sexta-feira, 29 de março de 2019

Tagliatelle com camarão e alho



Em minha jornada de 40 dias sem carne vermelha, tenho caçado receitas sem parar nos meus cadernos. Estas receitas que passo não são necessariamente as que estou cozinhando para mim. Hoje, por exemplo, me contentei com um sanduíche de queijo e tomate temperado com um molho de azeite, alho, salsa e limão.  

Mas eu creio que os que me seguem merecem algo mais bacana, então estou publicando essa receita de tagliatelle com alho e camarão.

Para quem não sabe, o tagliatelle é o tipo mais comum das massas cortadas em tiras, sendo confundidas com os fettuccine, que, entretanto, são um pouco mais estreitos, mas ambos  podem ser comprados ou feitos em casa (veja a receita aqui).

A massa caseira é mais bacana porque é feita com ingredientes escolhidos a dedo por quem comanda a cozinha, e esse molho, no qual os tomates são acrescentados quase na hora de servir, conservam o frescor necessário.

Ingredientes

400 g tagliatelle
30 a 40 camarões descascados e limpos
Cinco dentes de alho moído
Duas colheres de sopa de salsa picada
100 g tomate cortado
50 ml vinho branco,
1/2 limão
50 ml azeite

Preparação

Refogue o alho no azeite. Junte o alho. Junte o camarão. Refresque com vinho e tempere com uma pitada de sal. Junte o sumo de limão, o tomate e a salsa e reserve.
Cozinhe a massa e junte à mistura, salteando ligeiramente no refogado acima.
Sirva imediatamente.

quinta-feira, 28 de março de 2019

A folha em branco da raiva



Todos os dias me sento em frente a esse computador e faço aquilo que preciso fazer para continuar respirando: eu escrevo. E, acreditem (!), eu sei que o paralelo da folha em branco é mais velho do que andar para frente.

Eu tenho um blog, e se você está lendo este texto é porque entrou aqui, e sei que muitos entram para ver uma receita, ler alguma dica ou compartilhar algo, ou desabafar. Eu faço isso às vezes, já que isso é um blog e, tecnicamente é o que se faz em blogs.

E farei isso hoje, já que estou com muita raiva mesmo. Não estou triste, nem cansada, e nem querendo usar a razão. Quero a raiva pura de quem vê as notícias e não acredita que as pessoas engulam tanta coisa sem reagir. Estou com raiva de ser chamada de feminazi, esquerdopata, e sei lá mais o que. Na verdade não estou ofendida, porque quem me chama assim tem argumentos tão estúpidos que nem valem a pena.

Como posso levar em consideração a opinião de gente que passa em frente a um incêndio em uma favela e ao invés de tentar ajudar faz buzinaço e xinga como se qualquer ser humano merecesse aquele fim? Gente que vê um morador de rua e diz que está assim porque não quer “pagar impostos”?
 
Como levar a sério gente que vê todas as desgraças mundo afora, mas não vê a desgraça acontecendo bem debaixo do próprio nariz? Ou que vendo todas as desgraças mundo afora, além de não ajudar em nada, ainda se acha no direito de emporcalhar quem se mexe para ajudar?

Como considerar a opinião de quem diz que a “esquerda” inventou a divisão de classes, gêneros, raças para dar argumentos ao “vitimismo” (sim eu li em uma rede social e denunciei)? Gente assim quer provar que a terra é plana, porque a ignorância faz parte de suas vidas.

Como não engasgar quando vejo alguém falando barbaridades sem o menor conhecimento e querendo ter razão? Gente que diz que se alguém não está contente com o próprio trabalho, é só sair para outro, sem levar em consideração os mais de 13 milhões de desempregados?

Perdoem-me se desejo um país e um mundo melhor não apenas para mim, mas para o meu próximo também.

Perdoem-me se acredito que nenhum ser humano merece ser torturado ou humilhado.

Perdoem-me se eu desejo que as pessoas tenham direito à vida, a um trabalho que lhes sustente, a educação, saúde, segurança, sem discriminações de nenhuma espécie. Sempre acreditei que o nome disso era “cidadania”.

Se isso é ser esquerdopata (ou seja lá o nome que quiserem me dar), então eu sou. E com orgulho! Mas, com toda a certeza, duvido que pessoas que me chamam assim saibam o significado do que dizem, porque elas não sabem nem o significado de HUMANIDADE.

quarta-feira, 27 de março de 2019

Lasanha de queijos com molho de tomate



Sei que as receitas normais de lasanha costumam levar molho à bolonhesa, mas um amigo de muitos anos me pediu uma receita que levasse molho de tomate e não tivesse carne.
Aproveitando meu jejum de carne vermelha da quaresma, eu resolvi testar esta receita, que posso até chamar de lasanha de aproveitamentos, já que usei umas coisas que estavam rondando a geladeira.
Confesso que ficou muito boa, e como nunca gostei de molho à bolonhesa, eu fiz um molho de tomate bem rico, com azeitonas e cogumelos Paris fatiados. Eu poderia dizer que ficou leve, mas como usei vários queijos, não...

