domingo, 30 de setembro de 2018

Estrogonofe de camarão


Tem dias em que precisamos pegar uma receita muito tradicional e transformar em outra coisa, mudando ingredientes, fazendo a nossa versão do prato. É o caso do estrogonofe (sim eu abrasileirei a palavra!), normalmente feito com filé mignon, mas que resolvi fazer com camarão. Mas quero declarar que precisa ser um camarão de bom tamanho.
Apesar do ‘sete barbas’, muito mais comum e mais saboroso, esse prato pede a delicadeza do sabor de um camarão rosa. É uma receita bacana para qualquer dia da semana, mas ainda dá para fazer hoje!

Ingredientes

1/2 kg de camarões limpos (sem casca, sem cabeça e sem as vísceras)
Uma colher de sopa de azeite extra virgem
Uma colher de sopa de manteiga
Uma cebola ralada
Três tomates batidos no liquidificador (tire as sementes)
Uma colher de sopa de molho barbecue
Uma colher de chá de molho inglês
1/2 xícara de chá de conhaque
250 gramas de cogumelos  picados
Uma embalagem (200 ml) de creme de leite
Sal e pimenta do reino

Preparação

Tempere os camarões com sal e pimenta e frite por dois minutos na mistura de óleo e manteiga.  Tire da panela e reserve.
Ponha a cebola para refogar na mesma panela (que ainda tem óleo) e mexa até dourar. Junte os tomates, o barbecue, o molho inglês e o conhaque. Deixe apurar até obter um molho grosso.  Junte os cogumelos e, por último, devolva os camarões à mistura. Ponha o creme de leite e deixe aquecer sem ferver. Sirva com arroz branco e batatas palha.

Obs.: Tenho certa preguiça de fritar batatas palha. Costumo comprar os pacotes de Extra finas nos mercados aqui das proximidades. Mas se quiser, faça as suas. É sempre mais gostoso!

E atenção diabéticos e dietéticos! Se quiserem uma receita mais saudável, troque o creme de leite por iogurte sem sabor. A textura do estrogonofe fica igual. Quanto ao conhaque, ele perderá o álcool com o cozimento e não afetará a saúde.

sábado, 29 de setembro de 2018

Onde foram parar os pardais urbanos?



Muitos motivos me levaram a fazer essa pergunta do título. Nasci e cresci em grandes centros urbanos e pardais sempre fizeram parte das paisagens dos lugares onde vivi e vivo. Mas já faz um bom tempo que não os vejo e resolvi pesquisar para saber o que aconteceu a esses pássaros, que eram mais comuns que as pombas.

Para começar, pardal é uma forma popular de denominar um pequeno pássaro da família Passeridae. São pequenas aves que se adaptam em diferentes lugares do mundo, além disso, vivem tranquilamente nas áreas rurais e urbanas, e se alimentam de sementes e insetos, e, até bem pouco tempo, encontrados em todos os continentes.

Os pardais urbanos mencionados no título eram uma espécie bastante humanizada, por sua convivência conosco e apareciam nos quintais, varandas, beirais etc., se alimentando até de restos humanos. Entretanto o número dessas aves vem declinando, justamente por conta da convivência com a nossa espécie.

Nas áreas rurais as alterações na estrutura produtiva agrícola que promoveram uma queda no desperdício de grãos que servia de alimentos para as aves em questão. Em áreas urbanas foi identificado um processo decrescente no número de pássaros dessa espécie pelo mundo afora, como resultado da falta de áreas verdes e intenso processo de impermeabilização do solo, o que provoca a redução de insetos e automaticamente a oferta de alimentos. 

Para quem acha que estou me preocupando com coisa boba, por favor, gostaria que entendessem que todos os seres têm alguma função na natureza. Basta dizer que nas regiões onde antes havia pardais e agora não há mais, a quantidade de problemas com cupins cresceu de maneira absurda.

Os cínicos podem até dizer que é só chamar o exterminador, mas preciso avisar que um dia será a nossa vez de ser exterminados. Nós estamos nos tornando uma praga neste planeta, envenenando a água, o solo, o ar e até mesmo a nossa comida. Ou seja: nos tornamos as piores criaturas a viver por aqui. E não somos nem tão adaptáveis quanto outras espécies.

Vou terminar fazendo um apelo para os que ainda têm coração: veja bem o que você está fazendo. Você percebe como as suas ações podem afetar esse planeta em que vivemos? Até quando vamos nos comportar como um bando de gafanhotos destruidores de tudo?

Se vocês acreditam que exagerei, que a humanidade não tem nada a ver com esse extermínio de pardais, saibam que, no Brasil existem cidades que disseminaram praticamente 98% dos pardais. E vou citar o exemplo muito cruel da cidade baiana de Cruz das Almas, onde a população matou esses pássaros, pois não queria ser “importunada” muito cedo pelos sons das aves e também por causa de sua permanência nas varandas das residências. 


quarta-feira, 26 de setembro de 2018

Omelete de cogumelos e um filme que me deixou faminta


Não sei se é por estar comendo fora de casa todos os dias por conta de um trabalho distante, mas hoje me peguei lembrando um filme que vi há tempos e de uma omelete feita por um dos personagens, um chef indiano que vai morar na França.

