domingo, 19 de julho de 2020

Nhoque da sorte faça todo dia 29 do mês!


Sei que hoje não é dia 299 e nem dia do Nhoque da Sorte, mas... acabei de publicar uma receita de nhoque de batata doce (veja AQUI), e me veio à cabeça a história dessa simpatia e suas origens.

Conta a lenda que São Pantaleão, num dia 29 de dezembro, vestido de andarilho, perambulava por um vilarejo da Itália. Faminto, bateu à porta de uma casa e pediu comida. A família era grande e tinha pouca comida, mas não se importaram em dividir o seu nhoque com o andarilho, cabendo a cada um sete massinhas.

São Pantaleão comeu, agradeceu a acolhida e se foi. Quando foram recolher os pratos, descobriram que embaixo de cada um havia bastante dinheiro. Por isso, tradicionalmente, todo dia 29 é dia do nhoque da fortuna ou da sorte, acompanhado do famoso ritual de colocar dinheiro sob o prato, comer os primeiros sete pedacinhos em pé, fazer um pedido para cada um deles e depois, comer à vontade.

A simpatia é simples: coloca-se uma nota de qualquer valor sob o prato com nhoque. Em seguida fique de pé e concentre-se para iniciar o ritual. No prato, separe sete nhoques e coma um a um. Para cada nhoque, faça um pedido diferente. Depois, sente-se e saboreie o restante do prato. O dinheiro colocado sob o prato deve ficar guardado até o próximo dia 29, quando deverá ser doado para um pobre.
Dizem que depois disso nada mais faltará para a pessoa que fez essa simpatia.
Para saber, São Pantaleão viveu no século IV. Sendo um dos 14 santos auxiliares, é invocado contra o mal do câncer e da tuberculose, sendo um dos patronos dos médicos, que tanto têm lutado nesses tempos difíceis. Dizem que uma ampola com seu sangue foi conservada por séculos na Itália e no seu dia, que é o próximo 27 de julho, tornava-se líquido. Parte de suas relíquias foram conservadas na cidade portuguesa do Porto.



Nhoque de Batata Doce Fácil


Hoje é domingo e, na minha casa era dia de macarrão. Quando meus pais ainda eram vivos era o dia da família ir toda para a cozinha fazer massa, como já mencionei em outros posts, que podem ser conferidos AQUI. 
Porém hoje quero aproveitar que estamos no auge do tempo da batata doce e dar uma receita diferente de nhoque, que apresenta um novo sabor. E foi preciso apenas substituir a batata inglesa para inovar essa receita, que também pode ser feita com mandioquinha, ou só com farinha, nos deliciosos cavatelli (minha mãe fazia sempre!). Muito fácil de preparar, ela também é versátil, pois pode-se usar a farinha de trigo (como é feito o nhoque tradicional e como eu fiz) ou a farinha sem glúten (para os alérgicos) que dará o mesmo resultado: nhoques levinhos e, acreditem, menos calóricos que o tradicional, já que a bata doce tem muito menos amido e é recomendada até para pessoas com restrições de açúcar. Ah! E nem vai ovo nessa receita, o que recomenda para veganos.

Ingredientes

600 g de batata doce
340 g farinha de trigo
Sal e pimenta do reino (a gosto, mas sem exageros, tipo uma pitada!)
Noz moscada (uma pitada)
O molho pode ser o que lhe agradar mais. Escolhi molho de tomate porque me deu vontade!
Queijo ralado

Preparação

Descasque e cozinhe as batatas até amolecerem. Em seguida, escorra a água e amasse-as até virar um purê. Deixe esfriar e tempere com sal, pimenta e noz moscada a gosto.
Acrescente a farinha aos poucos e sove a massa (ela deverá ficar firme, mas não dura, por isso, se precisar, junte um pouco mais de farinha).

Numa superfície enfarinhada, faça os rolos, tipo minhocas gordas e compridas e corte em pequenos retângulos (tente fazer todos do mesmo tamanho).  Você pode fazer ranhuras passando um garfo.

