quarta-feira, 28 de abril de 2021

São Longuinho, São Longuinho, me ajude a achar leitores e eu dou três pulinhos!


Outro dia postei uma lembrança de um passeio no Alto Tietê (Veja Aqui), e ali coloquei uma curiosidade, que uma igreja da região , que é a única no Brasil a ter uma imagem do tal santinho, o santo dos objetos perdidos. Me dei conta que nunca falei desse santinho, comemorado em março, que poderia ou não ser o mês da conversão dele.

Diz a lenda que o tal "Longuinho" foi um dos soldados romanos destacados para acompanharem o castigo, a crucificação e a morte de Jesus. Dizem que seu nome era Longinus, o que foi associado à lança que feriu o lado do Cristo, de onde escorreu sangue e água, como mencionado no evangelho de São João. Também pode ser o soldado que reconheceu Jesus como o "Verdadeiro Filho de Deus", sendo citado nos outros três evangelhos (Mateus 27,54, Lucas 23,47 e Marcos 15,39) no momento da morte de Jesus.

Também se conta que ele era baixinho, o que significa que, talvez, Longinus fosse um apelido (já que o significado é comprido, longo) e por causa de sua baixa estatura, ele conseguia ver tudo o que se passava por baixo das mesas, encontrando assim muitos objetos, que ele devolvia aos seus donos. Daí surgiu sua fama de encontrar coisas perdidas. A fama do soldado pagão passou para o convertido São Longuinho.

Nem é preciso dizer que a conversão de São Longuinho se deu aos pés da cruz, após ser atingido por respingos da água que saiu do lado do Cristo, e sendo curado de um problema de visão. E a vida dele não foi mais a mesma. São Longuinho abandonou o exército romano, e por sua conversão foi perseguido em sua fuga, primeiro em Cesarea e depois na Capadócia. Denunciado, foi torturado e decapitado.

São Longuinho foi canonizado pelo papa Silvestre II, quase mil anos depois, no ano de 999. Dizem que o processo de canonização estava adiantado como os trâmites da Igreja. Porém, vários documentos que faziam parte do processo ficaram perdidos. Diz outra história que o papa pediu a intercessão do próprio São Longuinho para que o ajudasse a encontrar os documentos perdidos. E, pouco tempo depois, os documentos foram encontrados e a canonização aconteceu.

A lança de Longinus, também conhecida por “lança do Destino”, se encontra exposta na Áustria e é venerada como relíquia, pois teria sido a lança que perfurou o coração de Jesus. Nas pinturas e estátuas artísticas, São Longuinho é representado como um soldado com uma lança voltada para seus olhos, tendo ainda a imagem de um monge com uma lanterna acesa nas mãos, representando alguém que procura algo perdido. Sua festa é comemorada no dia 15 de março.

Quanto à quadra que fiz no título, é o que se repete quando precisamos encontrar algo perdido. É uma quadrinha popular que diz algo assim: “São Longuinho, São Longuinho, se eu encontrar (tal coisa), dou três pulinhos. Se encontrar, faça uma oração agradecendo. Nem precisa dar os tais pulinhos.


Oração a São Longuinho

"Ó glorioso São Longuinho, a vós suplicamos, cheios de confiança em vossa intercessão. Sentimo-nos atraídos por uma especial devoção e sabemos que nossas súplicas serão ouvidas por Deus nosso Pai, se vós, tão amado por Ele, nos representar. Lembrai-vos São Longuinho, prodigiosamente tocado pela graça de Jesus agonizante, em sua última hora, que nunca se ouviu dizer que algum daqueles que recorrem à vossa proteção, fosse por vós desamparado. Assim, me favoreça com vossa valiosa intercessão perante Deus e me auxilie a encontrar o objeto que tanto necessito. Amém. “

“Dizer o nome do objeto que procura e rezar um Pai Nosso e uma ave Maria)

 

segunda-feira, 26 de abril de 2021

Nossa Senhora da Escada, São Longuinho, Jesuítas e o Brasil Colonial


Faz tempo que tenho vontade de contar algumas aventuras e passeios que fiz durante meus tempos de jornalista. Quando revi essas fotos de Guararema e dessa igreja de Nossa Senhora da Escada, resolvi que já era hora.

Em 2012 estava fazendo cobertura das eleições, e num fim de semana estávamos eu e a minha colega de bobeira na casa que alugamos em Poá, na região do Alto Tietê e resolvemos passear nas cidades vizinhas indo até a nascente do rio Tietê, mas antes passando o dia na cidade de Guararema.