O filme se chama “A Cem Passos de um Sonho”, e fala de comidas maravilhosas, estrelas do guia mais exigente do mundo, e de temperos e cogumelos colhidos na hora. Há, é claro, um omelete que deixa todo mundo salivando, mas não sei a receita. Vou passar uma receita minha, que pretendo fazer por esses dias, pois estou sentindo falta de comida caseira.

Ingredientes

2 ovos
1 colher (café) de manteiga
1 colher (café) de óleo de gergelim
1 colher (chá) rasa de alho picado
Mix de cogumelos frescos (shitake, shimeji, portobelo, Paris) limpos e picados
1 pitada de noz-moscada
1 colher (café) de amido de milho
1 punhado de cheiro-verde
Leite (na quantidade suficiente para diluir o amido de milho)
Sal a gosto
Pimenta do reino a gosto

Modo de Preparo

Refogue a manteiga, o óleo de gergelim e o alho picado.
Adicione os cogumelos e refogue até tirar a água.
Acerte o tempero com sal e pimenta e junte o cheiro verde.
Reserve.
Bata bem os ovos com a noz moscada e o amido de milho diluído em um pouco de leite.
Em uma frigideira antiaderente (eu tenho uma omeleteira), coloque uma colher de manteiga para derreter, despeje os ovos batidos e, em seguida, a mistura de cogumelos.
Quando estiver firme, vire para dourar o outro lado.
Sirva quente com pão ou torradas.

segunda-feira, 24 de setembro de 2018

Mais um dia, menos um amigo e uma receita de sardinhas assadas



Vou começar este post dizendo que estou chateada. Além das coisas chatinhas de todos os dias, em menos de uma semana perdi dois amigos. Um deles na flor da idade. O outro, que acabei de saber, viveu uma boa vida, mas merecia muito mais, porque era a bondade em forma de gente.

Talvez por eu estar tão triste não consigo nem mesmo explicar direito essa receita, também do livro de receitas da minha mãe, de quem tenho sentido grande saudade.

Mas, me perdoem. Estou realmente triste hoje. Não consigo nem terminar esse texto direito. E para esse meu amigo que está em outro plano, escreverei outro dia sobre as orquídeas que ele tanto amava.





Ingredientes

1 kg de sardinhas limpas (sem vísceras, espinhos etc.)
Uma cebola
Alho
Coentros
Azeite
Sal
Farinha de trigo para passar

Preparação

Temperar e as sardinhas com sal  cerca de 30 minutos antes de prepará-las.
Numa assadeira refratária coloque a cebola em rodelas, o alho e os coentros e regue com azeite.
De seguida passe as sardinhas por farinha e coloque na assadeira e regue com azeite novamente.
Leve ao forno a 200o C até ficarem douradas.


domingo, 23 de setembro de 2018

Mais um amigo que se vai e me entristece


Vai Fabio Silva Gomes! Escrever para Deus...

Hoje estou aqui, me preparando para um exame de concurso, mas não queria sair de casa sem postar alguma coisa. Afinal, comecei esse blog e pretendo continuar, apesar dos pesares.

Estava procurando sobre o que escrever (e tenho muitas receitas e coisas sobre árvores e plantas), mas resolvi dar uma olhada nas redes sociais e isso realmente foi entristecedor. Entre as coisas que vi (fofurices, filhotes, políticas etc.), eu descobri que um amigo perdeu a luta contra o câncer. E isso quase me derrubou, porque era um amigo que estava quase virtual por falta de tempo minha para vê-lo e também a vontade de só colocar os olhos sobre ele quando estivesse melhor.

Mas... não aconteceu e ele se foi. Esse meu amigo, foi um grande incentivador deste blog, fazendo comentários, sendo um dos primeiros seguidores. Discutíamos as receitas, e as postagens mais jornalísticas; falávamos das plantas e ele dos carros antigos; comentávamos os projetos antigos dele, dos livros publicados e que ele ainda escreveria; falávamos das antiguidades das cidades do ABC e de São Paulo.

Devo dizer que ele tinha uma preferência estranha por misturar frutas em sucos que nem sempre saíam direito. Do amor que tinha pela filha, ainda bebê, e pelo pai, um grande apoiador do filho.
Fabio era bem mais novo que eu e lamento demais a perda dele. Nunca mais poderemos conversar online em nenhuma plataforma, nem discutir coisas importantes ou não sobra a vida, o universo e tudo o mais. Sobre as páginas que ele criou no facebook para as comunidades de São Bernardo do Campo, e que ele mediava com muito esforço: Batateiros de Plantão; Baeta Neves; São Bernardo Ativo e tantas outras.

Sei que terá gente mais desolada que eu, porque o Fabio era desses caras que fica amigo de um milhão de pessoas facilmente. Ele foi uma estrela brilhante que se apagou cedo demais. E digo cedo demais não apenas por ele ser ainda muito jovem, mas por ser a pessoa mais cheia de projetos (presentes e futuros) que já conheci, e um cara que realizou muitas coisas, sem se deixar levar pelo desânimo.

