sábado, 30 de junho de 2018

Pão de azeite e azeitonas e um cansaço que não me pertence


Hoje fui andar no centro de São Paulo, só para sair de dentro de casa, pensar outras coisas, rezar pelos amigos e pela família na muito antiga igreja de Santa Cruz das Almas, no muito antigo bairro da Liberdade.

Gosto de passear por ali, ver as barraquinhas montadas na praça, com suas comidas, decorações, amuletos etc. Gosto de ver os prédios estilo oriental do bairro. Melhor! Gosto de fazer isso sozinha, sem ninguém buzinando na minha orelha sobre comer aqui ou ali, entrar nas lojas todas e perguntar sobre tudo para depois não comprar nada.

Detesto incomodar pessoas que estão ali para trabalhar e ganhar suas vidas e não para me satisfazer a curiosidade sem dinheiro ou vontade de consumir sem parar.

Mas o que me agrada mesmo na Liberdade são as pequenas joias incrustadas em algumas vielas, os templos xintoístas escondidos, as igrejas da São Paulo colonial, que contam as histórias trágicas das páginas que não entraram nos livros.

Mas hoje é o último dia do mês de junho e eu não quero terminar o mês falando de tristezas ou das coisas ruins. Amanhã eu falarei, prometo, de todas as coisas erradas, da copa do mundo (que tenho evitado muito!), do país e de como é estar acima (bem acima) dos 39 anos, e tudo que isso acarreta.

Hoje vou passar uma receita de pão que pode acompanhar os jogos de quem está assistindo, ou fazer a alegria do lanche de qualquer um que ame pão e azeitonas.  Apenas explicando, para quem é leigo, que “esponja” é uma pré-fermentação.

Ingredientes

Para a “esponja”
-200 ml de água morna
- 20 g de fermento biológico seco
- 200 g de farinha

Para a massa
-50 ml de azeite de oliva extra virgem
- 50 ml de água morna
- 300 g de farinha
- 1 colher (chá) de sal
- 200 g de azeitonas pretas fatiadas

Preparação

Numa tigela colocar a água, o fermento e a farinha inicial. Misturar apenas para unir os ingredientes e reservar por uma hora e meia, mais ou menos.
Juntar numa bacia maior os ingredientes restantes com exceção das azeitonas. Amassar com a mão para trabalhar bem a massa. Assim que estiver bem amassado, colocar em uma superfície enfarinhada, juntar as azeitonas e misturar bem. Deixar a massa descansar por mais umas duas horas em uma vasilha que mantenha o calor ambiente.
Fazer pequenas bolas e colocar num tabuleiro ou assadeira enfarinha e pincelar levemente com azeite. Levar ao forno a 180o C durante uns 25 minutos ou até estarem dourados. 



sexta-feira, 29 de junho de 2018

Bolo pé de moleque para o dia de São Pedro


Minha singela homenagem a todos os Pedros pelo muindo

Hoje é dia de São Pedro, e eu sei que deveria falar sobre algo que lembre pesca, dar alguma receita de peixe. Eu poderia dizer que temos de pedir um pouco de chuva para São Pedro, porque está muito seco e a falta de umidade faz mal.

Deveríamos falar que hoje é o dia do papa, já que São Pedro é o primeiro dos papas da igreja católica, ou pensar nas chaves do reino e que, por causa delas, ele também é o patrono dos chaveiros.

Mas hoje só quero lembrar que é festa de São Pedro, a última das festas juninas, mesmo que as quermesses e festanças Brasil afora ainda durem um pouco mais por conta da alma festeira do brasileiro.

Quero lembrar também e homenagear todos os Pedros que conheço, sejam eles primos, tios, amigos e filhos de amigos. Um nome forte como esse não é fácil de carregar. Mas, via de regra, todos os Pedros que conheci tinham essa coisa meio moleca, de fazer brincadeira e ninguém desconfiar que fossem eles.

A eles dedico esse bolo de pé de moleque, simples, divertido, delicioso e ótimo para qualquer festa junina.

E que São Pedro nos abençoe!

Ingredientes

4 ovos
2 xícaras (chá) de leite
1 xícara (chá) de óleo
1 xícara (chá) de amendoim torrado, sem sal e sem casca
4 xícaras (chá) de farinha de trigo
2 xícaras (chá) de açúcar
1 pitada de sal
1 pitada de canela em pó
1 pitada de cravo em pó
1 colher (sopa) de fermento em pó
1 xícara (chá) de amendoim picado (xerém)

Modo de Preparo

Bata no liquidificador os ovos, o leite, o óleo e o amendoim por 2 minutos. Despeje em uma tigela grande, acrescente a farinha de trigo, o açúcar, o sal, a canela, o cravo em pó e misture até que fique homogêneo. Por último, coloque o fermento em pó, misture e despeje a massa em uma forma untada, e ao invés de enfarinhar, use um pouco de açúcar para caramelar e coloque um pouco do xerém. Salpique o restante sobre a massa e leve para assar no forno baixo preaquecido por aproximadamente 30 minutos ou até que, ao enfiar o palito, ele saia limpo.

quinta-feira, 28 de junho de 2018

Cuca de banana com canela e festas em Santa Catarina



Festas populares, especialmente nesses meses mais frios, me lembram de um chefe, descendente de alemães, com quem eu sempre ia para Santa Catarina, acompanhar os muitos festivais daquele estado. Como sei que hoje ele estaria triste por conta de uma desclassificação futebolística, resolvi postar uma receita da mãe dele, uma cuca de banana com canela deliciosa.