Ingredientes

Molho
450 g de molho de tomate
80 g de cogumelos laminados
Dois dentes de alho picados
Azeitonas pretas picadas
Alecrim
Oréganos

Recheio
150 g de mussarela
50 g de queijo gorgonzola
50 g de queijo provolone
Parmesão ralado
Três dentes de alho moídos

Massa fresca para lasanha
Queijo parmesão ralado grosso para gratinar

Preparação

Saltear os cogumelos com o alho num pouco de azeite. Juntar o molho de tomate. Acrescentar o alecrim e o orégano, e por fim as azeitonas. Deixar apurar, mas não a ponto de engrossar o molho.

Moer os queijos do recheio  misturar com o alho moído.

Montagem

Espalhar molho de tomate no fundo da travessa e colocar por cima placas de lasanha.
Colocar sobre as placas o preparado de queijos e cobrir com mais placas de lasanha e molho. Proceda assim sucessivamente (molho, queijo, massa) até finalizar com molho e parmesão ralado grosso para assar e gratinar.
Lembre-se que o molho de tomate tem que regar bem a lasanha.
Levar ao forno aquecido a 200o C por cerca de 30 minutos.


terça-feira, 26 de março de 2019

O molho grego mais saudável e delicioso do mundo


Saiba tudo sobre o tzatziki e saboreie!

Sabe aqueles encontros com amigos? Todos comendo algo gostoso, batendo papo por horas, mandando brasa nos patês e molhos, com você meio de lado porque está de dieta? Como diriam alguns humoristas de antigamente: “Seus problemas acabaram!”.

Vou apresentar o Tzatziki,  um molho grego feito com pepino e iogurte ideal para petiscos e também como acompanhamento de alguns pratos. Você pode mergulhar legumes, lascas tostadas de pão sírio, ou usar junto com peixes e saladas.

O Tzatziki é uma explosão de sabor sem perder seu frescor.

Ingredientes

Um pepino
Um iogurte grego sem sabor
Algumas folhas de hortelã
Um dente de alho
Uma colher de sopa de azeite de oliva
Sal e pimenta do reino a gosto (sem exageros!)

Preparação

Descasque o pepino e corte-o pela horizontal. Retire as sementes com a ajuda de uma pequena colher. Corte-o em pedaços e leve ao liquidificador até virarem um purê.
Passe então este purê de pepino numa peneira, apertando bem para que saia o máximo do líquido. Lembre-se que vamos utilizar o que restou na peneira.
Numa tigela, junte o pepino peneirado, o iogurte grego, as hortelãs e o alho picados e o azeite. Só então ponha o sal e pimenta a gosto, experimentando para ver se o sabor está fresco. Misture bem.

Seu molho tzatziki está pronto para degustação.


sábado, 23 de março de 2019

Porque Diadema não fiscaliza suas ruas?

Notem a diferença entre o asfalto e a terra despejada na via

Não faz nem 15 dias que tivemos uma enchente monstro na cidade. Depois disso já denunciei descarte ilegal em vários pontos do meu bairro, que, caso vocês não saibam, é dos mais afetados. Mas minha questão não é porque a prefeitura simplesmente não recolhe os entulhos e bagulhos (que nem deveriam ser descartados nas ruas), mas porque a prefeitura não fiscaliza  suas ruas?

Sou moradora de uma grande avenida (a Fagundes de Oliveira), e como moradora me sinto abandonada, assim como se sentem abandonados outros moradores e comerciantes, porque acordamos com lixo jogado nas nossas portas; porque pessoas se acham no direito de passar a qualquer hora do dia ou da noite fazendo barulhos infernais e tirando nosso sossego; porque jogam pedras nas nossas janelas; picham nossas fachadas e, a mais nova: jogam terra por toda a rua.

Vou tentar explicar: já é a segunda vez que uma grande obra é feita no meu bairro. A primeira foi o condomínio industrial M Bigucci, e todo caminhão que saía de lá carregado com as árvores suprimidas (mata ciliar do córrego da divisa) derramava terra por toda a pista e pelas calçadas. Pareço exagerar? É porque tenho que conviver com todo esse lixo e com toda essa sujeira todos os dias!

Sei que há pessoas no meu bairro que parecem não ligar, mas vão se importar quando ficarem doentes de tanto respirar particulados.
Será que dá para fiscalizar e punir, prefeitura de Diadema?


