terça-feira, 30 de outubro de 2018

Pudim de abóbora para um dia das bruxas cheio de incertezas



Amanhã (31/10) é o chamado dia das bruxas, Halloween, ou festa do Saci Pererê para quem deseja a tradição mais nacional. Eu nem quero saber dia de que é. Porque é véspera de “Todos os Santos” e eu meio que preciso falar um pouco disso.

Há uns anos, um colega bem boboca, falou que ‘todos os santos’ existia porque a igreja católica tinha uma lista que não cabia no calendário litúrgico. Na época, dei a ele uma explicação, baseada nas informações de pessoas que estudaram mais do que eu, e muito mais que meu tolo colega.

Os santos que a igreja celebra são aqueles que doaram suas vidas por seus semelhantes. Aqueles que não se calaram ou se intimidaram em proclamar a verdade, mesmo diante das ameaças, das torturas, da morte. E esses santos não são apenas os que morreram nas fogueiras, nos circos romanos, nos campos de concentração do mundo afora. Eles se dão todos os dias.

Depois disso, fico até com vergonha de passar uma receita tão boba quanto esse pudim, mas, entendam... estou precisando muito adoçar a vida.

Ingredientes

900 g de abóbora  descascada e cortada em pedaços
250 g de açúcar
Um pau de canela
Oito ovos
150 g de açúcar (para o caramelo)
125 ml de água

Preparação

Numa panela coloque a abóbora, metade dos 250 g de açúcar e o pau de canela.
Mexa, tape e deixe cozinhar em fogo brando durante 1 hora.
Passado o tempo, retire o pau de canela e passe tudo com o mixer.
Mexa e logo que comece a ferver apague o fogo.
Deixe esfriar totalmente.
Numa forma de pudim, coloque a água e os 150 g de açúcar.
Mexa e deixe ferver em fogo médio aproximadamente 10 minutos até que fique caramelo e retire a forma do fogo.
Com a ajuda de uma colher de pau, espalhe o caramelo por toda a forma.
Numa tigela, coloque a abóbora já fria, o restante açúcar e os ovos.
Bata até que tudo fique bem misturado. Use a batedeira se preciso.
Coloque o preparado na forma caramelada e tape-a.
Coloque a forma dentro de um tacho ou panela largo e adicione água até meio da forma para que cozinhe em banho-maria.
 Leve ao forno pré-aquecido nos 190o e deixe assar aproximadamente 1 hora.
Com a ajuda de um palito, certifique-se se está cozido e retire.
Deixe esfriar um pouco e desenforme.


domingo, 28 de outubro de 2018

Risoto de abóbora para a semana de Halloween


Mais uma receita para colocar no caderno e fazer sempre que quiser colocar um legume supersaudável na mesa. Só para saber, usei abóbora Hokkaido no meu risoto. Mas sei que é difícil encontrar, então pode usar a abóbora que estiver mais à mão (Paulista, cabochã, moranga).
Aliás, essa receita é a prova de que nem tudo no Halloween são doces ou travessuras.

Ingredientes

500 g de abóbora, sem sementes, cortada em pequenos cubos;
Duas colheres de sopa de azeite;
Uma cebola, bem picada;
250 g de arroz arbóreo;
50 g de uvas passas, deixadas de molho em água quente por 20 minutos;
1 litro de caldo quente de vegetais;
Sumo e raspa de casca de um limão;
Sal e pimenta do reino a gosto;
Três colheres de sopa de salsa fresca picada;
Duas colheres de sopa de sementes de abóbora, ligeiramente tostadas em frigideira seca.

Preparação

Cozinhe a abóbora Hokkaido no vapor por 8 -10 minutos, até que fique tenra.
Enquanto isso aqueça o azeite numa panela grande.
Ponha a cebola e frite por 4 - 5 minutos para ficar macia.
Misture o arroz e refogue por 2 minutos, até que ele fique envolto pelo azeite e coloque as uvas passas.
Acrescente um terço do caldo, reduza o fogo e cozinhe por 5 - 6 minutos, mexendo sempre, até que o líquido tenha sido absorvido.

Ponha metade do caldo restante e cozinhe, mexendo até que seque.
Coloque o resto do caldo e a abóbora, e cozinhe por mais 5 - 6 minutos, até que o arroz fique cremoso e tenro, mas ainda consistente.
Misture o sumo de limão, metade da raspa da casca e os temperos.
Decore com salsa, sementes de abóbora e o resto da raspa da casca em cima do risoto antes de servir.

Se desejar mais cremosidade ou um sabor, coloque uns 50 gramas de parmesão ralado e envolva ainda quente para derreter.
  

sábado, 27 de outubro de 2018

Para que o mal vença, basta que as pessoas de bem não façam nada


Nesta semana, decisiva para sabermos se esta nação continua sobrevivendo ou se vamos todos para o ralo, eu deveria ter escrito isso há muito tempo. Mas o desânimo tomou conta de mim.

O desânimo de saber que as pessoas em geral, que nem sabem direito o que é corrupção (ou que já cometeram atos corruptos) acreditam que isso é um crime pior do que torturar outro ser humano.

O desânimo de perceber que as pessoas se deixam enganar por coisas do tipo: “se eles foram torturados e mortos é porque mereciam”.  Ou “se essa moça foi estuprada deve ter provocado”. “Se mora na rua é vagabundo”. São tantas demonstrações de ódio que só consigo me cansar mesmo e pedir a Deus que me leve, pois não quero mais viver neste planeta.

Ouvir alguém dizer que há uma escolha política aqui só me dá vontade de chorar. Não porque uma escolha é melhor ou pior que a outra, politicamente falando, mas porque há questões de humanidade envolvidas das quais não podemos nos esquivar.

Já passou da hora de deixar de lado esse “nós contra eles”. Isso não é um jogo de futebol, no qual apostamos e ficamos felizes se for o vencedor. É o destino de uma nação e quero muito que as pessoas parem de olhar o próprio umbigo, como se só os seus problemas importassem ou que elas pensem em fazer escolhas pelo que é melhor para a maioria, e não só para uma meia dúzia.

