quinta-feira, 20 de dezembro de 2018

É Natal! Lave a alma!!


Dedico esse artigo ao meu amado sobrinho/filho André, o cara mais legal do mundo que faz aniversário hoje!


Estava sem ideia para escrever e, confesso (!), às vezes fico cansada até mesmo de passar uma receita, ou falar de preservação da natureza e tal. Não é desgosto com essas duas coisas, que me agradam muitíssimo, mas um pouco de decepção com o mundo, as pessoas, e sim, comigo mesma.

Ando pela rua (não está fácil nesse calorão) e vejo muitas pessoas abandonadas à própria sorte. É Natal, ou quase, e deveríamos estar mais caridosos. Mas tudo o que vejo são pessoas que não conseguem nem fazer um gesto de gentileza. Um simples “pensar se não estamos importunando o próximo”.

Sim, temos pessoas abandonadas à própria sorte o ano todo, e elas precisam de ajuda todos os dias. Podemos tentar ajudá-las todos os dias. E devemos fazer essa tentativa. Mas a maioria de nós prefere olhar com desprezo, como se essa ou aquela pessoa merecesse aquela vida.

Preferimos criticar um pedinte, ou criar uma teoria da conspiração que coloca todos os que não “venceram na vida” no mesmo saco de mesquinharias que preferimos ter à mão ao invés de abrir o coração e pensar, de verdade, sobre o que vemos, tentando nos colocar no lugar do outro.

Li ou vi em certo lugar que não adianta nada ter um monte de habilidades e diplomas se não temos a capacidade de cuidar do outro. E concordo. Sinto falta de ver pessoas com boa educação (que está muito distante da instrução) e que conseguem ser sempre solidárias, com os conhecidos, com os vizinhos, com a própria família e os amigos, mas, principalmente, com estranhos.

Pense que não importa se você não conhece aquela pessoa, é um ser humano. E coloquemos algo nas nossas mentes para fazer todos os dias, mesmo que não seja Natal.

Estou pensando sobre um calendário que recebi do youtubers parceiros dos “Negócios do Bem” (se inscrevam, lá!), que é um tipo de calendário de gentilezas para fazer este mês e resolvi fazer minha própria lista, bem menor, com algumas coisas que deveríamos fazer o tempo todo.

- Seja gentil com todos, e pense antes de falar aquela frase feita mesquinha que os idiotas adoram dizer para justificar suas mesquinharias.

- Se alguém pedir uma esmola dê se puder. Se não puder ou não quiser, não fique falando coisas horríveis do tipo: “essa pessoa pede em todo o lugar”, apenas para justificar algo que você não fez. Ninguém lhe obriga a nada. E, como dizia minha mãe, se você não tem nada de útil a dizer, cale a boca.

- Faça o bem sem olhar a quem. Sim! Você não sabe quem é aquela pessoa, mas ninguém sai por aí pedindo porque a situação está favorável. Pense que poderia ser você mesmo nessa situação.

- Quando vir alguém sair de uma situação difícil para uma vida melhor, deseje que tudo continue bem para essa pessoa. Pare de fazer o coro dos mesquinhos que adoram mais ver os outros se dando mal.

- Ajude sempre que puder, seja cedendo o lugar no ônibus; ajudando a pegar algo que caiu no chão; dando alimento e roupa a quem não tem; conversando com alguém solitário; lendo algo para alguém; ensinado a alguém sobre alguma coisa.

- Pense muito sobre aquilo que você mais odeia em si mesmo e tente mudar. É difícil, mas não impossível. Temos que melhorar. Evoluir.

- Tire a cara de todas as telas (TV, celular, computador) e olhe no rosto das pessoas que você ama. Fale com elas e dê atenção. Amanhã pode ser muito tarde.
Enfim: lave a alma e faça não apenas um Natal melhor, mas uma vida melhor. Vamos tirar esses ódios mesquinhos de nossos corações para sempre e viver mais em paz, respeitando uns aos outros.


terça-feira, 18 de dezembro de 2018

Canapés de massa folhada com cogumelos


Uma receita para paladares diferentes

Mais do que passar receitas, gosto de passar histórias que vivi. Uma delas é que minha mãe adorava certas coisas que acabou passando pra mim, mesmo que na marra. O gosto por cogumelos está entre essas coisas. É claro que a gente cresce, evolui e nosso paladar fica mais exigente.

Há coisas que eu nem passava perto quando era criança e hoje estão entre minhas coisas favoritas no mundo, como charutinhos de folha de uva e essas tartaletes, que são um canapé bem bacana para a mesa de natal. E nem precisa usar a minha receita de cogumelos se não quiser. Essas massinhas folhadas crocantes servem bem para recheios doces ou salgados.  Já fiz até com coquetel de camarão. Salada de maionese também vai bem com nesse calorão que tem feito, mas só recheie  (neste caso), na hora de servir.

Aviso que comprei a massa em forma de tartaletes em loja especializada, que já vem a massa no formato desejado e previamente assada. Mas, se você não tem essa facilidade, use massa folhada comum, ou aquelas massas de pastel de forno e asse em forminhas de empada para rechear depois.

Ingredientes

Tartalete de massa folhada (pacote com 25 unidades).
200 g de cogumelo Paris;
200 g de cogumelo Shitake;
200 g de cogumelo Shimeji;
Dois dentes de alho picados;
100 g de azeitonas pretas picadas;
Duas colheres (sopa) de creme de leite;
Sal e pimenta do reino a gosto;
Azeite para refogar;
Tomilho fresco a gosto.

Preparo

Picar os cogumelos;
Refogar o alho picado no azeite e acrescentar os cogumelos;
Adicionar as azeitonas picadas e cozinhar por 10 minutos;
Acrescentar o creme de leite e misturar;
Ajustar os temperos e polvilhar as folhas de tomilho;
Rechear as tartaletes e servir.

sexta-feira, 14 de dezembro de 2018

Jingle bells e vamos às compras (!)


A única receita de hoje é de caos

Gosto de uma infinidade de coisas no Natal. Das reuniões da família que hoje estão mais na minha memória que na realidade, dos amigos visitando uns aos outros só para desejar tudo de bom.

Vejam bem: nasci em tempos mais simples, e presentes de Natal não eram tão obrigatórios assim. Mas o tempo passou e a coisa foi indo num crescendo, até que a figura do Jesus menino nascido em uma pobre manjedoura (ou caverna de acordo com algumas versões) foi diminuindo e as figuras pagãs como o Papai Noel foram crescendo. E nós fizemos isso acontecer.

