quarta-feira, 26 de maio de 2021

Como um dente de leão ao vento


Hoje resolvi escrever por mim antes de escrever pelos outros. Fase difícil. Muito trabalho que não vira dinheiro em conta para pagar e viver. Preciso escolher um dos dois. Mas não vou reclamar, porque não quero vibrar o negativo, como se isso significasse alguma coisa.

Minha cabeça está pesada com tantas coisas. Ainda não tenho emprego, mesmo que tenha me aplicado em tudo que aparece. As palavras: muito velha, sem experiência, muita experiência, tente de novo, não param de aparecer. Cansativo.

Como eu disse, tenho feito alguns poucos trabalhos, que dão mais trabalho que dinheiro. Vale a pena? É claro que não, mas é o que apareceu e eu sou grata por isso. Pelo menos não estou enlouquecendo por qualquer coisa.

Tenho um blog que quase ninguém lê e precisaria ter um milhão de inscritos para conseguir mais monetização. O Google é difícil! Vejo pessoas que tentam a sorte no YouTube, e até se dão bem. Canais de milhões de inscritos, mas com seus criadores de conteúdos praticamente implorando os likes e os views quase em tempo real, senão não rola grana.

Mas minha cabeça não está cheia apenas com os problemas de falta de dinheiro. A solidão acaba comigo e, neste momento, nunca me senti tão sozinha e tão inútil na vida. Queria ajudar pessoas que amo, mas não consigo ajudar nem a mim mesma. Alguns vão dizer: “mas deixa pra lá”. Só que eu não sou assim. Especialmente por pessoas que fizeram muito por mim sem esperar nada em troca.

Minha cabeça pesa por um país inteiro jogado na lixeira porque as pessoas só veem aquilo que lhes interessa e não conseguem ver o mal ali, bem ao seu lado. Você acorda e vai olhar as notícias esperando que estejam melhores, mas o pesadelo não termina. É cansativo e doloroso.


Mas, talvez, espero (!!), seja apenas meu inferno astral, já que meu aniversário está perto. Não sei. Continuo não tendo nada a comemorar. Apenas que eu ainda estou respirando... Minha pergunta é, por que eu ainda estou respirando? Algum dia serei recompensada pelo esforço? Meu blog vai decolar ou vai ser igual a tudo na minha vida? Bem, deixando de tonteiras, vamos postar esse desabafo e seguir com o trabalho, senão não ganho 60 míseros reais por mil palavras.

A imagem que vou colocar aqui é de um dente de leão sendo soprado, que me lembra de uma pessoa que eu gostava demais e que já se foi, ao mesmo tempo que me faz pensar em como eu gostaria que minha cabeça fluísse, livre como um dente de leão ao vento.

 

Rolos de berinjela à parmegiana


Uma receita que acabei de aprender e que ficou boa de uma maneira que resolvi compartilhar. Primeiramente Fique vou dizer que sou da “seita” das adoradoras de berinjela. Se pudesse comia todos os dias, à parmegiana então, mais ainda! Mas fiquem tranquilos porque essa é uma receita sem fritura, e você pode adaptar alguns ingredientes ((por exemplo os queijos), para ficar mais saudável ainda.

Esse prato é fácil de preparar e vai colaborar com sua alimentação balanceada. Bem! Mais ou menos, já que leva queijo e no meu caso, queijo em profusão! Fácil!!! Vamos aos ingredientes?

Ingredientes

1 berinjela

2 colheres de sopa de azeite

Sal e pimenta do reino

3 tomates cortados em rodelas

200 gramas de muçarela (mais ou menos)

200 g molho tomate já temperado (faça seu molho!)

Queijo parmesão ralado a gosto

Folhas de manjericão fresco

Preparação


Descasque e corte a berinjela em fatias não muito grossas. Coloque essas fatias em uma assadeira untada com azeite. Regue as fatias de berinjela com azeite e tempere com sal e pimenta.

 Por cima de cada fatia, coloque as rodelas de tomate. Leve ao forno pré-aquecido a 210 °C por 35 minutos. Retire e deixe esfriar as fatias de berinjela antes de manipular. Na tábua de corte, coloque a primeira fatia de berinjela, por cima uma fatia de queijo e enrole. Repita esta operação nas outras.