Quero que as pessoas pensem que “não escolher” é fazer uma escolha, porque o seu ato de não fazer é deixar que alguém escolha por você, e aí o direito de reclamar deixa de existir também.

Se você acredita que a violência é uma forma de combater a violência, nem termine e continue com sua escolha/não escolha. Se você acredita que outro ser humano tenha de viver uma sub-vida ou mereça ser torturado e morto, continue com sua escolha/não escolha. Mas, guardadas as proporções, temos muitas pessoas crucificadas, queimadas, guilhotinadas, que dizem que você está errado.

Um dia, essas pessoas vão levantar e apontar para você, e dizer: "você é culpado porque se calou, ou disse mentiras". "Você é culpado porque perseguiu ao invés de acolher". "É culpado porque se calou ante o mal".
Tenho fé que isso vai acontecer.

E que Sant’Anna, representada nessas imagens, nos guarde a todos e seja nossa mestra, do mesmo modo que ensinou a filha dela, Maria, a se dar pelo bem dos outros.

Hoje só quero passar receita, e aí vai um cheesecake de frutos vermelhos


Tive uma semana tão dura que até esqueci que uma das minhas melhores amigas do mundo fazia aniversário. Minha Jinja! Passamos coisas tão diversas juntas, que é imperdoável o erro cometido. Prometo ir à sua casa e faremos esse cheesecake juntas! Do mesmo modo que fizemos juntas várias receitas que deram certo.
Amigas para sempre!

Ingredientes

Para a base:
200 g de bolacha Maria
80 g de manteiga
Duas colheres de sopa de água

Para o creme:
500 ml de queijo creme (Philadelphia ou outro)
200 ml de creme de leite fresco batido
50 g de açúcar
Quatro folhas de gelatina incolor (ou um pacote de gelatina incolor solúvel)

Para a cobertura:
500 g de frutos vermelhos
200 g de açúcar

Preparação

Picar as bolachas, batendo-as dentro de um saco, no processador ou no liquidificador. Derreter a manteiga e juntar, numa tigela, às bolachas. Amassar bem e juntar aos poucos a água, se necessário.
Forrar com papel vegetal uma forma de fundo removível e aplicar essa massa de biscoito.
Bater o creme de leite em chantilly juntando-lhe o açúcar, primeiro em velocidade baixa e depois em alta.
Reduzir a velocidade da batedeira para o mínimo e juntar o queijo previamente mexido. Dissolver as gelatinas numa pequena taça com umas duas colheres de sopa de água fervente. Mexer bem, e juntar à mistura do queijo. Envolver bem a gelatina, na velocidade média, por pouco tempo.
Derramar a mistura sobre a base de bolacha e levar à geladeira. Numa panela funda leve os frutos vermelhos e o açúcar para ferver em ponto de geleia com pedaços. Deixe esfriar completamente antes de cobrir o cheesecake, cuja massa já deve estar desenformada e sem o papel vegetal, num prato de preferência. Mantenha na geladeira antes de servir.


quarta-feira, 24 de outubro de 2018

O plantio de primavera e a chuva que precisamos


Hoje acordei pensando no plantio de primavera, que começou em setembro e veio quente. E como toda estação do ano ela tem características especiais, que vai influenciar na horta, no pomar ou no jardim. Por isso é importante conhecer sobre as espécies antes do plantio e descobrir se elas serão plantadas em uma estação favorável.

Pesquisar sobre as flores ideais para cada época do ano tem um objetivo simples e claro: Cultivar espécies que estão na época correta de seu desenvolvimento e deixar o jardim mais bonito. Além disso, com plantas crescendo em estações propícias é possível atrair polinizadores que ajudarão a transformar seus jardins, hortas e pomares em lugares realmente produtivos.

Mas, voltemos a falar de primavera, a tão falada “estação das flores”, pois é a época que a grande maioria das plantas costuma florescer. Por ser tratar de uma época propícia, as opções de cultivo crescem e os polinizadores começam a aparecer com frequência nos lugares onde há plantas crescendo.

Antes de falar sobre quais as plantas, árvores ou ervas de melhor plantio nesta época, quero chamar a atenção para dois fatores climáticos: o primeiro é uma mudança que as pessoas deveriam estar mais atentas. Nossos invernos ainda são frios, mas já há muito tempo que não nos deparamos com geada, o que significa “aquecimento global” e só não percebe quem não quer.

O segundo fator é a diminuição do ciclo de chuvas, que nesta época deveriam estar à toda, mas estamos em ano de El Niño e, como se não fosse o bastante, não estamos tratando água o suficiente. Os mananciais estão cada vez menores e mais poluídos, o que significa que precisamos urgentemente parar de desperdiçar.

Após esses alertas, vamos dar algumas dicas de plantio.

Para quem cultiva árvores de porte mediano, os cítricos, em geral se desenvolvem bem na primavera. Algumas variedades de laranjas e limões se dão melhor no calor da primavera, e estamos precisando muito de árvores para atrair as chuvas benfazejas.

As pessoas que se dedicam a hortas sempre têm hortaliças que vão bem em qualquer época do ano. Mas se quiser mudar um pouco, as plantas aromáticas são ótimas espécies para serem cultivadas durante a primavera. Manjericão, Salsinha, Cebolinha, Coentro são excelentes.

Outras frutíferas boas de plantio nesta época, os pessegueiros e pereiras são árvores que dão sombra boa, flores lindas e frutos deliciosos. Vale a pena arriscar.

 E finalmente, para quem só quer deixar o jardim bonito, marronias e rosas do deserto são ideais para a ocasião.

Mas não deixem de levar em conta o que falei sobre desperdício de água. Faça as regas, mas não desperdice!


terça-feira, 23 de outubro de 2018

Hoje vou escrever um texto curtinho



Hoje fiquei o dia todo pensando na relevância daquilo que eu faço. Do trabalho profissional que venho desenvolvendo, do blog, da minha vida. Posso dizer que não cheguei a nenhuma conclusão e ao mesmo tempo cheguei a muitas.