Mesmo na doença ele dava forças a todos, e tínhamos certeza de que ele venceria. Mas o grande C tinha outros planos, e nos tirou o Fábio. Agora ele vai escrever no andar de cima. Não descanse em paz Fabinho, porque descansar nunca foi do seu feitio. Incomode Deus com tantas perguntas que ele jamais conseguirá responder. E que esse lugar seja muito feliz e sem dor.

A dor fica aqui.

PS: como em uma carta, farei um post scriptum... As fotos são da São Bernardo que o Fabio amou tanto a ponto de escrever livros sobre as famílias que deram origem a essa cidade e tantas outras coisas. 


sábado, 22 de setembro de 2018

Cuca de liquidificador com amoras



Toda vez que abro meu caderno de receitas dadas por amigos ou mães de amigos, essa aqui salta aos meus olhos. Tive um chefe que era de uma pequena cidade catarinense chamada Timbó, cheia de alemães e descendentes. A mãe desse meu chefe, nem lembro o nome dela, me passou essa receita de Cuca, uma sobremesa típica, que ela misturava com frutas da estação. Como estamos em plena época das  amoras, aproveitem.
É a receita perfeita para descomplicar as coisas na cozinha principalmente no fim de semana. Apesar de muito fácil ela não faz feio de jeito algum. Apresentada de uma maneira bem rústica vai dar aquele ar campestre e enriquecer a mesa do café da manhã de domingo.

Ingredientes

Para a massa

3 ovos
1 xícara (chá) de leite
1/2 xícara (chá) de óleo
1 xícara (chá) de açúcar
2 xícaras (chá) de farinha de trigo
1 colher (sopa) de fermento em pó

Para a cobertura


1 xícara (chá) de farinha de trigo
3 colheres (sopa) de manteiga
4 a 5 colheres (sopa) de açúcar
1 colher (chá) de canela em pó ? ou a gosto
1 xícara (chá) de amoras (cheia)

Preparação

Comece preparando a cobertura: 
Limpe as amoras, lave e escorra bem. Reserve.
Misture todos os demais ingredientes com a ponta dos dedos até obter uma mistura úmida e granulosa. Reserve também.

Faça a massa: 

Coloque todos os ingredientes no copo do liquidificador começando pelos líquidos e bata até ficar homogêneo.
Passe a massa para uma assadeira retangular (n° 2) de aproximadamente 32 x 22 cm, untada e polvilhada com farinha de trigo.
Por cima da massa distribua as amoras e por cima delas salpique a farofa, se os grumos estiverem grandes quebre-os com os dedos antes de salpicar.

Leve ao forno em temperatura média 180°C e asse até dourar. Teste inserindo um palito que deverá sair seco, a farofa de cima não costuma ficar muito dourada então preste atenção nas bordas do bolo.


sexta-feira, 21 de setembro de 2018

Prenúncio do fim... de semana em Diadema


Se você pensa em ser MEI, não o seja em Diadema!


Estamos em mais uma sexta-feira. E parece que todas têm sido 13, porque nunca vi dias mais movimentados e cheios de surpresas como as sextas têm sido para mim.

Não reclamo do trabalho pesado, nem mesmo do deslocamento que acaba com a paciência de qualquer cristão pois os transportes coletivos de São Paulo estão cada dia piores. Mas de coisas que deveriam (e poderiam) ser resolvidas sem atropelos, mas que todos deixam para a última hora, como avisar que um fato vai acontecer hoje, e avisar isso uma hora antes...

Entretanto isso não é tudo. Alguém consegue explicar porque a gente abre uma conta bancária de microempreendedor individual e o banco te dá um número de conta etc., mas depois deixa você a ver navios porque não manda nada, tipo contrato, cartão da conta, nada? Ah sim! Serviço 24 horas só funciona até as 22 horas, quando funciona. Vai fazer um mês dia 23...
Onde estão os gerentes que buscam novos correntistas e que sempre se dizem prontos para ajudar? 

E os serviços que dependem de prefeitura então? Além de ninguém saber o que está fazendo da vida naquele lugar, a impressão que se tem é de que todos querem alguma propina para realizar um trabalho que não é necessário. Eu só quero me inscrever para tirar nota de serviços avulsa e pagar os devidos impostos.

Acabo de me sentir a maior idiota de todas. Estou pagando para trabalhar e eles vão cobrar impostos sobre a minha força de trabalho. Meu Deus! Se isso não é um mundo criado pelo capeta, não sei mais. E até para isso eles arrumam um jeito de travar o serviço.

Qual é o problema dessas pessoas? Será que elas dormem e acordam pensando em maneiras de acabar com o dia de alguém? Gente! Nem eu, nem a maioria das pessoas que estão tentando se regularizar queremos facilitações. Mas também não vejo necessidade de criar burocracias onde elas não deveriam mais existir.

Vou terminar este post desejando que o dia e a sorte de vocês estejam melhores que a minha. E já vou avisando: se quiser abrir uma empresa no Grande ABC, escolha qualquer cidade, menos Diadema. Aqui não dá para ser honesto!


quarta-feira, 19 de setembro de 2018

Moqueca de camarão à portuguesa


Essa é uma receita vida de um amigo português. Sempre perguntei a ele porque essa moqueca é “à portuguesa”, já que leva leite de coco que não é um ingrediente comum de lá. Ele me respondeu que a mãe dele é que fazia essa moqueca, como a mãe era portuguesa, nada mais justo que dizer que o prato também era.