Ajeite os rolos numa assadeira de cerâmica, ou em outro refratário. Cubra os rolos com o molho de tomate e polvilhe com parmesão ralado. Leve ao forno por 10 min a 210 °C.

Sirva com parmesão e algumas folhas de manjericão fresco por cima.

terça-feira, 18 de maio de 2021

A forma, o conteúdo e as malditas variações semânticas

 


Às vezes quando escrevo para este blog, me dou ao luxo de fazer desabafos, de ensinar alguma coisa que aprendi, seja na vida ou nos bancos de escola, e sim, de opinar sobre as patadas que tomamos da vida. Hoje espero fazer um pouco de tudo isso.

Vou começar falando da difícil arte de escrever conteúdo, seja para meu próprio blog, seja para os outros, já que o ofício de redação é o que me move. Como jornalista eu me sinto compelida a escrever fatos, usando o menor número de palavras possível, e descrever os tais fatos o mais claramente possível. Mas, estamos no mundo onde você precisa ser “visto” nas buscas online, e você é obrigado a escrever uma porção de variações semânticas, que, na minha opinião muito modesta, são o que minhas professoras de redação chamavam de “encher linguiça”.

Era um recurso que usávamos quando tínhamos preguiça de pesquisar conteúdos, o que nos tempos em que comecei era muito mais complicado, pois isso era feito em livros de verdade, escritos por gente de verdade, que tinha estudado muito para chegar à conclusão X ou Y da questão. E sem as facilidades da ferramenta ‘Internet’, que, muitas vezes, fica abaixo do que se precisa no quesito conteúdo.

Porque eu digo isso? Por outra coisa que aprendi já na minha meninice... quando a pessoa (no caso a ferramenta), protesta demais contra a ‘mentira’, a ‘fake new’, e a, por falta de palavras melhores, bobagem descartável, é porque quem está fazendo não quer nem saber se isso vai destruir ou melhorar alguma coisa.

Esta semana eu tive que produzir um texto sobre uma parceria comercial, e tive que usar em um texto de 2000 palavras, 40 variações da palavra “palestra”. O texto seria melhor se tivesse metade das palavras, mas os robôs da internet precisam “encontrar a meleca que eu escrevi. Nossa! Isso me faz sentir “tão bem”.

O outro trabalho que fiz foi uma revisão de um artigo acadêmico, que precisava ser comprimido em 20 laudas, mas tinha 30. E eu pensei: “oba! Cortar texto é comigo mesmo!” E eu cortei... Seis laudas inteiras de enchimento de linguiça. As 4 laudas não cortadas eram bibliografia que eu, na minha modesta opinião, não considero “conteúdo”. Mas nem assim a pessoa ficou satisfeita, porque para ela, se a lauda tem 20 linhas, porque não coloco 25 dentro dela? Aí entra a falta de conteúdo, porque a pessoa não aprendeu que dois corpos não ocupam o mesmo lugar no espaço... E nem vou falar na ausência de conteúdo, porque tenho visto vários trabalhos, mas essas “crianças crescidas” aprenderam com a internet que o importante é chamar a atenção para a tal variação semântica ao invés de ir direto ao ponto.

Debate zero, variações sobre um mesmo tema vazio 100.

Esses dois trabalhos chatinhos me fizeram pensar sobre o momento em que a forma passou a ser mais importante que o conteúdo. Será que foi o momento em que nos perdemos? O momento em que a preguiça de procurar fatos mais concretos, mesmo que mais dolorosos e de difícil solução, tomou conta das nossas mentes e corpos, dando espaço para as bobagens e preconceitos que jorram das redes sociais e das mentes vazias.

Veja bem: não vou aqui jogar um monte de meleca nas redes sociais e na internet, porque, de um modo ou de outro, são o meu ganha pão. Mas para não enlouquecer, não transformo essa ferramenta em divindade, que me diz onde devo ir, o que tenho que fazer, como devo me portar, me vestir, acreditar, comer, beber.  Isso seria o mesmo que acreditar em todas as propagandas da TV e agora das redes, de que esse ou aquele produto é milagroso, ou que se esta ou aquela estrela pode me dar exemplos de vida. Não é para se espelhar em tudo o que se vê. Se você quer seguir um exemplo, se mirar em alguém, procure mais próximo. Tenho certeza de há alguém para servir de exemplo, mesmo que tenhamos uma geração inteira de zumbis impensantes nas proximidades.

