segunda-feira, 29 de abril de 2019

Bolinho de mandioca com recheio de carne moída!


Acordei com a maior vontade hoje

Há um restaurante em São Paulo que se especializou na chamada comida mineira. Como pesquisadora, descobri que muita coisa “mineira”, na verdade veio de São Paulo, pois os tropeiros e bandeirantes comiam essas coisas feitas com milho, mandioca, carnes secas etc.
Mas esse bolinho, uma das especialidades do dito restaurante (chamado Graça Mineira), é uma das coisas mais deliciosas que já comi, e tenho certeza que os tropeiros não tinham todos os ingredientes que usam ali.
Como não vou ao restaurante tão cedo, pois mesmo não sendo lugar careiro eu não estou podendo, resolvi fazer bolinhos em casa e matar um pouco as saudades.
Segue a receita dos meus bolinhos de mandioca/aipim. Chame do que quiser e escolha o recheio que mais gosta. O de carne moída é o meu!

Ingredientes

Um quilo de mandioca
Duas gemas
Uma colher (sopa) de margarina
Cheiro verde picadinho (eu uso bastante)
Dois dentes de alho moídos
Sal, pimenta em pó (calabresa)

Recheio

200 g de carne moída
Uma cebola grande picadinha
Dois dentes de alho amassados
Cheiro verde
Sal e pimenta a gosto
Ovos e farinha de rosca para empanar
Óleo para fritar.

Preparação

Cozinhe a mandioca até quase desmanchar, escorra e retire aquelas fibras grossas e amasse com a ajuda de um garfo (não use o processador, pois essa massa é muito pesada). Coloque a massa em uma tigela grande e espere esfriar um pouco, acrescente as duas gemas, a margarina, cheiro verde e os temperos. Amasse bem  para misturar e reserve.
Para o recheio faça um refogado com a carne moída e deixe que fique bem sequinho.

Montando: molhe as mãos na água e forme os bolinhos, coloque o recheio, feche e passe na farinha de rosca para empanar. Frite em óleo quente, escorra no papel toalha para ficar crocante e sequinho.

Duas dicas:

  • Esse bolinho pode ser congelado, antes de fritar, sendo uma boa pedida para quem quer fazer negócios;
  • Se quiser pode colocar muçarela ralada nesse recheio depois de frio. Ou fazer com carne seca (dessalgada), que será refogada também, mas evite salgar. Mesmo depois de dessalgar, a carne seca tem sódio suficiente para fazer o bolinho.

sábado, 27 de abril de 2019

Precisamos falar de aprendizado e de livros


Por favor, parem de queimar livros!

Vou começar de forma inusitada, me lembrando de algo que minha mãe dizia sempre... “Filha: a hora que você pensar que não precisa aprender mais nada, é o fim da sua vida”. É uma lição para carregar toda a vida, e gostaria que mais pessoas pensassem dessa maneira.

Porque estou falando sobre isso? Porque esta semana está sendo bem difícil, e a sensação que eu tenho deste país é que não estamos fazendo grandes fogueiras para queimar livros... Estamos queimando as editoras, as livrarias, as bibliotecas.

Vamos começar com um domingo, no qual estava conversando com um jovem bem maduro para a idade dele, e falávamos sobre algumas dicas de leitura de filosofia (voltaremos a isso mais tarde). Alguém começou a gritar que era tudo bobagem, que ele deveria ler a Bíblia.

Minha vontade foi gritar: Pelo amor de Deus! Leia outro livro! E me lembrei de um islâmico de outros tempos, que incendiou a biblioteca de Alexandria, pois para ele aqueles livros diziam algo diferente do Corão, portanto eram perigosos, ou diziam a mesma coisa, portanto eram inúteis.
Entretanto, a religiosidade não é nem de longe o maior problema. O problema é que a falta de vontade de aprender criou um novo tipo de fundamentalismo: o da ignorância!

Eu não sei, portanto ninguém mais pode saber, ou tentar aprender. É a mesma coisa que leva uma pessoa a acreditar que só porque alguém nasceu em certa classe social não pode ir para outra, e isso vale de qualquer lado. Evoluir não deveria ser criminalizado, mas está sendo.

Nesta semana, em comemoração ao dia mundial do livro, uma reportagem fala do fiasco de um dos mais conhecidos livreiros do país (não vou falar o nome), por fazer seus funcionários de escravos ou algo parecido. O problema são os livros? Não! O problema são as pessoas que precisam se sentir melhores que as outras! E acabam mostrando que estão longe disso!

Nesta semana o governo federal resolveu tirar dinheiro da educação afirmando que Filosofia, História, Geografia, Sociologia etc. não merecem nem uma fatia. Mais uma vez vejo um direito suprimido. Conheço um monte de gente que está falando (pelos cotovelos!) que isso é inútil mesmo. Mas o que eles me mostram? IGNORÂNCIA!  Eles não aprenderam (porque não quiseram), e querem tirar o direito de quem quer aprender!

E são essas pessoas que estão fazendo tudo descer ladeira abaixo, porque se preocupam com o que o outro faz, mas não se mexe para nada. Deveríamos nos preocupar com ter escolas melhores; com mais segurança; com a criação de postos de trabalho para gerar mais renda; precisamos nos preocupar com esse cidadão que se recusa a prender mais para ser uma pessoa mais produtiva!

Vou fazer agora uma porção de perguntas (retóricas ou não) que gostaria de ver respondidas.

  • Para que escrever e publicar livros se as pessoas não acham importante ler?
  • Porque fazer música de qualidade para pessoas que ouvem qualquer coisa no último volume?
  • Porque pintar um quadro, já que isso é só arte e não importa mesmo?
  • Porque produzir um bom vinho para paladares que não o diferenciam de água sanitária?
  • Porque ter bibliotecas e livrarias? Escolas, hospitais, universidades...
  • Quem pode dizer o que é ou não necessário?

Em alguns dos meus grupos, estou vendo pessoas comparando estes tempos com a Idade Média, erroneamente eu ouso dizer. Naqueles tempos alguns homens sábios se reuniram e fizeram a primeira Universidade. Copiavam livros à mão para que o conhecimento não se perdesse. Não é nada parecido com o que estamos vivenciando, que é uma era de destruição e não de descobrimentos.

Do modo como vejo, as pessoas estão tão ressentidas com a própria ignorância que se acham no direito de negar aos outros o aprendizado. É como aqueles moleques mimados que estão jogando com os amiguinhos, mas quando estão perdendo o jogo resolvem sair do campo, e ainda dizem: a bola é minha! Vou levar pra casa!