Hoje acho insuportável até mesmo a ideia de sair para comprar um presente. As ruas estão entupidas. As lojas cheias. Até o ato de sair para tomar um drinque fica impossível, porque os bares estão cheios de gente gritando loucamente, como se a felicidade precisasse ser expressa em 200 decibéis.

Desculpem... Estou de mau-humor por conta do calor senegalês que anda fazendo e só a ideia de me enfiar em qualquer lugar barulhento e quente me deixa louca.  Aí, acompanhando um anúncio besta, resolvo olhar os preços na internet. E fico mais louca.

Como é que alguém pode colocar um preço em alguma coisa besta, tipo um celular, que corresponde a uns cinco salários mínimos do país e alguém achar isso normal? Ou pagar pela comida de casa com cartão de crédito porque o 13º (quem ainda tem isso) já está comprometido com outras coisas?
Odeio essa sanha consumista de final de ano, porque me lembra do quanto estamos ferrados.  

Olha... Longe de mim em querer que todo mundo esqueça os presentes, os amigos secretos, as ceias fartas e tudo o mais. Mas realmente acredito que está na hora da gente baixar um pouco a bola e lembrar que essa data (que nem é mesmo o nascimento do Salvador) é para nos lembrarmos de que esse é o tempo da misericórdia; do amor ao próximo; do respeito e da alegria que representa o nascimento de Jesus.

Não vou tão longe quanto o padre da missa de ontem, que chamou Papai Noel de abominável, mas já está na hora de lembrarmos o que realmente importa. Este ano vou pensar nas pessoas que perdi, vou pensar nas saudades que tenho de um mundo de coisas. E não darei nem uma agulha para ninguém porque não to podendo.

Vou pedir a Deus (e a Papai Noel), que nos dê trabalho e renda. E pedir muito, mas muito mesmo, que encontremos a paz.



quarta-feira, 12 de dezembro de 2018

Bolinhos portugueses de Kani Kama e as visitas de Natal



Esse período do ano é aquele em que sempre recebemos visitas. De amigos, familiares ou só os chatos de plantão que não mandam uma mensagem o ano todo, mas nesses tempos aparecem para trazer o panetone de número 400 (veja uma receita do que fazer com as sobras de panetone neste blog).
Mas, inesperadas ou não, bem-vindas ou não, são visitas e precisamos aprender a receber com cortesia. Sempre ofereça ao menos um copo d’água pelo menos. Um cafezinho cai bem, mas se quiser ser a melhor das anfitriãs (ou anfitriões), segue uma receita fácil de bolinhos de kani, fáceis de fazer, baratinhos e deliciosos!

Ingredientes

250 g de Kani Kama picado em cubinhos
Quatro ovos
Uma cebola
Um maço de salsinha
100 g de farinha
Sal e pimenta a gosto.
Óleo para fritar

Preparação

Num recipiente junte o Kani Kama, os ovos batidos, a cebola e salsa picadas. Tempere com sal e pimenta do reino.
Mexa tudo muito bem e vá adicionando a farinha aos poucos, misturando sempre até que tudo se ligue uniformemente. Se necessitar acrescente mais um pouco de farinha.
Leve uma frigideira ao fogo com óleo e, assim que estiver bem quente, ponha pequenas quantidades de massa com o auxílio de uma colher de sopa e deixe fritar uniformemente.
Um molho tártaro acompanha bem esses petiscos!


Mensagem do dia

Neste Natal, por favor, não me “ADD” no seu Face.
Nem me “siga” no Twitter, se puder, venha me dar um abraço real.
Daqueles em que expressamos toda a nossa alegria ou carinho.
E se não for possível este abraço real,
escreva-me uma carta comum, dessas onde não digitamos,
nem colamos coisas copiadas de outros sites.
Apenas expressamos as nossas emoções.
Falamos de coisas triviais e de coisas preocupantes.
Do novo ou do velho amor que passou.
Das alegrias e dores que todos nós passamos.

terça-feira, 11 de dezembro de 2018

Grande bolinho de frutas vermelhas e os diabéticos da família



É final de ano e todos estão pensando em ceias, receitas diferentes, encontros com amigos e família, uva passa (em tudo!) e nos quilos extras que ganharemos comendo feito gente grande!

Mas, em horas assim, é bom pensar que alguns não podem se lavar em tudo que se põe à mesa. Temos uma infinidade de pessoas com problemas alimentares sérios que devem ser levados em consideração.

Essa receita aqui é para os diabéticos que conheço, mas também serve para aquelas pessoas que estão ingerindo menos açúcar. Vai leite condensado dietético, que você encontra nos mercados, ou faz a receita que está no final da página**.

Ah! Antes que me esqueça, o nome da receita é uma brincadeira com o petit gateau. E você terá que comprar picolés diet do sabor que lhe apetecer para acompanhar, ou simplesmente colocar uma bola de sorvete diet.

Ingredientes

Uma lata de leite condensado diet (395 g)
Três gemas
150 g de chocolate amargo derretido (coloque em um refratário e leve ao micro-ondas por 5 minutos)
Uma lata de creme de leite desnatado
Oito colheres de farinha de trigo
Quatro colheres de margarina light derretida
Uma xícara de frutas vermelhas picadas
Seis picolés dietéticos ou bolas de sorvete diet

Preparo

Em uma tigela misture o leite condensado e as gemas. Acrescente o chocolate derretido e misture delicadamente. Depois misture o creme de leite, a farinha e a manteiga derretida.
Distribua a mistura em seis refratários individuais (9 cm de diâmetro) e leve ao forno preaquecido a 180o C por cerca de 15 minutos.
O forno deve estar bem quente quando colocar os bolinhos para que fiquem firmes por fora e macios e cremosos por dentro. Ou seja: quando tirar do forno o centro deve estar mole.
Retire do forno e coloque as frutas por cima para decorar e o sorvete. Sirva imediatamente!




**Se quiser fazer seu próprio leite condensado dietético, basta bater (muito bem!) em um liquidificador, uma xícara de leite em pó desnatado, uma colher de margarina, uma colher de sopa de adoçante culinário e ¾ de xícara de água fervente. Deixe em uma tigela tampada, na geladeira, por umas seis horas antes de usar. Dá a medida exata para essa receita e é mais barato que o comprado pronto!

Frase do dia: “Faça o bem sem olhar a quem e sem esperar nada em troca. Essa é a verdadeira bondade. Mas não espere pelo Natal para fazer isso. Faça o tempo todo”.


segunda-feira, 10 de dezembro de 2018

Frango frito crocante e o fantasma dos natais passados


Não estranhem meu título, mas é sempre assim quando está chegando o Natal... fico lembrando das festas na minha casa quando era criança e do clima bacana que era. Não vou dizer que era tudo lindo e maravilhoso, porque, graças a Deus (!), minha família era totalmente imperfeita, ao contrario do que muitas pessoas colocam em redes sociais.

