quarta-feira, 24 de fevereiro de 2021

Trouxinhas de salmão e queijo de cabra


 Fui almoçar com uma amiga esses dias e ela, assim como eu, é louca por receitas com massa folhada (eu como com os olhos!), e salmão é um dos peixes favoritos. Isso me fez lembrar dessas trouxinhas, mas confesso que não passei a receita antes, mesmo estando em período de quaresma, porque não está fácil encontrar queijo de cabra (que também está caríssimo), e só as melhores “casas do ramo” têm salmão defumado.

Mas, são trouxinhas, e você pode escolher o recheio que der na telha. Pode ser palmito, peixe fresco picadinho com queijo, enfim, o que você quiser.

É quaresma e eu gosto de passar receitas com peixe. Se não tiver queijo de cabra, use um bom meia cura, e faça um jantar leve e gostoso, em uma receita muito fácil! Ah! As medidas são para quatro pessoas, se quiser mais, aumente as quantidades.

 

Ingredientes

1 massa folhada pequena ou quatro unidades de pastel de forno

100 g de salmão defumado

150 g queijo de cabra fresco

Alho em pó, salsa picadinha, sal e pimenta do reino

1 ovo batido

Preparação


Corte a massa folhada em quatro quadrados e coloque-as na travessa já untada.

Numa tigela, coloque o salmão (bem picado) e o queijo de cabra fresco. Misture e tempere com o alho em pó, uma pitada, a pimenta e a salsinha picada. Misture bem e experimente, se precisar corrigir o sal, coloque uma pitada.

Divida a mistura em 4 porções e coloque cada uma por cima e no centro de cada quadrado da massa folhada.

Dobre agora as pontas sentido centro, como se estivesse fazendo uma trouxa de roupa. Pincele o ovo batido para dar uma cor bonita!

Leve ao forno aquecido a 180 °C por 25 min (depende do forno), até dourar. Não sirva muito quente para não sapecar a boca. Bom Apetite!

terça-feira, 23 de fevereiro de 2021

A fruta da Paixão!


Nem só de ovo de Páscoa, bacalhau e procissão vive o período de quaresma e Páscoa. Tem muito maracujá neste período! E por ser o tempo do auge da floração e frutificação, é chamado de fruta da Paixão, assim mesmo, e maiúscula, porque tem a ver com esse período da liturgia.

Mas vamos falar algumas curiosidades. Maracujá vem do tupi e significa alimento dentro da cuia, e sim, é nativa das Américas, como as batatas, o milho, o cacau e a mandioca.

E assim como muitas frutas nativas deste país, o maracujá é uma delícia e serve para fazer doces, sucos, chás e medicamentos, já que seu princípio ativo, o passiflorine, tem propriedades calmantes.

Mas essa propriedade não é o único benefício do maracujá, que possui alto teor de vitaminas A, C e do complexo B. Sua casca, fervida e transformada em chá, faz baixar o colesterol, baixa o diabetes e ajuda a emagrecer.


O maracujá não é muito conhecido pelos seus poderes emagrecedores, mas isso não quer dizer que eles não existam. A substância responsável é a pectina, que no estômago se transforma numa espécie de gel não digerível e provoca sensação de saciedade, fazendo a pessoa comer menos.

Mas, as pessoas que têm pressão baixa precisam tomar cuidado, porque as propriedades calmantes do maracujá fazem baixar ainda mais.


Gostou de saber dessa fruta? Então segue uma receita fácil de um pudim de maracujá que não vai ao fogo!

Ingredientes

200 ml de suco de maracujá

Uma medida de leite condensado (395 gramas)

Uma embalagem de creme de leite

1 pacote de gelatina sem sabor

Para a calda

100 g de açúcar

Meio maracujá (com as sementes)

100 ml de água


Preparo

Ferva um pouco de água e hidrate a gelatina sem sabor conforme a embalagem. Misture aos outros ingredientes e bata no liquidificador. Despeje em forma com furo, untada, porque vai desenformar.

Em uma panela, coloque o açúcar e quando começar a derreter ponha o maracujá e a água. Mexendo sempre até ferver. Abaixe o fogo e continue a mexer por mais algum tempo para engrossar um pouco.

Deixe esfriar a calda e depois que o pudim estiver gelado e firme, desenforme e jogue a calda antes de servir.

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2021

Oração poderosa pelas almas do purgatório


Há uma tradição católica muito antiga, que dedica as segundas-feiras para rezar missas ou fazer preces pelas Almas do Purgatório. Essas almas são aquelas que morreram na graça e amizade de Deus, mas não estão completamente purificadas para garantir sua salvação eterna.