Obs.: durante a Segunda Guerra Mundial, uma iniciativa marcou, para sempre, os soldados norte-americanos. Milhões de livros foram enviados ao front para a distração de homens que estavam em locais horríveis, distantes de tudo o que amavam. Esses homens leram, e muito, e aprenderam. Na volta, muitos puderam frequentar universidades com bolsas de estudo e se tornaram pilares de uma nação.

sexta-feira, 26 de abril de 2019

Pudim de festa para acalmar os nervos


Um pudim de amêndoas para lamber os beiços e acalmar

Sabe aquela sexta-feira, na qual acordamos cheios de esperança e como um castelo de cartas, tudo cai? Então... Assim está o meu dia. Parece que as coisas resolveram desandar. É computador dando erros estranhos; um teste online interrompido duas ou três vezes por queda de conexão; uma tremenda topada durante a caminhada e uns vizinhos muito arruaceiros que não conseguem falar feito gente normal.
Aí resolvi sair atrás de alguma coisa doce, já que não há nem uma banana em casa (semana cheia!) e tive que improvisar com o que tinha por aqui. Pelo menos o pudim deu certo! Dá um trabalhinho, mas vale a pena!

Ingredientes

100 g de manteiga
10 ovos
100 g de amêndoa moída com pele
100 g de biscoitos champanhe
Uma colher (café) de canela
Raspas de um limão
100 g de passas
200 g de açúcar
30 g de fécula de batata
Manteiga e açúcar o quanto baste (para untar e polvilhar)

Calda:
250 ml de vinho do Porto (ou o que tiver à mão)
250 ml de água
200 g de açúcar
Uma casquinha de limão
Um pau de canela
Uma colher (café) de maisena
50 g de amêndoa picada

Preparação

Ligue o forno a 180o C. Unte uma forma de pudim com manteiga e polvilhe-a com açúcar.
Em uma vasilha, misture a manteiga com as gemas e bata até obter um creme fofo. Junte a amêndoa moída com pele, os biscoitos moídos, a canela, a raspa de limão e as passas; bata mais um pouco.
Bata as claras em neve (com picos bem firmes), junte-lhe o açúcar e bata mais um pouco. Adicione a fécula de batata e envolva cuidadosamente com o creme de biscoito, amêndoa etc.
Despeje na forma e leve ao forno, em banho-maria, durante 50 minutos. Deixe esfriar e desenforme em um prato de borda alta.
Prepare o molho levando o vinho do porto ao fogo, juntamente com a água (reserve um pouco da água para dissolver a maisena), o açúcar, a casca de limão e o pau de canela.
Deixe ferver cerca de 5 minutos. Retire e junte-lhe a maisena. Leve novamente ao fogo para engrossar um pouco.
Retire do fogo e elimine o pau de canela e a casca de limão. Junte as amêndoas picadas e despeje sobre o pudim. Leve à geladeira e sirva gelado.

quarta-feira, 24 de abril de 2019

Cestinha de parmesão com salada agridoce


Confesso que hoje acordei sem vontade de nada. Talvez por esse motivo eu tenha adiado de me sentar ao computador e escrever algo bacana. Mas não fiquei de pernas para o ar, e depois de lavar os corredores e a cozinha; estender uma roupa que estava no tanque e dar um jeito no resto da casa, eu fui tentar fazer (de novo!) essa receita.

Deu certo, mas ainda tenho que tentar mais vezes para ver se não foi um golpe de sorte. Talvez os deuses da cozinha tenham me dado uma ajuda hoje só para me animar, já que essa cestinha é quase uma renda de queijo parmesão e desmancha se não estiver correta.

Uma dica: não use queijo parmesão ralado fresco, ele solta muito óleo e fica molenga e borrachudo. Mas também não use aqueles saquinhos muito baratos de parmesão, porque eles não derretem em contato com o calor.

Vamos à receita? Ah! Se alguém tentar fazer e der certo, me manda uma foto! As minhas fotos ficaram meio feiinhas...

Ingredientes

Para a cestinha:
Três saquinhos de queijo parmesão ralado (use algum de boa qualidade, que derreta com o calor)

Salada:
Alface picada
Uma e ½ xícara de peito de peru defumado picado em cubos
Um pacote de seleta de legumes congelada (com milho e ervilha)
100 g de vagem cortadas em palitos pequenos e cozida em água e sal (use a mesma água para descongelar os legumes)
100 g de uvas passas
Duas maçãs verdes sem casca, picadas em cubos
Duas colheres (sopa) de maionese (bem cheias)
Sal, pimenta-do-reino, limão e azeite Extra Virgem

Preparação

Cestinha de Parmesão: 
Em uma frigideira antiaderente aquecida, coloque quatro colheres das de sopa de queijo ralado e espalhe.  Quando começar a derreter retire com uma espátula grande para não quebrar e, com o auxílio de um copo de cabeça para baixo, molde o queijo em forma de cesta. 
Deixe esfriar, desenforme, reserve.

Salada: 
Misture todos os ingredientes numa tigela, menos a alface.

Montagem: 
Arrume as cestinhas numa travessa, ou uma em cada prato, coloque a alface picadinha forrando a cestinha e por cima coloque umas quatro colheres (sopa) de salada.
Se quiser salpique cebolinha por cima e sirva!

terça-feira, 23 de abril de 2019

Vamos rezar a São Jorge, o santo do dia, que abre os caminhos!


Salve o Jorge!

Eu deveria ter começado o dia  com uma prece para São Jorge, já que hoje é o dia dele, mas ando meio baratinada, portanto vou terminar o dia pedindo a proteção do santo guerreiro, cultuado por católicos, ortodoxos e anglicanos. Nos terreiros de umbanda é visto como Ogum, e para os corintianos e policiais, como patrono.

Antes de colocar uma prece infalível para abrir nossos caminhos, vamos falar umas histórias do santo, nascido na Capadócia (atual Turquia). Jorge foi soldado romano durante o tempo do imperador Diocleciano, um dos perseguidores mais cruéis dos cristãos.

Considerado como um dos mais proeminentes santos militares, a memória de São Jorge é celebrada nos dias 23 de abril e 3 de novembro. Nestas datas, por toda a parte, comemora-se a reconstrução da igreja que lhe é dedicada, em Lida (Israel), na qual se encontram suas relíquias. A igreja foi erguida a mando do imperador romano Constantino.

Com uma história repleta de lendas, como a da morte do dragão, o fato é que mesmo se tratando de pessoa real, que sofreu o martírio sob o imperador pelo qual combatia, todo o resto é tão incerto que por algum tempo o santo foi rebaixado nos autos da fé católica.

Como certeza é que em 303, Diocleciano publicou um édito que mandava prender todo soldado romano cristão e que todos os outros deveriam oferecer sacrifícios aos deuses romanos. Jorge foi ao encontro do imperador para objetar, e perante todos se declarou cristão. Jorge foi torturado e, após cada tortura, era levado perante o imperador, que lhe perguntava se renegaria a Jesus para adorar aos deuses romanos. Todavia, Jorge reafirmava sua fé, tendo seu martírio, aos poucos, ganhado notoriedade e muitos romanos, tomado as dores daquele jovem soldado, inclusive a mulher do imperador, que se converteu ao cristianismo. Finalmente, Diocleciano, não tendo êxito, mandou degolá-lo no dia 23 de abril de 303, em Nicomédia, também na Turquia.