Para quem não sabe, essa região, historicamente, é o início das colonizações do interior brasileiro, uma região marcada pelo rio que levou os bandeirantes, tropeiros, mineiros, a entrar pelo sertão. Junto com eles, os Jesuítas, que foram construindo colégios de catequese, igrejas etc.

No meio de várias igrejas quatrocentonas, esta pequena e linda capela, Nossa Senhora da Escada, e a aldeia de mesmo nome, fundada no século XVII (1652) são o núcleo da atual cidade de Guararema. Este aldeamento, situado à margem esquerda do Rio Paraíba, surgiu nas antigas terras do capitão-mor de Mogi das Cruzes, Brás Cardoso, onde foram construídos uma igreja e um arraial.


A igreja, construída pelos índios sob a orientação dos jesuítas, em taipa de pilão e pau-a-pique, é barroca, sendo um dos poucos remanescentes da arquitetura religiosa dos jesuítas, com planta em nave única, capela-mor e dependências nos fundos. O convento, situado no prolongamento da elevação da igreja, encontra-se dividido em dois pavimentos, muito alterados no decorrer do tempo.

Depois, com o governo do Marquês de Pombal em Portugal, os jesuítas foram expulsos do país a igreja passou a ser administrada pelos monges franciscanos, foram construídos, no ano de 1732, o convento anexo e a nova capela, onde hoje se encontra a atual Igreja Nossa Senhora da Escada. Outras reformas vieram depois até o tombamento pelo IPHAN em janeiro de 1941.

A arquitetura da igreja é tipicamente barroca, com suas paredes construídas em taipa de pilão. O Arraial da Escada representa a formação do próprio Município de Guararema. Situada no bairro da Freguesia da Escada, a 3,5 quilômetros do centro da cidade, a Igreja resistiu à ação do tempo, passou por reformas e ampliações até ser tombada pelo Patrimônio Histórico Nacional, no dia 25 de janeiro de 1941.


Em 1982, a Igreja passou por uma reforma definitiva quando foi construída a praça em frente. E guarda duas curiosidades. Nossa Senhora da Escada é uma das muitas denominações da Virgem Maria, e esse nome se deve a uma capela dedicada à Nossa Senhora da Conceição dos Navegantes, cuja capela ficava à margem do rio Tejo, e que era acessada por uma escada. Com eles veio a imagem, já denominada “da Escada”, colocada no local.

Mas existe outra versão contada pelo povo. Os índios quando enterravam os seus mortos construíam uma escada no tumulo para que a alma pudesse subir ao céu. Então os padres Jesuítas colocaram uma “escadinha” no braço da imagem de Nossa Senhora, para que desse modo pudessem catequizar os Índios.

A outra curiosidade tem a ver com o título desse artigo. É sobre a devoção de São Longuinho, aquele


que ajuda a encontrar coisas perdidas, e que a gente dá três pulinhos se achar. A paróquia histórica de Guararema é a única Igreja do Brasil que possui a imagem de São Longuinho em altar, conhecido popularmente como o Santo dos objetos perdidos.

 

domingo, 18 de abril de 2021

Se você me ama, me siga e compartilha!


 Ok! É um título esquisito, mas vou explicar: o meu blog está atualmente em duas plataformas (blogspot e wordpress), sendo que a primeira, que ainda mantenho, é a blogspot, na qual as pessoas se inscreviam para receber os conteúdos por e-mail, o que facilitava um pouco a distribuição e atração de leitores, mas vai deixar de existir, e estão me aconselhando a salvar os e-mails dos inscritos porque eles não vão mais distribuir para os inscritos.

Também havia a ferramenta do Google Mais, que era meio que uma rede social do Big G para dar visibilidade e trazer leitores. Hoje, essa plataforma mal me dá as ferramentas padrão de distribuição de conteúdo, e ainda por luxo, quando algo que escrevo viraliza, eles ficam desconfiados que a minha pobre pessoa contratou uns robôs para clicar e ler.

E assim aqueles que escrevem conteúdos originais e perdem um tempão procurando assunto, pesquisando, escrevendo de modo coerente, criando, tratando imagem e ainda tendo que distribuir seu trabalho para conquistar leitores e míseros centavos vão fazendo os donos do Google, entre outros) multiplicarem seus mil milhões a ponto de poder nadar em dinheiro na caixa forte do Patinhas.

Essa é a minha maneira de justificar este texto: enquanto milhões de pessoas estão suando sangue para conseguir pagar as contas e sobreviver fazendo o trabalho duro, uns poucos estão lucrando milhões com esse trabalho, vide a lista da Forbes, que mostra uma lista de novos milionários, enquanto o mapa da fome cresce. Aliás, a lista da revista tem novos nomes (inclusive brasileiros), que lucraram muito durante esses tempos de pandemia (leiam neste link), e não me refiro apenas ao mercado farmacêutico e às tecnos, que criaram um sem número de apps para o povo do controle remoto, que é como eu chamo aqueles que podem chamar tudo no aplicativo, que não vai faltar.