Mas antes, vamos definir o que é relevância. Isso é a importância que alguma coisa tem para alguém. Por exemplo, uma simples receita de bolo pode ser algo muito bom para uma pessoa. Para outra não.
Sei que meu blog, por exemplo, é uma grande mistureba de assuntos, e eu gosto de pensar que isso é proposital, pois além de dar o maior trabalho aos buscadores, mostra um pouco de mim. Eu não sou uma coisa só. Eu não escrevo só sobre um tema.

Por isso escolhi o relativismo de “depois dos 39 anos”, porque já vivemos um tanto e temos referências sobre muitos assuntos. Mas para mim a relevância não trata de escolher um tema só. Trata sim de sempre se esforçar para fazer o seu melhor e entregar às pessoas algo bem feito, mesmo que seja apenas uma dica de como usar Hipoglós em uma infecção da pele.

Vou terminar porque já estou dando voltas demais sobre essa coisa de relevância, e apenas quero dizer aos leitores (especialmente aqueles que leem um pouco de tudo), que vou farei tudo dando importância aos detalhes. Vou dar o melhor de mim, seja escrevendo sobre minha família, sobre hortas, natureza, acontecimentos, ou receitas de biscoitos.



segunda-feira, 22 de outubro de 2018

Brownie cemitério para halloween



Para quem ainda não se tocou, está chegando o período das festas, começando por uma que não tem nada de brasileira, mas que se tornou mania entre nossas crianças e adolescentes: o Halloween.  Não vou falar sobre a festa, até porque eu fiz isso há um ano (https://depoisdos39.blogspot.com/2017/10/dia-as-bruxas-halloween-dia-da-abobora.html), mas vou passar uma receita para um bolo que vai enfeitar a festa.

Escolhi um brownie bem macio para dar aquela ideia de cemitério e túmulos revolvidos e antigos. Você vai precisar de um saco de confeiteiro ou uma daquelas seringas de pastelaria para ajudar na decoração, que é simples e pode até ser feita pelas crianças.

Ingredientes

Para o brownie:
Três ovos
80 g de açúcar mascavo
50 g de farinha de trigo
150 g de chocolate amargo
150 g de manteiga

Para a decoração:
60 g de bolachas Oreo
6 a 8 bolachas maisena
20 g de chocolate
Balas Finis (aquelas que parecem minhocas)

Preparação

Numa tigela, misture os ovos e o açúcar, em seguida a farinha. Derreta o chocolate com a manteiga e junte a mistura anterior. Misture bem. Despeje a massa na forma untada e leve ao forno por 20 minutos a 180°C.
 Derreta 20 g de chocolate e coloque-o no saco confeiteiro. Escreva palavras como "RIP" ou desenhe cruzes nas bolachas maisena. Você poderá quebrar as pontas das bolachas para dar um efeito dilapidado.  Com a ajuda de uma faca, faça cortes no bolo, apenas para colocar e deixar as bolachas decoradas e em pé (veja foto).  Triture os Oreos para um efeito "terra de cemitério” e polvilhe o brownie. Use as balas como se fossem cobras de cemitério.

Obs: é uma festa legal o Halloween. E o bolo pode ser decorado de várias maneiras. Eu passei uma delas, mas há outras.Você pode comprar decorações prontas, mas acho mais legal fazer a gente mesmo.


domingo, 21 de outubro de 2018

Casquinha de siri rebelde!


Essa é uma receita que passo com certa tristeza. Alguém resolveu comentar que eu deveria deixar de passar qualquer receita, porque, ao que parece, não sou boa. Como prefiro acreditar em pessoas que partilharam minha mesa e minha vida, continuo, em um ato de rebeldia, passando receitas de vindas da família, dos amigos verdadeiros, dos colegas que realmente me apoiaram.
Essa receita aqui eu ganhei de um chef de cozinha de São Luís do Maranhão. Faz tanto tempo isso que nem lembro o nome dele (e esqueci-me de anotar na época).  Dessa viagem o que restou foi ver o Brasil Pentacampeão, as festas de Bumba meu Boi, os passeios que fizemos, inclusive aos Lençóis Maranhenses**, e esta receita.

Ingredientes

1 kg de carne de siri desfiada
1 lata pequena de extrato de tomate
1 cebola grande picada
3 colheres de sopa de azeite de oliva
2 colheres de sopa de azeite de dendê
1 colher de sopa de conhaque
200 ml de leite de coco
½ xícara de cebolinha verde e salsinha picadinha
3 fatias de pão de forma
½ xícara de leite
1 colher de chá de pimenta do reino
1 colher de chá de sal
2 colheres de sopa de farinha de trigo
4 colheres de sopa de farinha de rosca

Preparação

Compre a carne de siri pronta que pode ser congelada ou fresca. Lave-a com água corrente e fria e deixe escorrer numa peneira. Depois ponha em uma tigela, desfie bem e tempere com o sal e a pimenta do reino moída.
Em um prato fundo coloque o leite e esfarele as fatias de pão de forma sem as cascas. Com um garfo misture para que todo o pão fique embebido no leite. Deixe descansar um pouco.
Em uma panela aqueça o azeite de oliva e de dendê e ponha a cebola picadinha para dourar. Não deixe queimar, quando estiver no ponto acrescente o molho de tomate e deixe cozinhar mais um pouco.
Depois junte a carne de siri temperada e o conhaque e deixe cozinhar por uns 3 minutos.
Acrescente o pão de forma amolecido no leite, o leite de coco e a cebolinha e salsinha picadinhas. Misture tudo e acrescente a farinha de trigo aos poucos sempre mexendo para não empelotar. Se preferir, separe um pouco do leite antes de misturar o pão e dissolva o trigo.  A textura deve ser cremosa.
Ponha essa mistura em forminhas e leve ao forno, cobertas com farinha de rosca, apenas para dourar.
Sirva com limão à parte.
** fotos: Rita Palladino


sexta-feira, 19 de outubro de 2018

Broa de Milho para comer no final de semana



Confesso que ando meio triste esses dias, porque além de umas coisas chatas que ando vendo por aí, não tenho tido tempo de compartilhar coisas com amigos, família e, sim (!), com os grupos de whats e facebook, que são a única coisa que tenho compartilhado.