Independente da origem do prato, já fiz, e é uma receita muito boa para fazer de camarões.

Ingredientes

600 g de camarão descascado e limpo
Uma cebola (grande)
Um pimentão vermelho
Gengibre fatiado fino só para dar gosto.
Leite de coco (um vidro pequeno)
Azeite
Sal
Dois tomates
Suco de um limão
Cinco dentes de alho
Salsa
Coentro
Duas pimentas malaguetas (as pequenas)

Preparação

Use camarão descascado congelado (o rosa). Passe por água e ponha para marinar com sal, o sumo de limão e metade do alho picado. Deixe por uma hora.
Pique a cebola e os tomates e refogue em azeite até ficar uma pasta homogênea.
Adicione o de leite de coco, o pimentão cortado, do mesmo modo o gengibre e as malaguetas e cozinhe cerca de 7 minutos.
Adicione o camarão junto com o coentro, a salsa picada e o restante do alho, e cozinhe cerca de 4 minutos.
Sirva acompanhado de arroz branco.

terça-feira, 18 de setembro de 2018

Queijo empanado e amigos inesperados


Todo mundo tem aquele dia em que não está esperando ninguém, mas algum amigo resolve fazer uma visitinha de última hora. Se as pessoas são realmente amigas, isso não importa. O que importa é o prazer de receber bem e ter sempre um petisco gostoso à mão para isso.

Essa é uma receita de queijo derretido e quentinho, empanado, crocante a saboroso. O tipo de receita que você pode deixar semipronta no congelador para fritar na hora que alguém aparecer.

Mas, não esqueça, quando fritar, coloque um escorredor para ficar bem sequinho e depois deixa algum tempo no papel toalha. Queremos que fique gostoso, não gorduroso!

Ingredientes

Um provolone de uns 300 gramas cortado em cubos
Duas colheres de sopa de farinha de trigo
Três ovos
150 g de farinha de rosca
Óleo para fritar

Preparação

Passe cada pedaço na farinha de trigo e em seguida, mergulhe nos ovos batidos. Agora é a vez de empanar com a farinha de rosca cada pedaço. Em seguida, passe novamente nos ovos batidos e finalize empanando-os novamente.
Esta etapa ajuda o queijo a ter uma camada externa bem grossa, evitando que ele se espalhe na hora da fritura. Coloque agora todos os pedaços de queijo empanados no congelador durante 20 minutos.
Frite-os no óleo quente (190°C) durante 1 minuto ou até que fiquem dourados.


segunda-feira, 17 de setembro de 2018

Minestrone: a sopa que minha avó fazia



Não há descendente de italiano que se preze que não conheça minestrone. Vamos explicar: “minestra” significa sopa e o sufixo “one” é para significar algo grande. Portanto, aqui no Brasil, chamaríamos a isso “sopão”.

É uma sopa muito espessa, composta por uma grande variedade de legumes cortados e, quase sempre, arroz ou macarrão. Os ingredientes mais usados são: tomates, feijões (aqueles de salada que vêm em vagem), cebolas, cenouras, aipo, toucinho, caldo de galinha, de carne, batatas, cenouras etc.

Não existe uma receita específica para o minestrone justamente por ele ser feito com quaisquer legumes estejam em época. Vou tentar passar a receita que minha avó costumava fazer. Mas, um aviso: faça em noites frias, porque é um prato de enorme riqueza e esquenta mesmo o corpo e a alma. Assim como as poucas lembranças da minha avó Bianca.

Comece picando cerca de 500g de carne (no caso usei músculo, mas pode ser a que você quiser).
Na panela de pressão ponha um fio de azeite e refogue duas cebolas (pequenas) picadas e uma colher (sopa) de alho triturado. Ponho a carne e deixo dourar/selar.

Salpique pimenta do reino e duas colheres de molho inglês, uma colher (sopa) de colorau e 400 ml de água fervente. Tampe a panela, após pegar pressão abaixe o fogo e deixe 20 minutos.

Após a pressão sair, junte duas xícaras de legumes picados, aqueles que eu tiver em casa. Sugestões: batata, mandioquinha, abobrinha verde, chuchu, cenoura, vagem, feijões de salada e acerte o sal (uma colher de café mais ou menos); junte mais meio litro de água e volte a tampar a panela e leve ao fogo.

Após pegar pressão abaixe o fogo e deixe mais minutos. Desligue e espere acabar a pressão antes de abrir. Prove o tempero e coloque o macarrão de sua preferência.
Sirva com parmesão ralado e umas fatias de pão. Nada melhor que um pãozinho pra molhar na sopa!

domingo, 16 de setembro de 2018

As raivas que passamos podem virar “Raivinhas”


Uma receita para esquecer de tudo e se deliciar!

Essa semana foi muito chatinha. Descobri que não basta se cadastrar em um portal de Micro Empreendedor Individual (o famoso MEI) para ter uma “empresa”, e tive que lidar com mais burocracias do que se possa imaginar. Não vou reclamar porque muitas pessoas (algumas que nem conheço) tentaram me ajudar a ultrapassar as barreiras que os órgãos públicos adoram colocar no caminho do empreendedor.

