terça-feira, 29 de junho de 2021

É dia de São Pedro e vai ter reza!


Pensou que eu ia terminar o dia de São Pedro sem um post? Pois é, sei que já postei hoje, mas é a última das grandes festas juninas: São Pedro. Dia em que os pescadores enfeitam seus barcos e saem em procissão, preces e pedidos de uma vida melhor, em que não falte alimento nem trabalho.

Eu não sou pescadora, mas vou fazer minhas próprias preces, porque quando rezamos estamos pedindo, ou agradecendo, e isso não deveria cair em ouvidos ou olhos vazios.

Vou começar com uma prece bem judaica; na verdade vou parodiar... “no ano que vem, em Jerusalém”. Os judeus da diáspora rezavam isso esperando um dia voltar para a sua terra prometida, como os milhares de refugiados do mundo todo esperam voltar para suas casas.

Então eu peço: que todos nós tenhamos uma casa para onde voltar. Olhai por aqueles que não têm mais lar, ou esperanças, ou uma vida pela qual lutar.

Sei que muitos estão se sentindo aprisionados, por conta da pandemia, e com saudades de uma festinha junina, de dar uma “aglomerada”, mas, mesmo gostando das festas de foguetório, acho um pedido por festas meio fútil. O que eu quero é que sejamos todos vacinados, que se curem os doentes, e que sejam honrados os milhares que morreram por conta dos fúteis que só pensam em seu próprio conforto.

Neste dia de São Pedro, um trabalhador, peço que as pessoas, eu entre elas, encontremos trabalho que nos sustente. Um trabalho digno onde não haja exploração, tão comum nesses dias de desespero. Peço que aqueles que podem criar postos de trabalho o façam, porque se não há trabalho, não há renda, e se não há renda, não há desenvolvimento ou dignidade.

Peço a São Pedro que interceda por todos os que estão sofrendo injúrias, agressões (virtuais ou não) por simplesmente serem quem são: pobres, indígenas, negros, mulheres, gays, trans, enfim, aquilo que não podemos mudar porque é a essência do SER.

Peço que as pessoas respeitem umas às outras, e não fiquem de rapapés só porque alguém é bem-sucedido financeiramente. Aliás eu peço que as pessoas entendam a diferença entre “direitos” e “privilégios”. Todos nascemos com direito a saúde, uma vida segura, educação etc., isso é o que precisamos. Parem de rezar por quem tem de tudo, e comecem a pensar em quem não tem nada.


São Pedro, por favor, tire as cabeças das pessoas das tonteiras, do desejo por objetos dos quais não precisam, e que só vêm para preencher os vazios de suas mentes e corações. Que os pensamentos se voltem para o bem comum. Que pensemos no próximo e o ajudemos antes de julgá-lo.

E já que a festa de São Pedro é uma festa cristã, peço muito, mas muito mesmo, que as pessoas que se dizem cristãs entendam o significado da palavra. E acreditem, não tem nada a ver com a defesa dos privilegiados, mas com a luta por aqueles que realmente precisam de ajuda. Que as pessoas estendam mais as mãos e deixem de apontar seus dedos.

Se tudo der certo, no ano que vem estaremos pulando a fogueira, enfeitando tudo com bandeirinhas e faremos uma festa de verdade, com motivos para comemorar. Amém

 

 

A história dos doces típicos do Brasil


Tem gente que nem quer saber disso, para elas basta comer o que tiver na frente. Mas até essa realidade está mudando, e muitas pessoas querem saber, quem teve essa ideia? Quem disse que fazer esse ou aquele doce daria certo? É isso que eu quero falar neste post, como nasceram alguns doces típicos do nosso país. Saibam, para início de conversa, que muitos dos nossos doces “típicos”, são, na verdade importados da Europa, mais precisamente dos portugueses, que trouxeram na bagagem várias receitas que estão no território nacional desde o tempo de Brasil Colônia.

E acredite, tudo, até uma receita culinária tem sua carga de história. A rapadura, por exemplo, foi criada para transportar o melaço de cana para Portugal. Diz a lenda que a baba de moça era o doce favorito da princesa Isabel.

Desta vez não vou dar a receita, apenas falar sobre alguns doces e suas histórias, mas com o passar dos dias vou colocar as receitas em posts separados.