Muito trabalho, mais de duas horas de deslocamento não são fáceis, mas isso não é desculpa para eu não sentar e partilhar aquilo que tenho feito na cozinha, na horta, no jardim, na vida.
A receita de hoje é uma broa que testei domingo passado. Eu gostei bastante. Aconselho a comer quente, com manteiga, acompanhado de um café fresquinho!  

Ingredientes

500 g de farinha de milho
250 g de farinha de centeio
180 g de farinha de trigo
400 ml de água fervendo
300 ml de água morna
Uma colher de sopa (rasa) de sal grosso
20 g de fermento biológico fresco

Preparação

Escalde (*) a farinha de milho na água fervendo, amassando bem e deixa-se repousar uma hora. Misture o sal e o fermento na água morna, até diluir bem e depois junte ao preparado de farinha de milho. Amasse muito bem. Acrescente a farinha de centeio e, por fim a farinha de trigo aos poucos. Deve ficar uma massa firme e pegajosa.
Quando chegar a essa consistência não se deve acrescentar mais farinha.
Cubra com pano e deixe fermentar  por uma hora ou mais (lembre-se que com calor a massa fermenta mais depressa).
Faça bolas de tamanho médio e leve ao forno aquecido a 200°C durante 1 hora.

* Escaldar é “dar um banho” com um líquido fervente em alguma coisa, seja jogando o líquido quente sobre essa coisa ou mergulhando a coisa por algum tempo em líquido fervente.  O alimento escaldado é cozido apenas parcialmente. Normalmente, essa é uma preparação do ingrediente para que ele possa seguir adiante no processo de preparo. Fora isso, a água fervente mata instantaneamente quase todos os microrganismos presentes na superfície dos alimentos, tornando-os mais seguros para o consumo.

quarta-feira, 17 de outubro de 2018

Geleia fácil de figo



Primeiramente vou declarar em voz alta (estão ouvindo?): EU AMO FIGOS! Sei que há muitas pessoas que não partilham esse amor que eu tenho, mas só posso ter pena delas. Figos são deliciosos e versáteis.

Quando verdes, servem bem para doces em calda ou doces de corte, como as goiabadas. Mas nada se compara a um figo maduro, suculento, que serve para essa geleia da receita. Ou serve para comer recheado de algum queijo forte, como gorgonzola ou Rochefort, parmesão ou outro de sua preferência.

Tenho um amigo apaixonado por figos Rami, que são figos em calda feitos um a um. E essa geleia aqui serve para colocar na torrada, no biscoito, como recheio de bolos, ou servida com um pouco de creme de leite.

Auxiliar no tratamento de diversas doenças, como diabetes, hipertensão e colesterol, o figo é rico em vitaminas A, B e K, contendo minerais como ferro, potássio, cálcio e magnésio. Depois disso, não há como deixar a fruta fora da dieta, seja in natura, ou em um dos doces sugeridos.

Ingredientes

1,5 kg de figos bem lavados, sem os talos e picados
500 g de açúcar
Casca de um limão

Preparação

Colocar tudo em uma panela funda e levar ao fogo alto, até que o açúcar esteja todo derretido e o preparado esteja líquido (o figo faz bastante água). Baixe o fogo e deixe cozinhar, mexendo de vez em quando até estar no ponto desejado. Não esqueça que após esfriar ele fica mais denso, portanto tire do fogo quando estiver despregando um pouco do fundo. No final retirar a casca de limão e triturar com o mixer.
Deixe esfriar um pouco e coloque em vidros esterilizados. Dura uns três meses na geladeira.

Obs.: o açúcar pode ser substituído por adoçantes culinários, lembrando de reduzir a medida para 1/3 dos 500 g.


domingo, 14 de outubro de 2018

Ta chegando a hora de comer muita manga!



Dizer que a manga é fruto da mangueira é o mesmo que dizer que eu sou filha da minha mãe e do meu pai. Mas ainda temos coisas a dizer sobre essa fruta, que já usei em receitas de saladas, sucos e do chutney (https://depoisdos39.blogspot.com/2018/09/chutney-de-manga-caseiro-e-amigos-muito.html) como saber, por exemplo, que essa árvore frutífera é natural do sul e sudeste da Ásia, sendo introduzida em outras áreas da África e do Brasil pelos portugueses, que também tornaram a manga popular na Europa.

Na Índia, onde é a fruta nacional, há mais de 100 variedades de mangas. Muito mais que no Brasil, onde se cultivam as do tipo Haden, Espada, Coquinho, Rosa, Tommy, Bourbon, e Palmer, entre outras. Lá também são usadas em vários pratos da culinária nativa, enquanto que aqui, as pessoas usam mais a fruta in natura.

A manga é uma fruta do tipo drupa, de coloração variada: amarelo, laranja e vermelha, sendo mais rosada no lado que sofre insolação direta e mais amarelada ou esverdeada no lado que recebe insolação indireta e, acredita-se, é a fruta fresca mais consumida em todo o mundo.

Uma manga fresca contém cerca de 15% de açúcar, até 1% de proteína e quantidades significativas de vitaminas, minerais e antioxidantes, podendo conter vitamina A, B e C.

Graças à alta quantidade de ferro que contém, a manga é indicada para tratamentos de anemia e é benéfica para as mulheres grávidas. Pessoas que sofrem de câimbras, estresse e problemas cardíacos, podem se beneficiar dos níveis de potássio e magnésio.

Para quem tem problemas digestivos, as mangas ajudam o trato intestinal, ajudando ainda na cura de gengivites e estomatites (aftas).

Os que desejam cultivar essa fruta saiba que ela vai bem em climas tropicais e subtropicais. Devem ser plantadas em uma área com boa drenagem e um solo ligeiramente ácido, e regadas regularmente quando jovens, porém, ao atingirem a maturidade, devem ser regadas com intervalos entre 10 e 15 dias. Cerca de cinco meses após a floração, as mangas estão maduras. Quando a manga já chegou em seu tamanho final e está pronta para ser colhida, ela se torna fácil de ser tirada do pé, com um simples puxão.

