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terça-feira, 28 de novembro de 2017

Porque as pesquisas excluem?

Já repararam que as pesquisas quase nunca são para pessoas comuns?

Já comecei e parei este artigo um monte de vezes, mas toda vez que resolvo deixar tudo de lado e me retirar da briga, eles vêm e me puxam para dentro do ringue.
A primeira vez que resolvi falar sobre isso foi em uma das muitas vezes nas quais me inscrevi em um site para responder pesquisas, mas toda vez que me mandavam alguma coisa para responder alguma coisa parava o formulário e me mandava para outra pesquisa, que por sua vez também não terminava, e assim sucessivamente. Até que me irritei e pedi a exclusão do meu cadastro.
Mesmo depois disso, ainda me mandavam e-mails para eu voltar, o que eu não estava disposta, porque o que eles diziam levar, no máximo (!), 15 minutos, acabava tomando um tempão e nunca chegava a uma conclusão. Posso contar nos dedos de uma mão as vezes que consegui responder um questionamento até o final. Ah! E gostaria de saber se alguém conseguiu e se teve a tal recompensa prometida por suas pesquisas. Sim! Porque muitas delas prometem dinheiro. Mas nunca vi se alguém recebeu.

Pesquisas para menores de 35 anos? Para mulheres? Para incas venusianos?

Voltando a modos de exclusão, entendo que as pesquisas têm que delimitar um universo, mas já que isso está sendo feito por algoritmos, porque me mandam uma pesquisa direcionada a homens entre 21 e 35 anos, já que sou mulher e tenho 56? O algoritmo deles é o mesmo que me manda propaganda de Viagra, mesmo eu sendo mulher e não fazendo uso de pílulas azuis?
Muito bem, a coisa toda começou a me incomodar em um dos meus grupos de rede social, que mandou uma pesquisa (remunerada) de moda, e tinha como parâmetro não ter participado de nada com a pesquisadora nos últimos 8 meses, ser de São Paulo e gostar de moda.
A pesquisa usava a atriz Lisa Kudrov (a Phoebe de Friends) como modelo de uma loja de departamentos conhecida e perguntava por que pararam de comprar, usando os tópicos: "Não faz seu estilo"; "Peças sem qualidade"; "Peças sem caimento" etc.
Após muitas inscrições, limitaram de novo por faixa etária, entre 20 e 35 anos. Como não entendi, questionei, já que a atriz é apenas dois anos mais nova que eu. Ouvi um silêncio do outro lado que pensei estar no espaço. E até agora não responderam a pergunta.

Mas, vamos em frente. Esqueça e supere!

Ontem, novamente em rede social, uma empresa de pesquisas bem grandona lança uma enquete online, que só pode ser respondida por mulheres. Entrei, fiz meu cadastro e... Surpresa! Não fui aceita porque estava fora dos parâmetros. Que parâmetros? Será que eu não sou mulher? Novamente estou sem resposta, mas, pelo que percebi nos posts, não fui a única. Até o momento, há mais de 10 mil pessoas reclamando da mesma coisa. Se isso me consola? Não!

Sinto-me como a pessoa que foi procurar a justiça, mas não foi ouvida. Que quis opinar sobre um produto, mas a empresa não quis ouvir, ou como a pessoa que foi atraída para algo, mas foi deixada de fora sem razão alguma. Finalizando, peço aos pesquisadores ao menos um pouco de respeito com o tempo e boa vontade das pessoas. Um dia vocês podem precisar e não encontrar mais...

quarta-feira, 4 de outubro de 2017

Você lê notícias no celular?



Você lê notícias no celular?

A questão é você lê e acredita nas mídias sociais?

Faz alguns dias eu fiz um artigo que falava sobre a importância de verificar alguma coisa antes de sair compartilhando nas redes sociais mundo afora (Não acredite em tudo o que você lê). Hoje pretendo dar um passo além e comentar algumas notícias que li em sites voltados para jornalistas, que dão conta que a leitura de notícias nas redes sociais cresceu e que 66% dos brasileiros usam as mídias sociais para ver o que está acontecendo no mundo.
Meu ceticismo natural deu um salto, principalmente quando vi outros dados da pesquisa, que afirmam que as pessoas olham seu smartphone mais de 14 vezes ao dia, que o Brasil tem mais de 99 milhões de usuários do Facebook, 120 milhões no Whats App, e que o Twiter tem 500 milhões de textos a cada 24 horas. Seria muita informação certo? Errado!

O brasileiro quer saber o que acontece ao seu redor, mas ao invés de olhar ao redor, olha para uma tela

O que a pesquisa não leva em conta é que as “notícias” compartilhadas nas redes sociais, em sua maioria, não saíram da redação de nenhum jornal, e muitas vezes não podem ser comprovadas. E em segundo: as pessoas mentem. Se não acredita, olhe a pessoa a seu lado no ônibus para ver o que ela está olhando no smart dela? Ou está navegando pelo facebook ou pelo whats trocando mensagem. A maioria é apenas receptora e não agente, compartilhando tudo que acha com aquela compulsão já comentada no outro artigo.

Mais de 80% dos brasileiros acredita no conteúdo das mídias sociais

Falando mais um pouco de números, na tal pesquisa descobri onde os brasileiros acessam suas notícias: 32%, nos banheiros; 42% no transporte coletivo; 46% na cama, antes de dormir. Desacreditei das respostas, mesmo sabendo que tem muita gente que não vai ao banheiro sem levar um celular (eca!!!) e encher seus aparelhos de coliformes... No transporte coletivo pode até ser, já que o que mais vejo no ônibus e metrô é um bando de zumbis que olham telas ao invés de olhar em volta. Antes de dormir? Só se quiser ter pesadelos, já que as notícias não estão fáceis.

Milhões de erros de português são postados todos os dias nas redes sociais

Mas, aí vem a bomba, em outra questão, quando questionados sobre o que mais fazem com seu aparelho, que tecnicamente é um telefone, mais de 90% afirmaram usar para saber notícias do tempo e do tráfego, jogar os games, procurar entretenimento e, acessar mídias sociais para ver posts dos amigos ou conversar... Onde ficou a divulgação de fatos? Nem foi mencionada. 

Se as pessoas nem escrevem direito na própria língua, como acreditar que o fato que divulgam é verdadeiro?


Acreditem, não estou aqui dizendo que não há notícias na internet, mas afirmo que há muito esse ponto deixou de ser importante. Vejo tantos erros de português que meus olhos sangram, o que significa que o brasileiro não mudou de uma plataforma para outra e continuou sendo um leitor. Significa que cada vez menos as pessoas estão lendo. Cada vez aprendendo menos e, pior, nem estão ligando. Estão preferindo que alguém diga por eles alguma coisa, mesmo que ela não faça sentido e não ajude em nada.

O que me leva a terminar com uma pergunta nada otimista: O que será de nós?

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