Os restos mortais de São Jorge foram transportados para Lida em Israel, cidade em que crescera com sua mãe. Lá ele foi sepultado, e mais tarde o imperador cristão Constantino mandou erguer suntuoso oratório aberto aos fiéis, para que a devoção ao santo fosse espalhada por todo o Oriente.

Na cidade de São Paulo há um museu de arte sacra (na região da Luz), com uma estátua histórica de São Jorge, com sua armadura de prata, que acompanhava todas as procissões e desfiles da cavalaria. Uma lenda local afirma que a estátua caiu sobre um soldado e o matou, tendo sido julgada e condenada à prisão. Mas é só lenda!

Entretanto, rezem comigo pedindo a proteção do guerreiro!

ORAÇÃO DE SÃO JORGE PARA PROTEÇÃO E PARA ABRIR OS CAMINHOS

Ó meu São Jorge, meu Santo Guerreiro e protetor, invencível na fé em Deus, que por ele sacrificou-se, traga em vosso rosto a esperança e abre os meus caminhos.
Com sua couraça, sua espada e seu escudo, que representam a fé, a esperança e a caridade.
Eu andarei vestido com as roupas e armas de Jorge, para que meus inimigos tendo pés não me alcancem, tendo mãos não me toquem, tendo olhos não me vejam e nem pensamentos possam ter, para me fazerem mal.
Armas de fogo o meu corpo não alcançarão, facas e lanças se quebrarão sem o meu corpo chegar. Cordas e correntes se arrebentarão sem o meu corpo tocar.
Ó Glorioso nobre cavaleiro da cruz vermelha, vós que com a sua lança em punho derrotaste o dragão do mal, derrote também todos os problemas que por ora estou passando.
Ó Glorioso São Jorge, em nome de Deus e de Nosso Senhor Jesus Cristo, estendei-me seu escudo e as suas poderosas armas, defendendo-me com a vossa força e grandeza dos meus inimigos carnais e espirituais.
Ó Glorioso São Jorge, ajudai-me a superar todo o desânimo e a alcançar a graça que agora vos peço. (faça o seu pedido)
Ó Glorioso São Jorge, neste momento tão difícil da minha vida, eu te suplico para que o meu pedido seja atendido e que com a sua espada, a sua força e o seu poder de defesa eu possa cortar todo o mal que se encontra em meu caminho.
Ó Glorioso São Jorge, dai-me coragem e esperança, fortalecei minha fé, meu ânimo de vida e auxiliai-me em meu pedido.
Ó Glorioso São Jorge, traga a paz, o amor e a harmonia ao meu coração, ao meu lar e a todos que estão em minha volta.
Ó Glorioso São Jorge, pela fé que em vós deposito, guiai-me, defendei-me e protegei-me de todo o mal.

Amém.


Mais uma aula de redação: seja relevante


Entenda porque você precisa ter algo a dizer

Tenho usado algumas postagens para falar um pouco sobre o que eu faço: escrever. Não sou a melhor das escritoras, mas também não estou entre os piores.  Cometo erros, como todo mundo. Mas sou bem criteriosa quando o assunto é minha língua natal.

Não ando muito paciente para ler postagens de internet porque andam demais para qualquer um que tenha se esforçado um mínimo nos bancos escolares. Nem vou falar de pessoas que não tiveram oportunidade de estudar, porque acredito que se a pessoa conseguir comunicar o que deseja, ela conseguiu cumprir o papel.

Mas há coisas ali de fazer o olho sangrar e você questionar: o que essa pessoa está tentando dizer?? Porque de cada três palavras, quatro estão erradas. Mas não é sobre isso que quero falar e sim sobre relevância.

Relevância é ter um assunto que interesse à maioria das pessoas, que modifique algum pensamento ou atitude e de preferência para melhor. Por exemplo: você aprende algo novo sobre uma planta, que alguma propriedade dela pode ajudar a diminuir os sintomas de alguma doença. Você pode escrever um texto sobre o assunto e isso será relevante.

Não quero aqui dizer que as pessoas não devem escrever o que elas querem, mas estou realmente cansada da falta de conteúdo relevante nas redes. É tanta notícia boba sobre celebridades e bobagens sobre o “novo método de cura do câncer” que você PRECISA (!) ver; o chá que vai fazer você virar a mais linda das atrizes de Hollywood, que fico pensando nas propagandas de cigarro de outros tempos, que vendiam aquele sistema de matar como se fosse estilo de vida.

Relevância é escolher um tema para escrever (no meu caso, vários), e fazer algo que ajude alguém a aprender algo novo; algo que mude uma vida. E no caso dos blogs, que tenha palavras e conteúdos relevantes que levem a mais leitores, com palavras chave que se destaquem no meio a um mundo de textos.

Vou terminar lançando um desafio: de todos os blogs, notícias, redes sociais etc. que você leu hoje, em qual deles você aprendeu algo construtivo para a sua vida e das pessoas à sua volta?


sábado, 20 de abril de 2019

Ontem foi Sexta-Feira Santa E dia de Santo Expedito


Uma oração a Santo Expedito por todos nós

Mais que uma sexta-feira Santa, onde lembramos a paixão de Cristo, devemos nos lembrar de tantos erros que cometemos pela vida, quando falamos mal do nosso próximo; quando presumimos o que nós “achamos” que os outros têm que fazer ou dizer; quando difundimos inverdades baseadas apenas nos nossos preconceitos bobos.

Ontem foi Sexta-Feira Santa e deveríamos nos lembrar de que somos a multidão que começou a semana louvando “aquele que veio em nome do Senhor”; e que terminou a semana gritando: crucifica-o!

Mas antes que alguém me diga que “não é bem assim”, ou que eu deveria ter escrito isso ontem, afirmo que isso é criticar. Não podemos dizer aos outros como devem levar suas vidas. Cada um sabe de si. Só podemos apontar aos outros quando suas atitudes magoam; quando isso é realmente mau não apenas para a pessoa, mas para os que estão à sua volta.

E no Brasil de hoje, quando vejo tanto ressentimento sendo vomitado por aí, isso deveria calar fundo em cada alma. Mas como eu disse, ontem foi sexta-feira Santa, mas também foi dia 19 de abril, que deveria ser uma celebração do Dia do índio, mas não há motivos para festa, já que cada vez mais invadimos, matamos, massacramos, sujamos. Perdão aos nativos desta terra porque somos filhos muito maus.

Lembrei-me também de que ontem foi dia de Santo Expedito das causas justas e urgentes, e vou terminar este post fazendo uma oração a este santo, para que nos ajude neste país louco, nos livrando de todos os males.

Meu Santo Expedito das Causas Justas e Urgentes!