Dessa origem, muitas preces surgiram para dedicar a essas almas, começando por uma, ensinada por Nossa Senhora, em sua aparição de Fátima, Portugal: “Ó meu Bom Jesus, perdoai-nos, livrai-nos do fogo do Inferno, levai as almas todas para o céu e socorrei principalmente as que mais precisarem”. 

Essa prece é sempre rezada com o rosário, quase sempre acompanhada de uma Salve Rainha!

Também se tornou tradição rezar a Novena das Almas Aflitas, pedindo uma graça. E essa, como todas as novenas, implica em rezar por nove segundas-feiras, levar nove cópias dessa prece e acender uma vela oferecendo às almas.

Para os que têm fé, dizem que antes de terminar a novena já terá alcançado a graça pedida, por mais difícil que seja.

A prece é: “Pai Eterno, pelo sangue que Jesus Cristo derramou, intercedei pelas almas que buscam a salvação. E vós, almas aflitas, ide perante Deus pedir a graça que necessito. (fazer o pedido)”


Após isso, deve-se rezar um Pai Nosso, uma Ave Maria e um Glória ao Pai.

Dizem que mesmo quem não tem fé fica impressionado e comovido por essa prece.

Oremos pelas almas e vamos pedir também a nossa salvação.

 

domingo, 21 de fevereiro de 2021

A vida dura da comunicadora


Quem entra no meu blog e perde algum tempo vendo meu perfil, sabe que sou da área de comunicação, particularmente o jornalismo. Muitos que veem isso acreditam que minha vida, assim como a da maioria dos meus colegas de profissão é uma coisa linda, cheia de benefícios e pouco trabalho.

#SÓQUENÃO

É uma vida de trabalho duro, no qual você fica muitas vezes sem dia de descanso, já que nossa matéria prima, a notícia, não espera para acontecer. Vemos muitas coisas que as pessoas nem sonham; descobrimos coisas que as pessoas nem supõem, mas não é por nossa vontade própria que as coisas são divulgadas ou não.

Mas isso não é o bastante, principalmente no Brasil, onde uma grande parte das pessoas se recusa a ler e usa as mais diversas desculpas. Pior, gente que acha que o compadre da mídia social é que sabe de tudo, e ninguém questiona nada. Gente que acredita na mentira porque é mais cômodo do que aceitar a verdade, mesmo que desagradável.

Não sendo o bastante, estamos em uma crise de trabalho geral no país. São mais de 15 milhões de pessoas sem trabalho, e a área de comunicação é bastante prejudicada nas crises. Somos considerados luxos desnecessários.

E nessas horas, em que não aparece nada, pessoas, como eu, entram na internet e buscam saídas do que fazer para arrumar dinheiro. E nesse mundo virtual, muitas coisas aparecem. Blogs, Youtube, redes sociais, enfim, um novo mundo se descortina para quem se aventurar. Mas não pensem que isso é uma brincadeira. Não é.

Vou dar um exemplo: há um canal de YouTube brasileiro, que é considerado o maior canal de Harry Potter do mundo. A última vez que vi os números, o canal tinha mais de 1 milhão de seguidores e crescendo. Ainda assim, o dono do canal está toda hora chamando a atenção para os likes dos vídeos que ele posta duas vezes por semana. Pouco? Pois é, mas esse moço escreve roteiro, pesquisa sobre o que vai falar, responde perguntas, enfim, tem um trabalhão para fazer os vídeos e divulgar o canal.

Porque ele chama atenção para os likes? Porque só assim a plataforma (Youtube) enxerga que a visibilidade dele é grande e distribui melhor os conteúdos e faz a monetização para os produtores. E chamar a atenção para os likes, bem como distribuir os conteúdos para o maior número de pessoas é o que aconselho a dois amigos que ingressaram recentemente nessa plataforma, os canais “ALOCSEESCOLA”, de educação e “Lado a Lado”, entrevistas (AMBOS PODENDO SER ACESSADOS NOS LINKS).

No meu caso, escolhi a escrita blogueira, muito diversificada, porque eu gosto de escrever sobre muitas coisas. Sim eu dou receitas e às vezes escrevo umas preces, mas falo sério quando o assunto é trabalho. Mesmo que seja só uma receita, há um motivo para ela estar ali. Nos meus quatro anos escrevendo em “Depois dos 39”, nunca fiz nada que não tivesse pesquisa envolvida.