Numa panela alta, ferva a água com sal (não precisa de óleo). Coloque os nhoques. Eles estarão prontos quando subirem a superfície (cerca de 1 minuto e meio). Retire-os com a peneira.  Jogue por cima seu molho favorito e polvilhe com queijo ralado.

Em tempo: você pode congelar essa massa de nhoque (já cortado) antes de cozinhá-los. Quando for consumir, não precisa descongelar. basta colocar na água quente. Seu tempo de cozimento será maior (cerca de 3 minutos).

terça-feira, 14 de julho de 2020

Respeito e dignidade: a terra merece e nós também

Essa imagem está sendo usada porque algumas árvores foram cortadas pela prefeitura de São Bernardo sem motivo aparente


Porque transformar as cidades em um deserto (e não do tipo bonito), deixando apenas prédios feios, sujos e pichados, ao invés de manter as árvores?
Porque destruir uma floresta só para destruidores colocarem mais pastos que não vão reconstruir nada, apenas acabar com o solo?
Porque usar tanto agrotóxico que vai envenenar o solo, a água e tudo o mais?
Essas questões, como muitas outras, deveriam passar apenas pelo terreno da consciência humana ou do saber científico, que dá entendimento da destruição causada pelo desrespeito. Infelizmente, andam passando mais uma vez por interesses de pessoas que não conseguem pensar em um futuro que seja com árvores, com pessoas de todos os tipos, cores, gêneros e com outros animais.
Porque será que vejo tantas pessoas acreditando que a resposta para a violência é mais violência? A ciência está certa quando diz que estamos emburrecendo? Creio que sim. Só isso pode justificar tantas coisas erradas acontecendo e muitos insistindo que isso é mesmo o que deveria ser feito que as coisas são desse jeito mesmo.
Pareço desesperada? Deve ser porque estou desesperada. O maior desmatamento foi registrado pelo INPE, um órgão civil brasileiro, ligado a pesquisa científica, e a pessoa que “noticiou” isso foi “remanejada”, porque estamos em um governo em que verdades inconvenientes não podem ser ditas.
Para quem ainda tem um cérebro funcional, isso é bem parecido com os tempos da ditadura militar, que está de novo dominando este país, com o aval de pessoas muito pequenas e muito medíocres. Pessoas que não conseguem exigir seus direitos e querem caçar os dos outros. Pessoas que babam só de olhar uma farda. Lamento povo. Vocês precisam se tratar e assumir seus erros e acertos!
Para quem ainda não entendeu, essa floresta (que não é a Mata Atlântica como disse outra besta quadrada), é um tipo muito específico de bioma. É uma floresta autofágica. Ela se alimenta de si mesma, e se for retirada dali o local vira um deserto. Isso vai afetar todo o nosso sistema de chuvas. Rios enormes podem desaparecer porque eles também são mantidos por um sistema de evaporação e chuvas.
Aí vai ter o idiota que diz que prefere sol, porque é idiota e não percebe que precisamos de chuva. A natureza é o que precisamos que ela seja e as “alterações” afetam mais a nós do que qualquer outra coisa. Mas como explicar algo para quem não quer entender?
Voltando ao período ditatorial, transamazônicas começaram a ser construídas a um preço tão alto, que nunca foi justificado. Tribos inteiras perderam suas terras. Pessoas foram assassinadas e continuam sendo. Vale a pena? Para quem? Quando nada mais restar, o que essas pessoas com sede de poder irão dominar?
Usando um pequeno (muito pequeno) comparativo, na cidade onde vivo, Diadema, e na cidade vizinha, São Bernardo, árvores estão sendo suprimidas ou podadas de tal modo que acabarão morrendo. Uns dizem que precisa instalar mercado ali (como se não tivesse outro local); ou dizem que a árvore sã está doente. Tudo é usado como desculpa para a destruição. Mas assim como na transamazônica vai terminar em nada. E teremos mais uma montanha de galpões desocupados por empresas que não vingaram porque destruir todos sabem, aprendemos a quebrar coisas quando crianças e a consertar quando crescemos. Mas parece que ninguém mais quer crescer, porque é mais fácil ser dominado do que assumir responsabilidades.
E nesse meu cansaço de tudo, penso que, talvez, sejamos os alienígenas sugadores de sangue de Guerra dos Mundos, e encontramos o tal vírus. A menor das criaturas, para a qual não temos preparo nem conhecimento. Mas enquanto deveríamos buscar conhecimento para nos ajudar a lidar bem com esse planeta, estávamos destruindo alguma coisa no meio do caminho, porque... é assim mesmo.
Mas pensem que respeito e dignidade é direito de todos e dever de todos...