Agora, novamente, caminhões cheios de terra (com a marca “Obra Limpa”) passam e deixam seu conteúdo pelo caminho, que está virando particulado e entrando por cada fresta de janela ou porta. Ventilar a casa não é uma opção. E tudo que se ouve da prefeitura é: “eles farão uma compensação”. Que compensação? Os moradores desta cidade serão compensados quando ficarem doentes?

Perdoem-me se estou tão zangada, mas me cansei de prestar queixas para ouvidos surdos. Exijo viver em uma cidade limpa. Pago meus impostos, descarto meus inservíveis no local certo. Varro minha calçada e recolho lixos que nem são meus. Exijo uma atitude da administração de Diadema já!
Chega de sermos tratados como se fossemos coisas e não pessoas!  Essa cidade precisa evoluir!

quarta-feira, 20 de março de 2019

Nhoques de ricota e espinafre


Para passar meus quarenta dias sem carne vermelha, eu estou tendo que usar a criatividade e pegar receitas que não fazia há séculos. Essa receita, por exemplo, eu nem lembrava que tinha. Caiu de um dos meus cadernos um dia desses enquanto eu limpava as estantes.
E, para fugir um pouco dos pratos à base de pescados, vamos fazer um nhoque de ricota. Alguns chamam de almôndegas, mas no meu parco conhecimento, almôndega se frita antes de colocar no molho e esse “nhoque”, a gente cozinha.
Não importa o nome. O que importa é que são deliciosos e não têm dificuldade para fazer.

Ingredientes

Nhoque:
Um pacote de ricota bem amassado
Uma colher de chá de sal
Espinafre refogado bem picadinho
Noz moscada a gosto (uma pitada é o suficiente)
Manjericão fresco picado
Farinha de trigo o quanto baste

Molho:
Uma lata de tomate pelado
Três dentes de alho picados
Seis colheres de sopa de azeite
Uma folha de louro

Preparação

Refogue o espinafre em azeite e sal e pique bem miúdo. Misture o restante dos ingredientes e junte a farinha até dar o ponto para enrolar as bolinhas.
Ferva água com uma pitada de sal e um fio de azeite. Jogue os nhoques e deixe-os virem à tona, retirando com uma escumadeira. Coloque num prato de serviço.

Molho:
Em uma panela aqueça o azeite, frite o alho e junte a lata de tomate e o louro. Tempere com sal e pimenta e deixe apurar um pouco. Coloque o molho por cima dos nhoques e polvilhe com queijo ralado. Sirva imediatamente.

terça-feira, 19 de março de 2019

Conheça as diferenças de cultivo no solo ou em vasos


Saiba as vantagens de cada tipo de cultura

Vejo nos meus grupos ligados a hortas e jardins várias pessoas que dizem não ter espaço físico para fazer qualquer plantio. Mas eu mesma já mostrei aqui algumas alternativas para pouco espaço. Até porque eu moro em apartamento e chão de terra não existe aqui. E, acredite, sinto falta. Por esse motivo sempre que posso dou um pulo na horta comunitária mais próxima para ver como andam as coisas.
O que importa é saber que nos dois casos (com ou sem espaço), é possível ter plantas saudáveis entendendo a diferença entre plantios de cultivo interno e cultivo externo, que vão além do fato do primeiro ser feito em ambiente fechado e do segundo ser ao ar livre.
A primeira diferença é o espaço, o fator mais limitante no cultivo interno. É o que irá definir qual será o volume de produção que se pode alcançar. Já o cultivo externo tem espaço físico mais amplo, mas é preciso saber o que se vai plantar; a posição da luz natural, o tipo de solo etc.
Mas, nos dois casos, é preciso escolher um lugar onde a luz bata por mais horas no dia, especialmente na fase de crescimento, quando a planta precisa de 18h de exposição à luz por dia.

Clima

A influência do clima é menos acentuada no cultivo interno, porque o fator ambiental está sob controle de quem planta, o que pode ser mais difícil no cultivo externo.  É preciso observar as estações do ano, plantar na melhor época e tomar as medidas necessárias a cada virada no tempo para evitar que a planta sofra com mudanças climáticas.

Iluminação

Dependendo do que se cultiva e o local, no cultivo interno pode-se precisar de luz artificial (lâmpadas de LED são as de menor custo). Já do lado de fora, temos o sol e precisamos aproveitar. Pode-se até levar mais tempo para fazer a colheita. Ou não, já que o Brasil tem grandes períodos de insolação natural.

Pragas e Fungos

Não é porque está em um ambiente fechado que o cultivo interno fica livre do surgimento de pragas e fungos. Todos os casos exigem cuidados, mas no cultivo interno torna-se mais fácil fazer o controle e prevenção do ataque das pragas. De qualquer modo, evite lugares muito úmidos por causa do risco de surgimento e proliferação de pragas e fungos.
No cultivo externo, o combate exige mais cuidados. Descarte lugares úmidos e prefira locais secos para evitar que as pragas e fungos surjam e coloquem seu cultivo em risco. Mas, caso apareçam, procure soluções ambientalmente responsáveis e evite agrotóxicos a todo custo.