Minha mãe costumava dizer que devemos usar nossas cabeças para pensar, que não é porque “todo mundo está fazendo ou dizendo”, que eu tinha que repetir. Pare de se refletir nas coisas que você lê, porque isso é um robô martelando “variações semânticas” na sua mente. Não é um pensamento real.

Ah! Você é daqueles que acham a inteligência artificial melhor? Então tá. Vou dar a você algo para pensar: meu currículo está em uma plataforma de busca de vagas que usa inteligência artificial para fazer isso. Sou jornalista, redatora, revisora e analista de comunicação. Me expliquem, por favor: porque a inteligência artificial me manda vagas de analista em qualquer área, menos na minha, que é “comunicação”?

Talvez seja porque eu não tenha encontrado variações o suficiente da palavra “redatora”.

sábado, 8 de maio de 2021

Pitu com pirão para o dia das mães


Sei que esse não é um “post” de Dia das Mães, já que é só uma receita, mas pensem que essa é um prato gostoso e especial para fazer e homenagear sua mãe.

Antes de passar ingredientes e tudo o mais, vou contar umas histórias que me levaram a isso. Vou começar lembrando que esta semana eu fiquei pensando muito na minha mãe e em outras mães que passaram ou que estão na minha vida. Lembrei de Pitu, que é um camarão de água doce delicioso, porque lembrei de dona Amelinha, que também não está mais entre nós, mas que fez uma receita que meu paladar e meu olfato jamais esqueceram.

Lembro de amigas e familiares que se tornaram mães, além das mães dessas amigas, que faziam de tudo para mostrar que seus filhos eram a coisa mais importante para elas. Queridas! Eu adoraria poder cozinhar esse prato para vocês.

Quero cozinhar ainda mais para amigas que não geraram filhos, mas que foram mães para mim, para seus pais, para todos. Porque quero retribuir a vocês minhas queridas toda a doação de vocês em relação ao mundo.

Em tempo: uma amiga minha (Oi Dirce), cuja gravidez eu fui uma das primeiras a desconfiar, tem uma criação de camarões, a Brasil Camarão, que você pode conhecer melhor clicando aqui! Bem, eu perguntei a ela se tinha pitu, que está difícil mesmo de encontrar. Não tem, mas esse prato que estou dando a receita pode ser feita com os camarões da criação dela. Fica delicioso!

Ingredientes

500 g de pitus limpos

2 xícaras (chá) de água

1/2 colher (sopa) de azeite

2 tomates picados

1 cebola picada

1 pimentão picado

1 colher (sopa) de coentro picado

1 colher (sopa) de cebolinha picada

1/2 colher (sopa) de colorau

4 xícaras (chá) de leite de coco

Pirão:

2 xícaras (chá) de caldo do pitu

1/2 xícara (chá) de farinha de mandioca

  


Preparação

Em uma panela, coloque os pitus, o sal e a água. Deixe ferver por 10 minutos. Retire-os da água com uma colher.

Em outra panela, aqueça o azeite e refogue os tomates, a cebola, o pimentão, o coentro, a cebolinha, o colorau e o leite de coco.

Junte os pitus e cozinhe por mais 10 minutos. Reserve 2 xícaras (chá) do caldo do cozimento dos pitus.

Pirão:

Em uma panela, coloque o caldo de pitu e aos poucos, despeje a farinha de mandioca, mexendo sempre por 10 minutos, até engrossar. Em uma tigela, coloque o pirão, arrume os pitus por cima e sirva.

quinta-feira, 6 de maio de 2021

Que saudades da minha mãe

 


Hoje é seis de maio. Falta um mês para eu fazer 10 vezes esse seis, no dia seis do seis. Há 42 anos, neste dia eu perdi minha mãe. Alguns dirão que faz muito tempo, mas não faz para quem sente saudades. E quem teve uma mãe como a minha vai sentir saudades todos os dias, porque muitas vezes eu me pego em alguns momentos “Leda” dentro de mim. Repetindo gestos, escrevendo com uma letra parecida.