E o primeiro que falar no tiozinho ou tiazinha que teve que largar tudo para entregar comida, e que é hora de “empreender”, juro que dou um murro na fuça.

Hora de taxar as fortunas? Com certeza! Os caras dessa lista (os conscientes, é claro) dizem que essa é a única maneira de fazer uma distribuição mais igualitária. É claro que esses caras que pensam dessa maneira não vivem no Brasil, onde os impostos existem para comprar eleições, mas não para comprar vacina ou devolver para o cidadão que perdeu tudo um pouco do muito que pagamos em impostos.

Mas, esse post não é para discutir o que precisamos fazer como país, e sim o que precisamos fazer como pessoas, que é ter mais empatia com as dores dos outros, porque essas dores também são nossas. E que deveríamos tentar ajudar alguém que está com algum negócio a decolar. Tipo, compartilhando aquele link da loja virtual de roupas, ou a pet shop. Sei lá. Vamos dar uma força.

 É também para explicar que as coisas que aparecem, “magicamente” nas telas de celulares e computadores, são feitas por alguém, às vezes de graça, para outro alguém que só está lucrando, muitas vezes sem criar emprego e renda, nem nada.

Pior, pense que um app bonitinho do seu banco, que você usa para pagar continhas e fazer outras coisinhas, está roubando o emprego de alguém que era pago para fazer isso por você...

Admirável mundo novo? Ou abominável mundo novo?


Finalmente, talvez eu deixe de produzir no blogspot, sei lá, ficar só no wordpress, mas o que eu vou pedir mesmo é: POR FAVOR, ME AJUDEM A DISTRIBUIR MEU CONTEÚDO. Eu não tenho 1 milhão de seguidores que me leem. E mesmo que tivesse, se estivesse no Youtube, duvido que minha quantidade de “joinha” chegasse a 10%.

Leiam, cliquem em algo que se move. Compartilhem. Nem precisa ser este texto. Tem coisas para todos os gostos no depoisdos39.com.br. Me sigam nas redes sociais (tem página no Facebook, Instagram, Pinterest, Whatsapp). Se você gosta, me siga. Se me ama, compartilha.

 

segunda-feira, 12 de abril de 2021

Abençoai Senhor aqueles que me fizeram pensar

 


Oh! Bendito o que semeia

Livros à mão cheia

E manda o povo pensar!

O livro, caindo n'alma

É germe – que faz a palma,

É chuva – que faz o mar!

(Castro Alves, Espumas Flutuantes, 1870.)

 

Se vocês pensam que este será um dos meus posts pessimistas, vocês acertaram. Porque essa hora eu estou com ânsia. Ânsia por causa das pessoas que se limitam a vomitar seus preconceitos travestidos de preocupação. Gente que está presa ao que eles “aprendem” em redes sociais, mas que não aprenderam nem a escrever as palavras direito. Gente que não consegue abrir um poema simples como esse do Castro Alves e realmente entender suas palavras.

Já falei outras vezes neste blog sobre a importância do aprendizado. E, acreditem, o funileiro da esquina não vai saber qual é o melhor remédio para a sua dor de cabeça, do mesmo jeito que o farmacêutico não sabe o que é melhor para a lataria do seu carro.

Cada um no seu quadrado? Mais ou menos.

Não estou dizendo que as pessoas não têm o direito de opinar, mas já passou da hora delas entenderem que se as suas opiniões não tiverem base nenhuma de discussão, devem morrer no silêncio.

É por isso que prefiro os livros. Não porque eu já não tenha lido muita besteira, mas ao menos não existe um debate sem fim por conta do que está escrito. Não há idiotas curtindo ou mandando cara feia pra você por entender e aceitar aquele conteúdo. Nem vai ter ninguém lhe chamando de comunista, feminista etc. sem nem saber o significado dessas palavras.

Ontem eu estava vendo um post sobre uma carreata contra o lockdown e me fez pensar que tipo de gente acha mais importante ganhar dinheiro do que sobreviver a um vírus? São as mesmas pessoas que acham que um ônibus lotado não é problema delas? Que os meios de um funcionário chegar ao trabalho, ou se acabar de trabalhar sem ter o suficiente para se sustentar não é problema de todos?