Pão de mandioquinha (batata Baroa) Barato e Delicioso



Hoje, abri minha geladeira à procura de coisas que poderia fazer para o almoço e dar uma olhada no que estava sobrando, ou faltando, por ali. Me lembrei de umas mandioquinhas, e que se eu não usasse logo iriam estragar. Como sou dessas que acha que jogar comida fora é pecado... já que temos tanta gente passando por necessidades, resolvi ver o que poderia fazer.

E na caça das receitas, encontrei esta, de pão de mandioquinha, que além de aproveitar bem o ingrediente, ainda faz pães deliciosos, que podem ser guardados por uns três dias e podem ser aquecidos no forno elétrico ou convencional, dando frescor como se tivessem sido feitos na hora.

Vamos aos pães?

Ingredientes


1 xícara (chá) de óleo
3 ovos
1 colher (chá) de sal
500 g de mandioquinha (batata Baroa) cozida e amassada
Mais ou menos 5 xícaras (chá) de farinha de trigo

Esponja:

30 g de fermento biológico (2 tabletes)
1 xícara (chá) de água do cozimento da mandioquinha
5 colheres (sopa) de açúcar
1 xícara (chá) de farinha de trigo

Preparação

Faça uma esponja (preparado para fermentação), dissolvendo o fermento com o açúcar, colocar o caldo da mandioquinha morno e juntar a farinha de trigo. Esperar crescer.
Depois de crescida, junte aos poucos os outros ingredientes e vá adicionando a farinha até dar o ponto. Não precisa sovar, apenas misturar bem sem deixar pelotas.
Espere crescer por mais ou menos duas horas. Em seguida faça os pãezinhos, e leve para assar em forno médio (180° C).

sábado, 11 de julho de 2020

São Bento nos ajude a vencer o mal!



Hoje, 11 de julho, é dia de São Bento, e eu poderia dizer muitas coisas sobre esse santo, considerado, além de idealizador do monaquismo ocidental, também o “pai” do conhecimento que sobreviveu durante o período medieval, já que seus monges foram os que mais preservaram os livros ainda sobreviventes da antiguidade clássica.

Quero dizer que o termo “Abade”, designado a ele vem de “Abbá”, que significa pai, e isto o santo de hoje bem soube ser do monaquismo ocidental. São Bento nasceu em Núrcia, próximo de Roma, em 480, numa nobre família que o enviou para estudar na Cidade Eterna, no período de decadência do Império. Irmão gêmeo de Santa Escolástica, ela também usou sua vida para propagar a obra de Deus.

Sei que muitos dos que me lerão hoje vão pensar que estou me prendendo a medievalismos eclesiásticos, mas, creiam, os poderes de São Bento são grandes contra o mal e deveríamos pedir muito a ele hoje que nos ajude a vencer toda a maldade. Mais do que um vírus mortal, temos que vencer os corações duros daqueles que se dizem “humanos”. Afinal, ainda somos a única espécie que mata sem motivo; que envenena sem motivo; que destrói vidas (de todas as espécies) sem motivo.

Diante da decadência vivida em sua época, o jovem Bento abandonou todos os projetos humanos para se retirar nas montanhas da Úmbria, onde dedicou sua vida à oração, meditação. Depois de três anos numa retirada gruta, passou a atrair outros que se tornaram discípulos de Cristo pelos passos traçados por ele, que buscou nas Regras de São Pacômio e de São Basílio uma maneira ocidental e romana de vida monástica. Foi assim que nasceu o famoso mosteiro de Monte Cassino.