Socorrei- me nesta Hora de Aflição e Desespero,
Intercedei por mim junto ao Nosso Senhor Jesus Cristo.
Vós que sois um Santo Guerreiro.
Vós que sois o Santo dos Aflitos.
Vós que sois o Santo dos Desesperados,
Vós que sois o Santo das Causas Urgentes,
Protegei-me, Ajudai-me, Dai-me Força, Coragem e Serenidade.
Atendei ao meu pedido
Ajudai-me a superar estas Horas Difíceis,
Protegei-me de todos que possam me prejudicar,
Protegei a Minha Família, atendei ao meu pedido com urgência.
Devolvei-me a Paz e a Tranquilidade.
Serei grato pelo resto de minha vida e levarei seu nome a todos que tem fé.
Santo Expedito rogai por nós.
Amém.

Não esqueça ao final de rezar um Pai Nosso, uma Ave Maria e um Glória ao Pai, mantendo a mente aberta para desejar apenas o bem! Temos que concordar que precisamos de toda a ajuda possível!

quarta-feira, 17 de abril de 2019

Bolos lêvedos dos Açores: um pão de frigideira


Esse nome estranho aí em cima é apenas a designação original de um pão de frigideira. É uma receita ótima para aqueles dias em que queremos ter um tipo de pão diferente à mesa. Algo para acompanhar os pratos com molho que eu adoro fazer.

Esse “bolo fermentado” também é ótimo para um café da tarde, quentinho, acompanhado de manteigas e geleias. E é tão fácil de fazer, já que não vai ao forno, que você vai deixar de passar todo dia na padaria para levar pão para casa.

A receita vem de um livro português que só Deus sabe por que eu tenho em casa. Não lembro se comprei em um sebo, ou se herdei junto com uns livros de família. Mas não se preocupem, porque já “traduzi” os nomes de ingredientes e medidas direto para o português falado no Brasil.

Ingredientes

500 g de farinha de trigo
125 g de margarina ou manteiga
125 g de açúcar
20 g de fermento biológico (prefira o fresco)
200 ml de leite
Raspa de limão
Dois ovos

Preparação

Peneire a farinha para uma tigela e faça uma cova no meio, junte o açúcar, os ovos, a margarina e comece a misturar, dissolva o fermento no leite morno e acrescente à farinha amassando e sovando a massa muito bem.

Deixe levedar em local aquecido até dobrar de volume, e tape bem.

Faça bolas do tamanho de uma laranja e disponha em tabuleiros ou panos polvilhados com farinha e deixe repousar por mais 30 minutos. Pegue em cada uma das bolas e vá achatando tipo panqueca.

Ponha em uma frigideira antiaderente e deixe cozinhar em fogo muito brando de um lado e do outro até dourar.


terça-feira, 16 de abril de 2019

A Páscoa tem que começar dentro de nós



Estamos na semana Santa e, por tradição, católicos não costumam consumir carne vermelha durante este período. Eu fiz uma promessa de evitar durante a quaresma toda, mas isso não é, como dizem alguns, ‘bobagem obscurantista’, até porque isso não é um dever e sim um sinal de respeito.

Desculpem por começar essa postagem desse modo meio agressivo, mas é que ando vendo tanta zombaria agressiva em redes sociais (e fora dela), que me pergunto de onde vem tanta mediocridade e tanto rancor sem noção. Uma moça em um dos grupos do qual faço parte perguntou se podia comer carne vermelha ou não, e entre alguns comentários havia piadinhas do tipo: “não adianta ser uma vaca o ano todo e deixar de comer carne na quaresma”.

Perguntei-me qual a finalidade dessa bobagem e a única coisa que me veio à cabeça foi: a internet deu voz para pessoas que deveriam ter nascidos mudas.

Mas, por outro lado, há certa razão. Não adianta fazer maldades o ano todo e penitência na Semana Santa. Isso seria o semelhante aos cinemas que passavam pornografia o ano todo durante estes dias ficavam exibindo filmes bíblicos.

Porém esta é a semana da Páscoa, tempo  de renovação, e isso tem que começar por dentro. Podemos ser melhores, evitando debochar dos outros, seja nas redes sociais (o local mais covarde do mundo) ou na vida real.

Para começar, a Páscoa não nasceu com Jesus e os Cristãos. Sua origem mais remota é hebraica, o Pesach, que significa passagem. Para os Cristãos, o termo passou a significar a Ressurreição, o que nos leva à renovação. Precisamos muito renovar nosso modo de viver e pensar.

Estamos na semana da Páscoa. Começamos mal, com governantes falando bobagens em redes sociais e pessoas do mal apoiando. Começamos com um incêndio em uma das catedrais mais belas do mundo (Notre-Dame de Paris). Começamos com mais um monte de notícias de epidemias e fome pelo mundo, portanto, não se importem se é ou não tempo de comer carne ou bacalhau. É tempo de mudar.

Vamos começar mudando a nós mesmos, nos espelhando talvez na Nossa Senhora das Dores. Aquela que viu o próprio filho ser morto na cruz, tendo como apoio apenas um dos discípulos (João), algumas parentes mulheres e Maria Madalena. Pessoas de coragem que apoiaram até o fim.

Gostaria de lembrar que esta semana começa com uma entrada triunfal, com ramos sendo colocados à passagem do Cristo aos gritos de “Bendito o que vem em nome do Senhor! Hosana nas alturas!”, mas pensem que essas mesmas pessoas são as que mandam soltar Barrabás e gritam: “crucifica-o!”. Pessoas influenciáveis como as que vemos por aí, pelas ruas e na internet. Se aproveitando do anonimato da multidão ou das redes sociais apenas para mostrar sua covardia.

Senhor! Perdoai! Eles não sabem o que fazem. Mas, mesmo assim, pensem na mudança e façam isso primeiro em si mesmos.

Eu poderia terminar com a frase acima, mas ouso pedir uma prece por Notre-Dame...

sábado, 13 de abril de 2019

Polvo no forno com castanhas portuguesas


Mais um delicioso prato para a quaresma!

Vamos repetir o mantra daqueles que não comem bacalhau, como eu (!): nem só de bacalhau vive a semana santa e a quaresma.
Essa receita é portuguesa, e como o único pescado que está em conta esta semana (amanhã começa a Semana Santa) na feira era o polvo, foi isso que resolvi fazer.
A receita é com castanhas portuguesas, que já são encontradas em embalagens congeladas ou a vácuo aqui no Brasil, ou nas festas de final de ano. Portanto se você cozinhou as suas e congelou, use. Se quiser pode substituir por pinhão, mais comum aqui no país.
E peça para o peixeiro limpar seu polvo de todas as areias que ficam nas ventosas, porque ninguém merece comer areia. O prato parece chique, por causa do vinho e tal, mas você pode (e deve) fazer substituições ao seu gosto!