Vamos começar com um dos meus favoritos, o Bolo de Rolo, uma iguaria do maravilhoso estado de Pernambuco, que, diz a lenda, nasceu em Portugal, onde era recheado de doce de amêndoas. Bem... no Nordeste não tinha amêndoas, mas tinha goiaba e cana de açúcar. Resultado? Um pão de ló finíssimo, enrolado com recheio de goiabada e adoçado com melaço de cana. É uma receita tão incrível (e antiga!), que em 2008 o bolo de rolo foi reconhecido como patrimônio imaterial de Pernambuco.

Eu poderia dizer que Ambrosia é um dos meus favoritos também, mas a quem estou enganando? Adoro doces! Popular em Minas Gerais, é uma mistura de leite, ovos e açúcar que também foi trazida ao Brasil pelos portugueses. Alguns dizem que Portugal era um dos maiores produtores de ovos da Europa e por isso esse ingrediente figura em diversas receitas de doces, mas também temos que lembrar que a maioria dos doces portugueses nasceram dentro dos conventos e serviam para aumentar a renda das irmãs, que usavam muita clara de ovo para engomar seus hábitos... sobravam as gemas, que viraram quitutes ainda hoje existentes. A versão brasileira, devido à grande quantidade de açúcar presente no País, é bem doce, de dar cárie no dente!

E o que tem no tabuleiro da baiana? Cocada! Criada por conta da abundância de coco na Bahia, o mais típico dos doces não tem uma origem feliz, mesmo com um resultado delicioso. As escravas angolanas do Nordeste produziam (e algumas até vendiam) esse doce para os “senhores” de engenho usando dois ingredientes bem abundantes na região: o açúcar e o coco. As cocadas existem hoje em várias partes do globo, em versões gourmetizadas, mas nasceram com as africanas e nunca deveríamos esquecer isso!

Tem gente que acha que Rapadura não é bem um doce, mas é e serve de alimento, até os dias de hoje, em muitas regiões do Nordeste, onde a carência faz desse doce a principal fonte de sustento. Não se sabe ao certo em que lugar foi criada a rapadura, mas a história conta que era uma maneira de facilitar o transporte do melaço de cana do Brasil para Portugal. Os tijolos de rapadura eram ótimos também para conservar o produto durante a travessia marítima.


Bem, este doce aqui não está entre meus favoritos, mas é tão típico que eu não poderia deixar de fora. O Sagu nasceu longe dos grandes centros coloniais brasileiros, lá na Serra Gaúcha. Essa foi uma mistura cultural, que envolveu a mandioca nativa, que fazia parte das comidas indígenas, o processo de transformar essa goma de mandioca em bolinhas, feita pelos descendentes alemães, e a mistura dessas bolinhas de goma com vinho, feitas pelos italianos. O resultado é um doce parecido com uma gelatina de vinho com textura. Como eu disse, não curto, mas conheço muita gente que não passa sem. 

O Bolo de Macaxeira, ou bolo de mandioca, ou bolo de Aipim, como é chamado, dependendo da região, nasceu por conta da falta de farinha de trigo, que não existia por aqui nos tempos coloniais. Na verdade, o trigo, até boa parte do século XX era importado. E na falta de trigo, resolveu-se usar uma raiz nativa daqui e que os indígenas apresentaram aos caras pálidas: a macaxeira (ou mandioca, aipim) para fazer esse bolo. Diz a história que em 1808, quando a família real desembarcou por aqui, um dos doces servidos foi o bolo de macaxeira.  

 E falando em família Real, o doce favorito da última princesa do Brasil, a Baba de Moça. Outra sobremesa de origem portuguesa, foi criada a partir da receita de “ovos moles de Aveiro”. Ao fazer a receita aqui, os portugueses acrescentaram o leite de coco, abundante no Nordeste e era uma sobremesa tão refinada, que era servida apenas em ocasiões especiais.


Se quiser conhecer mais alguns doces típicos que vieram de Portugal, leia o post sobre eles, clicando aqui no blog. Mas recomendo também o livro de Luís da Câmara Cascudo, “A História da Alimentação no Brasil”, da Global Editora, e o documentário na Amazon, baseado em todas as pesquisas desse mestre, e descubram porque a comida e os doces que estão no seu prato têm uma história e são parte de uma cultura que não deve ser destruída!

domingo, 27 de junho de 2021

Paçoca Caseira para a festa de São Pedro e o ano inteiro


As festas juninas estão quase terminando, e mais uma vez sem uma boa quermesse pra gente fazer brincadeiras, tomar vinho quente e se esbaldar de comer gostosuras de milho, amendoim e outras coisinhas típicas.