Aprendi muito com a pessoa que me convenceu a entrar nesse mundo, meu amigo Gaefke, escritor e blogueiro (Meu Anjo), como escrever sempre, pesquisar para não escrever bobagem, e, principalmente, não desistir. E não é fácil. Dá trabalho para caramba. Você pesquisa, confirma dados, procura fontes de informação, fotos, tratamento de fotos etc. Leva um tempo enorme.

É o que tenho feito, e mesmo em todo esse tempo, toda vez que divulgo um conteúdo, uso todos os canais possíveis e imagináveis. Mas não irresponsavelmente. Divulgo a maior parte dos conteúdos em uma lista de transmissão de amigos e familiares; mas isso não é o bastante. Tenho que divulgar em grupos diferentes e plataformas diferentes, assim vocês verão Depois dos 39 no Facebook (página, pessoal, grupos etc.), Instagram, Pinterest etc.


No caso dos blogueiros, também temos necessidades de cliques para ganharmos nossos cents, e é por isso que, como o youtuber que pede os likes, eu peço cliques nos anunciantes. Já fui punida por isso, mas de vez em quando é necessário, do mesmo modo que é necessário pedir sempre que seu conteúdo seja compartilhado, pois isso gera novos seguidores.

Acha fácil? Não é. O cara que tem mais de 1 milhão de seguidores, cada vez que publica um conteúdo, consegue milhares de visualizações, mas, mesmo ele, sempre pede para clicar. Um vídeo dele que vi semana passada, tinha umas 300 mil visualizações, mas apensa 20 mil likes. Menos de 10% levou em conta que clicar no like não cai o dedo e ajuda o conteudista. 

Vou terminar dando um recado a pessoas que acham que isso que fazemos não é trabalho: É SIM! E dá trabalho, toma tempo, e cansa, mas você continua fazendo porque é o que você sabe fazer, e é a profissão que você escolheu. E por fim, é o que se faz para ganhar a vida.

 

 

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2021

O incrível bolinho da minha mãe!


Vou começar esse post de receita dando um grito: ENCONTREI!!! Agora vou explicar, um dia desses passei uma receita de bolo que minha mãe tinha no livro de receitas, e uma prima lembrou de um bolinho de batata que ela fazia e era espetacular.

Depois de virar a casa do avesso procurando, já que não herdei dinheiro da minha mãe, mas os livros e cadernos de receitas sim, encontrei finalmente a dos bolinhos de batata, que eu, minhas primas e sobrinhas vão adorar fazer!

E antes dela se perder no meio dos montes de papéis, vou colocar aqui no blog e passar ao máximo de pessoas possível para que nunca mais se percam.

É um bom aperitivo, mas também serve para uma refeição leve, acompanhado de salada. Ah! Podem fazer os bolinhos do tamanho que quiserem, e rechear se isso agradar, mas dá para comer sozinho!!!

Ingredientes

1/2 quilo de batatas (+ ou -)

2 dentes de alho esmagados

1 colher de sopa de manteiga ou margarina

Leite

1 colher e meia de maisena (varia dependendo da batata)

Sal

Salsinha picada bem miúda

2 colheres de sopa de queijo parmesão ralado

Farinha de rosca para empanar e óleo para fritar

 

Preparo

Cozinhe as batatas em água com um pouco de sal. Quando estiverem cozidas, bem macias, escorra e deixe esfriar um pouco. Esprema como para fazer um purê e reserve.

Em uma panela funda, derreta a manteiga e refogue o alho. Coloque um pouco da batata amassada e um pouco de leite para amolecer. Lembre-se que é um purê. Coloque o restante da batata e mais um pouco de leite, deixe engrossar um pouco e ponha a salsinha e o queijo. Quando começar a borbulhar, acrescente a maisena diluída em mais um pouco de leite. Deixe engrossar como massa de bolinho.

Desligue o fogo e reserve. Quando esfriar o bastante para moldar os bolinhos, faça no formato que desejar, passe na farinha de rosca e frite em óleo bem quente. Escorra em papel toalha e sirva!

Dica: eu empanei na farinha de rosca sem passar no ovo antes. Mas se quiser um tempero a mais, bata um ovo e ponha um pouco de sal para passar o bolinho antes de empanar e fritar.

terça-feira, 16 de fevereiro de 2021

Quaresma, fraternidade e amor ao próximo


Estou escrevendo esse post depois de pensar muito, mas muito mesmo, porque tenho visto tantas demonstrações de raiva que poderiam me deixar muda, mas não. Já falei muitas vezes aqui mesmo neste blog que as pessoas deveriam parar de usar todos os lugares, especialmente as redes sociais, para colocar para fora suas frustrações, normalmente direcionadas contra as coisas e pessoas erradas.