Ingredientes

Um polvo grande
Batatas pequenas
Azeite de oliva e margarina
Pimentão verde em tiras
Castanhas congeladas
Vinho do porto (seco)
Vinho branco (seco)
Páprica e pimenta do reino a gosto

Preparação

Cozinhar o polvo na panela de pressão, tendo o cuidado de não ultrapassar os 20 minutos.
Levar uma panela ao fogo com água e sal. Quando levantar fervura coloque uma embalagem de castanhas portuguesas congeladas. Assim que a água retomar a fervura apagar o fogo e escorrer as castanhas de seguida.
Cozinhar cerca de um quilo de batatas pequenas (de casca limpa e lisa) até as cascas começarem a abrir.
Numa assadeira colocar salsa, cebola em rodelas, margarina, pimentão em tiras, azeite e páprica.
Colocar por cima o polvo, partido em pedaços, rodeando com as batatas cozidas e as castanhas.
Voltar a cobrir com tiras de pimentão, cebola em rodelas, salsa, polvilhar com páprica, um pouco de pimenta do reino, alguns pedacinhos de margarina, regando com meio cálice de vinho do Porto, um copo de vinho branco e bastante azeite.
Levar ao forno, pré-aquecido a 200º C, durante cerca de 20 minutos.

Cenas de ódio que se repetem séculos afora



“O exército derrubou a tiros milhares de homens, mulheres e crianças, mesmo que estes não participassem dos combates. Soldados executaram quem ousava defender suas posições; outros morreram porque estavam em trajes de trabalhadores, ou pelo modo de falar. Os massacres realizados contra seus próprios compatriotas prenunciaram os demônios dos séculos seguintes. Você podia ser derrubado a tiros por ser apenas quem era, ou porque queria ser livre”.

Vai ter gente revirando os olhos para este texto meu, que começa com a citação de um capítulo sangrento da história. E qualquer semelhança com o período que estamos vivendo no Brasil, é apenas porque somos um povo burro, que não aprende nem com os próprios erros, que dirá com os erros dos outros.

Primeiramente, o trecho entre aspas fala de um período da história francesa conhecido como Comuna de Paris. Quero que as pessoas vejam e entendam que o que estamos vendo aqui no Brasil já aconteceu em outras partes, mas pessoas mais inteligentes assimilam e seguem em frente. No nosso caso, teimamos em não ver o óbvio: querem nos matar.

E se não fosse verdade, porque autorizar o uso de venenos nas lavouras que vão matar quem aplica, quem come, além de colocar a perder o solo, os animais e a água? Deveríamos sim criar defensivos agrícolas menos agressivos, mas para isso precisaríamos evoluir e isso custa dinheiro.

Se não querem nos matar, então a troco de que metralhar um carro de onde não partiu nenhum ataque? Morreu um pai de família, e ainda tem gente dizendo que “não morreu ninguém”, ou que isso é aceitável dada a violência que o Rio de Janeiro vive. Eu digo que não é aceitável. Que toda vida vale alguma coisa. A guerra criada o foi por pessoas que ainda acham que o inimigo está no morro, mas não está.

Em uma postagem de rede social alguém comentou que esse monte de tragédias acontecendo aqui pode ter sido atraído por pensamentos de ódio que estão ultrapassando os limites. Confesso que penso o mesmo. Vejo tanto rancor nas falas das pessoas que eu creio mesmo que atraímos o “coisa ruim” para este país. Começando por eleger o camarada mais burro do universo para dizer o que devemos ou não fazer de nossas vidas.

Confesso que jamais pensei que se podia fazer e dizer tanta besteira em 100 dias, mas dou meu braço a torcer que é possível! E de um presidente de redes sociais as coisas ruins espalham feito rastilho de pólvora, detonando o que vem no caminho. Precisamos de ordem? Sim! Mas isso não é ordem. Precisamos de progresso? Sim! Mas não estamos indo a parte alguma!

O país está travado, os meios de produção (que nunca foram tomados por comunista algum) estão indo embora, porque como eu disse, nem todos os seres do mundo são burros. Os caras já perceberam que deste mato não sai mais coelho, e perceberam a hora de parar de investir.

Podem revirar os olhos para mim, mas não creio que uma nação se construa com revisionismos mentirosos ou com um combatendo o outro só porque ganhou ou perdeu o poder. Uma nação se constrói em torno de uma meta que dê aos seus cidadãos os direitos que eles têm de nascença, pois só assim se podem cobrar os deveres.

Querem reformas? Comecem por criar condições de trabalho dignas. Comecem por trazer investimentos que gerem emprego e renda.

E Paulo: sei que você vai dizer em seu coração que isso não vai me trazer o dinheiro que preciso ganhar, mas os seus métodos também não trouxeram, e se eu não usar o blog para dizer o que eu penso, mesmo que apenas poucas vezes, ele não tem finalidade e nem eu.


sexta-feira, 12 de abril de 2019

Deixe de cometer erros bobos na hora de plantar a horta em casa!

Horta comunitária Jd. Padre Anchieta

Quem passa pelas minhas páginas já deve ter notado algumas coisas que me deixam mais feliz que outras. Como caminhadas perto de árvores e flores, receitas deliciosas de família, meu ofício de escrever e sim (!) hortas.  

Sou uma defensora de hortas comunitárias que além de trazerem benefícios aos bairros, embelezam o mundo com seu verde e alimentam com mais saúde as pessoas. Falando nisso, 152 agrotóxicos liberados só me fazem pensar que essas pessoas que nos governam querem mesmo a nossa morte.

Mudando de assunto, vamos ao que me trouxe aqui: começar uma horta em casa. Quando começamos uma horta (ou qualquer outra coisa que nunca vimos), é normal cometer erros. Por mais que se pesquise ou se fale com quem já sabe, acabamos deslizando em algumas coisas que podem ou não ter solução.

Já plantei muita coisa que não vingou, do mesmo modo que já fiquei frustrada com lagartas comendo minhas folhas ou plantas que demoram uma vida para florescer ou frutificar. Hoje mesmo estava em um grupo explicando que você pode plantar alho, mas demora mais de ano para fazer alguma colheita e não é fácil. Aliás, alho é só se para aquelas pessoas que têm um tempão para cuidar.

Primeira lição: plantar requer amor e trabalho

Sei que há pessoas que têm mais facilidade que outras com plantas, como minha tia marina e, parece, meu primo Pedro herdou. Mas todos têm afinidades com o verde e se nos esforçarmos ele nos recompensa. Muitas das minhas plantas vieram de mudas compradas na feira livre, já que moro em um grande centro urbano e não há muito espaço disponível.
Use todos os espaços para plantar

Mas também moro em uma cidade onde há pessoas dispostas a plantar em espaços onde antes só havia mato e lixo jogado, além de prontas para colocar ao menos seus temperos em vasos e em vasilhas transformadas em floreiras, jardineiras etc. Tudo em nome de comer com saúde e embelezar um pouco nosso bairro, muito carente de árvores e plantas.

Mesmo que as condições no meu apartamento não sendo ideais, minhas plantas vingam. Não chega a ser uma horta, mas tenho alecrim, hortelã, salsa, manjericão quando preciso de temperos frescos. As hortaliças maiores vêm da horta comunitária, que é barata e sem venenos!

Segunda lição: o vaso ideal para sua planta

Sim! O tamanho do vaso importa. Você não pode plantar algo de raiz profunda num vaso de pouca fundura e em pouca terra, a não ser se você é o mestre dos bonsais. Um tomateiro (cereja), por exemplo, precisa de um mínimo de 60 cm de fundura para dar seus frutos.