Dia 29 é o dia do último dos santos juninos, São Pedro, o pescador de homens, que, diz a lenda, foi crucificado neste dia, de cabeça baixo, porque não se sentia digno de morrer igual ao seu salvador.

Mas é festa junina e deveríamos ao menos agradecer que estamos vivos, esperando dias melhores, e podemos fazer um docinho bem típico dessa época do ano, que na verdade podemos fazer o ano todo, já que amendoim é o principal ingrediente e é bem farto por estas terras.

Vamos aprender uma receita de paçoca caseira de amendoim torrado supersimples! Tão fácil que você nem vai acreditar que às vezes paga uma nota preta pra comprar pronta.

Aliás essa paçoca caseira é tão simples que você pode até aproveitar para vender, afinal, em muitos lugares, as festas juninas se estendem pelo mês de julho adentro, e sei que em muitos lugares está acontecendo quermesse virtual, com direito à venda de delícias culinárias.

São apenas três ingredientes, um processador de alimentos (ou liquidificador), e suas habilidades em moldar com suas mãos esse doce tão brasileirinho! Vamos aos ingredientes?

 

Ingredientes:

2 xícaras de chá (xícara) de amendoim torrado e sem pele

1 xícara de chá (xícara) de açúcar

1 pitada de sal

 


Modo de Preparo:

No processador, coloque o açúcar, o amendoim e o sal.

Bata tudo até que forme uma farofa bem fina.

Se estiver batendo no liquidificador, pare de vez em quando e mexa com uma colher para ajudar o seu aparelho.

Transfira essa mistura para uma tigela e mexa essa farofa com as pontas dos dedos, por alguns minutinhos, para que o calor de suas mãos libere o óleo do amendoim. Isso vai ajudar a formar a liga. Em seguida, transfira essa mistura para uma forma, espalhe e aperte bem.

Leve para a geladeira e deixe por 30 minutos.

Em seguida é só cortar as paçocas em quadradinhos e servir.

quinta-feira, 24 de junho de 2021

E viva São João!


 As festas juninas, ou “festas dos santos populares” são celebrações que já existiam nas culturas pagãs. Não os santos, mas a celebrações. Eram as festas que celebravam o solstício de verão no hemisfério Norte, mais especificamente na Europa. Essas festas, com grandes fogueiras eram feitas entre os dias 19 de junho e 25 de junho, variando entre as diferentes culturas.

Depois veio a cristianização e as festas do mês de junho passaram a ser as festas dos santos Antônio, João Batista e Pedro, que fecha o calendário do foguetório. Mas o dia hoje é de São João Batista, o único santo a ser celebrado no nascimento (24 de junho) e na morte (29 de agosto).

Diz a lenda que São João Batista nasceu em 24 de junho, seis meses antes do primo Jesus. Lenda ou não, é bom lembrar que esse é o cara que pregava no deserto a vinda do messias e que batizou o próprio primo nas águas do rio Jordão, dando testemunho de que aquele era o Salvador aguardado e descrito em várias passagens do velho testamento. João Batista também vê que é hora de desaparecer e cumprir seu próprio destino.  

Mas para nós, brasileiros, São João é dia festejar o nascimento; de fazer fogueira gigante e dançar quadrilha em volta. Dia de dançar o Bumba meu Boi; de fazer muita festa, com doces e comidas típicas, bandeirinhas coloridas, brincadeiras como a pescaria, o correio elegante e a cadeia. As festas juninas são bem emblemáticas porque trazem essa alegria ligada ao tempo de colheita. A colheita é vida.

Mas não este ano, porque um irresponsável achou melhor matar o povo do país e não comprou vacina. É festa de São João, e não podemos festejar, a não ser dentro de nosso lar. Mas podemos rezar para São João e pedir a ele para nos ajudar. E quem sabe, ano que vem, poderemos celebrar. Acender grandes fogueiras onde queimaremos as vaidades, e como sua mãe Isabel fez, ergueremos um mastro para sinalizar que a terra poderá se salvar.

