com o queijo por cima.

Leve para assar por 25 minutos, ou até dourarem. Mesmo que pareça uma entrada, é uma refeição completa, e uma salada de folhas acompanha muito bem!

segunda-feira, 18 de janeiro de 2021

Bolinhos de arroz assados


Todos os dias eu me levanto, cumpro meus hábitos humanos (café, escovar dentes, banho, dar uma arrumada em casa) e me sento para cumprir um dever que se tornou um prazer, que é escrever para este blog. Este dever, às vezes, consiste em arrumar receitas para testar e compartilhar com os leitores. Ou mesmo escrever sobre algo que me impactou.

Pois bem, há uns dias eu falei sobre usar ao máximo os alimentos, evitando o descarte no lixo, ou o “desperdício”. Pois hoje, em um site que acompanho, vi esse bolinho de arroz assado, e resolvi testar a receita. Ficou incrível! Mais legal é que você pode usar sobras de sua geladeira!

Ingredientes

250 g de arroz cozido (use sobras de arroz!)


2 ovos

1 colher (sopa) de farinha de trigo

sal e pimenta

1/2 cenoura ralada

1/2 abobrinha ralada

1/2 alho-poró em rodelas

1 colher de sopa de margarina

queijo ralado a gosto

1/2 caixinha de creme de leite

salsinha picada

Preparação

Refogar na margarina o alho-poró, a cenoura e a abobrinha por cerca de 10 minutos.

Retire do fogo, deixe esfriar um pouco antes de acrescentar os outros ingredientes, misturando bem. Em uma assadeira untada, faça os bolinhos e polvilhe levemente com queijo ralado. Leve ao forno 180 °C por 25 minutos ou até dourar.

quinta-feira, 14 de janeiro de 2021

Desperdício não!!!

Plante uma horta, use tudo dos alimentos e não descarte nada!


Estou desde domingo pensando sobre esse assunto do desperdício depois de assistir a um documentário chamado “Wasted, com Anthony Bourdain”. Para quem não sabe, ‘wasted’ significa perdido, desperdiçado, descartado como se fosse lixo. E eu confesso que comecei a ver o documentário por causa do Bourdain, porque era fã dele enquanto era vivo. Mesmo que ele tenha dado cabo da própria vida, era uma das pessoas mais lúcidas do mundo, talvez por isso não havia fingimento quando ele se via diante da dor humana e da desgraça do mundo.

No meio desse texto eu vou destacar alguns números e dados tirados desse filme, realizado em 2017, e outros mais atualizados, porque são números assustadores e coloca a espécie humana entre as coisas mais abomináveis que existem no universo, pois, mesmo com tantos recursos, desperdiça, descarta, e trata como lixo tudo, inclusive outros humanos.

Cerca de 10% das emissões de gases de efeito estufa dos países desenvolvidos são derivadas da ingestão de alimentos nunca consumidos, de acordo com o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente

Como inimiga do desperdício, aprendi muita coisa com esse documentário. Como utilizar restos alimentares para ajudar na ração animal. Vários exemplos de larga escala são mostrados ali, como alimentar os suínos com leite e outras sobras (sem chiqueiros!), que além de evitar lixo orgânico nos aterros sanitários e águas, deixou a carne desses animais com uma qualidade excepcional para o consumo.

O Brasil joga 41 mil toneladas de alimentos fora todos os dias enquanto uma em cada nove pessoas passa fome. (dados do WFP – Programa Mundial de Alimentos)


No documentário, um destaque: 40% de todos os alimentos produzidos nos EUA vão parar no lixo. Seja durante a colheita, transporte, comercialização e no final da cadeia de suprimentos. E isso diz respeito a apenas uma nação. Antes de mostrar os números brasileiros, quero que vocês pensem sobre isso: na hora da colheita há perdas; durante o transporte há perdas e sim, feiras livres, mercados e você jogam no lixo toneladas de comida. No mundo, cerca de 1,3 bilhão de toneladas de comida são descartadas por ano e neste momento, milhões de pessoas não têm o que comer.

Plantar de forma orgânica é possível? Sim é. E aconselho a todos os leitores que deem uma olhada nesse documentário, produzido pelo National Geographic, que aponta inúmeras maneiras de utilizar ao máximo os alimentos, seja nas mesas das pessoas, como compostagem para fertilização, alimentação animal, geração de biocombustível e um sem número de outras finalidades.