Vasos

No cultivo interno os vasos de plástico são opções boas, mas o mais indicado é o vaso de feltro por contribuir para um desenvolvimento melhor da planta, especialmente por sua característica de permitir a aeração das raízes.
Se for plantar em vasos do lado de fora, evite os plásticos, pois a exposição prolongada ao sol resseca o material, tornando os vasos quebradiços. Além disso, esse tipo de vaso pode aquecer muito e prejudicar o desenvolvimento das raízes.

Tempo de plantar, tempo de colher

É claro que com todo o controle, o plantio interno pode dar resultados de curto prazo. No caso do externo, o tempo de duração do cultivo é maior. A colheita poderá ser feita em no mínimo seis meses, dependendo da localização geográfica.

A partir das diferenças entre cultivo interno e cultivo externo, o tempo menor até a colheita pode ser considerado uma vantagem do cultivo feito em ambiente fechado. No caso do cultivo externo, a vantagem pode estar na maior possibilidade de expansão por causa do maior espaço físico.
Em relação à qualidade da planta, não há diferenças entre cultivo interno e externo. O resultado final será consequência dos cuidados dedicados à plantação mantendo a fertilização e toda a rotina de manutenção.

Apesar das diferenças, os cultivos interno e externo podem ser complementares. Na etapa de florescimento, o cultivo pode ser externo, com uso de luz natural. Para o crescimento vegetativo, pode-se transferir a planta para uma estufa, usando iluminação artificial.
Importante destacar que o que não muda é a necessidade de manter uma rotina de manutenção (rega, poda etc.) e uso de fertilizantes.

Para o caso do cultivo externo quando é feito o plantio na terra, diretamente no solo e não em vasos, é importante observar a composição do solo. A dica é cuidar para que seja bem aerado e bem drenado. Deve-se verificar também para saber se não há necessidade de adicionar substratos em conjunto com o próprio solo, caso este seja argiloso e compactado.

Mas a melhor coisa a se fazer é saber tudo sobre a planta que você quer cultivar e entender que ela vai se comportar de modo diferente em vaso ou na terra. Não esqueça que o solo tem nutrientes naturais, que não estão presentes nos vasos e precisam ser acrescentados.

Vamos plantar?


segunda-feira, 18 de março de 2019

O que te dá o direito?

Ponto de descarte Parque Pôr do Sol – Diadema

Comecei a semana na revolta total! Vamos começar por dizer que há uma semana estávamos debaixo da água. Sou moradora do Grande ABC, e tínhamos (ainda temos), cidade pedindo reconhecimento de estado de calamidade; coleta de alimentos, roupas etc. para ajudar os que perderam tudo. Também temos os eternos reparos, consertos, desentupimentos e sei lá mais o que de córregos e piscinões que já não estavam dando conta antes de chover, sem parar (!), por mais de dez horas.

Porque estou na revolta? Porque essas coisas acontecem e no dia seguinte voltamos a causar problemas. Mas vamos aos fatos:
Caminho todos os dias pelo meu bairro, que fica na divisa e, portanto, próximo a córregos. Já falei inúmeras vezes sobre cortes de árvores e podas que mais parecem amputações e de como isso prejudica a drenagem da água das chuvas, mas esse problema nem é o mais grave.

O mais grave é o entupimento das bocas de lobo e canais de esgotamento porque as pessoas jogam lixo e entulho nas ruas e os poderes públicos não fazem nada! Se eu acredito que as pessoas são culpadas? Certamente! O que dá a uma pessoa o direito de transformar a rua, que é um espaço em comum, em lixeira?

QUEM ENSINOU QUE JOGAR LIXO NA RUA É CERTO?
Lixo descartado na avenida Piraporinha, ao lado do terminal metropolitano

Mas também culpo as administrações públicas, porque a fiscalização e a punição deveriam ser mais constantes. Todas as fotos que serão postadas aqui são de pontos de descarte viciados, ou seja: sempre tem bagulhos por ali. Então, por favor, alguém me explique porque não há fiscalização efetiva nesses locais? E por favor, não me venham com a lenga-lenga de que é difícil manter fiscalização. TUDO É DIFÍCIL. Mas não dá mais para aguentar o corpo encostado das prefeituras enquanto as pessoas perdem tudo por conta das enchentes.

Assim como eu, conheço muitas pessoas que denunciam os descartes, do mesmo modo que denunciamos outros delitos, mas não temos resposta para nada. Portanto, para as prefeituras eu pergunto: O QUE LHES DÁ O DIREITO DE ENCOSTAR E FAZER DE CONTA QUE NÃO HÁ UM PROBLEMA?