E como estou falando em festas juninas, saibam que no Sul do país algumas das melhores festas acontecem, e que Santa Catarina não é só o estado da Oktoberfest. Tem festa do pinhão nesta época do ano, e esse ingrediente serve para centenas de receitas doces e salgadas. Tem festa de pato e marreco, para os apreciadores dessa carne de ave, tão deliciosa, com pele crocante!

E para quem pensa que essa área só tem alemão, saiba que há muitos imigrantes e descendentes de outras partes, como os portugueses dos Açores e os poloneses vindos da região do Oder. Mais adiante vou falar um pouco mais do que aprendi com eles. Por hoje a receita é alemã, sem pato nem pinhão.


Ingredientes

12 a 15 bananas maduras cortadas em tiras
2 xícaras de farinha de trigo
2 xícaras de açúcar
2 colheres sobremesa de fermento em pó
6 colheres sopa rasa de margarina
2 ovos inteiros mal batidos
1 1/2 Litros de leite
Canela em pó para polvilhar

Preparação

Numa tigela coloque a farinha, o açúcar e o fermento e misture bem, fazendo uma farofa.

Derreta a margarina no forno micro-ondas e acrescente ao leite e aos ovos mal batidos e reserve.

Em um tabuleiro untado coloque a primeira camada de bananas, coloque logo depois a "farofa" obtida com os ingredientes secos. Repita a fase.

Por último, coloque sem medo, a mistura do leite com a margarina e os ovos. Dê uma leve espalhada.
Polvilhe canela a gosto e leve para assar em forno pré-aquecido a 180o C por uns 20 minutos.

quarta-feira, 27 de junho de 2018

Bolo de coco, festa de São Pedro, foguetório!


“Alguns fogos, fogos bobos, não alumiam nem queimam; mas outros incendeiam a vida com tamanha vontade que é impossível olhar para eles sem pestanejar, e quem chegar perto pega fogo.” (Eduardo Galeano)


Hoje, antes de começar minhas atividades blogueiras, fui dar uma olhada pelas redes sociais, já que ontem minha internet estava em outro planeta. Sabem como é? Ver as postagens dos grupos que participo e dos amigos, quando me deparei com um post da amiga Cecília Fazzini, com essa frase destacada aí em cima, que me levou a lembrar de muitas coisas partilhadas com ela: momentos, textos, prêmios, festas, comidas... e muito afeto!

Impossível não associar com os fogos de artifício juninos, com as festas populares, com os amigos e familiares com quem compartilhamos as alegrias e tristezas da vida. Pessoas que se tornam importantes nas nossas vidas e que nos fazem queimar, tal o amor que temos por elas.

Este mês de junho, particularmente, comecei até animada, pois algumas coisas boas estavam acontecendo. Mas um fato simples da vida veio de encontro e me lembrou de que tudo tem um fim. Precisamos então viver o máximo possível, e isso, esses momentos, não são a tela do seu celular. A vida está muito além.

Um exemplo? Vou falar algumas coisas que a amiga Cecília me fez lembrar com essa frase linda do Eduardo Galeano: sexta-feira, dia 29 é dia de São Pedro e as “memórias caiçaras” dela me remetem aos pescadores, que certamente comemorarão a festa; fogos de artifício explodiam na minha boca cada vez que experimentava alguma receita das mãos habilidosas dela; lembro da generosidade dela com tudo e com todos.

Voltando aos fogos de artifício e a São Pedro, estamos em plena copa do mundo (em minúsculas mesmo, porque desanimei do futebol), mas a frase acima me fez lembrar um pentacampeonato e uma viagem ao Maranhão, com direito a passeios espetaculares e festas “raiz”, com tudo o que temos direito.  Até andar nos barquinhos enfeitados dos pescadores que honram o santo em seu dia.

Foi um São Pedro incrível aquele, e essa receita de bolo de coco, simples e delicioso, me trouxe tudo isso à memória. Espero que haja fogos de artifício nas bocas de vocês quando comerem! Vale a pena e as calorias a mais.

Bolo de coco molhado

Ingredientes

Para o bolo:
Quatro ovos
250 g de açúcar
250 g (mais ou menos) de farinha de trigo
Uma colher (sopa) de fermento em pó
250 ml de leite fervente


Para a cobertura:
Uma lata de leite condensado
A mesma medida de leite
200 ml de leite de coco
150g de coco ralado

Preparação

Para o bolo:
Bata as claras em neve, junte as gemas uma a uma. Junte o açúcar e bata até formar bolhas. Adicione a farinha de trigo, o fermento e o leite, intercalando este com a farinha.
Coloque em assadeira grande, untada e enfarinhada. Leve ao forno pré-aquecido a 180º, por 40 minutos, ou até que fazendo o teste do palito este saia limpo.

Para a cobertura:
Misture todos os ingredientes muito bem.
Assim que o bolo sair do forno, corte-o em quadrados sem separar e regue com a cobertura. Use toda ela pata o bolo ficar bem molhadinho! Polvilhe com o coco ralado e deixe na geladeira para ser servido bem gelado!


segunda-feira, 25 de junho de 2018

Festas Juninas na “terrinha”



Como tenho falado em vários dias dessa série de festas juninas, essas tradições não nasceram aqui no Brasil. Foram trazidas pelos colonizadores portugueses e aqui ganharam adereços indígenas e escravos, até virar essa mistura que vemos hoje.

Independente de eu achar que algumas coisas “agregadas” são uma droga, como os “shows” de cantores que deveriam aprender música antes de fazer qualquer coisa, ainda gosto muito de festa junina, quermesse, comidinhas, bebidinhas e tradições.