Deixei de assinar um dos meus nomes e comecei a abreviar porque uma das letras era exatamente igual à dela quando assinava. Que bobagem não é mesmo? Mas acreditem, faz 42 anos (se somar os dois algarismos vai dar seis) e ainda me vejo naquela cozinha, com ela tendo um súbito mal...

Perdi muitos mais no caminho, amigos, irmão, irmã, sobrinhos, tios e primos. Muitos se foram e ainda sinto falta, mas não como sinto dela. As coisas todas estão assoberbadas para mim, e não acredito que alguns não sintam. Milhares, muitos milhares de mortos por uma doença que já tem vacina. Gente que busca por um pouco de ar enquanto os maus debocham. Crianças e mulheres mortas ou aviltadas por uma violência que só aumenta. Me sinto sufocada.

Há 42 anos perdi minha mãe. Quantas pessoas perderam a mãe agora? Será que elas sentem falta como eu sinto da minha? Pode ser apenas a depressão causada por isolamento social, mas nesses dias parece que a dor se agiganta e não consigo ver uma luz. E isso piora quando vejo um monte de idiotas que não conseguem calar a boca diante de um fato que eles não compreendem, mas que sentem enorme vontade de opinar sobre...


Vou falar uma coisa que minha mãe dizia toda hora: “tem algo de útil para acrescentar? Não? Então fique calada!” Minha mãe se foi há 42 anos. Quantas se foram agora? Quantas estão doentes? Quantas estão sozinhas em casa sem ver seus filhos? Quantas?

Sim minha gente, 42 anos depois eu sinto falta da minha mãe, mas dou graças por ela ter ido embora antes de ver tudo de ruim que está acontecendo agora. E quero falar sobre isso nesse momento porque o próximo domingo é dia das mães, e eu vou acordar, fazer uma prece por ela, e por todas as mães que, como a minha, lutaram a cada minuto para manter seus filhos, acalentá-los, alimentá-los e amá-los.

Se você que está me lendo ainda tem sua mãe e não quer sentir essa dor do não poder mais ver, não espere pelo domingo do Dia das Mães. Mostre amor hoje. Mostre todos os dias. Respeite, escute. Um dia isso só estará na lembrança.

domingo, 2 de maio de 2021

Cookies de chocolate com amendoim e amêndoas


Pensando no lanchinho de domingo ou de qualquer outro dia? Pois eu vou passar uma receitinha bem fácil de cookies que mistura amendoins, amêndoas e chocolate. O resultado é um cookie crocante por fora, macio por dentro, delicioso! Umas dicas antes de passar a receita, você pode substituir o chocolate meio amargo por chocolate ao leite se quiser, ou as amêndoas por avelãs ou castanhas do Pará. Pode trocar o açúcar por adoçante, mas coloque apenas duas colheres rasas de adoçante culinário.

Enfim: use a criatividade e faça esses deliciosos cookies!




Ingredientes

1 ovo

70 g de amendoins ou pasta de amendoim receita aqui

60 g de manteiga amolecida

60 g de açúcar mascavo

220 g de farinha trigo

1 colher de sopa de fermento

40 g de amêndoas (descascadas e picadas)

100 g de chocolate (fracionado meio amargo)

Preparação


Coloque os amendoins no processador e bata até ficar homogêneo. Retire e coloque-o na tigela da batedeira junto com o ovo e a manteiga (pode ser feito à mão). Bata até ficar cremoso.

 Acrescente a farinha, o fermento e o açúcar. Quebre o chocolate e junte-o a preparação. Coloque também as amêndoas. Misture novamente até ficar incorporado.

Quando estiver bem homogêneo, forme pequenas bolas e coloque-as sobre a forma já untada e enfarinhada.

Achate as bolinhas para ficar no formato dos cookies. Leve ao forno entre 10 a 12 minutos a 180 °C.

Duas vidas ou uma só basta?

Duas vidas ou uma só basta? : Não me lembro de quem foi que disse a frase: “deveríamos ter duas vidas, uma pra ensaiar e outra para represen...