Na minha região, o Piraporinha, dezenas de comércios perderam mercadorias; dezenas de pessoas perderam móveis e utensílios, quando não perderam casas e suas vidas. Não podemos mesmo esperar que o rio se comporte e fique dentro de sua canalização, mas podemos diminuir o problema com atitudes responsáveis dos cidadãos e das administrações. Basta de lixo sólido jogado de qualquer maneira nas vias públicas. Mais fiscalização! Punição para os infratores!
Ponto de descarte na Av. Isaac Aizemberg, Jd. Independência, SBCampo

quinta-feira, 14 de março de 2019

Camarões com ervas aromáticas ao forno


Um dia após mais uma tragédia, ouvindo comentários mais rasteiros de gente que deveria permanecer calada, e tudo ao vivo, já que ontem as redes sociais nos deixaram na mão, fui caçar uma receita para os meus 40 dias sem carne vermelha.

É claro que eu sou uma maníaca por camarões, mas quem não for, pode substituir por filés de peixe ou por  outros frutos do mar, apenas regulando o tempo de cozimento (no forno!) do que escolher.

Mas antes de passar a receita, que é super fácil de preparar, vamos a uma explicação: ervas aromáticas são todas aquelas que usamos como temperos para dar cheiro e sabor aos alimentos, como manjericão, salsinha, hortelã, alecrim etc.

Nessa receita eu usei o que sempre tenho em casa: salsinha e cebolinha; funcho; tomilho; orégano e coentro.

Esse prato serve como principal na refeição, acompanhado de uma salada, ou como tira gosto dos bons!

Ingredientes

800 g de camarões crus (até o sete barbas fica bom, mas o tempo de assado diminui para uns 10 minutos)
Quatro dentes de alho
100 ml azeite de oliva
Sal e ervas aromáticas

Preparação

Lave os camarões e coloque-os em uma assadeira refratária.
Numa tigela, amasse bem os dentes de alho, junte o azeite, o sal e as ervas. Misture bem e despeje por cima dos camarões.
Leve ao forno por 15 minutos a 200°C.


terça-feira, 12 de março de 2019

Abóbora assada com grão de bico, ricota e alecrim


Dando sequência a minhas receitas sem carne, vou passar mais uma com a versátil abóbora,  assada no forno, que serve para acompanhamento de aves (peru, galinha etc.)  ou peixes, mas também pode ser um prato único e leve para sua refeição. 

A ricota usada nesta receita eu usei em substituição do queijo feta (muito caro na minha atual situação) e deve ser salgada antes do uso para contrastar com o doce da abóbora e o salgado (do queijo).

Para dar uma textura crocante, os grãos de bico torrados junto com as sementes da abóbora farão o serviço.

Só para informar, todos os ingredientes desse prato são super saudáveis e servem como auxiliares para dietas de redução de peso.

Ingredientes

Uma abóbora (escolha a que mais lhe apetece)
Uma embalagem de grão de bico (250 g)
200 g de ricota
25 g de pinhões (pode usar castanha do Pará ou amêndoas em lascas) **
Cinco colheres de sopa de azeite
Ramos de alecrim
Sal e pimenta do reino

Preparação

Corte a abóbora ao meio e retire as fibras e as sementes. Lave as sementes e misture-as com uma colher de sopa de azeite. Reserve.
Pré-aqueça o forno a 190°C. Corte agora a abóbora em lâminas (nem fina, nem grossa)
Misture a abóbora com três colheres de sopa de azeite e coloque-a na assadeira (já coberta com papel manteiga).
Os grãos de bico também deverão ser misturados com uma colher de sopa de azeite. Distribua-os na forma. Junte as sementes e os ramos de alecrim. Coloque sal e pimenta do reino a gosto.
Leve ao forno por 30 a 35 minutos
Quando sair do forno, coloque a ricota (em farelos) e alguns pinhões* *(vide acima).


sábado, 9 de março de 2019

Rita P cansada de guerra


Ontem fiquei a maior parte do dia longe de computador e blog e tudo o mais porque não estava com paciência para discutir o óbvio. Na verdade ando tão cansada dos pensamentos rasteiros, que tudo, até a voz estridente de alguém anda me irritando.

Cansada de ver gente fazendo piada besta e se achando a pessoa mais engraçada do mundo. Cansada de ver um dia de lutas ser tratado como se fosse o dia de dar bombom de presente, ou seja, reduzido a uma data e não à divulgação de uma ideia.

