domingo, 28 de julho de 2019

Precisamos ser melhores




Estou me sentindo a mais medíocre das criaturas. Não consigo reagir contra toda a mediocridade e a maldade que me cerca e isso está me deprimindo cada dia mais. Vejo desmatamento acontecendo em todo o país e pessoas tolas achando que isso tem que ser assim mesmo. Gente que não percebe que estamos sendo executados.
Hoje acordo com a noticia de uma tribo invadida por garimpeiros ou grileiros (pouco importa quem). O que importa é que mataram indígenas, e provavelmente dirão que eles é que foram atacados em suas casas, não os indígenas.
Mas com essa introdução quero dizer que estamos vivendo o tempo da mentira, o tempo em que deveríamos discutir porque ainda estamos no meio da miséria e do desemprego. Porque temos cada vez mais famílias vivendo nas ruas. E por favor, me poupem dos termos “vagabundos”, “drogados”, ou que é assim mesmo. Porque estamos nos matando a cada dia com a nossa impassibilidade.
Será que estamos atônitos com tanta ignorância?
Estamos sendo massacrados como os índios dessa tribo. Massacrados por um desmatamento que vai nos matar. Massacrados por venenos que estão na nossa comida e que afirmam não ser veneno, mesmo que o mundo inteiro diga que é.
Estamos sendo massacrados cada vez que um direito nos é tirado por alguém que só conhece privilégios. Nos roubam o direito de trabalhar com dignidade, de ter saúde, saneamento, vida. E enquanto um bando de tolos continua mugindo que “tem que ser assim”, pessoas morrem nas ruas.
Gostaria de ser otimista como alguns amigos, que levantam e mandam mensagens bonitas, mas não consigo mais ignorar o que estou vendo. Lamento essa postagem. Não quero acabar com o dia de ninguém. Mas hoje não consigo ignorar o que vejo por aí e ainda bater no peito dizendo que sou um ser humano.



quarta-feira, 24 de julho de 2019

Torta de batata para ocupar a boca


Estava preparando um artigo para este blog jogando para fora todas as mágoas que tenho sentido com relação a este país. Tenho visto muita ignorância em todas as partes, e isso vai muito além de gente que escreve certo ou errado, mas gente que desconhece a própria história e o próprio Brasil.

Cansei dos patriotas sem pátria que só sabem dizer que tem que distribuir arma a torto e direito, porque não sabem (ou fazem de conta que não sabem) que matar o próximo é matar a si mesmo.
Estava pensando em muitas coisas, mas resolvi que só queria uma boa torta de batata, ela não abre a boca para falar bobagem. Nós é que abrimos a boca para comer. E, talvez com a boca ocupada, as pessoas parem de falar bobagens...

Ingredientes

Um quilo de batata cozida com sal e amassada
Três colheres (sopa) de margarina
Uma xícara de leite
Um dente de alho amassado
Sal a gosto
Três colheres (sopa) de amido de milho
Três ovos

Recheio:

1/2 cebola picada
Açafrão
Duas colheres (sopa) de extrato de tomate
Salsinha e cebolinha
300 g de presunto
350 g de mussarela
Queijo parmesão ralado

Preparação

Em uma panela ponha a margarina e o alho para refogar. Misture a batata amassada e vá acrescentando o leite  aos poucos até formar um purê. Deixe esfriar e, em uma tigela, coloque o purê, os ovos, e vá acrescentando o amido de milho, batendo bem até ficar homogêneo. Acerte o sal.
Doure a cebola e o alho em um fio de óleo. Acrescente os temperos e o extrato de tomate. Verifique o sal e deixe esfriar.
Em uma fôrma untada, despeje 1/3 da massa. Adicione o molho e ponha fatias de presunto e mussarela por cima. Faça mais uma camada de massa, uma de recheio, uma de massa e finalize com queijo mussarela.
Polvilhe queijo ralado e leve para assar em forno 180°C por aproximadamente 40 minutos ou até dourar levemente.
Coma!!!!

domingo, 14 de julho de 2019

Pode até cometer erros, mas plante uma horta!!!



