terça-feira, 31 de agosto de 2021

Pudim de frutas com calda de morangos que todos vão amar!

 


Começarei dizendo que o meu pudim de frutas não deu muito certo.

Comi sem desenformar.

Precisava tanto de um doce que nem fiz calda!

E vamos ao que interessa que é a receita fácil e deliciosa, que a família inteira vai amar de paixão.

Aqui você pode usar aquelas frutas que a criançada não curte muito, mas vai comer e se lambuzar, porque está em um doce delicioso!

Melhor ainda, pode usar a fruta que tiver em casa, porque o que importa é a sua imaginação!

 

Ingredientes

Para o pudim

Uma embalagem de leite condensado (395 g), ou a mesma medida de leite condensado diet (receita aqui)

Embalagem de creme de leite (200 ml)

Uma gelatina sem sabor (12 g)

Maria-mole (50 g)

300 ml de água fervente

Frutas da estação. Eu coloquei morangos, mamão, maçã, uvas sem sementes, mas você pode colocar as preferidas.

Para a calda

100 gramas de morangos picados

Três colheres rasas de açúcar

200 ml de água

Preparo

Pegue uma assadeira com furo no meio (a número 28 é melhor) e unte com um fio de óleo vegetal.

Lembre-se que vai desenformar, mas não assar. É só para o pudim gelado não grudar.

Coloque as frutas escolhidas bem picadas, espalhadas na forma e reserve.

No liquidificados, coloque a Maria-mole, a gelatina sem sabor e a água.

Bata bem para dissolver.

Ainda batendo, tire a tampa pequena e acrescente o creme de leite e o leite condensado.

Quando estiver espumoso, desligue.

Coloque esse preparado sobre as frutas picadas (por isso precisa ser a forma maior).

Leve à geladeira por umas quatro horas.

Calda de morangos

Em uma panela pequena, coloque o açúcar para caramelizar.

Quando começar a ficar dourado, ponha a água e depois os morangos.

Mexa de vez em quando, até a calda engrossar.

Lembre-se que a calda é opcional e você pode fazer do jeito que quiser.

 

Dica – se você não curte o gosto da Maria-mole, pode colocar uma gelatina do sabor que você preferir!

 

 

 

quinta-feira, 26 de agosto de 2021

Pão caseiro para alimentar a família


Não é de hoje que eu posto receitas de pão em Depois dos 39.

Eu simplesmente amo pão!

Já falei sobre como conservar melhor o pão e dei muitas receitas.

É só ir à busca (aquela lupa) e digitar “pão” que vocês verão um monte de receitas e posts.

Já falei de farinhas, de processos, e aqui vou dar mais uma receita.

Sei que hoje em dia existem máquinas de pão caseiro, mas são caras para comprar, e as misturas prontas para pães estão entre oito e 12 reais.

Como eu costumo dizer, não estou “podendo”.

Prefiro fazer minhas receitas e não ter que vender um rim para comer pão.

Vamos à receita?

Ingredientes

Um quilo (+ ou -) de farinha de trigo sem fermento

30 gramas de fermento biológico fresco (ou dois pacotes de fermento biológico seco)

600 ml de água morna

Uma colher de chá de açúcar

Sal o quanto baste (nada além de uma colher de sobremesa)

Preparação

Numa tigela grande ponha uma xícara de farinha e o fermento meio desmanchado e o açúcar.

Abra uma cavidade no centro dessa farinha e despeja-se um pouco da água, misturando com uma colher de pau até a mistura estar grudenta.

Aguarde cerca de meia hora para essa esponja crescer um pouco.

Enquanto aguarda, misture um pouco de farinha com o sal à parte e reserve.

Essa parte do sal vai quase no final para não interromper a fermentação do seu pão.

Voltando à massa, com as pontas dos dedos vá misturando mais farinha.

Passe uma espátula pelas paredes da tigela, e envolva para dentro da massa.

Coloque mais um pouco de água morna se a massa for secando.

Lembre-se que o ponto dessa mistura é úmido e pegajoso.

Esta operação da mistura, e quando colocar a maior parte da farinha, aí sim você mistura aquele farinha com sal deixada à parte.