Para algumas pessoas, o dia das mulheres é para a gente mandar rosas para a esposa/namorada/mãe/etc. Não é! É um dia para lembrar que ainda somos tratadas como coisas, abusadas física e verbalmente. Com salários absurdamente baixos, mesmo quando somos mais preparadas e fazemos a maior parte do trabalho.

Vai ter gente pra caramba berrando que não é bem assim! Que estou ofendendo, que as coisas não são mais assim. Mas, como dizia minha mãe para aqueles que ficavam “ofendidos” diante dos fatos, “se a carapuça serviu: vista!”.

Temos ministros de estado que deveriam se levantar e dizer para as mulheres que elas não estão sozinhas na luta falando que elas deveriam parar com tudo e aceitar uma situação que não é aceitável há séculos.

Não somos coisas! Somos pessoas! Temos direitos!

Só para falar o mínimo de como a situação não é essa coisa linda, a maior parte das agressões sofridas por mulheres é dentro de casa. Por pessoas que se acham donos dos outros e só demonstram que não são donos nem deles mesmos. Uma em cada cinco mulheres já sofreu algum tipo de abuso.
Meninas são abusadas e prostituídas todos os dias e ainda tenho que ouvir dos medíocres que “eles conhecem uma prostituta que gostava da profissão”. Não é engraçado como as pessoas mais medíocres sempre têm alguém “conhecido” que faz isso e aquilo?

Desculpem-me, mas duvido muito que uma menina vá para a escola todos os dias, enfrentando sabe lá Deus quais dificuldades, e que pense em sua ingenuidade: “quando eu crescer eu vou me prostituir”.  Ou um garoto dizendo que vai ser avião de traficante. Pelo amor de deus parem de achar que a violência nasce com a pessoa.

Ontem foi dia da Mulher e recebi muitos parabéns. Agradeço, mas gostaria mais de saber que a situação mudou. Que não há mais estupros, espancamentos, violações de direitos, danos físicos e morais.

Deveria ser um dia de comemorações, e eu rezo para que a gente um dia só precise comemorar com flores. Por enquanto, assim como meu aniversário, não tenho motivo para soltar fogos de artifício.
Vamos à luta.


sexta-feira, 8 de março de 2019

Filés de peixe com camarão e uma receita fácil e deliciosa



Como eu disse anteriormente, vou postar algumas receitas que fujam da carne vermelha. Primeiramente porque quaresma para mim é coisa séria, e depois porque estou querendo dar umas dicas mais leves e saudáveis para as colegas que estão em dieta.

Aliás, não se preocupem com o meio copo de vinho, o álcool desaparece no cozimento e apenas acentua os sabores.

Podem escolher o peixe de sua predileção, mas se estiverem de dieta, evitem os cartilaginosos porque são muito gordurosos.

Ingredientes

500 g de filé de peixe (pode ser pescada, tamboril etc.)
300 g de camarão descascado e limpo
Dois tomates maduros
Uma cebola grande
Um dente de alho esmagado
1/2 copo de vinho
Azeite, louro (uma folha) e sal

Preparação

 Pique muito bem a cebola e o alho. Em um tacho, coloque o azeite e o louro e refogue, primeiro a cebola e depois o alho.
Junte o tomate e o vinho e deixe apurar até virar molho. Por último coloque o peixe juntamente com o camarão e tempere com sal. Ponha a tampa e deixe cozinhar por cerca de cinco minutos em fogo brando. Sirva quente, com arroz.

quarta-feira, 6 de março de 2019

Salada russa serve para o ano todo!



Não sei quem foi que deu esse nome à salada, já que a maior parte dos ingredientes não é da Rússia, e ela é apenas uma salada de maionese de legumes bem temperada e que serve para qualquer ocasião.

Vai bem com churrasco, na festa de final de ano, e durante o período de quaresma alimenta bem, já que tem legumes e proteínas leves. Para quem quer uma salada mais light, é só deixar a maionese de fora e trocar o creme de leite por iogurte sem sabor.

Ingredientes

Um peito de frango
Uma lata milho
Três batatas grandes cortadas em cubos
Uma cenoura grande cortada em cubos
Ervilhas congeladas
Vagem cortada em pedaços pequenos
300 g de azeitonas sem caroço
Duas maçãs picadas
200 g de uvas passas
Cheiro verde (salsinha, cebolinha) picado miúdo.
Uma lata creme de leite
Um vidro pequeno de maionese

Preparação

Cozinhe o peito de Frango em água e sal e desfie. Deixe esfriar.
Faça o mesmo com as batatas, cenoura e vagem, deixando as ervilhas congeladas por último, para apenas escaldar e tirar o gelo.
Em uma vasilha, junte o creme de leite e a maionese. Depois vá adicionando os legumes cozidos, o frango, milho, azeitona, maçã picada, uva passa e o cheiro verde.
Não esqueça que tudo que foi cozido na água e sal tem que estar muito bem escorrido, para não aguar a salada.
Bom apetite!

terça-feira, 5 de março de 2019

Bolo italiano de chocolate e amêndoas


Chegamos à terça-feira de Carnaval e por aqui, por enquanto, tudo está calmo. Deve ser a tristeza de voltar para a normalidade amanhã. Para mim amanhã é o começo da quaresma, o que significa 40 dias me mantendo afastada de grandes comilanças, carne vermelha etc. Durante esse período vou passar algumas receitas com pescados, ou mais leves, mas não hoje. Vou passar essa receita de bolo italiano, vinda da Ilha de Capri na Itália, muito conhecida como “balneário dos ricos e famosos” nos anos 1960.