O título desse artigo tem a ver com a época que estamos vivendo. Mesmo que no Brasil tenhamos frutas o ano todo por termos estações do ano indefinidas, é mais para o final do ano que as mangas começam a aparecer nas feiras e mercados. Portanto, vamos a elas!

Ah! E manga é para comer e se lambuzar!



Dicas de cultivo de orquídeas e um amigo que foi plantar junto a Deus



A esquecida
Vou confessar que estou adiando muito este artigo. Prometi a uma amiga que faria uma pesquisa legal sobre orquídeas, porque ela começou a se interessar por essas flores tão delicadas de trato. E fui pesquisar, na internet, mas, principalmente junto a um amigo que cultivava orquídeas.

Entre troca de mensagens e alguns telefonemas, consegui algumas informações interessantes que vou compartilhar neste artigo. Mas lamento informar que o amigo que me deu a maior parte das informações se foi. Foi para perto de Deus plantar flores, espero! Era uma pessoa de índole maravilhosa e suas plantas reconheciam isso. Nós que aprendemos a gostar da companhia dele também.

Em tempo: as fotos que vou usar aqui foram feitas pela amiga Ana Ligia durante um festival de Orquídeas, na cidade de Poá (SP), seis anos atrás.

A primeira coisa que aprendi com esse amigo cultivador de orquídeas é que a paciência é essencial para ser um orquidófilo. A segunda é que a maior parte das orquídeas brasileiras é epífita, ou seja, elas crescem presas às árvores, mas não são parasitas, porque elas não roubam nenhum nutriente de suas hospedeiras.

Outra coisa que meu amigo fez questão de ensinar é nunca coletar ou comprar plantas retiradas ilegalmente das matas. As orquídeas já foram bastante dilapidadas pelos mateiros e colecionadores gananciosos. Procure adquiri-las de empresas produtoras de mudas ou de orquidófilos que tenham plantas disponíveis. Diga não às orquídeas coletadas do mato.

Posto isso, vamos às outras lições:

1 – Sempre escolha espécies de orquídeas adaptadas à sua região. Como a florada dessas plantas se dá duas vezes ao ano, é bom ter espécies diferentes e aumenta as chances de ter sempre alguma flor para admirar.

2. Mantenha o vaso úmido, mas não encharcado. É mais fácil matar uma orquídea por excesso do que por falta d’água. Não colocar pratinho com água debaixo do vaso, pois as raízes poderão apodrecer. Molhe abundantemente duas ou três vezes por semana, deixando a água escorrer totalmente. Nos outros dias, basta vaporizar as folhas de manhã cedo ou no final da tarde, quando a planta não estiver sob o sol.

3. Ponha suas plantas em locais onde elas possam ser banhadas pelo sol no horário da manhã. Como as pessoas elas gostam do sol até as 9 horas e após as 16 horas. Se a planta não tomar sol, ela não vai florescer. As orquídeas podem ser fixadas também no tronco de árvores, desde que estas não tenham copas muito grandes e sombreadas como as mangueiras. E de preferência, mantenha os vasos em um mesmo local. As plantas se ressentem das mudanças.

4. As orquídeas precisam de locais arejados, mas não de locais onde bate vento forte. Não esqueça que orquídeas são plantas delicadas.

5.  Utilize um desses adubos líquidos, facilmente encontrados na seção de jardinagem de qualquer supermercado. Adicionar algumas gotas à água com que será feita a vaporização, no caso de usar pequenos pulverizadores. Procure molhar sempre a parte inferior das folhas de sua orquídea, pois é aí que se encontram os estômatos, que absorvem água e nutrientes.

6. Se as plantas forem cultivadas de uma forma adequada, elas serão resistentes a pragas e doenças. Se não houver excesso de umidade, por exemplo, dificilmente os fungos irão atacar. De qualquer modo, previna-se. Um dos grandes inimigos do cultivo de orquídeas são as cochonilhas. Esses pequenos organismos sugam a seiva da planta e podem matá-la se não forem combatidos. Quem possui poucas plantas pode catá-los, um a um, antes que se propaguem. No caso de uma infestação, há necessidade de usar defensivos. Dê preferência às fórmulas naturais, pois os produtos químicos industrializados costumam ser tão prejudiciais às plantas quanto a quem as cultiva. Borrifar água com fumo de corda costuma ajudar bastante.


7. Anote o nome da sua orquídea numa plaqueta e, se vai se tornar colecionador, use códigos para melhor identificação. Anote também a data da floração de cada planta. Se ela não voltar a florescer na mesma época, no ano seguinte, isto pode ser um sinal de alerta: talvez ela esteja com algum problema. Examine, então, as condições de irrigação, luminosidade, ventilação etc.

8. Frequente uma associação de orquidófilos se quiser levar isso a sério. É um ponto para trocar ideias, tirar dúvidas sobre o cultivo de orquídeas e fazer contatos. Os orquidófilos costumam gostar de partilhar conhecimentos e, em se tratando de orquídeas, sempre serão incompletos.
De acordo com o amigo que eu perdi, as orquídeas sempre nos surpreendem com alguma novidade a aprender sobre elas. Talvez resida aí a aura de mistério que essas plantas exóticas carregam consigo.


sexta-feira, 12 de outubro de 2018

A missa de Aparecida e os pensamentos que não posso calar


Esse vai ser um artigo em forma de carta, e também em forma de prece, porque estou muito mais do que triste com tantas coisas acontecendo e não posso me calar. E vou dedicar isso a algumas pessoas que já foram especiais na minha vida um dia, mas se tornaram o mal dentro do mal.

Hoje é dia das crianças, e vejo um país no qual eu não quero criar filhos, porque é um país que gasta bilhões com uma eleição, mas não gasta nem trocados com a educação dessas crianças. E nem quero falar das barbaridades que ouço sobre a educação das escolas públicas porque só vejo um monte de gente burra falando do que não entende.  Para começar, ninguém está ensinando seu filho a ser gay, trans, heterossexual, nada! Não é porque seu filho aprende coisas sobre o dia da árvore que ele vira planta.