Faz um tempão que estou com esse texto para publicar, falando sobre coisas como semear em excesso ou regar demais as plantas, mas toda vez que começo eu fico pensando que devemos cometer erros nas hortas, mas o maior erro é não plantar e não cuidar daquilo que vamos comer.

Com um governo que libera quase duas centenas de agrotóxicos que podem nos matar direta ou indiretamente, porque esses venenos (não tenho outro nome), não apenas estarão nos alimentos verdes que comemos, mas na nossa água, no nosso solo, causando uma destruição que não podemos mais tolerar. Como não podemos mais tolerar o desmatamento; os despejos tóxicos nas águas que bebemos; os hormônios colocados nas carnes que comemos.

Voltando aos erros que cometemos ao plantar uma horta, vamos falar de semeadura em excesso. Para começar, use as chamadas “sementes crioulas”, e não as que se compram em saquinhos nas lojas. Porque estas são do tipo que não brotam, ou seja: você até pode ter uma planta, mas as sementes vindas da sua planta não vão gerar mais plantas, porque são sementes estéreis.

E nunca plante direto no solo. Faça mudas que você depois vai plantar no solo. É uma maneira mais eficiente de plantar apenas as que vingaram.

Outra coisa que se deve levar em conta é que nem todas as plantas se dão bem e é preciso saber quais se podem plantar com quais no mesmo vaso. Regra básica é apenas juntar plantas que têm as mesmas necessidades. Numa horta em casa é natural que se queira aproveitar vasos, mas é preciso saber a forma correta de fazer isso. Juntar coentros e tomilho no mesmo vaso é uma péssima ideia! Os coentros gostam de água e o tomilho prefere um solo mais seco. E temos que levar em conta os nutrientes que cada planta precisa.

Portanto, antes de plantar, veja se o que você planta precisa. Se é planta para solo seco ou úmido; sol ou sombra; drenagem; tipo de adubo etc. E como é uma horta caseira, use adubos naturais e sempre use repelentes naturais para as possíveis pragas. Estamos querendo fugir dos agrotóxicos e transgênicos aqui!

Outro erro, que estamos todos cometendo, está na questão de polinização. As plantas não têm polinização igual!

A polinização normalmente é feita pelas abelhas, pássaros e até pelo vento. Uma horta em casa, que seja numa varanda, pode ter vento suficiente, portanto poderia não ser necessário, mas por via das dúvidas dê uma ajuda à mãe natureza com abanos que vão fazer trocas entre plantas macho e fêmea.
E já que estamos falando de polinizadores, vejam o artigo sobre como estamos destruindo esses insetos e aves neste link. Mas lembre-se que este artigo aqui é para lembrar que nosso maior erro é não plantar.

E para aproveitar, vamos trazer de volta algumas verduras e legumes que não vemos mais nas feiras livres, como a mostarda (não é o condimento), ou o topinambo, que é um tipo de batata bem leve!


Quiche de atum e tomate fácil e deliciosa


Sabe aquelas receitas que salvam o dia quando temos vontade de algo gostoso e diferente? É o caso dessa quiche, que está mais para torta de atum. Uma receita fácil com atum e tomate, ideal para um almoço ou jantar leve. Explico que assim como basta clicar na imagem para ir para a receita, os links sinalizados levam a alguma postagem que explica melhor. Por exemplo, o de massa podre leva para a receita que já postei sobre essa massa básica. O de ervas conta quais são. Mas você coloca na sua quiche as que mais gostar.

Ingredientes

Uma massa podre (vide receita aqui)
Quatro ovos
200 ml de creme de leite líquido
280 g de atum em lata (ao natural, não o com óleo)
Dois tomates picados
Sal e pimenta do reino a gosto (sem exageros)
Ervas aromáticas (vide aqui)

Preparação

Misture os ovos com o creme de leite, o sal e a pimenta.
 Escorra bem a água da lata do atum e amasse bem. Em seguida, junte com a mistura anterior. Unte a forma e coloque a massa podre. Despeje a mistura. E coloque os tomates por cima da quiche.
Leve ao forno por 35 minutos a 180°C. Bom apetite!