Não tenho uma solução para todos os problemas do mundo, longe de mim! Mas para variar a maioria segue focando todos os que fazem tudo errado para justificar o próprio erro, não há justificativa! Se você sabe o que é certo e o que é errado, mas insiste em fazer o errado, a culpa é sua.

Sosseguem! Não vou usar esse espaço para isso, mas, já que estamos em início de quaresma, vamos usar esses 40 dias para algo mais do que fazer gestos largos na frente de um altar ou falar que a culpa é do outro, ou mesmo continuar a combater o pobre e não a pobreza.

Vou usar esse espaço para refletir sobre erros que todos nós cometemos. Para espalhar o amor que estamos precisando, porque raivas já tem gente demais espalhando. E vou começar com a prece que fiz hoje de manhã, tirada de um livro que já tenho há mais de 30 anos. Não é uma prece especial para um dia, mas para rezar todos os dias e refletir sobre o assunto.

É uma prece de quaresma, a favor dos pobres, dos oprimidos.

Se ela tocar sua alma, reze. Se sentir necessidade, compartilhe. Lembre-se que Jesus morreu de braços abertos para que não fiquemos de braços cruzados.

Deus, nosso Pai, que venha a nós o teu reino: teu reino que é liberdade e amor, que é fraternidade e justiça, que é vida, que é verdade e não mentira.

Queremos o teu reino que acaba com tudo aquilo que transforma as pessoas em coisas e faz com que não tenham uma vida digna.

Queremos teu reino que não realiza negociatas com os interesses daqueles que forçam pessoas a trabalharem como bestas de carga sem direitos, nem com os que distribuem violência em todas as estruturas, jurídicas, educacionais, econômicas. Gente que se diz cristã, mas não consegue ver o próximo.

Senhor, que venha o teu reino, porque só assim saímos do egoísmo e buscamos uma vida digna para todos, e fazemos aos outros o que desejamos a nós mesmos. Há muito para todos e precisamos aprender novamente a repartir!

Amém

 

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2021

Bobó de peixe fácil

 


Eu sei que ainda estamos no carnaval, e que a quaresma só começa na quarta-feira de cinzas, mas, como todos os anos, vou dar sugestões de pratos para fazer durante a quaresma para quem quiser fazer um “jejum” de carne vermelha. Este ano, com todas as dificuldades, ficarei feliz se as pessoas conseguirem colocar comida na mesa.

Segue uma receita que, normalmente, é feita com camarão, mas vamos fazer com peixe (o que estiver mais barato), e é super gostoso e saudável. Depois de pronto, aconselho a servir com salada de folhas e arroz branco. Vamos ao peixe?

Ingredientes

500 g de filé de peixe cortado em cubos

Suco de 1 limão

1 dente de alho picadinho

Sal e pimenta do reino a gosto

3 colheres (sopa) de óleo

1 cebola de cabeça picadinha

1 caixinha de polpa de tomate (200 g)

2 xícaras (chá) de mandioca cozida e picada

1 vidrinho de leite de coco (200 ml)

1 xícara (chá) de água

1 colher (sopa) de coentro fresco picado

Preparação

Tempere o peixe (a tilápia estava com preço bom) com o suco de limão, sal, pimenta e o alho. Deixe por uns 30 minutos para o tempero penetrar no peixe.

Em uma panela funda, coloque o óleo para esquentar. Frite o peixe por cerca de 10 minutos.

Acrescente as cebolas, a polpa de tomate e cozinhe por mais 15 minutos em fogo baixo.

Enquanto o peixe vai cozinhando no molho, coloque a mandioca cozida no liquidificador, junto com o leite de coco e a água. Bata até virar um purê ralo e acrescente a mistura ao peixe, mexendo sempre, até ferver e engrossar um pouco.

Desligue o fogo, acrescente o coentro picado!

 

domingo, 14 de fevereiro de 2021

É Carnaval!



É carnaval e eu não estou nem um pouco animada. Mas o carnaval nunca me animou mesmo. Não sou uma foliona. Mesmo sendo uma garota do rock, eu gosto de samba, mas não dos “enredos” mais recentes, que parecem todos iguais, como a música que meu vizinho não para de ouvir, me fazendo pensar onde foram parar os grandes compositores (?).

Mas esse não é o motivo deste post. A minha motivação é outra coisa, tão repetitiva quanto os enredos e funks cariocas. Minha motivação é meio que calar algumas (muitas) pessoas. Todos pensam no carnaval como uma festa diabólica, e tal. Ou na bagunça e no barulho. Bem, se vamos falar da mania do brasileiro de ser histérico em tudo, vamos ficar o dia todo falando.