A maior parte dessas comemorações tem origem em festividades de antigos povos que habitaram a Europa, e eram, sobretudo, para agradecer ou pedir boas colheitas na nova estação que vinha.
Eram os solstícios do início do Verão para o Hemisfério Norte e o início do Inverno para o Hemisfério Sul, que se juntaram à comemoração dos santos populares festejados em Junho, os já mencionados Santo Antônio, São João e São Pedro que se comemora no próximo dia 29.

É legal mencionar que em Portugal, local de origem de muitas das nossas tradições e costumes, celebra-se Santo Antônio, especialmente em Lisboa, já que o santo é natural desta cidade. E lá, no dia 13, verdadeiros cortejos saem às ruas e centenas de casais fazem seus votos perante a população.

São João Batista, assim nomeado por iniciar a prática dos 'batismos' com a água do rio, purificando assim as almas é comemorado dia 24 de Junho, e em Portugal uma grande festa é realizada na cidade do Porto, com procissões pelas ruas da cidade, mas, sobretudo à beira do rio Douro, com barracas, comidas típicas e animação é contagiante.

E como disse, estamos indo em direção a São Pedro, comemorado dia 29 de Junho; o primeiro papa; fundador da igreja Católica; primeiro “bispo de Roma”; guardião das chaves do reino e padroeiro dos chaveiros e também dos pescadores, já que ele era um “homem das águas”.  Aqui no Brasil, as festas de São Pedro são muito comemoradas pelos pescadores de norte a sul do País.

E agora, quando vamos em direção ao fechamento das festas de foguetório, que no Brasil andam se estendendo até meados de julho, vamos passar uma receita de Caldo Verde. Uma tradição portuguesa, para comemorar as origens das nossas festas.

Ingredientes

Um litro e meio de água
Três batatas grandes cortadas em pedaços
 Uma cebola média picadinha
 Quatro dentes de alho picados
 Uma linguiça calabresa picada
 Um paio picado
 1/2 xícara de chá de azeite
 Três xícaras de couve cortadas finas
 Sal e pimenta do reino a gosto

Preparação

Na água da panela, coloque as batatas, a cebola, o alho, as linguiças e metade da medida do azeite. Cozinhe em fogo médio por 20 minutos.
Retire apenas as batatas e esprema, retornando para a panela para encorpar o caldo. Junte a couve e, com a panela destampada, cozinhe por mais 5 minutos, mais ou menos.
Para finalizar, tempere com o sal, a pimenta e o restante do azeite.




São João não tem só festa... Tem plantas


Saiba mais sobre a Erva de São João

Sei que tenho usado as postagens do mês para falar sobre festas juninas etc. Mas hoje, depois de ficar de molho no dia de São João, fiquei com saudades de publicar alguma coisa para meus amigos de horta e jardim, e lembrei-me dessa erva, que eu via bastante na minha infância, mas faz tempo que nem ouço falar.

A erva de São João é nativa da Europa, norte da África e Ásia, mas hoje em dia pode ser encontrada no mundo todo devido à disseminação que começou nos tempos coloniais.

 A planta tem ramos espessos e cresce normalmente até cerca de um metro de altura. As suas folhas, vistas através da luz, são quase transparentes, devido ao elevado teor de óleo concentrado neste local. As suas flores que aparecem no verão, são amarelas e contêm um pigmento vermelho. As flores desta planta são muito decorativas, de tom amarelo vivo e aparecem durante o verão. No entanto, as plantas de aspecto mais decorativo, são as menos eficazes em termos medicinais.

A erva de São João funciona como planta medicinal e é muito usada sob a forma de chá. Tem benefícios no tratamento de nervosismo e depressão, assim como em problemas circulatórios e digestivos. É também útil para adicionar na água do banho, tornando a pele suave e macia devido aos óleos naturais presentes em suas folhas. Além disso, funciona como calmante natural para a pele e lhe dá mais flexibilidade.

Plantar erva de São João requer cuidados

A erva de São João desenvolve facilmente em local ensolarado, com temperaturas moderadas. O solo deve ter boa drenagem e é indispensável que seja seco, de forma que produza óleos essenciais de boa qualidade.

Se optar por germinar as plantas em jardins, faça isso dentro de casa, durante o Inverno e só mude as plantas para o exterior durante a Primavera, e deixando um espaçamento de 20 cm entre elas.

Atenção: essa planta precisa de composto orgânico suficiente para crescer saudável e também não gosta de solos ricos em cálcio, que amarela as folhas e estraga a planta, não deixando ela se desenvolver bem.

sábado, 23 de junho de 2018

Queijadinhas de São João


Faça queijadinhas para celebrar São João

Já falei durante toda essa série de Festas Juninas que comidinhas são coisa muito importante. E que muitas das tradições que temos por aqui vieram com a colonização portuguesa. Como esse doce, as queijadinhas, que também aparecem em toda boa quermesse. Cada uma com sua receita. Esta é a minha. Confesso que não faço há tempos, mas é de lamber os beiços!