Não se preocupem, porque a receita de frango frito (da minha mãe) estará à disposição. Para começar, minha família nunca teve dinheiro, pelo menos não no tempo do qual me lembro, já que as vacas magras parecem ter vindo após meu nascimento. Mas a gente se virava. Nem sempre tinha comida na mesa, mas no Natal, que não tinha nenhuma das ceias elaboradas que vemos hoje em dia, sempre tinha o frango frito da minha mãe.

Era crocante, delicioso! E nem sempre tinha muito. Mas era nessas ocasiões, quando tínhamos coisas boas à mesa, que minha mãe nos fazia entender o significado de palavras como “empatia”, “generosidade”, “caridade”, “bênçãos”. Ela sempre nos fez ver que devemos ter empatia com as dores e problemas alheios, porque eles podem ser nossos algum dia.

Minha mãe nunca admitiu desperdício, e sempre se esforçava por compartilhar o pouco que tínhamos com quem tinha menos ainda. Sim. Ela nos ensinou tudo isso, e se algum de nós não aprendeu, foi porque não quis. E já que estamos falando em natal, que tal tentar colocar esse espírito de empatia dentro de nós e fazer um pouco pelos outros?

Depois disso, vamos à receita?

Ingredientes

Seis coxas e seis sobrecoxas de frango

Três dentes de alho
Suco de dois limões
Sal a gosto
Pimenta a gosto
Azeite de oliva
Um ovo
Uma xícara de leite
Uma xícara de água
Farinha de trigo e de rosca

Modo de preparo

Limpe bem os pedaços do frango
Tempere a carne com o alho, o suco de limão, sal e pimenta, deixe a carne marinando por pelo menos duas horas.
Misture o leite, a água e o ovo em uma bacia. É essa mistura que vai garantir o crocante da casca e a carne sequinha e tenra.
Coloque o frango na bacia para nadar na mistura e deixe lá por uns minutinhos para envolver bem. Lembre-se que queremos um frango macio e suculento por dentro e crocante por fora.
Para empanar o frango, coloque as farinhas em um saco plástico, com mais uma pitada de sal e pimenta. Se quiser, coloque algumas ervas secas (tomilho, alecrim, salsa desidratada etc.)
Depois coloque os pedaços de frango no saco plástico e mexa bem, para que a farinha grude bem no frango
Coloque bastante óleo vegetal em uma panela funda ou na fritadeira.
Com óleo de soja fica muito bom
Quando o óleo estiver bem quente, mergulhe os pedaços do frango.  A carne precisa ficar boiando na gordura e fritar por imersão.
Deixe o frango fritar por uns 5 minutos, virando para dourar e fritar por igual.
Quando o frango estiver bom, ele boia.
Escorra e sirva com alguma salada refrescante de folhas.

Tentarei colocar uma frase todos os dias para a gente pensar um pouco e melhorar o mundo em que vivemos

  •  “Pessoas que passam fome, em um País que é a oitava economia do mundo e que exporta comida, não entra no projeto de Deus, isso é fruto do pecado”. Dom Pedro Carlos Cipollini (Bispo Diocesano – Santo André – SP)



sexta-feira, 7 de dezembro de 2018

Pavê simples de leite condensado


No lugar onde vi essa receita eles chamaram de bolo de bolacha. Eu acho que está mais para pavê do que para bolo, já que não vai ao forno, e envolve bolachas embebidas em algum líquido.
Fiz a receita, comprovei que dá certo e gostei dos sabores. Se quiserem dá até para incrementar na hora de finalizar.
Mas essa é também uma boa pedida para essa época de final de ano, quando costumamos receber familiares e amigos em casa e precisamos ter alguma gostosura para servir.
É fácil, gostoso e todo mundo vai amar!

Ingredientes

400 ml de creme de leite
370 g de leite condensado (1 lata)
Duas folhas de gelatina
Café coado frio
Bolacha Maria o quanto baste

Preparação

Cozinhe a lata de leite condensado na panela de pressão por 30 minutos e reserve. Atenção: nunca abra a lata quente. Espere esfriar totalmente antes de prosseguir com a receita!
Numa vasilha, coloque as folhas de gelatina e um pouco de água morna para dissolver. Derreta a gelatina no forno micro-ondas (um minuto basta).
Bata o creme de leite com o leite condensado até engrossar e aumentar de volume. Adicione a gelatina dissolvida e misture muito bem!
 Num prato de bolo, ponha o aro da forma de fundo removível para montar o pavê, na seguinte ordem: primeiro uma camada de bolachas molhadas no café frio, sem encharcar!
Cobrir com o creme e ir alternando as camadas entre creme e bolachas até este acabar.
Levar para a geladeira umas duas ou três horas antes de remover o aro (veja se está bem firme).
Antes de servir polvilhar com bolacha Maria moída.

quinta-feira, 6 de dezembro de 2018

Arroz de mariscos e outras coisas do mar



Eu poderia dizer que essa receita de hoje é para tentar me animar. Explico: mais alguém de quem eu gostava muito se foi. Viveu uma vida longa e plena, mas nunca é fácil para nós que ficamos. Além disso, como todo final de ano, parece que todo mundo resolveu ficar doente. Entretanto, como eu disse, é final de ano e já ando pensando em cardápios de almoços e ceias.
Que tal fugir um pouco do tradicional peru/chester/tender e fazer algo marinho? Essa receita é do tipo tudo em um. Tem as proteínas e carboidratos unidos em um molho delicioso! Só experimentem sempre para verificar se precisa corrigir o sal, pois o molho de peixe já vem com sal próprio.

Ingredientes

- 400 g de arroz 
- 400 g de camarões crus descascados e limpos (reserve as cabeças)
- 200 g de mexilhão limpo
- 100 g de mariscos limpos
- 1 lagosta cozida congelada
- 1 cebola
- 2 dentes de alho
- 5 colheres (sopa) de azeite
- 1 lata pequena de tomate pelado
- 2 colheres (sopa) de molho de peixe (do tipo oriental)
 - 1 folha de louro
- Salsa e coentro picados.
- Sal e pimenta do reino a gosto.