Isso leva uns oito minutos, mais ou menos.



Depois de misturada, tampe a massa com um pano limpo e ponha um pano mais grosso para abafar (pode ser uma mantinha) para que a massa fermente por cerca de uma hora.

Aqueça o forno a 180°C.

Bata um ovo bem batido com 100 ml de leite. Lembre-se que queremos um pão coradinho e macio.

Escolha a assadeira que vai usar e polvilhe farinha.

Com as mãos enfarinhadas, descole a massa da tigela e forme os pães.

Eu fiz comprido, mas podem ser bolas.

Coloque na forma enfarinhada mantendo um pequeno espaço entre os pães.

Cubra para levedar mais uns 30 minutos.

Pincele o leite com ovo generosamente sobre os pães e deixe uns dois minutos antes de levar ao forno por, mais ou menos, 30 minutos.

Lembre que cada forno assa diferente.

Ficou pronto? COMA!!!!

 

terça-feira, 24 de agosto de 2021

É tão difícil assim de entender?

Esse é um daqueles posts em que eu falo sobre algumas situações atuais vivenciadas por mim e questiono a respeito delas.

 Não são necessariamente perguntas que espero a resposta de alguém, porque sei a resposta a muitas delas.

A primeira dessas questões tem a ver com a cegueira seletiva de muita gente.

Cegueira que ainda os faz dizer que todo ser humano de esquerda deve ser o demônio encarnado.

Digo isso porque ontem, uma senhora sentou ao meu lado no ônibus, e começamos a conversar.

Tudo estava bem enquanto questionávamos o porquê das empresas prestadoras, como ENEL e Sabesp nem se preocupam em avisar quando haverá alguma “manutenção” e que teremos corte de energia ou água.

A conversa ia bem até que ela começou a defender certo cantor que achou estar acima do bem e do mal, e falou o que não deveria.

Nem preciso dizer que eu falei o que pensava a respeito do dito cujo.

É o seguinte: já deu no saco de gente defendendo imbecis que só querem manter seus privilégios.



DÁ PRA DEFENDER PESSOAS QUE PRECISAM DE AJUDA E PERDERAM ATÉ O DIREITO DE VIVER E RESPIRAR?

(É sim! Isso aí em cima sou eu gritando).

Conheço muitas pessoas que estão cortando um dobrado para sobreviver e ainda por luxo ajudam pessoas que perderam tudo, até a esperança.

É tão difícil assim parar antes de falar bobagem?

Saindo da história da mulher e do ônibus, vamos ao meu “passeio” pelo centro velho de São Paulo.

Não interessa ao que fui, mas o que eu vi.

Nunca, em todos os anos que passo pelo centro, eu vi tanta gente morando nas ruas.

É desesperador saber que nos últimos quatro anos a população de rua aumentou 53%. 

Pior ainda quando vejo que tem gente disposta a defender um boçal, mas não essas pessoas.

Porque dentro da cabeça preconceituosa desses seres, aquelas pessoas sem eira nem beira “merecem” o que estão recebendo.

Pessoas que pensam dessa maneira são aquelas que também devem pensar que essas pessoas moram assim porque elas acham legal.

Acha legal não ter onde se abrigar? O que comer; vestir; fazer o próprio asseio?


Deixem-me dizer: vivam como eles, se é assim que pensam.

Sábado passado fui caminhar no meu percurso habitual, que estava meio largado por mim, um pouco por conta da pandemia.

Mas o maior motivo foi a minha tristeza por ver que a prefeitura resolveu que tinha que cortar árvores e fazer podas destrutivas.

Uma das praças, cuidada pelos moradores ficou intocada por que os locais resolveram que ali não seria mexido.

Uma amoreira, que ajudei um casal nipo-brasileiro a plantar, já está grande e dando frutos.

Fazia tempo que eu não via e queria saber se estava em pé ainda.

Está, e eles ainda fizeram dela um exemplo.

Vejam por si mesmos...

Na placa está um pedido para que não mexam nos origamis de pássaros, que cada um deles representa as pessoas que estão precisando de ajuda neste momento.