Então, chegamos à pergunta: porque desperdiçamos tanto? Porque alguém disse que isso ou aquilo não é gostoso? Não... Eu odeio bacalhau, então eu nem compro para comer. Aliás, uma regra que deveria var é a seguinte: NÃO PONHA NO SEU PRATO SE VOCÊ NÃO VAI COMER! Ah!! E se você não gosta, não fique fazendo a cabeça das pessoas de que isso ou aquilo faz mal. Apenas admita que não gosta e pronto! Mas não jogue comida no lixo, por favor.

Atualmente habitada por 7,6 bilhões de habitantes, a Terra abrigará 8,6 bilhões em 2030, 9,8 bilhões em 2050 e 11,2 bilhões em 2100, segundo estimativas do Departamento de Assuntos Econômicos e Sociais das Nações Unidas, o que acarretará um aumento de 60% na produção de alimentos até 2050 para suprir a demanda, o que vai pressionar mais ainda nosso ambiente. Poderíamos fazer um esforço para desperdiçar menos.

O ciclo do desperdício e não a cultura orgânica pode ter jogado milhões na fome. No Brasil, mais de 30% de tudo o que é produzido não é consumido. E as proporções de perdas em cada processo são:

10% dos alimentos são perdidos nos processos de produção e colheita;

50% dos alimentos são perdidos no transporte, manuseio e armazenamento;

30% dos alimentos desperdiçados são perdidos na distribuição;

10% dos alimentos são perdidos nos supermercados e na casa dos consumidores, tendo como principal fator a validade dos produtos.


Enquanto toneladas de alimentos são desperdiçadas, a fome atinge 5,2 milhões de pessoas no Brasil.

Como solucionar esse problema? Vamos começar por cultivar mais organicamente. Sim, é possível fazer isso e ter comida suficiente se levarmos em conta as produções locais. E também precisamos estar mais atentos aos processos de comercialização. Nem todas as verduras, legumes e frutas são lindos e espetaculares, só que isso não pode significar que eles não são comestíveis e por isso devem parar no lixo.

Comprar apenas o que se precisa levando em conta a conservação e o período em que se vai consumir é uma boa medida antes de ir às compras. Além disso, aproveitar partes não convencionais dos alimentos é outra saída para o desperdício. De acordo com a nutricionista, é possível aproveitar partes importantes de frutas e verduras que possuem alto valor nutricional e acabam no lixo, como as folhas da cenoura, que têm vitamina A e podem ser refogadas como qualquer verdura, por exemplo.

Podemos ainda ficar de olho em mercados, restaurantes, lanchonetes etc., que podem dar uma destinação melhor aos alimentos que sobram, e que deveriam (poderiam?) alimentar muita gente. Certa vez alguém, de muita má vontade, falou algo sobre alguém ser processado por distribuir as sobras de alimentos. Mais uma vez recomendo que assistam o documentário e vejam a frase: “0% das pessoas que distribuem alimentos que sobram em restaurantes, bares etc. foram processadas por esse motivo”.

Sei que estou me estendendo demais, mas queria fazer as pessoas pensarem um pouco, mesmo que estejamos no meio da maior crise humanitária que este país já viu, com gente parecendo não se importar em nada com o próximo. Precisamos fazer mudanças urgentes. Precisamos deixar de ser egoístas e parar de pensar apenas nas nossas vidas sem importar o que acontece aos outros. A mudança começa em nós. O desperdício começa em nós. E deve terminar agora.


quarta-feira, 13 de janeiro de 2021

Bolo de laranja sem leite e sem ovos!


Não sei se esse bolo pode ser chamado de vegano, mas estava pensando em amigos que têm intolerâncias e esse leite já suprime os produtos de origem animal (ovos e leite). Na receita eu vou colocar algumas dicas para os que têm intolerância a glúten ou que precisam evitar o açúcar, ok?

É um bolo de laranja simples, com cobertura de fondant que é opcional pessoal! Se você quiser, opte por uma calda de suco de laranja com duas colheres de adoçante culinário. Leve ao fogo até subir fervura. Desligue e reserve, jogando sobre o bolo ainda morno.