Segundo: você é responsável pelo seu filho. Educação é você quem dá e não a escola. A escola dá “INSTRUÇÃO” (SIM TUDO EM MAIÚSCULA)! Se seu filho vai se tornar alguma coisa é pessoa do bem ou do mal e isso é SUA responsabilidade. Quer ensinar algo ao seu filho/filha? Ensine que só quem respeita será respeitado.

Pare de ensinar seus filhos que alguém é superior a alguém neste mundo. Vai tudo parar no mesmo lugar: o cemitério. Somos apenas comida de vermes. O fim é o mesmo. Mas podemos fazer com que o meio seja melhor. Então pare de ensinar o ódio. Pare de ensinar o preconceito.   
Sei que eu estou pregando para os peixes aqui, ou para os muros, pois parece que a maioria não quer ver o que está fazendo. E nessa hora minha carta vai ser bem pessoal. Você acha mesmo que alguém merece ser espancado, torturado, massacrado porque nasceu de cor diferente da sua? Professa outra religião? É de outro sexo? E então me esqueça. Não quero ter nada a ver com gente tão mesquinha a ponto de acreditar ser isso uma solução.


Não vou nem apelar para a humanidade em uma pessoa assim, porque não creio que a pessoa terá isso. São pessoas que falam que negros ou índios não podem lutar pelos seus direitos, mesmo que eles tenham sido raptados e transformados em escravos, mesmo que suas terras tenham sido roubadas e tenham ficado doentes e continuarem a ser mortos todos os dias.

Mulheres não podem lutar pelos seus direitos porque são “inferiores”, e se eu levar em consideração algumas que conheço (e a quem dedico essas palavras) são mesmo. Porque pensam com a cabeça do marido, que acreditam em um camarada que estupra e mata, pensando absurdos sobre as vítimas.
Sei que estou me exaltando e vou chegar a outro ponto antes de terminar o texto.

Hoje, durante a missa, o sermão foi sobre Nossa Senhora Aparecida, que é apenas um dos muitos nomes da mãe terrena de Jesus Cristo. O padre fez questão de lembrar que essa mulher incrível se doou não apenas ao Deus em que acreditava, mas a nós, pessoas de pouco mérito. Lembrou que em suas aparições (que dão os codinomes a ela) sempre foram a pessoas humildes, negros, índios, pescadores, crianças. E que tudo o que ela sempre pediu foi prece, amor ao que o filho dela pregou, misericórdia e paz.

O que menos tenho visto em meu país é Paz. Leio notícias aterradoras sobre ataques a pessoas que têm o direito de ser diferentes. Se você é a favor disso, você pode tirar a palavra “cristão” do seu vocabulário, porque você está longe de saber o significado dessa palavra.
Hoje o padre nos lembrou de que todo o cerimonial da missa tem um significado, que é: não dissemine o ódio. Lembrou que se você tem rancor contra alguma coisa ou alguém só porque essa pessoa é diferente ou crê em algo diferente, você ainda não entendeu o plano de Deus.
E eu, no meio de tudo isso, só conseguia pensar que Nossa Senhora, junto com outras mulheres se postou junto ao filho que foi morto por outras pessoas rancorosas que não tiveram a menor vontade de entender a mensagem de amor ao próximo.

Hoje, olhando para o meu país, vejo a multidão enfurecida escolhendo Barrabás de novo ao invés do inocente. Espero que Deus tenha misericórdia dessas almas, porque estão mais do que perdidas.
E que Nossa Senhora rogue por todos nós e nos traga paz!

Sopa de grão de bico e espinafre em um dia das crianças bem frio



Hoje é dia das crianças e, para quem é católico, dia de Nossa Senhora da Conceição Aparecida.  E antes de passar a receita dessa sopa gostosa, que vai cair bem hoje porque está friozinho, quero falar um pouco dessas duas comemorações.

Mas antes de passar a receita, quero dizer que o Dia das crianças precisa nos lembrar do quanto os nossos pequenos precisam de proteção. E também que Nossa Senhora leva diversos nomes junto com ela. Alguns têm a ver com suas aparições (Fátima, Lourdes, Aparecida), mas outros são as qualidades dessa mãe de todos; grande advogada dos humildes; rainha da paz; imaculada!

E antes que alguém mais fale uma bobagem sobre Nossa Senhora, quero lembrar que ela esteve com seu filho no pior momento. Enquanto ele era morto. Ela não temeu por sua vida enquanto chorava aos pés da cruz do seu filho, junto a outras mulheres e apenas um de seus apóstolos.


Mas vamos à receita porque eu sei que ando devendo às amigas e amigos leitores, que desejam apenas cozinhar e espalhar carinho nos seus pratos. Essa é uma sopa equilibrada, completa e simples, que vai fazer adultos e crianças comerem legumes e verduras. Muito deliciosa e saudável!

Ingredientes

250 g de grãos de bico cozidos (se preferir compre o pacote tetrapak)
100 g de espinafre fresco
Três fatias de pão velho (amanhecido)
Dois dentes de alho
Uma cebola
Três colheres de sopa de molho de tomate
Uma colher de chá de páprica
Uma folha de louro
Seis raminhos de salsinha
Azeite, sal e pimenta.

Preparação

Corte o pão em cubos grandes e doure-os na frigideira com um pouco de azeite. Deixe o mais seco possível.
Ponha os pedaços de pão dourado numa tigela e junte a salsa cortada em pedacinhos e misture. Reserve.
Coloque novamente na frigideira um pouco de azeite e refogue os dentes de alho cortados. Junte a páprica e misture. Deixe ainda refogando por alguns segundos.
Ponha essa mistura na tigela com pão e salsa. Com a ajuda de um pilão, esmague tudo. Devemos tentar obter a mistura tão fina quanto possível. Reserve.
Em uma panela grande, refogue as cebolas cortadas com azeite. Quando a cebola tornar-se transparente, junte o molho de tomate e misture bem.
Junte em seguida o grão de bico (sem água) e o espinafre (já lavado e picado). Deixe cozinhar por alguns minutos, misturando regularmente.
Cubra de água e junte a mistura do pão. Tempere com sal e pimenta. Junte a folha de louro. Misture bem. Assim que ferver, deixe cozinhando por 30 minutos (não precisa tampar).
Delicie-se!


domingo, 7 de outubro de 2018

Brownie de chocolate branco e frutos vermelhos



Existe um brownie que não é feito com chocolate comum, mas sim com sua versão branca. O nome é Blondie, que também é o nome de um grupo de new wave do final dos anos 70 e começo dos 80.