São muitos origamis, mas são muito mais as pessoas precisando de ajuda.

Se você não quer sair do seu “conforto” para ajudar, não precisa. Mas por favor, pare de atrapalhar quem faz isso.


E por favor, pare de defender gente que ajudou isso a acontecer.

Antes de terminar: eu disse àquela senhora do ônibus algumas coisas...

Se as pessoas acreditam que desejar um mundo melhor; saúde, educação, moradia, segurança alimentar, enfim, direitos básicos, se isso é ser de esquerda e demonizado por isso, então, eu sou, porque não vejo como deixar as pessoas nessa situação pode ser chamado de cristão.

 

 

 

segunda-feira, 16 de agosto de 2021

Procurar emprego é tarefa de titã


Com mais de 15 milhões de desempregados no nosso país, já passou da hora de eu dar uma perspectiva sobre a busca por uma recolocação.

O mercado de trabalho não é para amadores, e está cada dia mais difícil encontrar uma vaga compatível com nosso perfil.

Aí você encontra uma vaga que é, pelo menos, 99% aderente às suas capacidades e habilidades. 

Manda um currículo que passa (ou deveria passar ) por uma avaliação, mas não sei o que acontece.

Primeiro a gente fica recebendo ofertas de vagas que não são nem mesmo a busca real. No meu caso, redatora. Aí você recebe: “menor aprendiz”, “operador de empilhadeira”...

Minha pergunta: se é uma pessoa, o que ela está avaliando? Se for um robô, quem programou?

Aí vem a faixa salarial, que está próxima à servidão.

Sério. Tem vagas que me oferecem que estão abaixo do mínimo nacional. E olha que eu nem estou cobrando por anos de estudo e aperfeiçoamento.

Não é o bastante?

Os grupos de vagas e sites de busca de emprego estão lotados de anúncios pedindo PJ (pessoa jurídica), no qual você trabalha como se fosse funcionário, mas sem nenhum direito de funcionário.

Nada de recolherem seus impostos; nada de INSS e FGTS; nada de Seguro Desemprego: 13º ou férias.

Você arca com todas as despesas e deveres, mas é tratado como funcionário muito mal remunerado. Isso quando lhe pagam.

Sim, porque temos também que pensar no SE eles irão pagar.

Nesse período difícil, vocês não têm ideia de quantos espertalhões aparecem.

Gente que oferece uma vaga, mas só quer pegar seus perfis;

Empresa que oferece emprego, mas a primeira pergunta que faz é o número do seu CPF. Alguém me explica essa porque eu não sei se estou buscando emprego ou pedindo empréstimo.

Testes absurdos que exigem o seu máximo, no meu caso, português correto, mas que escrevem errado até mesmo as perguntas.

Aí vem as respostas, que vão desde “você não se encaixa no perfil”, até o “buscamos algo mais”.

O problema é que ninguém responde qual é esse algo mais.


Não ouse dizer que o pagamento oferecido pelos seus serviços é absurdo de tão baixo.

É provável que você seja tratado como lixo, com pessoas dizendo que você tem que “provar o seu valor”. Tenho mais de 30 anos na minha profissão. Provar o que?

Senti-me como aquelas namoradas de outros tempos, que tinham que “provar a virgindade”

Você também terá respostas educadas como esta: “Gostamos muito de seu perfil, sua experiência foi classificada como muito próxima do perfil que buscamos, mas neste momento não conseguimos evoluir com uma proposta para você”.

Sim. Prefiro a resposta acima. Pelo menos a pessoa (ou o robô) foi gentil, mas isso não me consola.

Preciso ouvir um sim.

Do mesmo modo que eu, mais de 15 milhões de pessoas neste Brasil louco precisam de um sim.

Pessoas que não querem ser julgadas pela falta ou excesso de experiência, idade, sexo, cor da pele.

Que não querem pagar para trabalhar.

 Que merecem respeito!

quinta-feira, 12 de agosto de 2021

Dia de Santa Clara e dos advogados do Brasil


11 de agosto é dia da padroeira da televisão, Santa Clara.