Estou à beira de fazer 60 anos e já vi muito isso. Pensei que superaríamos as bobagens e veríamos que um mundo não se faz com egoísmo. Um mundo onde as coisas importantes não são os sapatos da moda, os celulares mais modernos, os carros que fazem mais barulho. Mas parece que as coisas se tornaram mais importantes do que as pessoas.

Sei que estamos todos chateados e querendo sair, porque nos sentimos aprisionados. Mas essa “liberdade” é verdadeira? A sua opinião é baseada em que? Você fez testes? Você sabe o que é um teste???

Voltando ao Castro Alves ali em cima, quantos livros sobre o assunto você leu? Quantos experimentos fez para saber se está falando a verdade? Porque você acredita que a sua opinião vai mudar alguma coisa?

Não vai. Mas seus atos podem mudar alguma coisa. Pare de ficar vociferando bobagens nas redes e vá ler um livro. Vá aprender o que significa ajudar. Pare de falar mentiras sobre as pessoas só porque elas não são iguais a você. Pare de apontar o maldito dedo e estenda a bendita mão.

Leia mais! Pesquise! Entenda!

Se há uma coisa que aprendi com a democratização da informação é que você pode ler de tudo, mas só vai entender se abrir de verdade a sua mente e usar aquilo que é realmente útil: o conhecimento.

 

quarta-feira, 7 de abril de 2021

Dia do jornalista, o que há a comemorar?


Hoje, 7 de abril, é o Dia do Jornalista, instituído em 1931, por decisão da Associação Brasileira de Imprensa (ABI), como homenagem ao médico e jornalista Giovanni Battista Líbero Badaró, morto por inimigos políticos em 1830.

Naqueles tempos, como nos dias de hoje, exercer a profissão não era tarefa fácil. Lidávamos com ataques dos poderosos que nos viam (e ainda nos veem) como obstáculos em sua busca por poder; somos pressionados para não publicar essa ou aquela notícia, porque isso vai prejudicar o interesse de alguém.

Para quem tem a ilusão de que esta é uma profissão poética, cheia de coisas maravilhosas, parem de se enganar. É profissão de trabalho duro, dinheiro pouco, lutas sem fim para aqueles que ousam levar a informação, doa a quem doer.

Somos xingados, chamados de todos os nomes porque, para muitos, as notícias são a “nossa verdade”. Não existe isso. O fato é. O jornalista é o cara que ouve duas pessoas. A primeira diz que lá fora está chovendo. A segunda diz que não está. O jornalista vai até a janela e abre pra saber quem está falando a verdade.

Voltando um pouco a Líbero Badaró, foi o criador do Observatório Constitucional, jornal independente que focava em temas políticos até então censurados ou encobertos pelo imperador Pedro I. Badaró, defensor da liberdade de imprensa, morreu em virtude de suas denúncias e de sua ideologia que contrariava os homens do poder.

Naquela época, uma crise minava o império, com revoltas populares, repressão, e um povo largado à míngua, que acabaram levando à renúncia de D. Pedro em 7 de abril de 1831. E nessa data, no ano de 1908, foi criada a ABI, para legitimar a profissão, que nunca foi tão atacada como nos dias de hoje.


Hoje, “Líbero Badaró” e “Sete de Abril” são ruas, pelo menos na cidade de São Paulo, onde nasci, e muitos que passam por elas, mal sabem o que significam seus nomes.

Vou terminar dando parabéns, com gosto meio amargo na boca, desejando que termine esse tempo onde qualquer idiota acha que sabe uma informação ou fato só porque o primo, do amigo, do tio, do vizinho, da prima, espalhou na rede social.

Antes de tudo, não sou uma detratora das redes sociais. Mas apenas as vejo como são: uma ferramenta, como o martelo. Você pode usar o martelo para pregar algo, ou para dar com ele na cabeça de alguém. O uso que você faz dela é que a torna útil ou perigosa.

E para completar o dia do meu leitor, vou dizer duas notícias que estavam no Twitter de dois grandes jornais brasileiros:

“Fome cresce pela primeira vez em 17 anos. Mais da metade da população não tem comida para pôr na mesa”. (O Globo, 7 de Abril de 2021).

“No ano da pandemia, Brasil tem 11 novos bilionários na lista da Forbes”. (Valor Econômico, 7 de abril de 2021).

Depois disso, e de passarmos das 4 mil mortes diárias por covid, não me peçam para pensar por vocês.


As fotos da página são do jornalista homenageado, e das ruas paulistanas Líbero Badaró e Sete de Abril, em imagens que poderiam evocar tempos melhores e mais respeitosos.

sexta-feira, 2 de abril de 2021

Achou que não teria receita de peixe na sexta-feira Santa?