Ingredientes

200 g de coco ralado
200 ml de leite de coco
Uma lata de leite condensado
Dois ovos
Cinco colheres de sopa de queijo ralado
Duas colheres de sopa de manteiga sem sal derretida

Preparação

Coloque o coco ralado em um recipiente e misture com o leite de coco. Reserve.
Bata os ovos e misture o leite condensado. Junte a manteiga e mexa bem.
Adicione o coco ralado e o queijo. Misture até que fique homogêneo.
Coloque em forminhas individuais para queijadinhas ou as de cupcake.
Leve ao forno pré-aquecido de 40 a 50 minutos.


sexta-feira, 22 de junho de 2018

Está chegando São João


Festas, fogueiras e bolos de macaxeira (mandioca/aipim)

Continuando a série junina, domingo, dia 24, é dia de São João Batista, o primeiro mártir da Igreja e considerado o último dos profetas. Esse santo, primo de Jesus, é celebrado no nascimento e no martírio (29 de agosto). Chamado de precursor do Messias  voz que clama no deserto, é sempre imaginado menino, com o cordeiro em mãos, ou batizando Jesus, segurando um cajado em forma de cruz.

A festa de 24 celebra o nascimento, com fogueiras, bandeirinhas, festas e, claro, todas as músicas danças e comidas típicas. É como se o mês chegasse ao auge indo em direção a São Pedro, no final. Nos lugares onde se dança o Bumba meu Boi é dia de batizar o boi que foi morto para tentar fazê-lo voltar à vida.

O Nordeste brasileiro, que já vem festejando há dias (alguns desde Maio), fará no dia as maiores fogueiras, e as melhores comidas, como esse bolo de Aipim (macaxeira ou mandioca, dependendo de cada estado), uma delícia com sabores bem brasileiros.

Essa receita, aliás, me fez lembrar de um amigo, descendente de baianos, cobrando da mãe um bolo de aipim “verdadeiro”, desses que deixa os dedos “no sabugo” de tanto ralar a raiz para fazer a sobremesa favorita.

Mas não precisa ralar os dedos. Basta ralar o aipim para fazer esse bolo. É delicioso e fácil.

Ingredientes

- 1 kg de mandioca/aipim/macaxeira (é a mesma coisa com nomes diferentes)
- 2 xícaras (chá) de leite de coco
- 1/2 xícara (chá) de água
- 2 e ½ xícaras (chá) de açúcar
- 1 colher (sopa) de manteiga derretida
- 2 ovos

Preparação

Descasque, lave bem e rale a macaxeira na parte fina do ralador. Coloque-a sobre um pano fino. Esprema bem deixando o líquido cair dentro de um recipiente. O resultado sairá melhor se você espremer a macaxeira aos poucos, em etapas.

Deixe o líquido repousar no recipiente por cerca de 20 minutos até a goma. Então escorra somente o líquido de cima descartando-o e reservando a goma no fundo do recipiente.
Em outro recipiente coloque a macaxeira ralada e junte a goma (amido) reservada, o açúcar, os ovos, a manteiga derretida, 1 xícara do leite de coco e a 1/2 xícara de água, misturando bem.

Coloque a massa numa forma de furo no meio de 22 cm de diâmetro, untada com bastante manteiga.
Leve ao forno preaquecido (180°) e asse inicialmente por 30 minutos então retire do forno e regue com a metade do leite de coco restante (1/2 xícara) volte a forma ao forno e asse por mais 30 minutos, retire-a novamente e regue com o leite de coco restante (1/2 xícara) e termine de assar por mais 30 minutos até dourar ligeiramente.

Para desenformar aguarde esfriar totalmente e com uma faca de ponta arredondada vá soltando e descolando-o da forma. Dá um pouquinho de trabalho, mas ele não quebra. Corte em fatias e sirva.


quarta-feira, 20 de junho de 2018

A vida segue e o mês de junho também


Com tantas coisas acontecendo, minha mente anda me pregando peças e só consigo lembrar de umas coisas bobinhas da infância, como o terreno baldio onde pegava amoras; andar de bicicleta pela rua de trás, que ainda não tinha iluminação, mas muitos casais de namorados escondidos nas sombras; rinques de patinação; carrinhos de rolimã e, claro, a quermesse da pequena paróquia do bairro.

É claro que vou falar da quermesse, já que estamos falando de festas juninas e quermesse é o que mais me remete a isso. Sou urbana, e vi minha região crescer descontroladamente desde o final dos anos 60. Mas não consigo esquecer a pequena quermesse do meu bairro. Tocando as músicas dos discos do padre Luigi, toda vez.

Era só ouvir “Milionário” dos Incríveis e já sabia que as barracas estavam disponíveis para as pessoas do bairro. Como não tínhamos muito dinheiro (muitas vezes nenhum), escolhíamos as atrações com cuidado para não haver arrependimentos.

Ganhar algo no bingo era motivo de festa. Quase sempre era alguma comida, porque as quermesses não eram como as de hoje, com sorteios de grandes prêmios. Eram sempre umas coisas baratas ou algum frango assado doado pela padaria do bairro. Mas não importava, porque éramos muito jovens e só queríamos encontrar nossos amigos e brincar.


Sei lá... Pescar uma lata de sardinha, ou acertar na argola e ganhar... Uma lata de sardinha.
Deixando de lado as memórias, vou passar uma receita da minha mãe, e vou dedicar isso a uma amiga, que me fez lembrar o quanto é delicioso o sabor da sopa numa noite fria. Ah! Mandioca tem tudo a ver com mês de festa junina.