Portanto, veja o tipo de planta que você quer cultivar e compre vasos adequados para elas.
E não se esqueça de que plantar em vaso é diferente de plantar no solo. No vaso não temos os nutrientes dos solos, como os sais minerais, ou os lençóis de água subterrâneos, portanto, em alguns casos, as regas têm que ser mais frequentes. Se o tempo está abafado como esses dias de início de outono, minhas plantas pedem regas diárias e “ai de mim se não molhar”.

Do mesmo modo as plantas de vaso pedem nutrientes que já estão no solo. Usar húmus de minhoca, cascas de ovos moídas, e regar o vaso (não muito perto do caule) com restos de leite e água são boas pedidas. O pó de café depois de coado e frio também serve como adubo.

Terceira lição: planejamento

Essa foi minha recompensa da semana. Margaridas florescendo.
Vou terminar esse pequeno artigo dizendo aos agricultores caseiros que precisa planejar o que se vai plantar, mas também precisa sair à busca daquilo que não é comum. Tenho em casa sementes que nunca plantei, pois descobri que não iriam para frente no meu pequeno espaço, e com o tempo estou repassando para o pessoal da horta comunitária. Afinal eu tenho uma varanda/área de serviço e não um terreno. 

Faça uma lista do que você mais usa em casa. As ervas que usa para temperar, os legumes e verduras que consome e veja se é possível plantar no seu espaço. Não inclua plantas das quais você nem ouviu falar e nem experimentou.

Verifique quanto sol e água suas plantas precisam. Teste os adubos naturais. E pense que o tempo de plantar é diferente para as plantas. Mas, finalizando, nunca deixe de plantar. O esforço será recompensado.



quinta-feira, 11 de abril de 2019

Salada mata fome!


Sabe aqueles dias corridos em que a gente mal tem tempo de pensar num cardápio, mas sabe que precisa fazer comida e almoçar? É hoje!

Nessas horas é bom avaliar o que tem na geladeira ou na despensa e pensar em um daqueles pratos de uma panela só. Mas é um dos mais saudáveis que já fiz. Tem carboidratos simples, vitaminas, proteínas e alimenta de verdade.

Para quem está de dieta é muito leve e pouco calórico, mas pode substituir o queijo minas por ricota em pedacinhos, e quem não gosta de pimenta do reino não precisa colocar, ou pode substituir por um dente de alho bem esmagado!  Aliás, eu prefiro!

Ingredientes

Duas batatas grandes
Dois ovos cozidos
1/3 de xícara de queijo Minas fresco picado em cubos pequenos
20 azeitonas pretas sem caroço
Dois palmitos cortados em tiras grossas
10 tomates cerejas
Cheiro verde
Pimenta do reino e sal a gosto
Azeite de oliva e vinagre.

Preparação

Descasque, e pique as batatas e cozinhe em água até que ficarem macias. Pode aproveitar a mesma água para cozinhar os ovos. Escorra e reserve as batatas. Pique ovos e reserve.
Corte os tomates cereja ao meio e comece a montagem da salada. Misture as batatas, os ovos picados, o tomate, as azeitonas, o queijo e por último o palmito. Tempere com um molho de azeite, vinagre, sal e pimenta do reino. Decore com o cheiro verde picado.

terça-feira, 9 de abril de 2019

Tema de redação para fazer um exame vencedor!


Saiba tudo sobre escolhas de temas e esteja preparado!

Eu posso escrever infinitamente sobre pessoas que passam em concursos, vestibulares, ENEM etc. fazendo redações fantásticas, e isso realmente importa. As temáticas, na maior parte das vezes, são escolhidas com foco em grandes questões da atualidade, personagens históricas de relevância para as discussões atuais, ou, como no caso da redação do meu quarto ou quinto vestibular, trechos de livros.

Para a minha sorte sempre fui leitora voraz e, mesmo não tendo dinheiro para comprar montes de livros, contava com uma biblioteca razoável na cidade onde morava (viva São Bernardo e a biblioteca Monteiro Lobato!). E quando me deparei com a frase: “dedico essas palavras ao primeiro verme que corroeu minhas carnes...” sabia que se tratava do início de Memórias Póstumas de Brás Cubas, do imortal Machado de Assis, e que eu deveria dissertar sobre o trecho em questão. Me dei muito bem!

A primeira coisa que tenho a dizer ao leitor é que em algum momento da vida ele vai precisar redigir algo, e para não passar vergonha, saiba que é bom estar bem informado sobre os assuntos. Saiba o que está acontecendo no país e no mundo: veja quais temas estão sendo discutidos e tente entender para poder escrever sobre os assuntos. Pense nas suas aulas desde o fundamental, quando os professores jogavam assuntos para os alunos escreverem, como Dia da Árvore, do Índio, Independência etc. E tente lembrar como você aprendeu a fazer isso. Se não aprendeu, não é tarde!

A segunda sugestão, além de saber das atualidades, é ler livros. Por favor, tente! Sei que muitos irão revirar os olhos ou dizer que isso é chato. Não é! Leitura aumenta o vocabulário; exercita a mente e a imaginação (o que ajuda bastante com temas livres) e ensina a construir frases compreensíveis para qualquer leitor. A leitura nos educa e ajuda a construir uma narrativa pensando a respeito dela. Se tivéssemos mais leitores, talvez (!), não teríamos tantos comentários estúpidos a respeito de tudo nas redes sociais.

E em se falando em redes sociais, tenho que dizer que meus olhos sangram de tanto ver palavras simples escritas de tal forma que não sei do que está se falando. Sei que muitos não tiveram a oportunidade de se instruir, mas se usam a rede social para se comunicar, deveriam usar também para aprender como é a forma correta de se expressar e poderiam ver as notícias que realmente importam, que não têm nada a ver com a “pílula milagrosa que seca barriga”.

Finalizando: como exercício para aprender a escrever e se preparar para aquele teste de emprego, ou concurso, vestibular etc., pegue algum tema que esteja sendo abordado na mídia e aprenda o máximo que puder sobre isso. Depois escreva, com suas próprias palavras, o que entendeu sobre o assunto. Dê a alguma pessoa para ler, sem explicar nada, e veja se você conseguiu passar a ideia geral em seu texto. Se você conseguiu... VITÓRIA!!!
Essa não é a face atual da Monteiro Lobato, que passou por uma bela repaginada, mas preferi a imagem mais próxima da minha infância

Em tempo: dedico esse texto a todos os meus professores, especialmente os de Língua Portuguesa, e também aos bibliotecários que me atenderam durante muitos anos na Monteiro Lobato. Hoje é o dia Nacional da Biblioteca, e quero usar isso para dizer que precisamos mais desses templos neste país. Dentro das escolas; nos espaços públicos; nos ônibus do SESC/SENAC que circulam nas periferias à procura de leitores ou em qualquer iniciativa que faça crescer o conhecimento!