Lá nasceu aquele modelo de calça que vai até o meio do tornozelo, saladas com muçarela especial e tomate seco ou cereja, e esse bolo de chocolate e amêndoas, que fica parecido com um brownie fofo.

Ingredientes

200 g de chocolate amargo (em barra, não em pó)
150 g de manteiga
200 g de amêndoas em pó
50 g de açúcar confeiteiro
40 g de açúcar refinado comum
Cinco ovos

Preparação

Pré-aqueça o forno a 200°C. Derreta a manteiga com o chocolate. Reserve. Misture as amêndoas em pó com o açúcar confeiteiro. Reserve.
Na tigela da batedeira, bata os ovos com açúcar na velocidade máxima por cerca de 5 minutos. Acrescente aos poucos a mistura das amêndoas com açúcar confeiteiro mais a mistura do chocolate com a manteiga.
Despeje na forma já untada e leve ao forno por 5 minutos a 200°C e mais 25 minutos a 160°C.
Deixe esfriar antes de desenformar.  Polvilhe com açúcar confeiteiro.

domingo, 3 de março de 2019

Tapenade de azeitonas pretas deliciosa!


Hoje preciso de sabores fortes

Por conta de um pequeno resfriado de verão, estou me sentindo com um gosto ruim na boca, e nada me apetece muito. A solução é tomar chás com limão, e comer algo com sabor bem pronunciado. No meio dos cadernos estava essa tapenade, que, para quem não conhece, é uma entrada típica da região do Mediterrâneo, mais especificamente da Provença, na França.

É um patê simples e fácil de preparar e se vocês, como eu, não estão com disposição para ficar esquentando a barriga no fogão hoje, essa é uma boa dica.

Ah! E esse é um patê daqueles que você pode ter à mão para servir às visitas de última hora!

Ingredientes

200 g de azeitonas pretas sem caroço
Duas colheres de sopa de alcaparras escorridas
Dois dentes de alho descascados
Suco e raspas de um limão
10 colheres de sopa de azeite de oliva
50 g de aliche escorrido

Preparação

Basta bater tudo num processador, liquidificador, mixer, pilão.
(Fácil não é?)

sábado, 2 de março de 2019

A bestialidade me deixa muda



Hoje levantei disposta a escrever sobre amor, mesmo que tenha pela frente um sábado com vizinhos que falam a 200 decibéis e ouçam o pior tipo de música (posso chamar essa tranqueira de duas notas de música?) do universo. Parece que estou dentro da saga do Mochileiro das galáxias ouvindo poesia Vogon. E não. A solução do problema não é 42.

Precisava escrever algo para o blog, mas tudo me parecia fútil diante das notícias. Uma criança morreu em um hospital, de uma doença que já deveria estar erradicada, pois há vacina para ela. O primeiro problema? É neto de um ex-presidente da República que está preso.  Isso já é um problema por si só e uma tragédia.

Mas não para por aí. Perfis diversos das redes sociais se inflamaram ante a notícia e foi um festival de horrores, de gente comemorando a morte de uma criança, de gente “achando” um absurdo que o presidente tivesse licença para enterrar o próprio neto. Eu realmente acredito que temos uma nação de gente muito doente, que ri de tragédias; que culpa vítimas; que vê um crime ser cometido e não se move.

É o cara que vê o linchamento ou o estupro e ao invés de usar o celular para chamar a polícia, usa para filmar a cena e postar nas redes sociais. Como chamar isso? Eu chamo de canalhice da pior espécie.

Mas isso foi só a gota d’água. Esta semana o desfile de barbaridades deixaria muito cronista com assunto para fazer uma tese. Esta semana revivi algumas coisas da ditadura militar que eu e milhões de brasileiros engolimos quando um ministro muito imbecil manda uma nota para ser lida nas escolas enquanto crianças são filmadas cantando o hino nacional.

Muitos professores que conheço resolveram filmar suas salas de aula, sendo inundadas pelas chuvas que caíam torrencialmente; com carteiras e mesas quebradas; sem cadernos e livros; com crianças de pé no chão porque não têm sapatos. E causaram um surto em certo ministro, porque o site do ministério não tinha capacidade de recepção para tantos gigabytes...