Sopa de mandioca rica

Ingredientes

2 kg de mandioca bem cozida
Um paio
Dois gomos de linguiça calabresa defumada
100 g de bacon em cubos
Três dentes de alho picados
Uma cebola picada
Uma xícara de cheiro verde picado (salsa, cebolinha e coentro)
Orégano
Sal
Pimenta do reino
Pimenta Cambuci cortada em cubos

Preparo

Frite o alho e a cebola;
Junte o paio e a linguiça;
Junte a mandioca previamente cozida e adicione água suficiente até cobrir todos os ingredientes com dois dedos a mais de água;
Junte o cheiro verde, a pimenta Cambuci e os temperos (opcional caldo de carne em cubinho) e deixe ferver. Abaixe o fogo e mantenha o cozimento por mais cinco minutos, mexendo sempre para não grudar.
Sirva quente.


terça-feira, 19 de junho de 2018

Vou chorar com palavras



Sei que muitos irão me crucificar por postar minha dor num blog. Mas eu não ligo, porque é a minha dor que me leva a lembrar das coisas boas e que me leva a escrever. Esse é o meu trabalho e se eu parar agora a dor fica pior.

Com esse preâmbulo, apenas digo que alguém amado saiu desta vida. Alguém muito amado. Não era perfeito. Também, quem é? Não era santo. Era alguém que viveu, sofreu, amou, lutou e que se foi.

Desde a hora em que recebi a notícia, milhares de coisas passaram por minha cabeça. Mas nenhuma delas tinha a ver com morte. Lembrei-me de cada briga e como os motivos eram fúteis. Italianos de sangue quente, que jogavam coisas uns nos outros, mas que perdoavam com a mesma rapidez.

Mas as coisas que mais lembro são as coisas ensinadas. Ele me ensinou a ler; a tocar alguns acordes no violão; a jogar bola (ele queria se pintar de preto para ser o Pelé); empinar pipa; jogar fubeca; pular muro. Me ensinou a plantar, colher e amar plantas e flores.

Era meu companheiro de infância mesmo sendo cinco anos mais velho.

Passamos muitos momentos ruins juntos, mas os bons também foram bastantes. Coitado. Me levava ao cinema todo ano na semana da criança para ver os mesmos filmes. E depois tomávamos sorvete em uma lanchonete Ou íamos comer pipoca na praça.

Hoje só sinto a dor de ele ter ido embora, e a necessidade de dizer que sinto falta das crianças que fomos um dia e que ele agora pode voltar a ser.

E para o cara que eu conheço que mais trabalhava, só posso dizer... Descansa em paz. Vou rezar por nossas almas.

domingo, 17 de junho de 2018

Festa junina não existe sem amendoim ou pé de moleque


Um ingrediente que deve estar presente o ano todo

Se eu não disse isso antes, estou fazendo uma série sobre festas juninas. E para quem ainda não percebeu, estou usando comidas e ingredientes típicos para falar da festa, além de dar algumas informações curiosas, baseadas em histórias costumes e lendas, que nasceram em outros continentes, chegaram ao Brasil e foram transformados em um curioso caldeirão cultural que temos o dever de manter.

Hoje vou falar um pouco do amendoim, um dos ingredientes mais versáteis e ricos, presentes em muitas coisas juninas (já dei até receita do chá de amendoim), mas também na indústria alimentar, e isso durante o ano todo, porque esse grão tem uma grande importância econômica, sendo utilizado para fabricação de óleos, doces salgados, petiscos etc.

 Algumas variedades de amendoins (sim existe várias) produzem grãos com uma grande quantidade de lipídios (de 45 a 50%), fornecendo gorduras de boa qualidade para consumo humano ou animal. O amendoim é rico em gordura do bem e por isso baixa o colesterol ruim.  Em várias partes do mundo o amendoim é moído para cozinhar pratos da  alta gastronomia.

A planta do amendoim tem caule curto e suas flores são pequenas e amareladas. Depois de fecundadas, as raízes penetram no solo, e os legumes se desenvolvem no subterrâneo, formando uma vagem onde se desenvolvem os grãos.

Rico em vitaminas e minerais, incluindo vitaminas do complexo B e vitamina E, cobre, manganês, molibdênio, fósforo, magnésio, zinco, ferro e potássio, seu consumo é quase obrigatório, mas isso não significa que se deva comer sem parar. A quantidade de consumo diária não deve passar de 40 gramas.

Entretanto, estamos aqui para falar de coisas obrigatórias em festas juninas, e pratos com amendoins estão nesta categoria. Com vocês uma receita de pé de moleque maravilhosa, e que todos vão adorar. Claro, se não forem alérgicos!

Pé de moleque do bom!

Ingredientes

1/2 kg de amendoim torrado e descascado (Existem à venda com e sem sal. Prefira SEM)
1/2 kg de açúcar
Uma lata de leite condensado
Três colheres de margarina

Preparo

Colocar na panela o amendoim, o açúcar e a margarina. Levar ao fogo, mexendo sempre.
Quando começar a formar uma calda, coloque o leite condensado.
Mexa bem, até soltar do fundo da panela, como brigadeiro e despeje em um tabuleiro untado com margarina (uma assadeira grande é o ideal).
Deixe esfriar e corte em pedaços

Informações Adicionais: deixe o tabuleiro untado pronto antes de começar a receita e a lata de leite condensado aberta, pois o cozimento é rápido e pode passar do ponto.


sexta-feira, 15 de junho de 2018

Canções juninas fazem algum sentido?


Vamos em direção ao dia de São João e comer de montão!

Passamos do dia de Santo Antonio, e vamos rapidamente em direção ao dia de São João (24 de junho), meditando mais um pouco nos significados dessas festas de junho. A fogueira de São João, por exemplo, é uma tradição vida de uma história sobre o nascimento do Batista.

Dizem que Isabel, prima de Maria, mãe de Jesus, pediu que se fizesse uma fogueira do lado de fora de sua casa na hora do nascimento de seu filho, para que naquela noite todos encontrassem o caminho, pois era uma noite sem lua.