Diz a lenda que, estando muito doente, Santa Clara desejava muito ir à missa de Natal, mas não podia.

 A Santa entrou em oração profunda e, supostamente, conseguiu ver e ouvir toda a missa em uma projeção na parede de seu quarto.

Nesse dia há missas e festividades especiais no centro de São Paulo, especialmente no Largo de São Francisco, onde ficam as igrejas e o convento de São Francisco um dos mais importantes conjuntos arquitetônicos do barroco paulista.

O Largo de São Francisco abriga ainda a Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado e a Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo, uma das mais antigas do País.

A data, 11 de agosto (em 1827) é também a fundação das duas primeiras faculdades de Direito. O imperador Pedro I criou no Convento de São Francisco, em São Paulo e na Basílica e Mosteiro de São Bento em Olinda (PE).

Por isso, em 11 de agosto se comemora também o Dia do Acadêmico de Direito.

Então vou aproveitar a data para falar de um lugar único, que faz parte da história da cidade onde nasci.

Igreja de São Francisco

O conjunto religioso histórico do Largo tem o convento dos franciscanos e duas igrejas, a da Ordem Primeira e da Ordem Terceira, que são uma representação do barroco paulista.

A Igreja de São Francisco de Assis, Ordem Primeira, começou a ser construída em 1642 e inaugurada em 1647.

Suas paredes, em taipa de pilão, têm 1,5 m de espessura, e seu interior, simples como a ordem dos franciscanos, mas com imagens de grande valor, como a de São Francisco.

No século XIX, parte do convento foi convertida em Faculdade de Direito, mas a Igreja São Francisco ainda existe. Anexa está a Igreja das Chagas do Seráfico Pai São Francisco, levantada pela Ordem Terceira de São Francisco.

Capela da Ordem Terceira

Ver artigo principal: Igreja das Chagas do Seráfico Pai São Francisco


Em 1676, os irmãos da Ordem Terceira de São Francisco iniciaram a construção de uma capela para a ordem no interior da igreja franciscana.

Essa capela foi ampliada até transformar-se numa igreja independente, com a fachada anexa à igreja conventual.

Inaugurada em 1787, a “Igreja das Chagas do Seráfico Pai São Francisco da Venerável Ordem Terceira de São Francisco da Penitência de São Paulo” é o único exemplar remanescente do século XVIII em São Paulo.

Mais conhecida como Igreja das Chagas do Seráfico Pai São Francisco, tem arquitetura colonial e está entre as obras do arquiteto afro-brasileiro, Joaquim Pinto de Oliveira, conhecido como “mulato Tebas”, ex-escravo que assina muitas obras do centro velho de São Paulo.

Prometo falar mais sobre ele quando abordar a igreja do Carmo. Mas precisamos reconhecer a arte e as obras desse personagem apagado da nossa história.

Faculdade de Direito tem direito até a fantasmas

Como dito anteriormente, em 1827, os franciscanos abandonaram o edifício do convento, por este ter sido requerido pelo governo imperial para instalar a Academia de Ciências Sociais e Jurídicas, atualmente Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo.

 O convento colonial foi demolido em 1933 para a construção de uma nova sede, em estilo neocolonial, da autoria de Ricardo Severo. Mas as igrejas franciscanas foram preservadas.


As histórias antigas da cidade dão conta que, no local, apareciam de vez em quando alguns fantasmas ligados às origens da capital paulista.

Ex-alunos ilustres, como Álvares de Azevedo e Castro Alves assombravam os guardas da madrugada, que faziam a ronda no largo. Certamente uma brincadeira de alunos.

Brincadeira como o “dia do Pindura”, no qual os acadêmicos de Direito entravam nos bares e restaurantes para comemorar o 11 de agosto, e não pagavam a conta...

Em tempo: há informações desencontradas sobre o tombamento do conjunto arquitetônico em 1982 pelo Estado. Porém a página tem informações tão erradas sobre a construção e manutenção das igrejas que não considero confiável!

 

segunda-feira, 9 de agosto de 2021

Croquete de carne com batata


Estou com vontade de comida gorda. E como outro dia eu falei de comida de boteco, vou passar uma receita de croquete de carne com batata super fácil.