Primeiramente, o carnaval é uma festa religiosa, e digo a alguns amigos e ex-colegas, que NÃO pode acontecer quando eles bem entendem. Explico isso porque tem gente (especialmente pessoas ligadas ao turismo de eventos), que adoraria colocar o carnaval na época do ano que bem entendem. Caso ninguém tenha percebido, é sempre uma data móvel entre fevereiro e março. É um festival do cristianismo ocidental que ocorre antes da estação litúrgica da Quaresma, durante o período historicamente conhecido como “Tempo da Septuagésima (ou pré-quaresma)”. O consumo de álcool, carne e outros alimentos proscritos durante a Quaresma é extremamente comum, já que por 40 dias o jejum e a abstinência farão parte do dia a dia.

Porque estou falando disso tudo? Porque não é de hoje que as pessoas abusam durante as festas de Momo. Isso é quase tão antigo quanto a humanidade. E também é uma festividade meio que “roubada” de outras culturas, e incorporada de tal modo na cultura ocidental que mal se sabe o princípio. É mais ou menos uma espécie de preparação para a carência do final do inverno e uma preparação para o início da primavera no hemisfério Norte, que coincide com a Páscoa.

Por isso os símbolos pascoais são os ovos e coelhos, símbolos da fertilidade, do renascimento, usados para mostrar que tudo se transforma.

Mas esse é um princípio da minha quaresma, na qual vou compartilhar coisinhas bacanas para fazer com as crianças; receitas sem carne para fazer durante os 40 dias, sobremesas que vão além dos ovos de chocolate e muito mais. E já que é um princípio, que tal a gente começar uma tradição diferente? Vamos fazer gestos concretos durante a quaresma e tentar ajudar quem não está podendo nada? Alimentos, materiais de higiene e limpeza, roupas e calçados são bem vindos em muitas organizações.

Se conseguirmos ser mais generosos, talvez essa quaresma seja mesmo redentora. Ah! Essa imagem de máscara, serpentinas etc. é para lembrar que já foi mais poético o carnaval, mas não menos louco!


quinta-feira, 11 de fevereiro de 2021

Dia de rezar muito pelos doentes


Hoje, 11 de fevereiro, é dia de Nossa Senhora de Lourdes, a “senhora dos enfermos”. É o dia da primeira aparição da Imaculada Conceição para a pequena Bernadete Soubirous, em uma gruta em Massabielle, na França.

Muitas curas milagrosas foram realizadas (e ainda acontecem), no local. Dizem que uma fonte milagrosa brotou em local cavado por Bernadete e que quando esta (a pedido das autoridades) questionou a senhora de azul que com ela falava, esta se apresentou como “Imaculada Conceição”, um dogma católico que, na ocasião (1858), estava para ser divulgado em encíclica papal.

Este post é apenas uma prece, por todos os que estão enfermos, amigos, familiares, desconhecidos. Vamos nos unir em prece e rezar por todos os doentes.

“Ó Deus por intercessão de Nossa Senhora de Lourdes, nós Vos pedimos em favor dos nossos irmãos e irmãs doentes

(se for da família, colocar os nomes)

Senhor, que passaste pelo mundo derramando graças e bênçãos e curando os doentes abençoai estes nossos irmãos e irmãs enfermos. Que eles não desanimem diante do mal que sofrem, mas que estejam de coração aberto, em Vossa presença e no Vosso amor, para sentirem sua força. Senhor que estes doentes não desanimem. Que tenham sempre muita confiança em Vós.

Senhor, estende Tua Mão Poderosa, como fizeste a tantos enfermos. Levanta-os em sua enfermidade. Restaura Senhor a saúde do corpo e a saúde da alma.

Ó Virgem Puríssima Nossa Senhora de Lourdes, que Vos dignastes aparecer num lugar solitário de uma gruta. Nossa Senhora de Lourdes cujas palavras nos exortavam a recitar o Terço e uma vida de penitência e austeridade na fé.

Ó Virgem de Lourdes, que lembrando que Seu filho proclamou ser a fonte da água viva, fez brotar do chão uma água para curar e nos lavar de todas as enfermidades.

Ó Virgem de Lourdes, leva-nos até a gruta, ajuda-nos a beber desta água que brota do coração de Teu filho Jesus e que nossa vida, nossa saúde do corpo e da alma, sejam restabelecidas.

Nossa Senhora de Lourdes rogai pelos enfermos. Amém."

Caldo de Mandioquinha com Calabresa


Semana que vem é Carnaval e, mesmo sabendo que nada do que estamos acostumados aqui no Brasil vai acontecer, sei que vai ter um montão de gente descontando a frustração na bebida. Depois de beber muito, o que a gente precisa? Se recompor!