É um bolo amanteigado (como o brownie), e ao invés de colocarmos castanhas ou nozes, usamos frutos vermelhos (amoras, morangos, cerejas). Você pode fazer a versão inteira (em uma assadeira quadrada) ou em formas de muffins. É um docinho bacana para a criançada levar de lanche, ou para aquela hora em que bate uma fominha de açúcar e queremos fazer algo fácil.

Ingredientes

Três ovos
60 g de açúcar
60 g de farinha de trigo
100 g de manteiga
200 g de chocolate branco
150 g de frutos vermelhos

Preparação

Numa tigela, misture os ovos e o açúcar. Junte a farinha e mexa novamente. Derreta a manteiga e o chocolate (juntos). Espere esfriar um pouco e misture tudo.
Por últimos junte misture os frutos vermelhos.
Despeje na forma já untada. Leve ao forno por 30 minutos a 180°C.

Lixo, entulho, bagulho e uma eleição muito complicada


Esse será o artigo mais difícil que escreverei, porque tentarei ser coerente, mas não tenho a certeza de conseguir. Vou começar a história com os restos de uma cama quebrada que estão dentro de minha casa e que preciso levar a um ponto de coleta do município para não deixar em casa ou na rua.

Estava comentando com alguém do meu bairro a respeito disso, e a pessoa me falou a certa altura para eu deixar na praça, porque “todo mundo faz isso”. E eu disse que não achava isso correto, mas a pessoa insistia dizendo “se você não fizer o outro faz”. Olhei bem nos olhos da pessoa e disse: ‘tem um monte de gente que rouba e mata, mas eu não vou fazer isso, porque sei a diferença entre certo e errado’. A tal pessoa se calou e depois de um tempo reconheceu que eu estava certa.

Ontem à tarde, alguém jogou um pacote de entulho em frente do meu prédio. E sei que essa pessoa foi vista, pois quando voltei os comércios ainda estavam abertos, mas ninguém se importou se estava vendo uma coisa errada acontecer, mas não moveu uma palha para impedir.

Independente disso, a questão aqui não é estar certa ou errada, mas sim pensar sobre o que se faz e se isso não vai prejudicar ao próximo. Estamos vivendo tempos tão individualistas que parece que todos pensam que o mundo foi inventado só para a própria satisfação, não importando se uma atitude nossa pode prejudicar milhões de pessoas.

Na verdade o pensamento geral é sempre: “mas é só o meu saco de entulho”; “é só o meu papel”; “é só o meu copo, canudinho, garrafa”; é só o meu! Não é. É o seu e o de muitas pessoas que pensam igual a você, sem se importar se está ferrando com a vida alheia. Provavelmente você se acha uma pessoa de bem, de família, e que qualquer coisa que você fizer está assegurada por isso. Mas não está.
Bondade está em pequenos gestos também. Está em pensar antes de falar alguma coisa que pode ofender alguém. Antes de fazer alguma coisa que pode atrasar a vida de alguém. E o que menos tenho visto nestes tempos é bondade. Especialmente em tempos eleitorais vejo uma sede tão sanguinária de poder que chego a passar mal.

Ouço e vejo pessoas chegarem às raias do absurdo para defender que devemos mesmo andar armados e sei lá (!) atirar nas caras uns dos outros porque algo que se faz não nos agrada. Não sei por qual motivo o fato de uma pessoa ter opção sexual diferente da sua; religião; cor de pele; sexo; ideologia diversa da sua seja motivo para agressão.

Vejo uma boa parte do meu país acreditando em um projeto que, além de ser um retrocesso de desenvolvimento, prega uma violência e um sadismo fora do comum. E ainda tem gente que não sabe como a Alemanha caiu no nazismo.

Pois é. Isso também é fazer algo sem pensar se isso vai prejudicar ao próximo. Vamos colocar aqui que não estou fazendo a propaganda de ninguém, mas estou levantando a bandeira da democracia e pedindo: pensem muito bem antes de fazer algo que pode prejudicar milhões de pessoas que não merecem isso.

Para terminar, gostaria de lembrar que a Alemanha nazista levou o mundo a uma guerra mundial, na qual mais 47 milhões de pessoas morreram em batalhas, em campos de concentração, de fome, de doenças. A violência não nos levou a parte alguma. Quero lembrar também que alguns dos mais improváveis rivais ideológicos se uniram para combater um mal maior. E é só o que eu peço e espero. Uma união para combater o mal maior.

Mas também espero que as pessoas parem de jogar lixo na rua. Talvez um dia eu consiga convencer alguém. Hoje escorreguei em um monte de santinhos largados pela rua. Que droga!

sábado, 6 de outubro de 2018

Licor de café e as mudanças que esse fruto faz!



Estamos vivendo um momento particular neste país, mas não quero falar disso. Quero falar do café, essa coisa adorada por 10 entre 10 brasileiros e que está na base deste país. Já falei em outro artigo (vejam https://depoisdos39.blogspot.com/2017/10/o-cafe-e-saude.html), sobre a chegada e os benefícios do café para as pessoas, mas hoje tenho um motivo especial para falar de café.

Estava dando uma faxina nas estantes de livros e encontrei uma brochura com receitas de café e uns escritos falando das fazendas cafeeiras, de seus “sinhôs” e “sinhás”; de sua “elegância”, mas bem pouco sobre os escravos que construíram esse país com seu sangue, suor e dor. E fala quase nada sobre os imigrantes que vieram substituir essa mão de obra, jogada à margem pelos seus antigos exploradores.

Eu não queria falar disso hoje, mas realmente a tal brochura me deixou triste e pensativa. Porque vejo tanta gente sendo chamada de vagabunda sem ser que isso me remeteu a esses tempos passados. Vou terminar passando uma receita fácil de licor de café, e pensar que vocês me perdoarão o texto longo antes disso.