Esses órgãos públicos, todos eles da prefeitura de Diadema (sim vou dizer onde!), ao invés de fornecer meios de resolver os trâmites, resolveram colocar atendentes que mal sabem o que estão fazendo na vida. O que me leva a questionar sobre o porquê estarmos gastando dinheiro com um atendimento que não nos atende.

Mas essa foi apenas uma das raivas que passei. Não se preocupem. Vou poupar vocês de todos os tropeços (e foram vários), esperando que esta semana que começa seja melhor, que eu consiga resolver minhas pendências e vocês as suas, e que esta receita bacana, dada pelo meu amigo Paulo Gaefke consiga transformar as raivas em “raivinhas”, que a gente come e esquece de tudo!

Ingredientes

1 quilo de goma de mandioca (polvilho azedo)
½ quilo de açúcar
250 g de manteiga
1 xícara (chá) de leite de coco fresco
4 gemas
1 pitada de sal
Margarina e farinha de trigo para untar

Modo de preparo

Bata a manteiga como açúcar em um recipiente. Junte as gemas e continue batendo até obter uma consistência lisa. Acrescente, aos poucos, a goma e o leite de coco e mexa a massa comas mãos. Faça bolinhas e pressione a superfície levemente comum garfo para decorar. Disponha os biscoitos em forma untada com margarina e farinha de trigo e asse em forno a 180 °C por cerca de 20 minutos. Rende cerca de 1 quilo. Preparo fácil. 

sábado, 15 de setembro de 2018

Semana cheia, mas precisamos continuar a lutar pela preservação


A luta contra a insanidade não tem fim


Essa semana foi tão corrida que mal deu tempo para cuidar de blogar. Mas nem tudo foram correrias, e eu gostaria de partilhar algumas vitórias (não necessariamente minhas), e algumas coisas que ainda persistem no mesmo patamar.

Para começar, estou fazendo um trabalho bem longe do meu “home-office”, mas isso é bom, pois me afasta um pouco de um mundinho que nunca foi o meu. Preciso ver pessoas diversas, mesmo que, muitas vezes, elas se comportem igual às desse lugar onde vivo.

É bom conversar com colegas enquanto trabalho e trocar experiências. É bom ver que não se está sozinho quando parece que temos opiniões que ninguém compartilha, ou mesmo que só concorda para não discordar ou debater.

Pessoas! O debate é necessário toda hora! Se não debatermos, ficaremos estagnados a uma ideia que é apenas cômoda.

Mas vamos às vitórias. Soube que a Monsanto (aquela empresa das sementes geneticamente modificadas) foi derrotada em ação que esta moveu contra a AVAAZ e outros sites, que além de escancararem para o mundo que a empresa quer destruir tudo e todos que plantem organicamente, acha que ninguém pode levantar a voz e falar isso. Foi mal grande M, mas um juiz acabou com seus privilégios e mostrou que você não é onipotente.

Gostaria que essa vitória se estendesse ao nosso País, mas parece que os juízes e políticos daqui ainda não aprenderam que precisamos defender direitos e não privilégios. E assim seguimos lutando para não sermos envenenados com agrotóxicos; para poder fazer hortas comunitárias; para ter direito de plantar, colher e comercializar produtos orgânicos.

Precisamos nos responsabilizar para aprender a cobrar

Na área ambiental também precisamos continuar a luta por muito tempo. Primeiramente, precisamos parar com as ocupações em áreas de mananciais, e isso só será possível quando pararmos de excluir as pessoas como se elas só tivessem deveres e nunca direitos. E falo aqui da exclusão social. Precisamos ver claramente o limite entre nosso preconceito e a situação real e perguntar: como posso ajudar a mudar isso?

Precisamos aprender a preservar, pessoas, nosso entorno, o mundo. Não tudo de uma vez, porque também não somos onipotentes, mas de pouco em vez. Parem de jogar lixo na rua. Não é só a “sua” bituca, sacolinha, coisinha etc. É a sua e de milhões de pessoas que agem de modo igual. Quer saber quando aquele córrego ou nascente estarão livres de poluição? Quando você parar de jogar lixo no lugar errado.

Esta semana, estudando para escrever uma matéria, descobri que só na construção civil geramos 60% de todos os resíduos sólidos do país em um ano, o que dá umas 100 mil toneladas de lixo, que poderia ser reciclado e usado em muitas coisas. Sim! Descobri que o entulho pode ser transformado e usado! Será que há não passou da hora de descobrirmos isso todos nós? Porque nos escandalizamos com algumas coisas e com outras não?

Por favor, parem e pensem. Espero ter mostrado algo com esse artigo. Se conseguir mudar uma pessoa que seja, já me darei por feliz! Ah! Essa foto aí embaixo é da paisagem da janela que estou vendo por uns tempos, durante um dia de chuva. Linda não é? 



quarta-feira, 12 de setembro de 2018

Feliz ano novo?


Para quem ainda não sabe, temos várias comemorações de ano novo, mesmo estando acostumados a virar a folhinha em 31 de dezembro. Dia 11 terminou a comemoração do Rosh Hashaná (o ano novo judaico), cujo calendário está em 5779.