Por enquanto quero partilhar essa oração simples para São João nos trazer proteção e prosperidade.

Oração Simpatia Simples Para Proteção e Prosperidade



Tenha nas mãos água, uma vela ou um incenso aceso e reze esta oração com fé, mentalizando a purificação e a realização dos pedidos através do fogo e da água. Ao final, beba a água! Poderoso, São João que batizou Jesus às margens do rio Jordão, Dai-me a mesma água para beber e lavar o corpo e a alma. Peço luz e proteção pelos caminhos do bem, pelo ar que respiro, que nunca me falte o pão. A vós dedico a minha devoção praticando a caridade com louvor e oração. Que eu tenha sempre a paz e amor no coração, Poderoso, São João. Amém.

quarta-feira, 23 de junho de 2021

Sem vontade, de má vontade, chateada

Não é segredo para ninguém (que tenha um cérebro), que esta pandemia está mexendo com o ânimo, a cabeça e com a vida de milhões de pessoas em todo o mundo. Mas aqui no Brasil eu creio que isso está passando dos limites. Não sendo o bastante lidar com o medo de uma doença para a qual já existe vacina, com a morte de meio milhão de pessoas e todo o problema da nossa falta de infraestrutura, ainda temos que lidar com a psicopatia de alguns setores de governo e a inércia (na verdade a cumplicidade) de outros.


Todos os dias recebo um número incrível de telefonemas e e-mails com petições online, convocação de tuitaços, pedidos de ajuda para pessoas que não têm casa, comida, trabalho, estão morrendo de covid e outras doenças, estão tendo suas terras e vidas roubadas. Tento ajudar na medida do meu possível, mas são muitos e, como eu, estão desesperançados.

Nos últimos três dias tive de dizer não a instituições que ajudei em outros tempos, porque neste momento não consigo ajudar nem a mim mesma. São muitos obstáculos para viver neste Brasil e além de ter que contornar ou pular essas barreiras, ainda tenho que explicar o tempo todo que estou em busca de trabalho, que o trabalho é que anda me recusando.

Consigo uns “expedientes” aqui e acolá, pagando menos que um salário mínimo por um trabalho que valeria ao menos uns quatro salários. E até nesses tenho que aturar as pessoas que não sabem o que querem e ficam empatando o meu tempo sem pagar por ele. Melhor ainda ser chamada de vagabunda, porque mesmo que eu tenha meu dia ocupado, não consigo tirar nem mesmo para pagar as contas de todo mês. As palavras: “corre atrás” estão me tirando do sério.

Voltando às instituições e petições, assino, tuito, participo, porque se eu não o fizer, me sinto mesmo uma inútil. Porque é assim que me sinto. Cada rejeição de um trabalho, cada vez que vejo uma lei imoral passar no Congresso; cada vez que vejo a “contagem de corpos”, me sinto inútil. Fico me perguntando se tudo o que está acontecendo não é por culpa minha.

É claro que isso é loucura, e que obviamente a minha sanidade mental está afetada por acontecimentos além da minha competência. Mas isso não me consola. Porquê?  Deve ser por causa do amontoado de bobagens que leio, ouço e tento provar para quem diz que as pessoas precisam voltar a interpretar texto antes de opinar. Que a opinião delas vale, mas só se for acompanhada de fatos, e que não existe pior corrupção do que aquela em que o único projeto é a matança e a destruição em massa.


Como convencer um mané que não estamos sendo invadidos por “marcianos esquerdistas” e que não tem mamadeira de piroca a não ser na cabeça de gente pervertida? Como mostrar que a destruição de empregos não vai fazer nenhum país se desenvolver e que isso é só para causar mais destruição? Como convencer as pessoas a não serem cúmplices de um crime contra a humanidade? Que os preconceitos delas, a longo prazo, são mais perniciosos do que tudo o que elas “acreditam como verdadeiro, mas não comprovam com fatos”?

No final da Segunda Guerra Mundial, diante do negacionismo de muitos cidadãos que aderiram ao nazi-fascismo, os aliados fizeram uma espécie de tour obrigatório por campos de prisioneiros e campos de concentração. Milhões de mortos e torturados foram mostrados como prova da máquina do genocídio, iniciado por um fanatismo quase inexplicável. Não é o único exemplo dessa maldade humana. Muitas outras existem ao longo da história e muitas pessoas continuam usando a frase: “não fui eu”, porque se negam a ver a cumplicidade que têm com os acontecimentos e com tudo.