Essa é a ideia desse caldo espetacular, ótimo para o inverno, mas também bom para levantar o ânimo quando nada mais ajuda. Além de ser uma delícia, dá aquela força extra ao seu corpo. É bom também quando a gente começa a gripar.

Ingredientes

5 mandioquinhas

2 batatas inglesas

Creme de leite fresco (opcional)

1 calabresa picada em cubos

1 cebola

2 dentes de alho

sal e pimenta a gosto

Preparação

Na panela de pressão refogue bem a cebola e o alho em uma colher de azeite.

Jogue a mandioquinha e as batatas. Tempere com sal e pimenta. Coloque a água e leve à pressão por 20 minutos. Desligue, bata no liquidificador.

Numa panela frite a calabresa com pouco óleo. Se puder, antes de jogar o caldo, tire um pouco do óleo da fritura (calabresa solta muito óleo extra). Se quiser aproveitar, pique pães em pedacinhos e frite nessa sobra de óleo para colocar por cima do caldo.

Por último adicione o creme de leite fresco, mas só se quiser. A salsinha e a cebolinha da decoração são opcionais.

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2021

Só avós fazem coisas gostosas?


Neste momento super difícil pelo qual passamos, no qual alguns lutam para salvar vidas enquanto sentimos o deboche daqueles que acham estar acima de tudo, vejo algumas coisas que ainda me deixam feliz e me consolam. Uma dessas coisas é um projeto que me foi apresentado pela amiga Ana Ligia, que, como eu, aprendeu a cozinhar com a família.

É um projeto que pode ser conferido no You Tube, chamado “Pasta Grannies” (em tradução livre, vovós da massa), que mostra um grupo tentando resgatar a antiquíssima arte de fazer macarrão caseiro e pode ser acessado em https://www.youtube.com/user/pastagrannies

O projeto me fez lembrar minha própria família, tios, tias, avós, pais, irmãos, irmãs, primos e primas, que se reuniam à volta de uma mesa de cozinha para fazer comida para todos. Agora já são descendentes de descentes, e ainda creio que falhamos em alguma coisa, que é bem demonstrada nesse projeto: não repassamos algumas tradições.

Não me levem a mal, nem todas as “tradições” devem ser continuadas, mas há algumas coisas que devem permanecer vivas, como a arte de fazer comida, antes que alguém mais novo ache que tudo será resolvido com o IFood. Não, nem toda comida vem em embalagem descartável, assim como o dinheiro não sai por mágica dos caixas automáticos...

O que eu sinto falta, mais do que o sabor do macarrão que comíamos em casa, é da minha família reunida para fazer a massa, seja na cozinha da minha casa, ou na casa dos meus tios, dos meus avós. Onde estávamos era sempre uma celebração. E não era só macarrão, as os molhos, as pizzas, pastéis. Lasanha em casa não era nada se não tivesse umas três ou quatro fornadas. Tudo feito em casa.


Sei que o tempo ficou mais curto, ou será que estamos nos ocupando demais com o que não vale a pena? Sinto falta das massas, mas sinto mais falta do tempo que passei em família. Saudades até da minha avó dando bronca por causa de uma roupa mal passada. E esse projeto me fez recordar muitas coisas. Tempos mais simples em que as pessoas se entendiam com um olhar.

Precisamos resgatar essas coisas, senão não sobrarão nem avós que fazem coisas gostosas.

Vou terminar com uma receita de talharim com pancetta e figos, para mostrar que nem tudo precisa seguir um padrão (molho de tomate e queijo), mas a massa, se você quiser, pode ser feita em casa. A receita pode ser conferida aqui.

Ingredientes

150 g talharim

4 figos

4 fatias de pancetta

Sal, pimenta

Nozes quebradas

Preparação


Corte as fatias de pancetta e grelhe-as na frigideira quente. Assim que ficarem crocantes, reserve.
Na mesma frigideira e com a gordura das pancettas, refogue os figos cortados em 4. Tempere com sal e pimenta e cozinhe com a panela tampada por uns dois minutos.

Enquanto isso, cozinhe o talharim na água fervente com sal, mas apenas a metade do tempo (confira na embalagem se for massa industrializada). Se fizer massa fresca, um minuto e meio na água fervente é o bastante.

Despeje o talharim na frigideira onde estão os figos. Acrescente um pouco da água onde foi cozido o talharim, acrescentando a metade das pancettas grelhadas.