Povos diferentes, costumes diferentes, marcações de tempo diferentes. Mas o que é o tempo senão uma invenção humana? Um marco que define começo e fim. Mas eu não comecei esse artigo pensando nisso e sim numa piada, cuja imagem vou colocar por aqui.

O mais interessante sobre essas comemorações de ano novo é entender que são marcos para se reiniciar algo, refazer, ou deixar tudo para trás e seguir adiante. Eu estou nessa última. Com vontade de mandar tudo para o espaço e sair fora. Mas não tenho um controle remoto que me faça sair deste planeta e me leve além de tanta coisa ruim.

Porém, sabe como é, não dá para deixar tudo, porque não podemos jogar pessoas fora, sentimentos, nem nada. O que resta é levantar, desejar feliz ano novo e seguir em frente. E vamos lá que hoje não estou com vontade nem de preparar algo para comer...

Shanah Tova! (Algo como Feliz ano novo em hebraico)



terça-feira, 11 de setembro de 2018

O tempo que perdemos (ganhamos) nos percursos da vida



Estou fazendo um trabalho bem longe da minha casa, e isso me deu a oportunidade, depois de muito tempo, de andar no Metrô paulistano e na linha do trólebus que liga o grande ABC  à Capital e observar a fauna local. E esse pequeno post é sobre isso. Sobre as coisas estranhas que vemos por aí.

Para começar, há horas em que sinto vontade de gritar, porque, especialmente nos terminais, as pessoas agem feito idiotas, ignorando qualquer aviso. Um exemplo? “Ande sempre pela sua direita”. Não importa se é na escada rolante, nos corredores, na entrada dos trens ou nas rampas de acesso... PELO AMOR DE DEUS! ANDE PELA DIREITA! Dessa forma você evita esbarrões, a circulação dos transportes melhora e ninguém atrapalha ninguém.

Posto isso, vamos falar sobre as saídas de passageiros do trem, na maior parte das vezes correndo como loucos. Sim, eu entendo que os transportes estão péssimos e cada dia mais chegamos atrasados aos nossos compromissos, não importa se saímos mais cedo ou não. Mas a questão aqui é o desespero com que se sai em direção às escadas rolantes. A gente fica pensando se as pessoas que correm estão com medo de nunca mais ter uma saída daquele local, porque as escadas deixarão de existir para sempre.

Mas essa é a selva de gentes. Milhões de pessoas usando um transporte, que ainda é melhor do que enfrentar o caos do trânsito. E nos dá a chance de olhar e ver os comportamentos. E o que mais me chamou a atenção após muito tempo que não usava os transportes em horário de pico, foi a falta de leitores de livros e o excesso de celulares à mão vendo algo da TV ou mensagens e redes sociais. Não se iludam com alguém vendo coisas úteis, porque não é isso.

Antes eu adorava ver que não era o único alienígena com um livro dentro dos transportes, agora me sinto meio perdida, como se quisesse me mostrar acima de alguém. Mas não é isso. A única vantagem que se tem em usar os transportes públicos é poder fazer algo durante o tempo que perdemos no deslocamento entre a casa e o trabalho. Podemos dormir e completar o sono, é claro, mas ler pelo simples prazer de ler e distrair a mente de tudo o que enfrentaremos no dia de trabalho.

Certa vez um amigo tentou me consolar e dizer que livros, jornais e revistas estavam sendo substituídos por leitura online. Mas pelo que ando observando, ele estava redondamente enganado. As pessoas estão lendo fofocas, se apropriando da forma mais vil de desinformação, que é disseminar tudo o que recebem nas redes sociais, sem se importar se aquilo é verdade ou não.

Os livros, jornais e revistas estão perdidos... Alguns dizem que o fator preço influencia, mas também não creio nisso, porque eu nunca tive muito, mas sempre tive uma biblioteca pública para pegar algo e ler.

Dizem que quem lê todos os dias vive mais, mas não sei se isso é uma vantagem, porque me sinto meio solitária aqui no mundo dos leitores. Então vou pedir, além das coisas acima, que as pessoas levem seus livros e “ganhem tempo” usando seus percursos para ler. É como canja de galinha: mal não faz!



domingo, 9 de setembro de 2018

Sopa de palmito para um tempo que não firma


Se que já estamos em setembro e em poucos dias o Brasil entra na primavera, mas, por conta de muitos descasos que cometemos, o friozinho anda se estendendo e estamos ficando mais molengas. Um exemplo? No momento o grande ABC está com uns 20 graus de temperatura e tem gente saindo preparada para a neve do polo Sul.

Independente de tudo isso, e de todas as janelas do ônibus fechadas e bafejadas, disseminando resfriados e gripes, voltei para casa do trabalho pensando no que fazer com aquele vidro de palmito da despensa e em alguma receita diferente de pastel, torta ou empadinha.

Uma sopa creme vai bem! Que tal?