É meio demorado porque tem que fazer um purê, mas o resultado final vai agradar a gregos e troianos.

Sei que este post vai receber uma porção de cliques, Só Deus sabe por que, os leitores adoram ver uma fritura bem na cara delas.

Ou talvez seja eu mesma apelando pra chamar a atenção, já que as regras de SEO são o câncer da linguagem blogueira.

Enfim, segue a receita.

Para o purê de batatas

Ingredientes

Seis batatas médias bem cozidas na água com sal e espremidas

Uma colher de manteiga ou margarina

100 ml leite

Um dente de alho bem esmigalhado

Preparo

Em uma panela derreta a margarina e refogue o alho.

Acrescente a batata espremida e depois o leite para misturar bem.

Quando estiver mais firme (não pode ser purê molinho), retire do fogo e reserve.

Para a carne

300 gramas de carne moída

Uma cebola ralada

Um dente de alho

Sal a gosto

Uma colher de azeite

Salsinha e orégano a gosto

Preparo

Em uma panela, ponha o azeite e quando estiver quente, refogue a cebola e depois o alho.

Misture a carne moída no refogado e, enquanto estiver fazendo água, salgue.

Deixe secar sem queimar o refogado. Desligue, misture a salsinha e o orégano e reserve.

Moldar os croquetes

Com o purê e o refogado já quase frios, misture os dois com três colheres de sopa de farinha de trigo (mais ou menos), até dar liga.

Enrole os croquetes e passe na farinha de rosca para ficarem crocantes por fora e macios por dentro.

Frite em óleo bem quente e escorra em papel absorvente.

Coma!

Dica: Você pode usar sobras e diminuir ou aumentar a receita. Vai ficar incrível!

 

sexta-feira, 6 de agosto de 2021

Biblioteca pública uma necessidade


O mundo muda toda hora, e, apesar das propagandas, muitas vezes não é para melhor.

Principalmente vemos isto aqui no Brasil, onde as pessoas nem conseguem mais entender o significado de palavras como “Lei”, “direitos adquiridos”, “interpretação de texto”, “fatos”.

Para entender essas coisas precisamos de instituições, como escolas, universidades, e bibliotecas.

Antes de levar isso adiante, escolas e universidades não são depósitos de crianças e jovens. São espaços de aprendizado e convivência dos quais a sociedade precisa participar mais. Educação não é feita só com alunos e professores, mas com toda a comunidade.

Do mesmo modo, bibliotecas não são depósitos de livros, são espaços de aprendizado e convivência que precisam ser conhecidos.

Cansei de ouvir frases preguiçosas de quem não quer  mexer um dedo para mudar nada, mas adora criticar.

Abaixo a mediocridade

Você já ouviu coisas como: “as crianças de hoje não querem estudar”? “professores não querem ensinar”, e outras pérolas preconceituosas do tipo?

Isso sai das mesmas bocas que dizem dormir quando leem.

Essas são as pessoas que acreditam que todas as respostas do mundo estão em seus celulares.

Falemos com clareza, respostas algorítmicas são encontradas nas páginas da internet, mas também muitas respostas erradas.

De onde vocês acham que vem o “terraplanismo”?

Não quero afirmar que não há erros nos livros, ou que todos os livros são fundamentais, mas a maioria é sim!

De acordo com dados dos bibliotecários, o Brasil tinha, em 2019, 6057 bibliotecas públicas municipais, estaduais e de instituições de ensino.

Antes das pessoas se perguntarem se esse número é alto ou baixo, gostaria de colocar que a Índia possui 146 mil bibliotecas, seguida pela Rússia, com 37 mil.

O Brasil, com seus 200 milhões de habitantes tem a mesma quantidade de bibliotecas que a Itália, que tem menos de um terço da nossa população.

Precisamos retomar a inteligência bibliotecária

Sei que estamos  nos tempos em que é quase um palavrão dizer que leu um livro ou que tem alguma cultura. E não estou falando das pessoas que não tiveram a oportunidade de estudar, até porque eu sou filha da escola pública, e aprendi muito.