Feliz dia da Biblioteca!





segunda-feira, 8 de abril de 2019

Coscorões, o doce dos dias chuvosos


Esse é um daqueles doces que faz lembrar a mãe ou a avó: simples e gostosos

Estamos no outono e, mesmo com as chuvas mais raras, elas sempre vêm acompanhadas de um friozinho gostoso, bom para tomar um chá ou café acompanhados desse doce. O nome pode parecer estranho, coscorões, até porque ele é conhecido também como cueca virada, crustolis, orelha de gato etc.

Basicamente é uma massa de farinha de trigo e ovos, estendida numa tira larga e fina, que é frita e depois polvilhada com açúcar e canela. A diferença para um bolinho de chuva é que nessa massa não vai fermento.

Ingredientes

400 g de farinha
Uma pitada de sal
75 g de manteiga
Uma colher (sopa) de cachaça
Suco de uma laranja
100 ml de água
Um ovo
Açúcar e Canela

Preparação

Numa tigela coloque a farinha o sal e a manteiga e amasse até obter um areado.
Junte os ingredientes líquidos aos poucos e vá amassando até obter uma massa maleável.
Reserve a massa coberta com um pano úmido por 20 minutos.
Com ajuda de um rolo de macarrão, estenda a massa bem fina em cima da bancada polvilhada com farinha e depois corte retângulos de massa e faça pequenos cortes no meio.
Frite em óleo bem quente e escorra sobre papel absorvente. Finalize passando os coscorões por açúcar e canela.

domingo, 7 de abril de 2019

Sanduíches de salada de Kani maravilhosos!


Hoje estou meio atrasada para fazer o que quer que seja. Não fui esquentar a barriga no fogão, até porque está abafado e eu não estava muito a fim de comida quente.

Fui fuçar na geladeira e encontrei uma embalagem de kani-kama no freezer, aí resolvi fazer uma versão de sanduíche que ficou boa para caramba!

Sem mais delongas, seguem os ingredientes e o preparo, super simples, que vão lhe dar uma boa opção para o lanche noturno, ou, se preferir, pode usar a receita como salada, que deve ficar deliciosa com arroz branco.

Eu usei pão de forma, mas pode ser usado o pão francês, ou fatias de pão italiano!

Ingredientes

Uma embalagem de kani-kama (surimi em palitos) cortado bem miúdo
Uma cebola picada miúdo
Dois dentes de alho moídos
Um pepino pequeno picadinho
Meio pimentão verde picado miúdo
Azeitonas verdes picadas miúdo
Salsinha e cebolinha picadas miúdo
Uma pitada de pimenta calabresa em pó
Uma pitada de sal
Uma colher de sobremesa de mostarda verde
Uma colher de sopa de azeite de oliva
Maionese light para dar liga


Preparo

Misture bem todos os ingredientes, finalizando com a maionese, que vai dar a liga dessa salada. Ponha bocados nas fatias de pão e feche com uma fatia sem nada. Sirva acompanhada de uma limonada refrescante!

sexta-feira, 5 de abril de 2019

Espetinhos de camarão com gergelim


Muito bem! Não é porque estou nos meus 40 dias sem carne vermelha que não posso comer um churrasco. É claro que teremos elementos diferentes nos espetos, como alguns legumes, por exemplo. 

Você pode cozinhar previamente (não muito!) algumas cenouras e batatas doces, que, depois de picadas, podem ser alternadas com pedaços de pimentão, tomates e cebola.

Mas o fato de não colocar o boi na brasa não impede de colocar uns camarões na grelha. Essa receita eu aprendi em uma das edições do Masterchef Austrália e um dia ainda vou entender o relacionamento desse povo com curry e outras especiarias.

Essa receita é uma ótima pedida de aperitivo ou de prato principal. Se quiser incrementar ainda mais coma com molho tarê.

Ingredientes

16 camarões grandes descascados e limpos
Um dente de alho
Duas colheres de sopa de azeite de oliva
Duas colheres de sopa de molho de soja
Uma colher de sopa de suco de limão
Uma colher (de café) de pimenta do reino
Uma colher (de café) de curry em pó
Uma colher (de café) de gengibre em pó
Sementes de gergelim

Preparação

Corte o dente de alho em pedaços pequenos e misture com o sumo de limão, o molho de soja, o azeite, pimenta, curry e gengibre.
Coloque os camarões dentro do recipiente com a mistura que preparou anteriormente. Deixe marinar por pelo menos uma hora na geladeira.
Ponhas os camarões nos espetinhos e leve para grelhar durante 4 minutos de cada lado.
Se for usar a churrasqueira coloque na grelha mais alta para não queimar.
Salpique as sementes de gergelim sobre um prato e passe os espetinhos por cima, de cada lado para colar bem.
Bom apetite!


quinta-feira, 4 de abril de 2019

Faça um currículo imbatível


A porta de entrada para o emprego certo

Não vou começar aqui dizendo o óbvio, que um bom currículo é a porta de entrada para um emprego, porque está claro para qualquer profissional que esse papel que define sua vida profissional é a primeira impressão que passamos quando nos candidatamos a um posto de trabalho.
Vou mostrar aqui algumas formas de construir bem esse “cartão de visitas informativo”, que poderão ajudar a conquistar seu emprego dos sonhos.
Para começar, um currículo deve conter as principais informações sobre sua trajetória profissional até o momento.
Lembre-se que este é o primeiro filtro do processo seletivo, sendo responsável por decidir se você está apto ou não para realizar as fases seguintes, e deve se destacar para chamar a atenção do recrutador.

Primeiro passo: apresente-se!

Todo currículo deve conter algumas informações básicas que devem ser colocadas logo de cara! Nome, endereço, telefone de contato, e-mail, data de nascimento, escolaridade e o cargo (ou cargos) que você está se candidatando.

O próximo passo é: seja objetivo!

Com um desemprego galopante que assola o país, precisamos ser objetivos para não entrar na pilha dos currículos gigantes que são descartados pelos recrutadores quando eles fazem um filtro inicial.
Lembre-se que você está escrevendo um currículo, não uma Bíblia. Evite escrever muitas páginas, textos longos e detalhes desnecessários. Busque ser objetivo em suas descrições, use palavras chaves para contar suas experiências e dê destaque aos pontos que julgar mais importantes.

Passo três: seja organizado!

Nenhum recrutador vai olhar para um currículo que parece um festival.  Seu currículo deve passar informações importantes em pouco tempo e espaço, por isso invista na organização!
O ideal é que tenha uma aparência limpa, com espaçamento e fonte padrão, além de informações bem estruturadas.
Se possível coloque as informações em tópicos para facilitar a leitura e por ordem das experiências que ajude o leitor a entender sua trajetória profissional.

Quarto passo: coloque apenas o que realmente importa!