Por dentro do futuro distópico

Ficção científica vira fato científico?



Sempre amei ficção científica, mesmo enfrentando críticas dos medíocres de que aquilo era coisa de nerd, de sonhadora, de pessoas que querem ver tecnologias resolvendo problemas da espécie humana. Mas, eu confesso (!), que distopias nunca me fizeram a cabeça, porque eu era sim uma esperançosa.
Entretanto estamos vivendo em um mundo mais distópico do que eu imaginava e isso me deixa deprimida de verdade. Senão vejamos: como explicar que as pessoas acreditem em coisas como se fossem verdadeiras, ainda que não tenham NENHUMA prova disso?
Alguém chega para você e diz que um direito conquistado há mais de 70 anos (e que virou uma lei, em um tempo em que se faziam leis realmente com motivos) vai ser suprimido porque isso vai beneficiar você. E você, ao invés de usar seu cérebro para pensar a respeito e ver que aquilo vai prejudicar você, bate palmas e diz: sim! Eu quero voltar para a senzala! Se isso não é distopia, nem sei mais o que é.
E essa distopia da qual eu falo se fez mais que presente na semana passada. Direitos conquistados são privilégios, e os privilégios de alguns foram esfregados na cara daqueles que produziram e ainda produzem a riqueza da nação com seu sangue, suor e lágrimas. Cansei de ver gente falando que “fulano” ou “sicrano” estão ricos porque trabalharam e “chegaram lá”. Mas não vejo pessoas pensando que essas pessoas chegaram lá porque milhares trabalharam para que eles fizessem a vida. Ou alguém acha mesmo que esse “chegar lá” foi sozinho?
Muitas decisões foram tomadas na semana passada e nas semanas anteriores. Desde um certo golpe, travestido de “luta contra corrupção” temos visto um retrocesso econômico infinito neste país. E esse retrocesso está crescendo e todas as conquistas sociais, que poderiam nos tirar realmente do buraco sendo usurpadas novamente. Semana passada, o PIB de um país foi jogado no colo de montes de corruptos para que estes usurpassem mais direitos.
E neste momento, tudo o que tenho em mente é que pouco mais de 100 parlamentares honraram os seus eleitores e pensaram neles, e não em quanto dinheiro poderiam roubar para manter seus podres poderes. Me orgulhei das Luizas e dos Ivans... Me orgulhei de saber que nem tudo está perdido, pois ainda temos pouco mais de cem “homens (e mulheres) justos”. Me orgulhei o bastante para ver, de novo, que algum dia esses “poderosos” terão poder sobre o nada que construíram.
Mas isso não significa que não estou com vergonha de ser brasileira. Porque estou.
Um adendo: coloquei como imagem deste post um terço, pensando que esta semana foi tão terrível que só Deus consegue nos salvar. Mesmo que a maioria das pessoas que me envergonharam esta semana se diga “de Deus”. Não são. Ou eles têm alguma bíblia própria que diga para oprimir ao invés de salvar.

terça-feira, 9 de julho de 2019

Pão de ló com recheio de pêssego


Um dia desses estava vendo um cardápio de bolos para uma festa no escritório, e lá pelas tantas, me dei conta de que era um festival de nutellas e leite ninho. Enfim, uma série de sabores que não me dizem muita coisa. É como encher uma pizza com creme de queijo ao invés de colocar um queijo de verdade. Enfim, pensando nisso fui resgatar uma receita tradicional de bolo de pêssegos. Espero que vocês deem chance a um sabor tradicional.