Quanto às bibliotecas, sou do tempo em que fazíamos trabalhos dentro dessas instituições. E foi onde aprendi a fazer a bibliografia e a informação das fontes que usei para escrever o trabalho.

Quando eu era mais jovem eu ia ao menos uma vez por semana para devolver e retirar os livros que eu lia.

Já naquela época existia gente que achava biblioteca inútil, e dizia que os jovens não gostavam de ler.

Grande mentira. Impedir um jovem de ler é tirar dele o direito a ter imaginação.

Livros existem para nos abrir corações e mentes.

Bibliotecas existem para guardar livros de todos os tipos para que aqueles que não podem comprar tenham como acessar os conteúdos.

Bibliotecas atuais mudaram seus perfis e se tornaram mais democráticas, acolhendo atividades antes inexistentes, como aulas teatrais, drama terapia, clubes de leitura e contação de histórias.

Precisamos de mais bibliotecas. Mais espaços onde possamos encontrar livros que nos falem ao coração. Mais espaços de convivência onde a gente troque ideias, faça amigos e adquira conhecimento.

O Brasil precisa voltar aos trilhos e criar uma geração que seja criativa, que pare de acreditar em todas as tolices que lê nas redes sociais.

Precisamos voltar a ter livros que nos façam questionar tudo.

Vou contar duas histórias de biblioteca que colocam na balança a necessidade de livros e de espaços onde a obra literária é compartilhada.

A primeira é antiga, dos tempos da primeira expansão muçulmana na Idade Média.



O sultão Omar, em sua sanha de conquistar terras para o Islã, invadiu o Egito. Lá havia a biblioteca de Alexandria, a maior do mundo antigo.

Preciso dizer que o sultão queimou tudo?

Mas, por quê? De acordo com os relatos, Omar disse: “esses livros dizem o oposto do Alcorão, e são perigosos. Ou dizem a mesma coisa que o Alcorão, e são inúteis”.

Não há provas desse ato, mas a biblioteca queimou...

A segunda história é pessoal

Há uns anos fiz um trabalho para o SESC São Paulo, que criou bibliotecas dentro de ônibus, que se moviam pelas regiões mais pobres da capital paulista.

Em todas as partes por onde passava a biblioteca, víamos muitas crianças que nem tinham sapatos para colocar nos pés, mas todas tinham um brilho nos olhos quando descobriam que podiam levar os livros para ler em casa.

Não sei se ainda existem essas bibliotecas (espero que sim), mas quero que saibam que as crianças vinham a cada semana devolver os livros e pegar novos para ler.

O brilho nos olhos permanecia, pois devolvemos a imaginação daquela criança.

O papel da biblioteca é servir as comunidades, independente de condição social, raça, crença, sexo.

Só assim a biblioteca poderá despertar nas pessoas a consciência da participação social e levar a informação e o conhecimento a todos os cidadãos.

quinta-feira, 5 de agosto de 2021

Comida de boteco para quem ainda gosta de compartilhar petiscos batendo papo!


Entre as coisas que meio que ficaram em hiato nessa pandemia (que ainda não acabou), foi o convívio social que alguns (muitos!!!) tinham com os amigos, colegas de trabalho e familiares em um bar, uma lanchonete, tomando um chope e apreciando aquela boa “comida de boteco”, que você compartilha enquanto joga conversa fora.

A comida de boteco é tão importante que no ano 2000 foi criado um concurso, o “Comida Di Buteco” (a etapa de São Paulo e Belo Horizonte vai até 29 de agosto), que escolhe entre os melhores bares e similares, que desenvolvem petiscos maravilhosos para seus clientes!

Eu já fui uma grande frequentadora de bares, restaurantes e similares. O bastante para compartilhar algumas das melhores (e piores) experiências que tive.

Por exemplo: você pode fazer o melhor bolinho do mundo, mas se você tem um atendimento péssimo, não vai rolar uma segunda visita.

Boteco é simplicidade, autenticidade, atendimento cordial, e o cliente feliz como se estivesse na cozinha da própria casa.