Cada vez que disser que “é assim mesmo”, ou não entender que “meio milhão” não é só um número, pense nisso. E por favor, pare de espalhar notícias que você não tem como comprovar ao vento. Principalmente se você, sem ao menos ler o que diz o tópico, opina com base em nada! Você não está fazendo bem algum, e, pior, pode estar causando um problema que não entende: falta de humanidade.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

                                                          

segunda-feira, 21 de junho de 2021

São João acende a fogueira do meu coração


Finalmente começou o inverno, as temperaturas estão mais baixas, e vai ter gente reclamando porque quer o verão de volta. Lamento meu povo! É hora de a terra esfriar um pouco, de fazer uma fogueira no quintal e brincar com as crianças, fazendo bandeirinhas, balõezinhos (só de enfeite!), e fazer mais uma festinha junina só para os de casa. São João Batista não se importa. Tenho certeza de que ele nos quer vivos.

Mas é bom lembrar umas tradições. No Nordeste, nessa época do ano, grandes festejos acontecem (não este ano, por conta da pandemia). Uma das tradições é a do Bumba Meu Boi, uma dança que conta a lenda do Pai Francisco, um escravo, que matou o boi Mimoso, para atender sua esposa, Catarina, que estava grávida e com desejo de comer a língua do boi do patrão. Mimoso era o boi mais bonito e preferido do seu senhor. Assim, quando o boi sumiu, o senhor investigou dentre os escravos e os índios e descobriu o que aconteceu. O senhor então exige que Pai Francisco traga o boi de volta a vida.

Pai Francisco começa, então, a convidar índios curandeiros e pajés, na esperança de ressuscitá-lo. Através das danças e coquetéis o boi mimoso volta a vida e todos participam de uma enorme festa para comemorar o milagre. E assim a festa do Bumba Meu Boi se repete todos os anos em uma explosão de cores, danças, músicas e comidinhas juninas.

E como São João é tempo de fazer comidinhas gostosas, segue uma receita bacaninha e fácil!

Pasteis de batata doce


Ingredientes

4 folhas de massa folhada laminada

1 colher de sopa de margarina derretida para pincelar a massa

Para o recheio:

250 kg de batata doce

190 g de açúcar

Raspas de 1 limão

1 colher de café rasa de canela

1 gema

Preparação


Cozinhe a batata doce descascada e cortada, deixe esfriar um pouco e esprema bem, reduzindo a batata a um purê

Leve o açúcar ao fogo com 200 ml de água e deixe ferver cerca de 2 minutos. Junte o purê de batata, a canela e as raspas de limão. Deixe ferver mexendo sempre até ver o fundo ao tacho.

Retire do fogo, deixe amornar e junte a gema. Leve ao fogo novamente para incorporar a gema na massa de batata doce. Retire do fogo e deixe esfriar completamente.

Abra as folhas de massa sobre a mesa e corte-as ao meio na vertical. No meio de cada folha coloque uma porção da massa de batata doce.

Enrole a massa diversas vezes até terminar a folha e dobre as pontas. Faça este processo até terminar a massa.

Coloque os pasteis num tabuleiro forrado com papel vegetal e pincele-os com a margarina derretida. Leve ao forno a 200 °C durante 15 minutos aproximadamente, até ficarem dourados. Decore com açúcar de confeiteiro polvilhado.

quarta-feira, 16 de junho de 2021

Carambola é a fruta do bem


Estes dias juninos eu tenho falado bastante de festas típicas, dado receitas e tudo o mais, e também tenho trabalhado com algumas redações, que me atrapalharam um pouco com relação ao blog Depois dos 39, mas vamos voltar à ativa e usar mais uma vez o espaço para falar sobre algo que me incomoda muito: “pessoas que não sabem nada, mas querem opinar sobre tudo”.