Preparação

Ponha as cabeças de camarão em uma panela com dois litros de água. Cozinhe por 15 minutos em fogo alto para pegar o sabor.
Descasque a cebola e os alhos, pique tudo muito fino e leve em uma panela com azeite. Deixe cozinhar até a cebola ficar douradinha. Adicione o tomate picado com o molho e o louro e deixe cozinhar durante 5 minutos. Junte depois 500 ml da água de camarão coada e deixe ferver.
Misture o molho de peixe em 1 litro da água de camarão coada, junte na panela e deixe ferver, tempere de sal e pimenta a gosto, junte o arroz, mexa e deixe cozinhar durante 10 minutos.
Junte a lagosta descongelada, o mariscos, o mexilhão e os camarões descascados, mexa, tampe e deixe cozinhar mais 10 minutos. Sirva de imediato polvilhado com salsa ou coentros picados e com alguns camarões inteiros (previamente cozidos).


quarta-feira, 5 de dezembro de 2018

Hoje acordei desanimada

Estou escrevendo um post mais por obrigação do que por vontade. E explico: estou desanimada! Triste com tudo mesmo. É como se nada do que planto vá brotar algum dia. Um pouco é culpa do calor, mas nem tudo.
Vai ter gente à beça falando que eu preciso rezar mantras e tudo o mais, mas não consigo ver a resposta para minhas preces. Me sinto sozinha como um Quixote lutando contra moinhos de vento.
Estava fazendo um balanço das coisas realizadas este ano e o resultado foi quase igual a zero. Financeiramente, profissionalmente... zero.
Nem posso reclamar com os amigos, pois todos estão cheios de problemas iguais ou maiores que os meus, e está um parto para marcar até um café na esquina.
Mas voltemos a hoje, especificamente. Acordei e fiz uma porção de coisas caseiras, o que, antigamente, costumava me animar. Mas hoje não. Não consegui nem arrumar um tema para este blog.
E só agora me sentei para escrever. E nem sei o que vai dar.
Espero caros leitores que a vida de vocês esteja indo a algum lugar, porque a minha está parecendo um cão correndo atrás do rabo.
Mas vamos lá... amanhã é outro dia.

segunda-feira, 3 de dezembro de 2018

Quadrados deliciosos de leite e amendoim!



Fazer comida nova com os restos do que se tem é algo que eu sempre fiz! Sou uma recicladora e odeio desperdiçar alimentos, principalmente quando vejo tantos sem ter o que colocar nas panelas.

Mas... Essa é uma reciclagem diferente e que vai adoçar as vidas de todo mundo. Porque começa com um doce de leite em barra, desses que a gente compra na loja de um real. No meu caso, comprei, guardei e meio que me esqueci dele. Até que fui limpar o armário de mantimentos e encontrei esse doce de leite e resolvi transformar em outra coisa.

Lá também havia um resto de maisena e amendoins sem sal... Mas o que fazer para ficar delicioso?
Sigam a receita que eu fiz e, na próxima vez que derem uma limpeza de armário, ao invés de jogar os restinhos fora, tentem transformar em algo novo!

Espero que o resultado fique tão bom quanto o meu!!

Os meus ingredientes são:

Uma barra de doce de leite de uns 200 gramas
Meia xícara de maisena
Meia xícara de farinha de trigo
100 ml de café coado
100 ml de água
150 gramas de amendoim (descascados e sem sal) triturados grosseiramente
Duas colheres de sopa de margarina
Um ovo

Preparo

Em uma panela derreta a barra de doce de leite junto com o café e a água até virar um creme. Deixe esfriar.
Coloque em uma tigela o creme e misture o açúcar e a farinha. Misture a margarina e depois o ovo. Finalmente ponha a maisena e o amendoim. Misture muito bem e coloque em forma coberta com papel manteiga.
Leve ao forno médio por cerca de 20 minutos. Antes de desligar, faça o teste do palito. Esses quadrados ficam com a textura de um brownie. E uma boa xícara de chá acompanha esse sabor!



sexta-feira, 30 de novembro de 2018

Nem tudo na vida é mercadoria



O primeiro artigo em direção aos mil deste blog vai fazer uma salada de coisas que custam dinheiro, mas que estão sendo tratadas como objetos e não deveriam. Para começar, tratemos um pouco de educação. Não aquela que deveríamos receber de nossos pais, mas a instrução que merecemos receber nas escolas.

Antes de levantar a minha bandeira, vou contar uma coisa que fiquei sabendo hoje: a escola particular ao lado de minha casa pode ser fechada. De todos os problemas causados, o mais recente é uma verdadeira disputa entre os sócios sobre quem está roubando o que. Mas, pelo que entendi, alunos e pais ficaram a ver navios, já que ninguém sabe ao certo o destino da escola.

Sei que muitos irão gritar sobre o que vou falar agora, mas essa é a consequência da nossa covardia em lutar por nossos direitos. Sempre falei que precisamos lutar por escola pública de qualidade e sempre ouço a bobagem de que a escola não é mais o que era. OI! NENHUMA ESCOLA É MAIS O QUE ERA! (sim estou gritando). Mas é por isso mesmo que digo que somos uns idiotas, que deveríamos exigir nossos direitos. Mas não!!! É mais fácil ficar sentado esperando cair do céu.
E assim, abrimos brechas para os “espertos” transformarem educação e conhecimento em mercadoria. E como qualquer mercadoria, cai a qualidade e sobe o preço.

E a saúde?

Em um artigo o IDEC (Instituto de Defesa do Consumidor) denuncia um projeto que quer vender em supermercados os remédios que podem ser comprados sem receita. Qual o perigo disso? Além de prejudicar as farmácias, levam os brasileiros e se automedicarem mais indiscriminadamente ainda. 

Mas a automedicação mostra outro problema que vem se arrastando há muitos anos e só piora, que é a falta de atendimento médico no tal Sistema Único de Saúde, que deveria ser universal, mas não é.
Temos médicos que não querem ir a certos lugares, e nem estou falando de florestas e sertões distantes. Estou falando de bairros de periferias de grandes cidades. Aqui em Diadema mesmo passamos por esse problema. Mas a saúde também foi transformada em mercadoria e a regra é a mesma. Cai a qualidade, aumenta o preço.

Não vou falar muito mais, porque eu quero chegar a um ponto: quando foi que nós, humanos, aceitamos que somos coisas? Que podemos ter nossos direitos mais básicos negados? Que podemos ser mortos o troco de nada?

Quando é que vamos entender que não somos mercadoria e que precisamos ter voz para decidir aquilo que nos é mais caro, que é a vida e o bem-estar da nossa família e o nosso mesmo?

Precisamos voltar a lutar por coisas que realmente são necessárias: saúde, educação, moradia, saneamento, liberdade, igualdade e fraternidade. Chega de jogar as pessoas na rua e depois ficar desejando que essas pessoas que não têm mais como viver sejam apagadas como se fossem nada.