Poderia ser uma piada, mas isso também é trágico, porque vejo ano após ano, governo após governo (em todas as esferas) ignorar o apelo de pais e professores por escolas melhores, por valorização do ensino. Mas o que vemos é um sucateamento dos equipamentos construídos com os nossos impostos e uma desvalorização total de tudo o que signifique CONHECIMENTO.

Criamos uma nação de imbecis que nem percebe que está sendo roubada da pior maneira possível, porque não consegue usar o cérebro para ver o que está sendo esfregado na sua cara. Temos um governo que vai se esforçar muito para deixar tudo pior que já está.

As escolas sucateadas? São culpa de anos a fio de desgoverno total. E não se limitam a 13 ou 14 anos meus caros. Isso é ter falta de memória e de vergonha na cara para dizer o mínimo. Vou falar um pouco do estado onde eu vivo, São Paulo, a “locomotiva da nação”, governada desde tempos imemoriais pelo PSDB, que até começou bem, mas desceu a ladeira e não parou mais de fazer bobagens.

São obras superfaturadas intermináveis ou jamais iniciadas. Escolas sendo fechadas. Professores ganhando cada vez menos e sendo massacrados, seja na hora de lutar pelos próprios direitos, seja na hora de fazer das tripas coração e tentar ensinar algo às nossas crianças.

Nos tempos da ditadura, que existiram sim senhores e senhoras, cantávamos o hino antes de ir para as salas de aula, que já estavam bem sucateadas, em escolas que estavam pouco melhores que as de agora (não eram de lata, pelo menos), com uniformes comprados a custo por nossos pais ou conseguidos nas associações de pais e mestres, assim como nossos caderninhos brochura e o que mais viesse.

Nada de grife. Nada da Disney. Nada tecnológico.

A coisa caiu muito e é culpa nossa. Porque passamos a dar importância ao supérfluo e esquecemos o essencial. E nem vou falar que a violência de agora é maior que a de antes, apenas os meios de comunicação se tornaram mais rápidos para divulgá-la.

Portanto, não quero saber se o perfil que destilou ódio é falso ou verdadeiro. Uma pessoa muito má fez aquilo. Pessoas que não pensam em mais ninguém deixam escolas destruídas e ainda querem “professores e alunos motivados”. Uma criança morreu de uma doença para a qual existe vacina. E idiotas questionam se um avô pode ou não enterrar o próprio neto.

Como eu disse no título, a bestialidade me deixa muda, mas não trava meu cérebro. A bestialidade que vejo nas redes sociais, e ao redor de mim, não me tiram a habilidade de escrever, porque a bestialidade não entende que escrever é um ato de amor. Se com isso eu conseguir que uma só pessoa acorde para a vida, que seja. Eu venci.



sexta-feira, 1 de março de 2019

Batata doce assada no forno com salmão defumado, atum e milho



Um dia desses, alguém perguntou se eu tinha uma receita para fazer com batata doce. Fiquei procurando desde então, mas no meio dos livros de receitas meus, de amigos, familiares, encontrei uma bem bacana de uma amiga do interior.
É uma receita meio chique, já que vai salmão defumado, mas pode ser substituído se quiser. Quanto ao alho em lata, prefira o “natural”, conservado em água e sal.
Em tempo, essa é mais uma sugestão de receita para a quaresma. Tem muita gente que não come carne vermelha nessa época.  Eu, particularmente, me limito às quartas e sextas. Mas sempre é bom ter uma ideia para substituir o macarrão alho e óleo.

Ingredientes

Batata doce.
Uma lata de milho
Salmão defumado
Três latas de atum bem escorridas
Duas colheres de sopa de salsa picada
Quatro ovos levemente batidos
Queijo ralado

Preparação


Pré-aqueça o forno a 190°C.
Lave muito bem as batatas para tirar todos os resíduos.
Coloque as batatas (sem descascar) numa assadeira e cubra com papel alumínio. Asse-as por 50 a 60 minutos, até ficarem macias. Retire do forno, e quando estiverem mornas o suficiente para manusear, corte-as ao meio na horizontal. Retire a polpa da batata, mas deixando cerca de um centímetro na casca.
Com a ajuda de um garfo esmague a batata doce e adicione-lhe o milho, o atum, o salmão desfiado e a salsa picada.
Bata os ovos, e tempere-os de sal e pimenta e junte ao purê envolvendo bem a mistura.
Coloque as cascas da batata-doce de novo numa assadeira e ponha  a mistura dentro delas, polvilhando com queijo ralado para gratinar.
Leve para assar por 25 minutos, até dourarem. Uma salada de folhas acompanha bem!

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