O que isso tem a ver com as carambolas? Neste momento tudo! Mas antes de explicar as carambolas, vamos explicar o porquê deste artigo. E a explicação mais simples são as redes sociais. Faço parte de diversos grupos de hortas, frutas brasileiras, saúde e bem-estar, culinária, natureza etc. Então às vezes fico a pensar, porque uma pessoa entra em um grupo de defesa da natureza se toda vez que a vejo postar algo é para destruir algo? Tipo aquela pessoa que entra em grupo de defesa das árvores (florestas, biomas, e até mesmo as árvores citadinas) e diz que tem mais é que tacar fogo em tudo e cimentar? É óbvio que essa pessoa só está ali para fazer o esporte favorito do brasileiro, que é encher o saco!

Pois em um desses grupos, uma pessoa estava procurando soluções para sua caramboleira, cujos frutos estavam apodrecendo no pé. Ao invés de apresentarem soluções havia milhares de comentários dizendo que carambola é um veneno; que tinha que cortar o pé e salgar o chão pra não nascer mais nada ali e outros comentários idiotas como este. É esse tipo de coisa que me faz pensar em como as redes sociais se perderam no meio do caminho e começaram a espalhar um monte de bobagens nas quais as pessoas acreditam como se fosse verdade.

Aprenda sobre o assunto antes de falar dele!

Voltando às carambolas, sim, há problemas para algumas pessoas no consumo dessa fruta, especialmente pessoas com insuficiência renal. Sim! Temos muitas pessoas com problemas em suas funções renais, e elas realmente devem comer carambola muito raramente (ou nunca!), mas isso não significa que a fruta seja o demônio encarnado, que vai matar todo mundo! Calma lá meu povo!! Por exemplo, pessoas com dietas de emagrecimento devem consumir algumas porções de carambolas durante a semana, porque é uma fruta com poucas calorias e combate o envelhecimento, pois é rica em antioxidantes.

No entanto, a carambola também tem outros benefícios como: combater o colesterol, pois tem fibras que evitam que o corpo absorva o colesterol; chá de carambola ajuda a diminuir o inchaço porque é diurético; suco de carambola ajuda a baixar febre e diminuir a diarreia.

E para os diabéticos a carambola ajuda a baixar o açúcar no sangue, com suas propriedades antiglicêmicas, além de suas fibras que também dificultam a subida repentina de açúcar no sangue. Além disso, cada 100 gramas de carambola dão ao seu organismo 7,5 gramas de carboidratos simples, 23,6 mg de vitamina C, 45 mcg de vitamina B1, 30 mg de cálcio, 11 mg de fósforo e 172,4 mg de potássio. Essa riqueza em vitaminas e minerais faz com que a fruta seja indicada durante a gravidez para repor especialmente o potássio, evitando aquelas câimbras recorrentes.  

Portanto, para quem não possui doença renal, não há problema em comer a fruta, fazer suco ou utilizá-la em outras preparações, como saladas e acompanhamentos de pratos doces e salgados, desde que o consumo seja feito com moderação.

 


Mas e a caramboleira do moço do meu grupo?

Confesso que tentei ajudar, com as poucas indicações que ele deu, a melhorar o cultivo da árvore. E vou repassar aqui os conselhos dados, já que ele só tem uma árvore de carambola e, como muitos nos grupos, é só uma pessoa que gosta de plantar e colher suas frutas e verduras, não um agricultor profissional.

A caramboleira deve ser cultivada onde bate sol o dia todo, ou pelo menos na maior parte do dia, em solo bem drenado e rico em matéria orgânica. Se você for plantar uma árvore anã em vaso, adicione uma parte de terra, uma de areia e duas de esterco de vaca ou cavalo, bem curtido. Ao semear, não afunde as sementes mais do que 2 cm de profundidade, caso contrário elas acabarão apodrecendo antes de se desenvolver.

Um truque para a muda que será transplantada para o local definitivo é colocar, no fundo da cova, 300 gramas de calcário dolomítico (calcário para agricultura, usado para corrigir a acidez do solo). Esse calcário também fornece cálcio e magnésio indispensáveis para a nutrição das plantas. Por cima dele, jogue uma camada de esterco e outra de terra e só então posicione o torrão de raízes, cobrindo em volta com mais terra adubada. Cada muda jovem precisa de uma cova de pelo menos 40 cm de profundidade e distanciamento de 4 metros entre as árvores.

Geralmente a caramboleira frutifica depressa e começam a produzir já a partir do terceiro ano. Plantas enxertadas frutificam mais depressa, e um pé de carambola dá até 2000 estrelinhas por ano. Mas, não coma todas elas. Dê de presente, venda, aprenda a fazer pratos usando a carambola.