Quando eu era menina, muitas pessoas do bairro se reuniam para fazer uma fogueira e tinha até disputa de qual era a maior. Até certo dia quando meus irmãos resolveram estender a fogueira e tacaram fogo na cortina da cozinha da minha mãe. Vencemos!!! Chamamos mais atenção que todas as fogueiras. Os bombeiros adoraram! #sóquenão

Mas, mudando um pouco de rumo, alguém já pensou sobre as músicas que foram feitas para essas festas? Especialmente aqui no Brasil? Algumas são muito bonitas e singelas, outras... Não fazem nenhum sentido.

Porque São João teria uma capelinha de melão, de cravo, de rosa e de manjericão?


Mas a coisa não para aí. “Com a filha de João, Antonio ia se casar, mas Pedro fugiu com a noiva, na hora de ir para o altar”. E a maioria vai pelo mesmo rumo. Porque essas músicas não foram criadas para que alguém meditasse sobre as letras, mas para sua melodia acompanhar as danças típicas.

Minha favorita, ‘Sonho de Papel’ (autores: Carlos Braga e Alberto Ribeiro), é bem conhecida, e todo ano tem uma fake news dizendo que as escolas não poderão tocar por conta dos direitos autorais e tal. Mas voou publicar o versinho mais conhecido da canção e, tenho certeza, muitos irão cantar. 
O balão vai subindo, vem caindo a garoa.
O céu é tão lindo e a noite é tão boa.
São João, São João!
Acende a fogueira no meu coração.

Mudando o rumo de novo, vocês acharam que iam escapar da receitinha básica das festas juninas? Essa eu deveria ter postado antes do dia de Santo Antonio. Aliás é a receita que aprendi de uma das senhorinhas da quermesse da igreja do santo. É uma delícia de coco que alguns chamam de “bolo pega marido”. Mas está mais para um bom-bocado ou um pudim diferente que bolo propriamente dito.

Ingredientes

Massa
Leite condensado
Uma medida da lata de leite integral
Uma medida da lata de farinha de trigo especial (ou comum)
1/2 medida da lata de açúcar
Um vidro de 200 ml de leite de coco
Três ovos grandes inteiros
Três colheres (sopa) de margarina


Cobertura
Um vidro de leite de coco (300 ml)
Duas colheres (sopa) de açúcar
Um pacote de coco ralado

Preparação

Massa

Bata todos os ingredientes no liquidificador. Coloque em uma fôrma untada e enfarinhada. Leve ao forno médio (200º C) até dourar, 30 a 60 minutos, depende do forno.
Faça o teste do palito para retirar do forno.

Cobertura

Leve ao fogo o leite de coco, o açúcar e o coco ralado.
Deixe ferver e coloque quente sobre o bolo.






quinta-feira, 14 de junho de 2018

Muito além da Festa Junina


Conheça uma memória dos tempos de colônia e um doce de coco delicioso

Este mês resolvi escrever sobre tradições juninas, especialmente aqui no Brasil, onde a festa só é menor que o Carnaval. Esses costumes, trazidos ao país pelos portugueses, caracterizam o mês de junho, começando (no calendário religioso) no dia 12 (véspera do dia de Santo Antônio), se concentrando entre os dias 23 e 24 (São João) e terminando lá pelo dia 29 (dia de São Pedro).

Já falei sobre as festas envolvendo danças típicas, quermesses com barraquinhas de comidas e brincadeiras, bandeirinhas etc. Mas há muitas outras tradições, algumas que foram deixadas de lado por conta do bom-senso, como o ato de soltar balões. Sei que muitos dirão que são lindos, e iluminam o céu, mas são perigosos e acabam caindo e incendiando casas, áreas verdes...
Também há a tradição dos fogos de artifício, que estão sendo banidos por conta do barulho, restando apenas as chuvas de luzes e cores, lindas de se ver.

Uma das coisas que sobrevivem apenas no interior de alguns estados, as cavalhadas também pertencem ao memorial junino. A cavalhada é uma festa de origem portuguesa (por volta do século VI), introduzida no Brasil pelos padres jesuítas na época da catequização dos índios e reproduz os torneios de cavaleiros da idade Média. As atrações da cavalhada incluem desfile de cavalos, corridas de cavaleiros realizadas em espaços como parques, descampados ou praças, e, claro (!), simulações de batalhas entre cristãos e pagãos.

Quando a festa chegou ao Brasil, no início da colonização, as batalhas demonstravam a luta contra os mouros, os muçulmanos que estavam sendo expulsos da península Ibérica pelos exércitos cristãos.
Independente de achar certo ou não esse guerrear todo, é uma tradição em muitas partes deste país continental, assim como esse doce de coco que vou passar a receita.

Doce de coco mole

Ingredientes

200 g coco ralado
Uma lata de leite condensado (395 g)
¼  de medida da lata de leite
Uma gema de ovo
Uma colher de sopa de margarina

Preparo

Em uma panela, misture o coco, o leite condensado e a gema (peneirada) até formar uma massa lisa. Misture o leite e leve ao fogo, mexendo sempre. Quando começar a levantar fervura, misture a margarina e continue a mexer até começar a ver o fundo da panela. Desligue e deixe esfriar. Sirva em taças ou copinhos de doce.






quarta-feira, 13 de junho de 2018

Pipoca salgada, bandeirinha de papel de pão e pamonhas deliciosas


Hoje vou me lembrar de coisas familiares

O leitor já deve ter desconfiado que gosto desses meses de festas como ninguém. Talvez seja por me lembrar de coisas familiares, de quando as coisas eram mais prosaicas. Não vou dizer que eram melhores ou piores que agora, porque não existem parâmetros para julgar isso. Eram mais divertidas para mim, pois me lembram da infância e situações engraçadas e pensamentos que só as crianças têm.