Ingredientes

1/2 kg de palmito (mais ou menos um vidro grande basta)
1 colher de manteiga
1 cebola inteira picada
2 dentes de alho
1 batata

1 e 1/2 litro de água
Sal e pimenta do reino branca a gosto
100 g de creme de leite
cebolinha picada o quanto baste um pouco de palmito picado

Preparo

Em uma panela, aqueça a manteiga. Junte a cebola, os dentes de alho e o alho poró. Deixe dourar. Adicione o palmito. Coloque a batata e a água. Deixe ferver. Tempere com sal e pimenta branca moída.
Passe pelo liquidificador. Volte para a panela. Acrescente creme de leite fresco e desligue quando começar a ferver. Coloque a sopa em terrinas individuais e decore a cebolinha picada e pedaços de palmito.


Obs.: Essa sopa pode ser servida fria, para isso, misture o creme de leite fresco; deixe esfriar mexendo de vez em quando para não criar grumos e leve à geladeira. Retire uns 20 minutos antes de servir. 

Torcidos de queijo numa tarde de domingo



Hoje acordei pensando que preciso deixar postagens suficientes para não ter correria durante a semana, já que estou fazendo um trabalho bem longe do meu escritório em casa. Mas não posso deixar de pensar que estou deixando de lado pessoas que me leem e que se tornaram muito amigas.

Não sei se deu para perceber, mas sou uma apaixonada de queijos e adoro receitas com esse ingrediente. Esta aqui é uma entrada muito fácil, que vai alegrar aqueles momentos do bate-papo com os amigos, acompanhado de vinho ou cerveja. Mas as crianças também adorariam como lanchinho da tarde, com uma limonada ou suco de laranja.

Ingredientes

150 g de farinha de trigo
Uma pitada de sal
30 ml de óleo
30 ml de leite
45 ml de água
250 g de queijo Emmental (ou outro que derreta bem)

Preparação

Misture todos os ingredientes até formar um massa (exceto o queijo) e leve para a geladeira  por uma hora.
Abra a massa com rolo e corte em tiras. Corte também o queijo Emmental em tiras médias (nem muito grossas nem finas demais).
Enrole em espiral, uma tira da massa em cada queijo fechando as extremidades.
Em uma frigideira funda ou fritadeira de imersão frite a 190o C por cerca de quatro minutos. Deixe escorrer bem o óleo antes de servir, mas sirva ainda quente.

sábado, 8 de setembro de 2018

Fiz esse pão no sete de setembro


Na falta do que fazer (mentira!) em um feriado no qual até roupa já lavei, estava fazendo um “limpa” nos armários de mantimentos e descobri umas coisas dando sopa por lá.

Para começar um restinho de açúcar mascavo e umas lascas de amêndoas, além de um fermento biológico que, se não fosse utilizado, ia encontrar a lata do lixo. Como odeio desperdiçar e estava com vontade de algo diferente, resolvi inventar um pão e usar as coisas que estavam à mão.

Seguem os ingredientes de um pão que ainda não dei nome, mas que deu tão certo que as fotos que vocês verão é do que sobrou!

Ingredientes

Dois envelopes de fermento biológico
100 ml de leite morno
Farinha de trigo o quanto baste
½ xícara de chá de óleo (usei de girassol)
50 g de açúcar mascavo
Uma colher de chá de canela em pó
Lascas de amêndoa
Uvas passas

Preparo

Coloque o fermento misturado a mais ou menos duas colheres de sopa de farinha e misture um pouquinho do leite para começar a fermentar.

Após uns 30 minutos, comece a misturar, primeiro com a colher e depois com as mãos a farinha, o óleo e o açúcar mascavo, misturando o restante do leite aos poucos. Ponha a canela e as passas antes de finalizar a massa, que deve desgrudar das mãos, mas sem perder a elasticidade.

Deixe crescer por umas duas horas em local quente e depois molde os pães, levando ao forno médio por uns 20 minutos. Mas, vejam bem: esse é o tempo do meu forno. Veja se o pão está dourado antes de desligar.


sexta-feira, 7 de setembro de 2018

Chutney de manga caseiro e amigos muito queridos


Um dia desses lembro de ter compartilhado uma receita de chutney, acho que de damasco, e uma amiga me mandou uma mensagem que tinha visto o post no Google e estava superfeliz por me ver na busca que ela mesma fazia por receitas desse tipo.

Alguns dias depois, não lembro porque, me deu vontade de outro chutney, o de manga, mas eu não conseguia encontrar em qual caderno estava a receita. Essa amiga me perguntou se não era só trocar a fruta naquela receita, mas expliquei que não era tão simples.

Sabem por quê? Porque frutas têm quantidades diferentes de açúcares, pectinas (que espessam receitas) e suas texturas também são diferentes. E, assim como os chutneys, as geleias não são feitas de forma igual porque as frutas diferem.

Deixando tudo para lá, vamos ao chutney de manga, uma receita originária da cozinha indiana, que pode acompanhar queijos, carnes e peixes assados. Vai do gosto de cada um. E manga dá um toque especial em qualquer coisa!