Como eu disse no título, nem tudo é mercadoria, mesmo que em algum momento isso tenha se feito, está na hora de voltar e repensar essa atitude. O quanto antes, por favor.

quinta-feira, 29 de novembro de 2018

Pudim de laranja e amêndoa



Esse é meu post de número 500 e queria uma coisa deliciosa para comemorar junto com s pessoas que leram, fizeram minhas receitas, compartilharam conhecimentos comigo. Quero comemorar especialmente com as pessoas que respeitaram minha opinião, que me deram apoio e me ajudaram nessa jornada!
Esse pudim é uma das coisas mais gostosas que já fiz. Para quem perguntar como ele fica firme, explico que a amêndoa moída faz o papel da farinha ou da maisena para engrossar.

Ingredientes

Oito gemas
Quatro ovos
250 g de açúcar.
150 ml de água
100 g de amêndoa moída
Raspa de uma laranja
Sumo de uma laranja
Caramelo líquido para barrar a forma

Preparação

Comece por barrar uma  forma (de furo central) com o caramelo, reserve.
Numa panela coloque a água e o açúcar e leve ao lume a aquecer, mas sem deixar que ferva.
Em uma tigela bata os ovos e as gemas e aos poucos junte a calda, mexendo sempre.
Junte a amêndoa bem moída, o sumo de laranja e finalmente a raspa. Mexa bem, envolvendo todos os ingredientes e despeje na forma. Leve ao forno, a 160o C e em banho-maria, por 50 minutos. Deixe esfriar à temperatura ambiente antes de desenformar.


quarta-feira, 28 de novembro de 2018

Troque o supermercado pelas feiras


Parece louco, mas a vida mais sustentável vai lhe convencer

Esse é um artigo para quem vive em grandes centros e um alerta para que deixemos nossas vidas mais simples. Temos mais ou menos as mesmas correrias, como o trabalho, escola dos filhos e, claro, as compras do dia a dia.

Mas na hora de escolher entre as facilidades do supermercado ou os sacolões e feiras livres, o que você acredita ser o melhor em termos de custos e benefícios? O supermercado é mais barato? Pode ser. Mas também não garante a qualidade da comida que você está colocando na mesa.

Já falei em outros artigos deste blog sobre produtos orgânicos, sobre hortas comunitárias, sobre comprar diretamente com os produtores locais e como isso pode fazer uma grande diferença na sua saúde, já que vemos aprovações cada vez mais surreais de venenos para utilizar nas grandes lavouras.
 
Mas há outros motivos para você trocar os supermercados pelas feiras e sacolões, e vamos começar pela questão do “Mais saudável”. No supermercado há uma infinidade de produtos industrializados que prometem praticidade, sabor, rapidez e pode até ser tudo isso, mas não é mais saudável. Nesses produtos há uma quantidade absurda de sódio, açúcares, corantes e conservantes que vão cobrar no futuro (ou agora mesmo!) o preço.


Nas feiras, esse cenário muda. Além de não estarmos expostos à enorme oferta e publicidade de produtos ultra processados, os alimentos nesses locais são mais frescos, desde que compremos os que estão na safra. Porque isso é muito mais barato e a qualidade é melhor.

Se estiver procurando produtos orgânicos, a feira é um ótimo local para comprá-los. Alimentos dentro dessas classificações ficam caros em supermercados, por questões variadas que vão desde os custos com a certificação destes alimentos até a elevada taxa de lucro visada pelos supermercados em cimas dos orgânicos, tornando esses itens uma “exclusividade” para pessoas com alto poder aquisitivo.
E não esqueça que o fim da feira tem produtos bem mais em conta, pois os feirantes não querem levar de volta os legumes, frutas e verduras que vieram comercializar.

O segundo motivo para trocar o supermercado pela feira é a sustentabilidade. Os alimentos vendidos em feiras não vêm em embalagens, ao contrário dos industrializados, e o trajeto que fazem do produtor até o varejo é muito mais curto que o dos comercializados em um supermercado. Ou seja, a degradação do meio ambiente e emissão de poluentes durante o transporte é menor. Sem contar que, na feira, levamos carrinhos e sacolas para não ter que pegar um milhão de saquinhos e sacolinhas plásticas.

Solidariedade é o terceiro motivo. A maior parte dos produtos vendidos em feiras vem de pequenos produtores da região. Ao preferir esses locais, você fomenta a economia justa e solidária, pois coloca seu dinheiro no sistema alimentar sustentável que ele representa em vez de valorizar a lógica das grandes redes de supermercado, que estabelecem preços altos e extraem lucros exorbitantes.

E se todos os motivos que dei ainda não forem suficientes, pense na cultura demonstrada pela gastronomia. Ao optar por alimentos frescos e se dispor a cozinhá-los, mantêm-se vivas receitas tradicionais e cria-se independência dos industrializados prontos para o consumo, produzidos em larga escala e padronizados no mundo inteiro. Para deixar o preparo da alimentação mais prático, você pode congelar as refeições em porções para serem comidas ao longo da semana.

Não se convenceu ainda? Pois então vamos a alguns números:  Entre os anos de 2007 e 2017, 26 mil pessoas foram intoxicadas pelo uso e consumo de agrotóxicos de acordo com dados do Ministério da Saúde. Ou seja, o equivalente a sete pessoas doentes por dia. Com um risco maior de exposição a partir da contaminação do meio ambiente, da água, dos alimentos. A alternativa? Preferir produtos orgânicos.

Algumas pessoas dirão que é mais caro, mas, como eu já disse antes, as hortas comunitárias estão se alastrando e elas são bem mais em conta. Além disso, ficar doente e precisando de hospital é muito mais caro do que se alimentar direito. Não é?


segunda-feira, 26 de novembro de 2018

A demolição do Xuxu e o fim de uma Era


Vou usar meu espaço blogueiro para falar, de novo (!), da região onde vivo.  Mas tenho que começar por um acontecimento que eu percebi sábado passado, enquanto voltava de uma visita a uma parenta internada, e eu chegava ao terminal de Piraporinha.

A princípio nem reparei, já que era noite e meu bairro não anda lá muito bem iluminado, mas uma moça me pediu informação de um endereço e olhei em direção ao hotel Xuxu (escrito errado, assim mesmo) para dar a direção para onde ela deveria ir, e vi uns tapumes. Só no dia seguinte com a luz do sol eu vi que o local onde estava o hotel não tinha mais nada, além dos tapumes.

Não vou chorar a perda porque nem nos “áureos” tempos o hotel foi grande coisa. Tinha uma padaria mequetrefe embaixo, a “Sonho (pesadelo) da Vila”. E ambos estavam com suas atividades encerradas há uns dois ou três anos. Mas os dois comércios duraram mais de três décadas e, em algum momento, viveram suas prosperidades suburbanas.