 

Ingredientes

3 xícaras de farinha de trigo (você pode optar por farinhas sem glúten)

1 e 1/2 xícara de açúcar (ou uma xícara de adoçante culinário)

1 colher de sobremesa de fermento em pó

1 xícara e 1/2 de suco de laranja

1/3 de xícara de óleo

Glacê de Laranja:

1 xícara de açúcar de confeiteiro

1/3 de xícara de suco de laranja

Preparação

Peneire e misture, numa vasilha, a farinha, o açúcar e o fermento.

Depois, junte a eles o óleo e o suco de laranja, misturando bem para não criar pelotas até obter uma massa homogênea. Eu prefiro usar a batedeira, mas você pode usar a colher de pau que dá o mesmo resultado.

Coloque numa forma média, untada, e leve para assar em forno na temperatura 180 °C por cerca de 35 minutos, ou espete um palito no centro do bolo; se sair seco está pronto.

Para fazer o glacê de laranja misture os ingredientes numa tigela. Leve ao micro-ondas por 30 segundos e derrame sobre o bolo em seguida. O fondant se forma quase imediatamente.


sexta-feira, 8 de janeiro de 2021

Folhados de atum fáceis e espetaculares!!!


Pessoas bacanas que leem este blog! Terminei e comecei o ano com uma crise de ciático terrível, mas preciso escrever. Esse é o meu trabalho. E preciso comer. Já que moro sozinha estou usando todas as reservas de latarias, congelados e quaisquer opções comestíveis para fazer algumas coisas. Estes folhados surgiram de umas sobras que tinha por aí, e ficaram deliciosos!!!!

Se você fizer pequenos, podem ser uma entrada bem gostosa, ou um petisco para acompanhar a cerveja enquanto vocês fazem maratona de Netflix ou Amazon,  leem um livro e conversam com a família, ou sei lá o que vocês estão fazendo.

Eu estou de perna para cima, já que é o único jeito que não dói.

Ingredientes

1 lata de pedaços de atum em óleo

1 cebola pequena bem picada

1/2 pimentão verde

1 malagueta sem sementes (opcional)

2 colheres de sopa de polpa de tomate

1 embalagem de massa folhada

1 colher de sopa de manteiga

2 colheres de sopa de azeitonas verdes bem picadas

Sementes de gergelim ou de linhaça (opcional)



Preparação

Coloque um pouco de óleo do atum numa panela e escorra o restante.

Refogue a cebola no óleo do atum. Quando a cebola começar a ficar cozida acrescente o pimentão em cubos pequenos e a malagueta bem picada. Deixe cozinhar um pouco, tendo cuidado para não queimar.

Junte o atum escorrido, a polpa de tomate e as azeitonas. Misture bem e deixe cozinhar uns dois minutos. Deixe esfriar.

Corte a massa folhada em quatro partes e em cada uma coloque um pouco do preparado de atum, feche o folhado e pincele com manteiga derretida. Polvilhe com as sementes e leve ao forno quente (180 ° C) até a massa folhada estar dourada.

sexta-feira, 1 de janeiro de 2021

Chá de Maçã e Abacaxi com Gengibre


Se você comeu demais ou bebeu além da conta nesse período de Natal e Ano Novo, mesmo sabendo que não deveria fazer isso, este chá refrescante e digestivo vai ajudar seu organismo a se recuperar. A receita é bem básica, mas se você quiser, pode incrementar com uma canela em pau e umas folhas de hortelã.

Acredite, isso vai fazer muito bem ao seu metabolismo!

Ingredientes

1 litro de água mineral ou filtrada

1 colher de sopa de gengibre picado sem casca

2 fatias de abacaxi picado

3 maçãs grandes e picadas e com casca

Açúcar ou mel a gosto



Preparação

Coloque água, as maçãs e o abacaxi com o gengibre em uma panela e leve para quase ferver.

Desligue, aguarde 10 minutos com a panela tampada, coe e deixe esfriar.

Você pode tomar quando ainda está morno, mas o melhor é adoçar a gosto e guardar na geladeira até servir

Duas vidas ou uma só basta?

Duas vidas ou uma só basta? : Não me lembro de quem foi que disse a frase: “deveríamos ter duas vidas, uma pra ensaiar e outra para represen...