 

 

sábado, 12 de junho de 2021

Dia dos Namorados, véspera de Santo Antônio


Pensei muito antes de começar a escrever sobre o assunto, primeiro porque essa é uma época difícil pra mim por ser de muitas perdas. Mas estamos na pandemia e muitas pessoas estão perdendo pessoas queridas e estão sentindo a falta que fazem.

Às vezes gostaria de ser um colo para consolar os que perderam como eu as pessoas amadas.  Outras vezes queria abraçar amigos que estão com medo de toda a destruição que este país está vendo, causada por pessoas tão nefastas, que chamar a isso egoísmo não compreenderia tanto mal.

Mas não consigo e, às vezes, eu mesma perco o ar e a vontade de viver.

Hoje é o dia dos namorados, e como todas as datas desse tipo, só valem para um comércio desenfreado, que deveria ser mais contido por conta do afastamento social, que não consigo mais chamar de isolamento. Fui ao mercado para comprar uns alimentos e não entrei, porque o ajuntamento ali estava absurdo.

Mas vamos deixar os namorados comemorarem. Espero que, mais do que trocar presentes, haja afeto verdadeiro, uma vontade de viver para conviver.

E como estou falando muito em festas juninas, vamos lembrar dos inocentes tempos do Correio Elegante, quando a gente mandava bilhetinho (SIM! A GENTE ESCREVIA!) para as pessoas de quem “gostava”. A paquera durava um tempo até chegar a trocar beijos. Mas não era nada inocente. A finalidade era a mesma: beijar, dar amassos etc.

E dia dos namorados lembra que é véspera de Santo Antônio, casamenteiro (??) e patrono dos pobres. Amanhã, dia 13 de junho, é dia de levar pão para benzer e pedir para nada faltar nas nossas mesas, rezando neste momento por todos os que estão passando necessidade, já que emprego está mais difícil que o governo federal ser responsável e comprar vacinas para todos.


Vamos pedir que Santo Antônio nos proteja contra tanta maldade e prometer que, tão logo a gente possa, vamos fazer uma festança junina, com direito a paçoca, pé de moleque, todos os derivados de milho e todas as delícias de quermesse.

Hoje, na véspera, é dia de fazer simpatia para atrair um amor, saber o destino da vida etc. Só lembro a que a gente colocava água no prato e pingava 13 gotas de vela pra ver que figura formava. Se era igreja, casava. Se era navio, viajava. Enfim... tem outras, mas não lembro nenhuma.

Só me resta terminar pedindo: Santo Antônio, não nos deixe faltar o necessário para a nossa existência. Rogai por nós e tira essa revolta que está nos engolindo!

 

segunda-feira, 7 de junho de 2021

Junho é mês de foguetório e de bolo diet


Dia 13 de junho começam as festas juninas, que, mais uma vez, serão virtuais. Ou dentro de casa. Não podemos descuidar do Corona vírus, mas isso não significa deixar a criatividade de lado, nem as guloseimas. Sempre teremos alguém para festejar conosco. Familiares, amigos do condomínio, enfim, alguém que também está isolado como você.

Neste post vou passar uma receita de bolo dietético (tenho me cuidado mais ainda), que vai fazer a alegria da mesa junina. Confesso que fiz esse bolo para meu aniversário de ontem, mas vai cair bem no meio dos amigos e familiares, do mesmo jeito que eu e minha amiga nos esbaldamos com ele ontem, numa festa de duas pessoas afastadas pela pandemia e muito saudosas dos bate papos.

Mas, é junho e assim como no Natal a gente tem umas celebrações que meio que vieram no embalo dos povos “pagãos” e foram aculturados e apropriados pelo cristianismo, como o caso da festa de São João Batista (24 de junho), no qual se comemorava o solstício de verão na Europa (Hemisfério Norte).

É mês de fazer fogueira, de soltar bombinha, de dançar quadrilha, apesar das três coisas agora terem outro significado. Vamos resgatar um pouco as nossas tradições mais gostosas, de tomar quentão e vinho quente; comer delícias de milho e amendoim; mandar bilhetes de “correio elegante” para o namorado; brincar de pescaria, argola e o que mais tiver.