O hotel e a padaria viram Diadema crescer, prosperar, derrocar. Viram o hospital em frente nascer, ficar obsoleto e continuar descendo a ladeira. Viram a igreja de Bom Jesus mudar de fisionomia e ser encoberta pelo terminal metropolitano.  Viu a indústria chegar à cidade e abandonar os que acreditaram nela.

Quando trabalhava perto do local eu sempre brincava que ia trazer as pessoas para ver uma enchente ao vivo em Piraporinha e que ia hospedá-las no Xuxu. O hotel se foi, mas as enchentes continuam.

Estou chateada, sim, porque me sinto como o hotel demolido, que um dia foi útil a alguém, mas cujo tempo passou e ninguém ligou, e agora são apenas escombros. Espero que em algum lugar alguém tenha ficado triste do mesmo modo que espero que alguém fique triste por mim.

Alguns dirão: “mas você é uma pessoa e não um prédio velho”. E eu terei que responder: “nos dias de hoje, com os corações endurecidos das pessoas, isso pouco importa”. Adeus Xuxu. Espero que algo bem bacana surja de seus escombros.

Perdoem a foto tosca do hotel, mas só consegui uma imagem no street view, já que as minhas fotos estão em uma pasta incerta e não sabida.

sábado, 24 de novembro de 2018

Sexta-Feira Negra de chuva


Isso deveria ser sobre preços, mas é sobre enchente

Tradição nos Estados Unidos, onde a sexta-feira após a Ação de Graças é um dia de comprar coisas pela metade (ou menos) do que o preço, a tal Black-Friday desembarcou aqui no Brasil e as pessoas loucas deste país vão todas tentar comprar alguma coisa pela metade do dobro do preço. Isso porque temos várias diferenças dos nossos amigos da parte norte do continente americano. Uma delas é a quantidade absurda de impostos sobre cada produto, o que torna a prática quase inviável. A outra, que leva ao motivo deste artigo, é que não temos Ação de Graças, até porque ainda não sei se temos motivos para dar graças.

Já estou ouvindo daqui os gritos de: “COMO ASSIM”? Ok! Estamos vivos e respirando, e o que mais? Estamos pagando impostos absurdos até sobre a nossa comida e remédios. Pagamos muito caro pelo direito de ir e vir. Os impostos e taxas que pagamos deveriam retornar a nós em forma de escolas públicas decentes; hospitais, e atendimento médico universal, saneamento, ruas e estradas seguras para circulação, policiamento decente e, especialmente inclusão.

Cada dia eu vejo menos gente trabalhando nas empresas, nos bancos, nas lojas, nos serviços públicos, enfim: cada vez menos gente ganhando salários que fazem a economia girar. Me pergunto aonde estamos indo?
Piraporinha às 18 horas

Estou fazendo essa volta toda para falar (e mostrar) algumas imagens da sexta-feira negra aqui no Grande ABC, que não é “maior” em nada e que continua passando as mesmas coisas de sempre.
Vamos começar as explicações: somos sete cidades, cercadas de rios e serra por todos os lados. Já tivemos uma indústria que trouxe desenvolvimento para o estado como um todo, mas, com o passar do tempo, ao invés de usarmos esse desenvolvimento para construir uma região melhor para todos, resolvemos que tínhamos que excluir pessoas para que uns pudessem se dar bem enquanto outros se danavam.

E essa é a coisa que continuamos fazendo. Nem percebemos que nós mesmos estamos sendo excluídos e que, num futuro bem próximo, podemos não ter como morar, comer, viver.
Ontem, mais uma vez, uma chuva que mais parecia um tornado veio para cima de nós. O meu bairro, que já não tinha enchentes há uns dois anos, ficou debaixo d’água. Não teve piscinão que desse jeito. Mas, comparado a outros lugares, foi suave.

Piraporinha ficou intransitável entre as 17 horas e as 23 horas, quando o caos começou a voltar a uma pseudonormalidade.  Mas não posso dizer o mesmo do centro de São Bernardo, que passa há anos por intervenções que deveriam tornar aquele espaço um “centro seco”.  Nessas horas gostaria de dizer que todos estão fazendo o melhor que podem, mas não. Porque é mais fácil dizer em grandes outdoors (muito caros) que as obras foram retomadas, como se isso fosse um grande favor, do que gastar dinheiro para acelerar as obras e terminar esse inferno logo.

Em Santo André, não sei como ficou o centro, mas vi um vídeo do cemitério de Vila Pires, que desbarrancou, com rompimento de muros de taludes, e caixões sendo despejados pelo aguaceiro. Imagens dignas de filmes de horror, mas nada novo em se tratando do Grande ABC em particular ou do Brasil em larga escala.
Cemitério de Vila Pires

Somos um país totalmente carente de infraestrutura e ainda tem alguns governantes engraçadinhos que não apenas não investem em novas obras, como não fazem sequer a manutenção básica no que já existe.

Há pouco mais de uma semana, uma ponte em São Paulo literalmente solapou. Por sorte (???) isso aconteceu num horário de pouco movimento e não houve vítimas. Eu poderia culpar o poder público apenas por falta de manutenção, mas a coisa fica melhor (???) quando se descobre que as plantas originais da ponte não existem mais. E as explicações são lindas, indo desde “os originais estavam na casa do engenheiro que pegou fogo”, e “o estado não tem cópias em seu acervo”.

E assim, dando uns poucos exemplos, mostro o desgoverno com que estamos sendo tratados há pelo menos uns 100 anos. Todo mundo acredita que um país desenvolvido se mostra por suas ruas limpas, seus prédios bem cuidados, suas estradas e ruas limpas e transitáveis. E sim, isso é verdade, mas não é a única verdade. Porque todas essas coisas só existem quando o povo que habita esse país não foi jogado na lixeira enquanto construía os privilégios de uns poucos.
Região Central de São Bernardo do Campo

As pessoas adoram mostrar as histórias de homens que “venceram” com seu próprio esforço, mas o que tenho visto nos meus 57 anos de vida é um monte de gente que ajudou esses homens a vencerem e que nunca forma reconhecidos. Esses homens podem estar, hoje mesmo, sem ter onde dormir porque suas casas foram destruídas e seus direitos aniquilados.

Como vocês podem ver, a sexta-feira foi má, mas não vejo algo muito bom pela frente, a não ser que todos nós mudemos de atitude. Precisamos exigir e ajudar a construir um país desenvolvido não só para uns poucos privilegiados, mas para todos nós, porque no momento em que esquecemos o outro, esquecemos qualquer humanidade.