Lembro de uma noite fria, jogando rouba-monte com meu irmão (que sempre me passava a perna), e a certa altura resolvemos que faríamos pipoca para acompanhar nossa brincadeira. É claro que não consultamos nenhum adulto, porque éramos bem mais independentes nos anos 70... Estouramos pipoca, salgamos e... Estava intragável de tanto sal.

Começamos a pensar o que fazer para tirar um pouco do sal e os dois “gênios” começaram a executar ações típicas dos patetas, como peneirar para o sal sair e ficar a pipoca; passar na água (ficou nojentamente encharcada!); e por fim, usar a técnica mais comum quando se cozinha, colocar batatas para elas sugarem o excesso. Mas é claro que isso só funciona para cozimento, o que qualquer pessoa experiente saberia.

Obviamente não comemos a tal pipoca, e para quem perguntar por que não estouramos mais, saibam que essas coisas não eram muito comuns e milho de pipoca era caro. Não tinha sobrando em casa.

Pobreza? Não sei se é... 

Na verdade minha família vivia bem perto da faixa de pobreza, mas mesmo assim, as coisas eram mais frugais, pois estudávamos em escolas do estado, com duas mudas de uniforme para cada um e apenas um par de sapatos para a escola e outro para passeio. Hoje olho na minha sapateira e me parece ostentação.

Mas isso me trouxe à lembrança outra situação, que aconteceu no final dos anos 60. Creio que em 1967, quando nos mudamos de São Paulo para São Bernardo. Foi estranho, pois era a primeira vez que saíamos da zona de conforto. Chegaram as festas juninas e as pessoas do bairro novo faziam uma festa para a comunidade toda, como os vizinhos que tínhamos em São Paulo. Mas não conhecíamos ninguém.

Novamente a genialidade “palladina” entrou em campo e resolvemos que faríamos a nossa festa, pois era mais fácil que fazer amigos novos, claro! Toca a juntar tudo quanto era papel de pão que tinha em casa para recortar bandeirinhas, que seriam penduradas nos varais do quintal.

Novamente, a falta de experiência nos pegou. Ninguém avisou aos gênios que é preciso ter certa dose coordenação motora para recortar bandeirinhas, e que precisa muito papel colorido para fazer aquilo funcionar. Ficou tosco! E nós ficamos envergonhadamente patéticos. Até uma alma bondosa vir ao nosso resgate e nos convidar para a brincadeira do bairro. Fizemos novos amigos e no fim deu tudo certo, menos as nossas bandeirinhas.

E seguindo com as receitas juninas, não vou falar de pipoca, é claro! É só colocar na panela com óleo, estourar, chacoalhar e salgar (sem excessos!). Mas vou passar uma receita de pamonha, explicando que para fazer essa delícia de milho, também precisa ter habilidade, ou a pamonha não ficará “o puro creme do milho verde”.

Aliás, aonde foram parar os carros da pamonha de Piracicaba?

Pamonha da roça

Ingredientes

Oito espigas de milho verde com palha
1/2 xícara (chá) de leite
Uma colher (sopa) de manteiga
1 e 1/2 xícara (chá) de açúcar
Uma pitada de sal

Preparação

Corte a extremidade das espigas com uma faca. Limpe as espigas e reserve as palhas maiores e melhores para embrulhar as pamonhas. Em uma panela, leve ao fogo o leite e a manteiga até derreter. Reserve.
Com uma faca, retire os grãos de milho das espigas. Reserve os sabugos. Bata os grãos no liquidificador até obter um creme. (coe se necessário)
Adicione essa mistura ao leite reservado, acrescente o açúcar, o sal e mexa bem. Passe as palhas reservadas em água fervente por alguns segundos. Separe duas palhas para cada pamonha.
Pegue a primeira, dobre as laterais e a ponta, formando um saquinho. Encha o saquinho com o líquido da pamonha e cubra com a outra palha, dobrando as laterais e a ponta. Amarre as extremidades, de canto a canto, com um barbante.
Coloque as pamonhas em uma panela com água, uma a uma, e cubra com os sabugos reservados. Mantenha no fogo por 1 hora ou até a palha ficar bem amarelada.


segunda-feira, 11 de junho de 2018

Mais típico que pinhão em festa junina


Essa é uma semente que tem seu auge nestes meses de festa

Pinhão é o tipo de coisa que a gente só lembra neste período. Porque é aqui que ele tem seu auge e pode ser colhido e tirado das pinhas, para ser cozido e transformado em um sem número de receitas.
Mas vou aproveitar e usar o pinhão como minha curiosidade junina do dia, já que, nas boas festas, encontramos o pinhão cozido, bem como doces e salgados que usam a semente como ingrediente.
Para começar, “Pinhão” é a designação genérica da semente de várias espécies de pinhas e araucárias, cujas sementes não se encerram num fruto. O pinhão se forma dentro de uma pinha, fechada, que com o tempo vai-se abrindo até liberar o pinhão.