Faça bandeirolas para enfeitar a casa ou o quintal. Faz de conta que está tudo normal. Mas não aglomere que ainda estamos todos em perigo. Vai passar, com a nossa ajuda. Não esqueça que a sua festa não pode ser a chateação do vizinho.

E vamos à receita de bolo de banana diet!

Ingredientes

(para um bolo pequeno de 10 porções)

2 ovos grandes

2 colheres de sopa de óleo vegetal (girassol, soja, canola)

2 colheres de adoçante culinário

100 ml de leite (pode ser o vegetal)

1 xícara e meia de farinha de trigo

1 colher de sopa rasa de fermento

1 colher de chá de essência de baunilha

2 bananas prata picadas em rodelas

2 colheres de sopa de passas escuras

2 colheres de sopa de xerém (amendoim moído)



Preparo

Na batedeira ponha os ovos o açúcar e o óleo. Deixe bater em velocidade alta até ficar um creme clarinho. Misture a essência e bata novamente, misturando a farinha aos poucos. Antes de terminar de misturar a farinha, coloque o leite sem parar de bater até criar uma massa homogênea.

Misture o fermento ao restante de farinha e vá acrescentando aos poucos na massa, sem parar de mexer, até a massa começar a levantar umas pequenas bolhas.

Em uma assadeira com furo central, untada e enfarinhada, coloque as rodelas de banana. Espalhe as passas e o xerém. Lembre-se que isso vai ficar na parte de cima do bolo após desenformar. Despeje a massa e leve ao forno pré-aquecido a 200 ° C por uns 25 minutos. Veja com um palito se já está assado. Deixe esfriar um pouco dentro do forno antes de tirar, e desenforme quando estiver morno.

Se sobrar para amanhã me fala.

 

domingo, 6 de junho de 2021

Aniversário, festa junina e tudo o mais


Juro que tenho trabalho para terminar hoje, mas é meu aniversário e, mesmo em uma pandemia, queria fazer um bolinho para mim... Eu acho que mereço.

E sendo meu aniversário, mereço algo docinho para tirar o amargor. Mesmo sabendo que há muitas pessoas que ainda me amam, que pensam em mim, e me lembram, sinto falta daqueles meus que se foram, e meu aniversário e os dias próximos a ele me fazem lembrar muito deles. Minha irmã, meus pais, meu irmão, minha tia...

Às vezes acredito que isso é o que me resta. Lembranças melancólicas. Talvez seja o isolamento social falando mais alto, mas não consigo tirar de mim a sensação de inutilidade diante de tantos que precisam de ajuda. Como se quisesse consolar, mas não ter mais a capacidade de fazer isso.

Mas, acordei, estou respirando. Isso deve ter algum propósito. Só não sei qual...

Lembrei hoje que no próximo domingo será dia de Santo Antônio, a primeira das grandes festas juninas. E, mais uma vez, não sinto aquele cheiro gostoso do mês de junho, o cheiro da quermesse, das fogueiras, e isso me deixa muito triste, mas vou começar a pedir a Santo Antônio, uma semana antes, e, talvez, eu alcance alguma graça.

Santo Antônio, rogai por nós e nos livre da pandemia

Santo Antônio, rogai por nós e tire as pessoas da miséria

Santo Antônio, rogai por nós e não nos deixe faltar o pão de cada dia

Santo Antônio, rogai por nós e faça essas pessoas caírem na real

Santo Antônio, rogai por nós e peça a Deus para nos afastar de todo o mal

Santo Antônio, prometo que ano que vem irei à bênção dos pães e que comigo estejam muitos, que nada mais nos falte, especialmente a fé de que tudo vai melhorar.

Santo Antônio, rogai por nós e nos ajude a sermos pessoas melhores.


Finalmente, eu sei que estamos ainda vivendo um momento de pandemia e peço a vocês todo o cuidado. Não é hora de aglomerar. Não é hora de tirar a máscara. Não é hora de relaxar. Todos nós precisamos aprender que somos responsáveis por tudo o que fazemos.

Eu ia passar a receita do bolo que fiz hoje, mas vou deixar para outro dia. Assim eu crio vergonha e escrevo mais.

E Viva Santo Antônio!

Duas vidas ou uma só basta?

Duas vidas ou uma só basta? : Não me lembro de quem foi que disse a frase: “deveríamos ter duas vidas, uma pra ensaiar e outra para represen...