Se mudarmos de verdade, talvez possamos ter uma ação de graças e aí sim, uma Black-Friday.

Ah! Como jornalista, sei que, muitas vezes não temos o que falar quando estamos ao vivo, mas as chuvas e as enchentes não causam só "transtornos" na volta para casa. Elas destroem vidas.



sexta-feira, 23 de novembro de 2018

Croissants de leite condensado e uma receita bem preguiçosa



Quem vem me acompanhando pela minha vida afora, ou nesse período em que o blog está em atividade, sabe que preguiça não faz parte do meu vocabulário, mas hoje acordei meio de mal com tudo. Chutando pedras pelo caminho, cansada dos sorrisos falsos que andam me acompanhando nesse lugar onde eu vivo.

Nessas horas eu preciso de alguma coisa que me adoce a vida e o paladar. Mesmo que o nome da receita seja “croissants de leite condensado”, eles não são os tradicionais croissants. Esses são mais simples e fáceis, até mesmo para cozinheiros iniciantes. Se quiser rechear fica ao gosto do freguês.

Ingredientes

300 g de farinha de trigo
12 g de fermento de padeiro (fresco)
170 g (1/2 lata) de leite condensado
120 ml leite
30 g de manteiga amolecida

Preparação

Na tigela da batedeira, coloque a farinha de trigo, o fermento esfarelado e o leite condensado. Bata na velocidade baixa e junte o leite morno, quase para o frio.
Quando formar uma massa, coloque a manteiga amolecida e bata novamente por 10 minutos incorporando bem a manteiga na massa. Desligue a batedeira e deixe a massa descansando por 2 horas à temperatura ambiente.
Veja se a massa cresceu bem e, com a ajuda de um rolo, abra-a no formato retangular.
Corte o retângulo em duas partes. E cada uma dessa parte, faça agora cortes triangulares de aproximadamente 8 cm de comprimento. Enrole cada triângulo começando pela base (e não pela ponta). Tenha cuidado para não apertar muito.
Coloque-os agora na forma de assar (já coberta com papel vegetal/manteiga). Deixe crescer por mais 1 hora a temperatura ambiente. Em seguida, pincele-os com leite batido com uma gema.
Leve os croissants ao forno cerca de 12 minutos a 180°C. Preste atenção, pois a cozedura poderá ser rápida.

quarta-feira, 21 de novembro de 2018

Livrai-nos dos especialistas


Podemos dar sugestões, mas nunca certezas. 


Este artigo já começa meio torto, porque desde que comecei a fazer este blog, já dei ideias, receitas, sugestões etc., mas jamais disse “isso é verdade, porque um especialista disse...”. E tenho motivos para isso, porque eu mesma não acredito em muitas coisas. Tenho fé, mas não é uma fé cega, pois questiono tudo o tempo todo e isso faz parte da minha profissão.

Talvez por isso eu não consiga entender o que leva uma pessoa a acreditar em uma coisa, mas não em outra. E essas eleições deixaram isso bem claro. Não importa de onde vinha a notícia, as pessoas só acreditam naquilo que querem. Não faço ideia de porque isso acontece. Assim como não entendo porque alguém melhorar de vida, saindo de uma situação difícil e conseguindo algo melhor incomoda tanto algumas pessoas.

Vejo pessoas falando mal de feriados que deveríamos comemorar muito mais com um rancor contra o qual eu não consigo lutar, porque é irracional. Não há como lutar contra o irracional, porque é violento e não há resposta para a violência. Aí vêm os espertalhões que criam teorias estapafúrdias para “justificar” aquilo, e a situação só piora.

Vou dar alguns exemplos disso que estou falando, na esperança de ser compreendida além dos meus círculos normais.

Exemplo 1 – Um colega fala de uma moça que conhece e a chama de “feministazinha”, porque ela abandonou o marido. Independente dos motivos para a moça fazer isso, queria entender o que o movimento feminista, que luta por direitos iguais tem a ver com o ato dela. O duro foi tentar explicar isso para um cara que ainda acha que feminismo é antônimo de machismo.

Exemplo 2 – Faço caminhadas todos os dias. Além de me fazer bem à saúde, me faz espairecer da minha vida não muito boa. Mas, desde o dia em que comecei a fazer caminhadas, sempre tem algum “especialista” para me dizer o que eu devo comer, vestir, calçar etc. É um tal de “você tem que chupar limão”; “seu tênis é muito barato”; “você tem que caminhar no sol do meio dia”; “esse fone de ouvido não tira seu equilíbrio?”. Ainda bem que eu tenho um cérebro funcional na minha caixa craniana, porque se eu fosse dar ouvidos a todo mundo, estaria louca.

Exemplo 3 – Uma pessoa que conheço há anos me pergunta algo do tipo: “porque dia da consciência negra? Tem dia da consciência branca?” E eu me mato para explicar a ela o porquê do tal dia, incluindo todo o lance de escravidão, luta pela liberdade e por direitos iguais, simbolizado por Zumbi dos Palmares. E a pessoa ainda, não se dando por achada fala: “mas foi há tanto tempo, para que um feriado?”. E me armo de paciência explicando que todo feriado é para comemorar algo que aconteceu há muito tempo. Nem preciso dizer que a tal pessoa ficou com uma tromba enorme, porque estamos em um mundo em que mais importante do que ter consciência e noção de certo e errado, precisamos ter razão e ganhar a discussão.

Tirando o segundo exemplo, os outros dois são uma amostra do que temos visto todos os dias. Gente abestalhada que acredita estar coberta de razão quando dá uma opinião sobre qualquer assunto sem ter o menor conhecimento de causa.

E quando você debate com uma dessas pessoas, a resposta é sempre algo do tipo: “eu acho isso e pronto!” E essa resposta idiota é o argumento daqueles que não têm argumento.

Como jornalista, sempre que escrevo alguma coisa, seja no blog ou em algum trabalho, sempre (e quando digo sempre, é sempre!) vou procurar a opinião de um especialista no assunto sobre o qual eu falo. Já entrevistei milhares de pessoas: médicos, engenheiros, arquitetos, botânicos, políticos, sociólogos. Escolha e você terá algum especialista no assunto sobre o qual escrevi. Mas, mesmo assim, nunca aceitei ideias definitivas como: “essa planta cura câncer”; porque se tudo é tão simples porque ainda não foi feito?

Não quero me estender muito mais, mas vou contar uma coisa que aconteceu hoje. Alguém compartilhou em uma mídia social um “teste” que diz se seu sono foi bom ou mal. É uma ilusão de ótica que fica mexendo enquanto você olha e diz que se estiver muito rápida você está estressado, de acordo com um “especialista”. Independente de ser uma grande bobagem, eu fiquei pensando que a pessoa que compartilhou é das mais céticas que conheço e me perguntei a troco de que ele resolveu acreditar naquilo. A resposta: “porque a gente escolhe em que acreditar”, que foi a maneira tosca de dizer “eu acho isso e pronto”.