Ingredientes

Uma manga grande descascada e cortada em cubos (mais para verde que madura)
Suco de ½ limão
Uma maçã bem ácida descascada e cortada em cubos
100 g açúcar mascavo
Uma cebola pequena ralada
50 ml vinagre branco
Uma pimenta dedo de moça picada e sem sementes
Uma colher de sobremesa de molho tabasco
Duas colheres de uvas passas brancas e escuras (misturadas)
Uma pitada de sal (fica a gosto) e pimenta do reino moída
½ colher de café de mostarda em pó (ou gengibre em pó)

Preparo

Jogue o limão espremido sobre as frutas cortadas e reserve.
Numa panela coloque o açúcar, a cebola e o vinagre e ferva em fogo baixo até dissolver o açúcar totalmente. Junte as frutas e cozinhe em fogo baixo durante uns 30 minutos mexendo de vez em quando para não grudar.

Adicione a dedo de moça, o tabasco e as uvas passas, misturando bem.
Tempere com o sal e a pimenta, além da mostarda em pó (ou gengibre) até o chutney perder a umidade e engrossar.

Como em toda receita desse tipo, coloque em vidros esterilizados e use como acompanhamento.
E acreditem em mim que é delicioso!

Obs: Ah! Minha amiga Cilene, a quem dedico essa receita super deliciosa, me perguntou sobre orquídeas, mas como ainda não reuni informações suficientes, segue um novo chutney!


quarta-feira, 5 de setembro de 2018

sopa de feijão, o frio e a fritada da minha mãe

Hoje está particularmente frio na grande São paulo, e estou trabalhando tão longe da minha casa que só consigo pensar na minha cama, meus lençóis, aconchegos. E também adoraria que alguém estivesse preparando uma sopa para mim, mas, como moro sozinha, vou ter que enfrentar a hora e meia no trânsito e fazer as coisas por mim mesma.

Fiquei o dia todo pensando naquele resto de feijão que está na geladeira e em como vou transformar isso em sopa. E já vou avisando que esta não será uma daquelas receitas tradicionais, com quantidade de ingredientes, mas um aproveitamento de sobras transformadas em algo delicioso.

Para começar pegue aquele resto de feijão que está quase dando cria na sua geladeira. Bata no liquidificador com duas vezes a quantidade de água. Se o caldo ainda ficar grosso, acrescente mais água. Não esqueça que isso vai ao fogo com o macarrão e vai ficar denso.

Em uma panela com um pouco de azeite, frite um dente de alho que vai dar uma temperada nova no caldo do feijão e despeje o caldo para apurar. quando estiver aquecido, experimente para acertar o sal. Sempre precisa de uma pitada a mais.

Ponha meia xícara de macarrão de sua preferência e deixe cozinhar. Mas, cuidado! sopa de feijão engrossa e para não grudar o macarrão precisa ser mexida com certa constância, até cozinhar a massa. Se achar necessário coloque um pouco mais de água. Quando estiver cozido, salpique um pouco de salsinha e cebolinha por cima e coma com umas torradas.

Depois de comer isso, me sinto reconfortada.

Quer saber porque tem uma fritada no título? Porque minha mãe sempre que fazia sopa de feijão, fritava batatas em rodelas e depois transformava em omelete, que comíamos junto! É delicioso eu asseguro!!! Mas não tinha batatas na minha casa hoje...

Ah! se você não quiser o macarrão, tome só o caldinho de feijão


segunda-feira, 3 de setembro de 2018

Quanto vale um museu?


Hoje minha única receita é para o desastre


O dia amanheceu em catástrofe, ao menos para mim. O Museu Nacional do Rio de Janeiro foi consumido pelo fogo e de todo o acervo inestimável sobrou 10%. Muitos irão questionar o porquê chamo isso de catástrofe e eu vou explicar: em um país que dá importância muito pouca a arte, educação e cultura, a perda de um só museu é como matar um dos últimos espécimes de algum animal.

Mas a minha lamentação não é apenas pela perda de acervo, ou a queima de um dos prédios mais belos nos quais já pus meus pés andarilhos. É a certeza de que para mais de 90% da população isso não importa. Para um sem número de pessoas o que aconteceu é algo como: “queimou umas velharias”.

É difícil e solitário viver cercada de pessoas que acham uma perda de tempo guardar um quadro raro; uma escultura encontrada em uma escavação; móveis; roupas; livros. Gente que lê um livro de frases motivacionais vazias, mas é incapaz de discutir filosofia, porque é “perda de tempo”. Gente que acredita que poesia é rimar amor com flor, ou dizer que a dor é uma “sofrência”.

Hoje estou triste demais. Não é apenas um prédio que queima. É o conhecimento humano guardado por 200 anos naquele local que queima. É o país que não contente em transformar o futuro na coisa mais nefasta que existe queima o próprio passado e nem se importa com isso. São só umas velharias. Não sei se consigo continuar a viver respirando esse ar.

O que me resta, por enquanto, é lamentar. O Museu Nacional se foi. Espero que mais nada se vá. Espero mais ainda: que as pessoas deste país entendam tudo o que se perdeu hoje...

A historiadora em mim está de luto, como estão de luto todos aqueles que entendem que perder isso é perder um pouco mais a humanidade. E este é o meu lamento.



Duas vidas ou uma só basta?

Duas vidas ou uma só basta? : Não me lembro de quem foi que disse a frase: “deveríamos ter duas vidas, uma pra ensaiar e outra para represen...