A Regra Beneditina, devido a sua eficácia de inspiração que formava cristãos santos por meio do seguimento dos ensinamentos de Jesus e da prática dos Mandamentos e conselhos evangélicos, logo encantou e dominou a Europa, principalmente com a máxima “Ora et labora”. Para São Bento a vida comunitária facilitaria a vivência da Regra, pois dela depende o total equilíbrio psicológico; desta maneira os inúmeros mosteiros, que enriqueceram o Cristianismo no Ocidente, tornaram-se faróis de evangelização, ciência, escolas de agricultura, entre outras, isso até mesmo depois da morte de São Bento aos 67 anos.
 
Mosteiro de São Bento em São Paulo, Capital
Oração de São Bento

"Glorioso São Bento, a vossa santidade, unida à força de Deus em vossa alma e em vossa mente, vos tornou capaz de desmascarar a trama dos maus. Até o copo com veneno estremecendo, partiu-se em mil pedaços e a droga venenosa perdeu sua força maléfica. São Bento, em vós confio! Dai-me calma e tranquilidade! Dai força à minha mente e ao meu pensamento para que, unindo-me ao poder infinito de Deus, eu seja capaz de reagir contra as ameaças do mal espiritual, da calúnia e da inveja, da maledicência humana, dos perversos. Ajudai-me também a vencer as doenças do meu corpo e da minha mente. Que Deus me ajude e São Bento me proteja. Amém."

São Bento, rogai por nós!



sexta-feira, 3 de julho de 2020

São Tomé, ensinai-nos a fé!


Hoje, 3 de julho, comemoramos o dia de São Tomé, um dos doze apóstolos de Jesus Cristo, consagrado pela Igreja Católica como padroeiro dos pedreiros, dos arquitetos e dos cegos. Em várias passagens, esse apóstolo mostra que procura um conhecimento ainda não atingido, mostrando a busca da humanidade por iluminação.

Como não estava presente no momento em que Jesus apareceu aos seus discípulos, Tomé duvidou que seu Mestre teria ressuscitado. Por isso, um dos momentos mais importantes sobre a vida dele teria sido o episódio em que tocou nas feridas de Cristo ressuscitado. Após isso, Tomé teria ido, depois de Pentecostes, evangelizar pelo Oriente, onde morreu por amor, testemunhando a sua fé.
Neste dia especial, pensando em todas as pessoas que se encontram doentes, vamos rezar ao santo por sua intercessão:

Oração de São Tomé

Ó Apóstolo São Tomé, experimentaste o desejo de querer morrer com Jesus, sentiste a dificuldade de não conhecer o Caminho, e viveste na incerteza e na obscuridade da dúvida, no dia de Páscoa. Na alegria do encontro com Jesus Ressuscitado, na comoção da fé reencontrada, num ímpeto de terno amor, exclamaste: “Meu Senhor e meu Deus!” O Espírito Santo, no dia de Pentecostes, transformou-te num corajoso missionário de Cristo, incansável peregrino do mundo, até aos extremos confins da terra. 
Agradecemos o seu santíssimo dom de curar, por meio de sua fortaleza e imensa fé, emanada de Jesus Cristo. Diante de sua imagem, pedimos que olhe por todos os que estão enfermos, em desespero, sem poder ganhar seu pão de cada dia. São Tomé, tende piedade desse servo que não está encontrando a paz em seu coração e teme perder a fé em Deus. Agradecidos seremos pela cura de corpo e alma. Professai essa bênção a todos que estão na mesma situação. Assim seja.”

(Reze um Pai-Nosso, uma Ave-Maria e um Glória ao Pai)




Duas vidas ou uma só basta?

Duas vidas ou uma só basta? : Não me lembro de quem foi que disse a frase: “deveríamos ter duas vidas, uma pra ensaiar e outra para represen...