Preciso dizer mais?

Cuidado com as pessoas que dão opiniões sobre tudo


segunda-feira, 19 de novembro de 2018

Trufas de chocolate com amêndoa



Sabe aquela segunda-feira entre feriados que você acorda com o pé esquerdo? É hoje! Tenho várias coisas acontecendo  e, claro (!), nenhuma dando certo. Nessas horas admiro as pessoas que ficam mantreando que tudo é perfeito, que elas são ou ficarão ricas, que a saúde delas é perfeita.
Lamento, mas não credito que isso possa melhorar a vida de alguém. Já essa trufa (fácil e deliciosa!), vai adoçar a minha vida e a de quem se atrever a fazer essa receita. Aproveitando: o final do ano está chegando e essas trufas são ótimas para serem dadas como lembrancinhas e não vão custar os olhos da cara. Só o seu talento e carinho para fazê-las.

Ingredientes

200 g de chocolate para uso culinário em tablete
100 g de manteiga
100 g de açúcar de confeiteiro
50 g de amêndoa em pó ou ralada.
Um ovo
Amêndoa laminada em pedaços para decorar

Preparação

Derreter o chocolate aos pedaços com a manteiga, em banho-maria ou no forno de micro-ondas cerca de 2 minutos.
Juntar o açúcar e a amêndoa. Mexer bem e juntar o ovo.
Voltar a mexer e guardar na geladeira até solidificar.
Moldar pequenas bolas com as mãos untadas num pouco de óleo e passá-las por amêndoa laminada, do mesmo modo como enrolamos brigadeiros.
Pode colocar em forminhas de alumínio e em caixinhas para dar de presente!


Tomates cereja crocantes


Sabe aquele sabor especial da pizza Marguerita? De queijo, tomate e manjericão? Pois é! Amo esses sabores, mas andei fazendo uma promessa de ficar um ano sem comer pizza e senti saudades desse gosto delicioso. Aí descobri uma receita que junta as três coisas em um aperitivo que todos vão amar!
E ainda dá uma utilidade diferente ao tomate cereja. Ou você pensa que ele só serve para salada? Essa é uma receita de tira-gosto bacana. Você nem vai sentir a falta da massa de pizza

Ingredientes

30 tomates cereja
30 g muçarela moída
Duas colheres sopa de pesto (manjericão moído com azeite e sal)
Farinha de trigo
Dois ovos
Farinha de rosca
Óleo para fritar

Preparação

Corte a tampa de cada tomate cereja e tire toda a semente com cuidado.
Recheie cada tomate, com um pouco de pesto e o queijo.
Cubra os tomates com a farinha, em seguida, os ovos batidos e por último a farinha de rosca. Repita a operação ovos e farinha de rosca. Para facilitar esse processo, coloque em cada vasilha a farinha, os ovos e a farinha de rosca e agite os tomates.
Na fritadeira frite-os por cerca de 4 minutos. Se usar uma frigideira funda (com bastante óleo) deixe dourar por inteiro.

terça-feira, 13 de novembro de 2018

Para que tanto esforço?


 Como ser um MEI sem enlouquecer?

Quando comecei este blog, a intenção, além de ganhar algum dinheiro escrevendo, foi discutir os problemas que continuamos enfrentando com o passar dos anos. Para quem acredita que melhora com a idade, não melhora! Sei que muitos me chamarão pessimista, mas tenho motivos para isso, e não vejo esses arco-íris lindos das mensagens pré-fabricadas que me mandam todos os dias.

Vamos a alguns
fatos: sou MEI desde fevereiro deste ano, e por conta disso, pago uma carga de impostos com trabalhos entrando ou não. Mas apenas recentemente tive que tirar uma NF de serviços e procurei a prefeitura de minha cidade para saber o que fazer. Foi quando começou o calvário.

Primeiro queriam me tratar como empresa de portas abertas, o que não sou. Literalmente eu sento diante do computador e escrevo. Esse é o meu trabalho. Me pediram tantas coisas para conseguir a inscrição do município que fui procurar um contador, porque não conseguia entender nada.  E ainda tive que ouvir de uma atendente da prefeitura de Diadema muito malcriada que eu tinha que entender que uma coisa do governo federal não tem nada a ver com o município, como se a cidade estivesse acima da nação.

Para quem é MEI, e já frequentou o portal, sabe que esse processo deveria ser facilitado, pois a lei foi para regularizar o trabalho de profissionais e facilitar a vida do pequeno empreendedor. A costureira, o vendedor de churrasco, e idiotas como eu.

Resumindo uma história muito longa, que durou mais de 50 dias, tive que colocar na linha três contadores, um amigo que perdeu vários dias dentro do poupatempo, e mais um monte de ligações para pessoas a quem eu falava “A” e entendiam “Z”.

Nesses 50 dias me pediram metragem do local de trabalho (como definir a metragem de uma mesa com um computador?), auto de vistoria do Corpo de Bombeiros, certificado da secretaria de Agricultura (????) e outros absurdos. No meio disso algumas pessoas mais inteligentes me ajudaram muito, pois eu quase enlouqueci. E no fim, quando eu pensava estar tudo certinho... Não! Lá vou eu ligar para a prefeitura e saber o que diabos estava errado, pois ainda não conseguia entrar e tirar uma simples nota fiscal.

Acho que foi nesse momento que alguém falou que bastava de tortura. E um santo fiscal resolveu em menos de 5 minutos um problema que se arrastava há muito.

É claro que não vou comparar a minha cidade com outras ou meu problema com o dos outros, apenas quero demonstrar que não é fácil fazer as coisas certas neste País. Porque em nenhum momento eu pedi benefícios extras, apenas o direito de fazer as coisas sem encontrar paredes no meio do caminho.

Nesse momento fiquei pensando na dona Maria, que vende trufas na saída do Metrô Jabaquara, e vive com medo de que a polícia venha e leve embora o produto do seu trabalho suado, que ela faz para poder sobreviver. Sim! Sobreviver! Porque, assim como eu, a dona Maria tem que procurar brechas, desesperadamente, para poder se sustentar.

Nenhuma de nós está lucrando. Só se esforçando. A questão é: Vale a pena?



Duas vidas ou uma só basta?

Duas vidas ou uma só basta? : Não me lembro de quem foi que disse a frase: “deveríamos ter duas vidas, uma pra ensaiar e outra para represen...