No Brasil, o termo pinhão geralmente designa as sementes da Araucária, árvore de destacada importância cultural, econômica e ambiental na região sul e em algumas partes do sudeste. Ao comprar, é bom verificar que estão marrom, brilhantes, livres de rachaduras e manchas.
Mas, além de petisco junino, o pinhão faz bem à saúde. Ele está na categoria das comidas de digestão longa, que dão sensação de saciedade por mais tempo e ajudam na perda de peso. Além disso, são ricos em gorduras monoinsaturadas que ajudam a reduzir o colesterol no sangue e remover o excesso de triglicerídeos do corpo. Os pinhões são ricos em vitaminas B1, B2 e B3 e fibras, que ajudam a melhorar a digestão.

Ele também ajuda o corpo a desenvolver resistência contra agentes infecciosos e vírus. Também são conhecidos por sua capacidade de retardar o processo de envelhecimento devido ao seu alto teor de antioxidantes. Os pinhões contêm betacaroteno que é muito benéfico para a saúde dos olhos.
Ricos em proteínas, os pinhões fornecem uma fonte instantânea de energia e ajudam a reparar e construir os tecidos musculares. A proteína é como um combustível que queima lentamente e fornece um impulso de energia de longa duração.

Mas, além de todos esses benefícios, pinhão é gostoso. Você terá sempre que fazer um pequeno corte na ponta antes de colocar para cozinhar em água, na panela de pressão, como fazemos com as castanhas portuguesas. Ele serve de ingrediente para purês; pode ser feito em calda; colocado em farofas; tortas, como recheio de aves; enfim: sempre há uma receita para fazer com pinhão. E para aqueles que, como eu, acham chato descascar pinhão, vejam esse pequeno vídeo:

Vou aproveitar a ocasião e dar uma receita que pode não estar na quermesse, mas ninguém vai reclamar se estiver na mesa.

Arroz com pinhão

Ingredientes

- 250 g de arroz
- 500 g de pinhões cozidos e descascados
- 1/4 de xícaras chá de azeite
- 2 xícaras chá de água
- Sal a gosto

Preparação

Lave o arroz em água corrente, escorra e reserve. Em uma panela, aqueça o azeite e junte o arroz.
Refogue-o até começar a pegar na panela. Junte os pinhões picados, refogue por mais 1 minuto e tempere com sal. Adicione a água quente, mexa bem e tampe a panela.
Abaixe o fogo e cozinhe até o arroz ficar macio. Se necessário, acrescente mais água quente.





domingo, 10 de junho de 2018

Comidas e Bebidas Típicas de Festa Junina


Festas juninas são feitas de alegria, danças e muita comida e bebida!

Quem tem acompanhado essa série junina, percebe que tenho me esforçado por passar alguma receita de comida típica e de sempre trazer alguma curiosidade sobre este mês festivo. E a curiosidade desta semana é bem pessoal.

A semana passada foi cheia, com aniversário, com morte de alguém que admirava, e terminou com uma festa de junina na escola da minha sobrinha-neta, a caipirinha mais fofa do planeta. Mas vou usar a festa para falar de algumas coisas que senti falta, como bebidas típicas (já dei receita de chá de amendoim). Sim, havia uma barraca de bebidas, com refrigerantes e sucos de caixinha, que deveriam estar banidos de qualquer escola, mas não havia quentão, o mencionado chá, vinho quente e nem sequer um suco de milho básico.

Mas a festa foi boa, além de eu estar com pessoas de quem gosto demais, a escola apresentou muitas danças típicas, com direito a resgate de manifestações como Maculelê e Catira; barracas de comidas (tradicionais ou não); e muitas biribinhas, já que fogos barulhentos estão sendo banidos. Só senti falta de algumas brincadeiras e pratos típicos, pois eles fazem parte da tradição desta importante festa da cultura popular brasileira. E as crianças estavam lindas!

São doces, salgados e bebidas que estão ligados à cultura do campo, do interior, do sertão do Brasil. Podemos destacar que muitos cereais (milho, arroz, amendoim) estão na base de grande parte das receitas destas comidas. O coco também aparece em grande parte das receitas, principalmente dos doces. Mas também há comidas à base de mandioca e batata doce; pinhão e ovos. Sem falar da presença forte do gengibre na maior parte das bebidas.

Entre as principais bebidas e comidas de Festa Junina estão: Arroz Doce; Baba de moça; Biscoito de Polvilho; Curau; Pamonha; Canjica; Suco de milho verde; Quentão (bebida feita com gengibre, cachaça, açúcar e canela); Vinho quente; Pinhão; Bom-bocado; Broa de Fubá; Cocada; Doce de Abóbora; Queijadinha; Doce de batata-doce; Pé de moleque; Cuscuz; Bolo de Mandioca; paçoca e muito mais. 

Hoje vou passar a receita de vinho quente, uma das coisas que mais senti falta ontem. Acho que vou descer a rua e ir à quermesse tomar um pouco... Ah! E não esqueçam: dia 13 é dia de Santo Antonio, dia de pegar pão bento para não deixar faltar nada em casa e pedir as bênçãos do santo para nossas vidas.

Ingredientes


Um copo de açúcar
Canela em pau
Cravo a gosto
Um pedaço de gengibre descascado (mais ou menos uns 10 centímetros)
Um litro de vinho tinto seco
1/2 litro de água
Duas maçãs descascadas e duas fatias de abacaxi e cortadas em cubos

Preparo

Queime a metade do açúcar com o cravo e a canela e o gengibre
Acrescente o vinho, já misturado com a água e deixe levantar fervura
Junte as frutas e o açúcar restante e deixe cozinhar um pouco. Sirva bem quente.


Duas vidas ou uma só basta?

Duas vidas ou uma só basta? : Não me lembro de quem foi que disse a frase: “deveríamos ter duas vidas, uma pra ensaiar e outra para represen...