Ingredientes

- 1 xícara de grãos de café
- 1 kg de açúcar
- 1 litro de aguardente de boa qualidade
- ½ litro de água

Preparação

Colocar os grãos de café a macerar na aguardente num frasco de vidro de boca larga por 10 dias ou mais e ir mexendo diariamente.
Coar o líquido com um coador de pano e reservar.
Prepare uma calda com o açúcar e a água, até dourar. Deixe esfriar.
Junte a calda à mistura de café que já está no frasco de vidro e mexa bem.
Deixe descansar por 30 dias pelo menos e depois disso filtra-se com papel próprio para xaropes. Filtros permanentes também fazem o trabalho bem.
Depois é só engarrafar e deixar envelhecer por uns três meses. Esse licor, que deve ser bebido com parcimônia após as refeições, dura muitos anos depois de feito.

Dica: misturado com um pouco de creme de leite fresco ele fica muito bom também!


quinta-feira, 4 de outubro de 2018

No Dia de São Francisco


Hoje é o dia do santo que mais se aproximou do ideal de paz e de amor pregado (em palavras) pelas religiões. São Francisco, que amava e falava com os animais; que tratava pedras, árvores, rios, sol e lua, enfim, tudo como criaturas.

Quero aproveitar esse dia para postar algo que fale de paz, já que o Deus em que eu acredito não desceu a essa terra para dizer que nos matemos uns aos outros, e sim para que nos amemos uns aos outros. Difícil? Sim. Mas poderíamos começar em patamar mais baixo, respeitando ao próximo.

Quero aproveitar o jeitão de São Francisco e fazer com que voltemos a tempos mais simples, em que olhávamos mais nos olhos uns dos outros ao invés de olhar para uma tela de TV ou celular.

Quero chamar a atenção para essa mania feia de jogar lixo no chão. Quem ensinou que isso está certo?

Quero pedir que a água seja limpa; que todo mundo tenha casa e comida; que tenhamos saúde e saneamento; que tenhamos escola; e que as crianças e os animais sejam livres; que as árvores floresçam e frutifiquem; que a fome acabe.

No dia de São Francisco, tudo que desejo são as bênçãos para todos aqueles que lutam por um mundo melhor, e não por interesses que destroem a tudo e todos.

No dia de São Francisco eu quero paz.

Dedico esse post ao amigo Roberto Klimas Bajorinas, que faz aniversário hoje!


quarta-feira, 3 de outubro de 2018

Pão recheado com bacon e quatro queijos



Depois de oito horas no trabalho, muitos problemas sem solução e umas quatro horas no percurso de ida e volta, tudo o que eu queria é esse sanduíche quente pra comer. Você pode fazer como entrada, no meu caso eu acho que está mais para prato principal! O que acham?

Ingredientes

Cerca de 300 g de queijos ralados ao seu gosto* (muçarela, parmesão, provolone, gouda, queijo de cabra,   gorgonzola etc.)
Um pão italiano redondo
Uma cebola e cinco dentes de alho picados
200 g de bacon em cubos
Margarina sem sal o quanto baste
Salsa picada

Preparação

Comece por recortar uma "tampa" no pão e retirar todo o miolo sem furar o pão. Reserve.
Em seguida coloque numa frigideira antiaderente a cebola e o alho, juntamente com o bacon (sem adição de qualquer gordura) e, se quiser, coloque uma pitada de pimenta do reino. Deixe cozinhar até tostar o bacon.
Num recipiente coloque o preparado anterior e misture a margarina e a salsa. Misture bem e adicione os queijos ralados. Ponha dentro do pão. Cubra o pão com papel de alumínio e leve o forno médio (cerca de 170º C) por 20 minutos.
Passado 10 minutos mexa o preparado para  cozinhar por igual. Nesta altura coloque o miolo, também, no forno para  tostar.
Sirva acompanhado do miolo torradinho assim que sair do forno.

Obs.:  o pão leva queijos que derretam e combinem bem. Não usei nenhum queijo processado por achar que eles mascaram os sabores, mas se for usar um desses (a escolha dos queijos é ao gosto do freguês), prefira um bom Catupiry, o verdadeiro.


terça-feira, 2 de outubro de 2018

Terrina de batata, e um dia cheio de trabalho


Sabe aqueles dias chatos, em que o trabalho não rende e parece que ficamos dando voltas sem resolver nada? Pois esse foi o meu dia de trabalho. Metrô e ônibus lotados, muita gente em petição de miséria pelo caminho e alguns “colegas” que transformam seu dia em uma filial do inferno.

Mas, não me deixei abalar. Fiz uma prece e continuei. Agora, aqui em casa, fiz esse prato e estou esperando ficar pronto  enquanto impulsiono algumas páginas de um amigo nas redes sociais.

Essa terrina de batatas é fácil e versátil. Eu fiz o recheio com ovos porque precisava dar cabo de alguns aqui de casa, antes que fiquem passados. Mas pode-se escolher o recheio que quiser. É do gosto de cada um.

Ingredientes

Mais ou menos ½ kg de batatas
Um ovo
100 g de queijo ralado
150 g de presunto cortados em cubos
Sal, pimenta e noz moscada
Quatro ovos cozidos


Preparação

Descasque, corte as batatas em rodelas e cozinhe com água e sal.
Tire do fogo. Amasse as batatas. Acrescente o ovo cru, o sal, pimenta e noz moscada (a gosto), e misture bem.
Junte o presunto cortado em cubinhos e o queijo ralado.
Unte uma forma, dessas em formato de pão e polvilhe com farinha.
Despeje a metade da mistura na forma e aperte bem.
Coloque os ovos cozidos, no centro da forma e alinhados. Cubra como resto da mistura e aperte novamente, deixando a massa bem lisinha.
Asse por 30 minutos no forno a 180°C. Espere esfriar antes de desenformar.



Duas vidas ou uma só basta?

Duas vidas ou uma só basta? : Não me lembro de quem foi que disse a frase: “deveríamos ter duas vidas, uma pra ensaiar e outra para represen...