Tendo em vista que o currículo é um cartão de visitas, lembre-se de que você não precisa contar sobre toda sua vida nesse momento. Garanta que o recrutador capte suas principais experiências e competências.
Não esqueça que isso é a fase um. Se você for selecionado para testes, entrevistas etc., haverá outras oportunidades para contar sobre outras experiências durante o processo.
Para selecionar o que deve ou não colocar, vale a pena refletir sobre: Qual a vaga para qual você está concorrendo? Quais experiências são relevantes e expressam seu potencial para desempenhar as atividades descritas para a vaga?
Nessa hora, lembre-se: não minta sobre suas habilidades no currículo. Elas podem ser testadas mais adiante e se você for pego na mentira, nunca mais será levado em conta para um posto de trabalho na empresa em questão.

Chegando ao final: Não seja repetitivo e revise tudo muito bem!

Como dissemos, é importante que o currículo seja afirmativo em seu objetivo principal: passar informações sobre sua trajetória profissional. Não repita informações, já que isso pode tirar a atenção de quem o lê.
Garanta que o espaço seja usado da melhor forma possível e que você consiga passar sua experiência de forma clara e objetiva. Facilite o trabalho do recrutador e mostre que você é o candidato adequado.
Para cada vaga, revise seu currículo e garanta que as informações de cursos extracurriculares e experiências estão de acordo com os pré-requisitos da vaga.
Reflita sobre suas experiências, sejam elas profissionais ou acadêmicas, e garanta que seu currículo se destaque, e mostre seu potencial para a vaga. 

Dica final: esta é pessoal!

Como sou do grupo dos maiores de 50, sei que as dificuldades para arrumar trabalho aumentam com a idade. Minha saída para não ser descartada na primeira fase foi colocar uma pequena carta de apresentação, mostrando aos recrutadores as vantagens de ter uma candidata mais velha em suas fileiras.
Algo como “já passei por montes de revisões ortográficas, trocas de moedas, crises econômicas e mudanças de tecnologias. Adaptei-me em todas e sobrevivi para contar a história, melhorada e mais experiente”.
Depois disso, só desejo a todos ter ajudado e que vocês consigam depressa voltar para as fileiras da população economicamente ativa.

“Não há brilho maior do que o olhar de alguém que arruma emprego. Parece um ser invencível”. (Aaron Sorkin- roteirista)


quarta-feira, 3 de abril de 2019

Escabeche de peixe deliciosa!


Estamos nos aproximando da Semana Santa, que começa no próximo domingo, quando se celebra a entrada de Jesus em Jerusalém, sendo aclamado e passando sobre um tapete de ramos.

Será minha última semana sem carne vermelha e, portanto, vamos continuar com uma receita deliciosa e fácil de fazer, mesmo que tenha diversos ingredientes.

Dei duas opções de peixe, mesmo que o mais comum seja a sardinha. Mas lembre-se que são filés, portanto devem estar limpos e sem espinhos!

Ingredientes

Quatro filés de tilápia ou oito de sardinha
Cinco dentes de alho
Duas xícaras (chá) de cebolas em rodelas
Duas xícaras (chá) de tomates em rodelas
Duas xícaras (chá) de pimentões coloridos em rodelas
½ xícara (chá) de azeitonas picadas
½ xícara (chá) de azeite
½ xícara (chá) de vinho branco
Uma colher (chá) de molho shoyo
Três colheres (sopa) de vinagre
Duas colheres (sopa) de salsa picada
Duas folhas de louro
Sal a gosto

Modo de Preparo

Passe os filés na chapa ou em uma frigideira para “selar” a carne. Em uma panela, coloque em camadas alternadas a tilápia, o alho, a cebola, o tomate, os pimentões e a azeitona. Coloque o vinho, o azeite, o vinagre, o caldo de peixe, a salsa, o louro e o sal e levar ao fogo baixo com a tampa até cozinhar.



terça-feira, 2 de abril de 2019

Oração pedindo um emprego Urgente!



Estamos vivendo dias difíceis e só a nossa fé consegue nos salvar. Faça essa prece todos os dias antes de sair na busca por trabalho. A providência divina ajudará.

Essa é uma prece poderosa para quem está procurando trabalho!


Senhor, que disseste: “Ganharás o pão com o suor do teu rosto”; e também: “Ide e dominai a terra”.
Essas palavras consagram a necessidade e o valor do trabalho.

Eu sei que devo trabalhar para poder sustentar a minha vida e a vida dos meus familiares. É pelo trabalho bem feito e bem intencionado  que alcançarei merecimentos e conseguirei a vida eterna.

Mas... Senhor, apesar de toda a minha vontade, não estou trabalhando. Estou desempregado (a), e isso tem sido um grande problema para mim e minha família.

É por isso que estou hoje aqui, diante de Ti, para pedir que me ajude a encontrar um trabalho decente e conseguir sustentar a mim e aqueles que dependem de mim.

Tu, quando estiveste neste mundo foste um humilde carpinteiro. Tende piedade de mim e atendei o meu pedido (fazer o pedido com fé e firmeza).

Eu quero trabalhar. Eu preciso trabalhar! Ilumina meu Senhor ou meu caminho, para que hoje eu possa encontrar o que há tanto tempo estou procurando: um lugar para trabalhar.

Confio na Tua graça e no Teu poder.

Amém

(Rezar uma Ave Maria, um Pai Nosso e um Glória ao Pai)

segunda-feira, 1 de abril de 2019

Peixe espada no tacho com camarões e batatas


Uma receita fácil para os meus 40 dias sem carne vermelha, que estão perto do final. Semana que vem, mais precisamente no próximo domingo, começa a Semana Santa, e com ela vem um monte de receitas de bacalhau que vocês não verão neste blog.

Vamos às explicações: EU NÃO CONSIGO COLOCAR BACALHAU NA BOCA SEM ENJOAR. Por um trauma de infância relacionado a uma espinha de bacalhau, não consigo sentir o sabor do bacalhau sem ter engulho. Nem bolinho eu consigo comer...

Mas temos muitos peixes no mar e essa receita foi de um bacalhau que comi em um restaurante de Lisboa, depois de explicar ao dono meu trauma de infância. É fácil, e você pode fazer com produtos congelados, sem ficar alucinada atrás de uma peixaria.

Ingredientes

Peixe espada congelado
Camarões congelados
Batatas cortadas em rodelas
Pimentões cortados em tiras
1/2 lata de tomate pelado
Cebola cortada em rodelas
Alho picado
Sal e azeite a gosto.

Preparação

Num tacho largo (do tipo usado para fazer moqueca) ponha a cebola, o peixe, o alho picado, as batatas em rodelas, os camarões, o tomate e o pimentões. Tempere com sal e regue com azeite.
Adicione um pouquinho de água. Tape o tacho e leve ao fogo baixo. Cozinhe bem lentamente, de forma a que o peixe cozinhe em seu próprio suco, mas não deixe secar.
Se quiser, após desligar (dá uns 30 minutos de cozimento), tire um pouco do caldo e misture com farinha de mandioca para fazer uma espécie de pirão para acompanhar o peixe.

Duas vidas ou uma só basta?

Duas vidas ou uma só basta? : Não me lembro de quem foi que disse a frase: “deveríamos ter duas vidas, uma pra ensaiar e outra para represen...