Pois é, a maioria já fez sua refeição de sexta-feira da Paixão, inclusive minha amiga Ana, que odeia peixe, mas que pensou no resto da família, que adora.

Ontem fomos até o mercado aqui perto para ela comprar uma frigideira UOC que estava na promoção para ela fazer uma tilápia frita.

Pedi a receita e as fotos, ela mandou. E a receita é tão simples que resolvi passar de qualquer modo, porque não precisa ser dia santo para a gente comer um bom peixe, e porque a tilápia a 18 reais está mais barata que carne de frango.

Ela fez a tilápia de dois modos, frita e assada, mas o tempero básico é o mesmo. Vocês notarão a falta de guarnição na tilápia frita, mas ela já estava sem paciência e mandou a família comer assim mesmo!

Divirtam-se com essa história e com a receita de peixe!

Ingredientes

2 tilápias inteiras (limpas) de mais ou menos 1 kg cada com cabeça

2 cebolas raladas e peneiradas (para tirar o sumo)

2 limões espremidos

Sal, pimenta do reino, coentro, salsinha

3 batatas grandes cortadas em rodelas

2 tomates cortados em rodelas

Azeite para o assado

Fubá para empanar e óleo para fritar

Preparo

Lave as tilápias e faça pequenos cortes verticais na pele. Regue bem com o suco dos limões. Misture as cebolas raladas com os outros temperos. Tempere os peixes inclusive nos cortes para penetrar o sabor.

Para o peixe assado:

Descasque e corte as batatas em rodelas. Corte os tomates em rodelas.

Ponha a tilápia em uma assadeira coberta com papel alumínio deixando uma parte bem grande do alumínio para cobrir o peixe. Coloque os tomates e batatas, regue com o molho da marinada e por fim um fio de azeite por cima de tudo. Feche o alumínio por cima e leve para assar em forno aquecido a 180 °C por uns 25 minutos.

Para o peixe frito:


Tire a tilápia da marinada e passe no fubá para empanar. Frite em óleo quente até dourar bem, e, como disse minha amiga, sirva como quiser! Lembre-se que a frigideira tem que ser grande, porque o peixe está inteiro.

Mais uma sexta-feira Santa sem poder celebrar


Pelo segundo ano consecutivo estamos na maior celebração cristã e não podemos estar em nossas igrejas e não podemos fazer a procissão do Senhor Morto, apensa acompanhar em redes sociais e TVs.

Isso me entristece um pouco, mas não quero pensar nisso, e sim que nós precisamos todos ter responsabilidade com a vida e a saúde das pessoas, mesmo que muita gente esteja debochando da dor e morte alheia. Perdoai Senhor, eles não sabem o que fazem.

Minha tristeza se acaba quando penso que minha casa pode ser meu templo e, assim, eu peço que a paz reine sobre ela. Porque há muitos que estão nos hospitais, nas ruas, abandonados, doentes e com fome e sem abrigo.

Acaba quando vejo aquela alma que é caridosa e ajuda ao invés de julgar e condenar. Hoje acordei com dois pensamentos na cabeça.

O primeiro: “este é o país onde as pessoas, ao invés de combater a pobreza, preferem combater o pobre”. Coloquei entre aspas porque ouvi isso há muitos anos (não lembro de quem), e nunca me saiu da cabeça. Coloco essa ideia na sexta da Paixão porque essa é uma verdade ainda hoje, com um número de desempregados absurdo e uma inércia dos poderes que chega a ser ofensiva.

Parece que o único plano é o do extermínio. Não há nada que diga: vamos sair dessa. Vamos nos recuperar.  Vai melhorar. Como se a própria esperança tivesse que ser esmagada.

Portanto, nesta sexta da paixão, ao invés de pensar no bacalhau do almoço, pense que as pessoas que estão desprotegidas e sem rumo na vida, não são um bando de indolentes. Muitos perderam até seus meios de subsistência. Parem de ofender essas pessoas e se portarem como certos soldados romanos, que humilharam, torturaram e mataram Jesus numa cruz.


Finalmente o segundo pensamento, que também foi ouvido há muitos anos, e que deveria estar nas mentes de todos, não apenas no dia de hoje, mas sempre...

“Jesus morreu de braços abertos para que não ficássemos de braços cruzados”.

Usem essa Páscoa para se tornarem pessoas melhores e, por favor, procurem se despir dos preconceitos e atuem para o mundo ficar melhor também.


Duas vidas ou uma só basta?

Duas vidas ou uma só basta? : Não me lembro de quem foi que disse a frase: “deveríamos ter duas vidas, uma pra ensaiar e outra para represen...