Refogue por alguns minutos até absorver a água. Se o talharim for industrializado e ainda não estiver cozido, acrescente mais água e deixe refogar até ficar no ponto.

Sirva num prato e coloque por cima o restante da pancetta e as nozes quebradas.

 

 

sábado, 6 de fevereiro de 2021

Ano do Boi de Metal e estou pronta para dar chifrada!

 


O que fazemos quando assunto algum nos anima? Falamos sobre ano novo. Mas o ano não começou há mais de um mês? Sim para quem segue o calendário gregoriano, de 365 e 6 horas, que a cada 4 anos são transformadas no dia 29 de fevereiro.

Mas esse não é o único ano novo que existe. Eu já comentei várias vezes aqui no blog que temos diversos “anos novos” acontecendo no mundo. Para os chineses, em 12 de fevereiro próximo será o ano do Boi de metal (tem vários tipos de bois, ou búfalos, dependendo de quem fala), coincidentemente este ano terá o mesmo tipo de boi do ano em que eu vim ao mundo, o longínquo 1961.

O que isso quer dizer? Que eu tenho chifres fortes e quero pegar todo mundo? Não... Mesmo que muitos acreditem nisso.

Me repetindo um pouco, já é o terceiro ano novo chinês sobre o qual escrevo, mas, para quem não sabe, a astrologia chinesa é baseada no calendário lunar. Os doze signos animais que formam o zodíaco chinês aparecem combinados com os cinco elementos: Fogo, Terra, Metal, Água e Madeira, que se dividem entre polaridades positiva/yang ou negativa/yin.

Cada ano é regido por um signo animal, que exerce influência nas pessoas nascidas naquele ano. O ano lunar é dividido em doze meses de 29 dias e meio e o mês lunar inicia-se no dia da lua nova. Por isso o ano novo chinês começa em um dia diferente a cada ano, e em 2021 será 12 de fevereiro.

Mas o que quer dizer ano do Boi de Metal? Primeiramente que o signo de 2021 é o boi, e o elemento reinante é o metal. O ‘Boi’ é independente, responsável, disciplinado e trabalhador. Gosta de rotinas e valoriza as tradições, mas também quer avanços nas áreas que realmente são necessárias.

O ‘Metal’ traz a ambição, a determinação, a ordenação e o ritmo necessário para o alcance de objetivos. Desta forma este promete ser um ano em que o senso de responsabilidade e o trabalho pesado estarão em destaque. Pelo menos é isso que todos esperamos, já que estamos em meio a um caos.

O ano passado foi o ano do rato, e como esse animal meio nojento, tivemos que lembrar de cuidar da saúde. Mas, como eu já disse, é uma questão de fé. Os que disseminam o horóscopo do ano chinês dizem que as pessoas estarão mais autoconfiantes e determinadas a agir em direção à sua liberdade e autossuficiência.

O sucesso virá com o planejamento metódico, o pensamento lógico, a disciplina e a ação direcionada pois será um período voltado para a consolidação de conquistas pautadas na realidade.

O desafio será fazer tudo com flexibilidade e leveza pois, haverá tendência à austeridade, teimosia e desejo de controlar pessoas e situações. Tais atitudes poderão causar conflitos, prejuízos e quebra nos relacionamentos. 

O antídoto para isso será usar o senso de justiça, a comunicação positiva, a cooperação e a empatia, numa relação verdadeira de troca, compartilhamento e crescimento mútuo.

Uma coisa é certa, se este é o ano do boi de metal, se preparem porque vem chifrada. Espero que nos traga luz também. Feliz ano novo!


sexta-feira, 5 de fevereiro de 2021

Casquinha de Camarão Espetaculares


É sexta-feira e, no geral, muitas pessoas estão animadas com o final de semana. E eu estou aqui para deixar seu fim de semana melhor e muito mais gostoso com essa receitinha de casquinha de camarão.

Essa é uma receitinha tirada dos tempos em que eu ainda descia a serra e ia na Ponta da Praia, em Santos, para pegar a barca e atravessar para o Guarujá e visitar os amigos.

Bons tempos! Mas fazer casquinhas vai me trazer um pouco dessas memórias de volta.

Ingredientes

1/2 litro de água

2 batatas médias

3 dentes de alho amassado

1 colher de sopa de manteiga

1 caixinha de creme de leite

1 xícara de chá de leite

1,5 kg de camarão sete barbas descascado e limpo

1 cebola média

250 g de catupiry

1 xícara de chá de farinha de rosca

1 xícara de chá de queijo ralado

Cheiro verde (salsinha e cebolinha) e sal a vontade

1 colher de chá de maisena


Preparação

Ferva 1/2 litro de água e adicione o camarão, quando ele começar a ficar rosado desligue o fogo, escorra e reserve.