Não esqueça que, além de petiscos que combinam com cerveja, é bom ter uns drinques bacanas para servir com seus quitutes, que devem ter um padrão de apresentação bonito e convidativo, além do sabor!

Comida de boteco tem que acordar a vontade de beber e comer mais!

Cada pessoa tem sua preferência, mas existem petiscos que são verdadeiros clássicos, como a calabresa acebolada, ou um torresminho bem sequinho e crocante ou um frango à passarinho bem temperado. Quem não?

Clássico para muitos, o bolinho de bacalhau não é a minha preferência (não gosto de bacalhau), mas lembro de amigos indo ao “Nicaneca” de Santos-SP só pra comer uns bolinhos e tomar cerveja. A receita tradicional portuguesa leva batatas, bacalhau cozido e desfiado, cebola picada, alho, cheiro-verde e ovo.

Eu sempre preferi o croquete de carne!

Não vou deixar de lado as empadinhas, porque desde criança eu tenho um ranking das melhores empadas da grande São Paulo, como as da Padaria Santa Tereza, a mais antiga do Brasil. Empadas quebradiças como devem ser, bem recheadas e com azeitona!

Destaco também as empadas do Central Bar, em São Bernardo, servidas assim que saem do forno.

Outra preferência nacional, a coxinha de galinha, na verdade feita de frango. Coxinha é um prazer quando bem feita.

Massa cozida (que pode ser de batata), frango bem temperado, passada na farinha de rosca e frita. Já comi muitas das tradicionais, como a coxa creme da mesma padaria Santa Tereza. Mas também tem as da Santa Coxinha, mais gourmet, com diversos recheios.

Falando em frituras maravilhosas, não há coisa melhor que um bolinho de mandioca delicioso, como os do restaurante Graça Mineira, que tem muitos, mas muitos quitutes mesmo que são imperdíveis.

Alguns dos bolinhos são recheados, mas eu prefiro a tradição da massa de mandioca temperada, frita e que venha quente e crocante para a mesa.

O torresminho deles também é sensacional.

Pasteizinhos aperitivo são oferecidos em 9 de cada 10 botecos de São Paulo. Difícil destacar o melhor já que cada um prefere de um jeito. Eu gosto dos pasteizinhos do Hocca’s Bar. Agora é uma franquia, mas se você quiser arriscar uma fila gigante, vá ao tradicional Mercadão da Cantareira em São Paulo.

Assim como é difícil encontrar alguém que não goste de um bom petisco, é mais difícil ainda encontrar alguém que recuse uma bela porção de pasteizinhos.

Coisas do mar para todos os seres que amam a praia

Comer ostras no Perequê (Guarujá-SP); camarão frito em qualquer praia do Brasil; patinhas de caranguejo no Transamérica da Ilha de Comandatuba, ou uma maravilhosa casquinha de siri, bem temperada.

Com exceção do bacalhau, amo qualquer coisa que saia do mar e que seja bem preparado, como um bom arroz de mariscos.


Adoro anéis de lula, mas não aqueles que já vêm prontinhos e congelados. Precisa ser feito com carinho. Marinados, empanados e fritos com cuidado, para ficarem crocantes por fora e macios por dentro, sem virar uma borracha.

Há muitos quitutes, qual o seu preferido?

Eu disse o que comia enquanto os colegas preferiam o bolinho de bacalhau.

Quando eu era mais jovem sempre ia ao Bar do Bolinho (o original e não a franquia), atrás do colégio João Ramalho em São Bernardo para comer um bolinho de carne.

Mas, os croquetes de carne sempre foram as minhas preferências. Batata amassada em purê, bem temperadas, misturadas à carne moída refogada, que são moldadas em croquetes, passados na farinha de rosca e fritos.

Para terminar, sei que muitas comidas de boteco ficaram de fora, e todos os anos são criadas novas receitas, mas, lembre-se que não adianta ter o melhor petisco, se o restante (atendimento, higiene, local seguro e agradável, preço honesto) não acompanharem.

Ficaram com água na boca? Esperem só mais um pouquinho e divirtam-se!

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