Cozinhe as batatas sem casca e faça um purê bem molinho e reserve

Pique a cebola, amasse o alho, insira o cheiro verde e o sal

Frite o camarão com a manteiga e quando estiver quase dourado acrescente a cebola, o alho e o cheiro verde picados bem miudinho e desligue a panela

Junte ao camarão, o purê de batatas, o catupiry, o creme de leite, e a maisena já dissolvida no leite. Misture tudo e leve ao fogo médio até ficar no ponto de requeijão.

Misture a farinha de rosca e o queijo ralado

Depois que a massa estiver pronta, distribua nas casquinhas (ou em ramequins refratários) e salpique com a farofa de farinha de rosca e queijo ralado.

Leve ao forno pré aquecido por 10 minutos e sirva quente. Decore se quiser com camarões escaldados ou pimentas biquinho.

terça-feira, 2 de fevereiro de 2021

Santa Filomena uma capela com histórias

Hoje o dia me pegou fragilizada, com a situação do país, e com a situação pessoal também. Hoje seria aniversário de um amigo, jornalista e historiador, o Fábio da Silva Gomes, tirado de nós cedo demais. Resolvi escolher o dia para falar dessa capela, quase em frente do prédio onde morei, na Marechal Deodoro, em São Bernardo do Campo.

Essa capela, que eu via da janela do meu quarto, e que me serviu de refúgio quando perdi meus pais e minha irmã mais velha. Ainda corro para lá quando preciso acalmar o coração, mas não durante essa pandemia, é claro, já que há restrições.

Porque resolvi falar disso e homenagear o Fábio ao mesmo tempo? Por conta de algumas coisas que vejo em grupos de “registros históricos”, nos quais só se fala coisas do tipo: “esse prédio é tão bonito”; “pena que este país não preserva”; “porque as pessoas não se vestem mais assim?”. Enfim, pessoas que olham fotos do passado e acham que o mundo pode andar para trás. Não pode, porque a história se refere ao passado, mas não são os prédios que são históricos, mas as pessoas que os construíram.


O que eu sei da Capela de Santa Filomena aprendi com o Fábio, que a construção foi no século XIX, com a chegada dos primeiros imigrantes italianos a São Bernardo, que trouxeram o culto a Santa Filomena. Sei que a primeira construção, de 1881, era em pau-a-pique. E a rua Marechal Deodoro, na época, era a “Estrada Geral de Santos”, parte do “Caminho do Mar”, e que essa capela foi doada ao Apostolado da Oração da Igreja Matriz de Nossa Senhora da Boa Viagem em 1903.

O Fábio escreveu livros sobre essas pessoas, a maioria imigrantes, que construíram suas vidas em São Bernardo do Campo, não apenas prédios, capelas, igrejas. Quem é da cidade sabe que subindo a marechal ainda temos a capela da Boa Viagem, em frente à matriz, um marco da fundação.

Voltando a Santa Filomena, o pau-a-pique original foi substituído na década de 1950 por material mais resistente, mas conservou sua fachada de aspecto simples e colonial. No interior recebeu um novo piso e o altar de São José, vindo da velha Matriz (demolida em 1940). Nos anos 1980, nova reforma restaurou os desgastes e algumas imagens de santos.


Em agosto de 1999 um incêndio quase destruiu totalmente a capela, que, recuperada, foi reaberta no ano seguinte. Nas imagens é possível ver que o aspecto externo preserva os traços da igreja original, mas a praça, infelizmente, perdeu a maior parte de sua cobertura vegetal e algumas árvores foram retiradas, mas as luminárias e o chafariz ainda estão na praça.

São Bernardo não é minha cidade natal (sou de São Paulo), mas vi essa cidade desenvolver seu potencial, pois quando me mudei, ainda criança, em meados dos anos 1960, as indústrias de móveis, automóveis e outras se instalavam na região. Dizem que estamos em declínio, já que muitas dessas empresas fecharam ou foram embora da cidade. Mas, como o Fábio, ainda tenho esperança, porque empresas abrem e fecham, mas pessoas não.

Fábio Silva Gomes, sua passagem nesta terra foi curta, mas você deixou uma filha, alguns livros contando as memórias e histórias das pessoas que fizeram São Bernardo e também dos prédios que elas deixaram para nós. Precisamos preservar os prédios, não porque são bonitos, mas porque eles contam a nossa história. E que Santa Filomena nos acolha e nos preserve também.

crédito fotos: Centro de Memória de São Bernardo; Rita Palladino

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