Ingredientes

Pão de Ló:
Duas xícaras de farinha de trigo
Duas xícaras de açúcar
Uma xícara de leite
Seis gemas de ovo pequenas
Seis claras de ovo
Uma colher (sopa) de margarina
Uma colher (sopa) de fermento químico em pó
Uma colher (chá) de essência de baunilha
Uma lata de pêssegos em calda

Recheio:
Uma lata de leite condensado
Uma colher de margarina
Uma lata de creme de leite sem soro
Uma gema peneirada

Cobertura de Chantilly:
500 g de creme de leite fresco
Quatro colheres (sopa) açúcar

Preparação

Bolo:
Pré-aqueça forno a 180o C. Bater as claras em neve, reservar. Bater a manteiga, as gemas com o açúcar até ficar um creme e não conseguir mais ver o açúcar. Acrescentar aos poucos, a farinha, o leite, a baunilha e o fermento. Por último, acrescente delicadamente as claras em neve. Divida a massa em duas formas redondas de 30 cm untadas. Leve ao forno para assar por cerca de 35 minutos. Depois de pronto, deixe esfriar.

Creme:
Leve o leite condensado com a margarina e a gema no fogo até soltar da panela, desligue o fogo e acrescente a lata de creme de leite e misture bem, leve para gelar.

Chantilly:
Coloque o creme de leite, que deve estar bem gelado, numa tigela. Bata com um batedor elétrico por 2 minutos, ou até começar a engrossar. Adicione o açúcar, pouco a pouco, sem parar de bater. Bata por mais um minuto, ou até ficar firme. Deve ser batido até que o batedor deixe marcas nítidas quando levantado, mas tome cuidado para não bater demais, pois o creme separa.

Montagem:
Corte cada bolo ao meio. Umedeça uma das partes do bolo com a calda do pêssego e coloque uma parte do creme chantilly. Coloque outra metade de bolo e novamente umedeça com a calda do pêssego. Coloque metade do creme de recheio e jogue os pêssegos picados em cima do recheio. Cubra com outra metade de bolo, regue com a calda e despeje o restante do recheio. Termine com a última metade do bolo e espalhe por cima a cobertura de chantilly. Decore a gosto e leve para gelar.

segunda-feira, 8 de julho de 2019

Waterzooi o prato mais típico da Bélgica depois das batatas



Waterzooi é o nome complicado de uma especialidade gastronômica típica da Bélgica. A primeira vez que li algo sobre isso foi em um gibi do Asterix no qual eles mencionam esse guisado, ou ensopado de peixe e vegetais, engrossado com creme de leite e gemas de ovos.

Porque escolhi esse prato para postar? Porque nem todas as receitas vêm dos livros de culinária. Eu tenho receitas até dos “manuais” da Disney, como o dos escoteiros mirins.

A receita tradicional leva peixes e mariscos. E é daqueles ensopados que não têm quantidades de ingredientes, sendo feito meio “a olho”. Diz a tradição que era o prato usado pelos belgas antes das batalhas contra os romanos e servia para dar força aos guerreiros. Forte e encorpado!

Deve-se começar fervendo a cabeça de algum peixe, recomendo pescada, para não pesar no sabor. Depois de coado, reserve. À parte, cozinhe batatas com água e sal.

Em uma panela grande, coloque uma colher bem cheia de manteiga e salteie aipo, cenoura e cebola picadinhos.  Quando estiverem macios, junte alho porro para dar gosto. Acrescente o caldo de peixe.  Ponha sal a gosto.

Coloque o peixe em filé para cozinhar nesse caldo em fogo brando e junte os mexilhões. Quando este estiver aberto, retire do caldo, junto com o peixe e os vegetais e reserve.

Leva-se o molho novamente ao fogo e, quando começar a ferver, baixa-se o lume, junte uma mistura de nata com gemas de ovos e mexa sem deixar levantar fervura. Junte camarão descascado e cebolinha. Tire do fogo em dois minutos.

Coloque numa sopeira o peixe e os vegetais, juntamente com batatas previamente cozidas. Cubra tudo com o caldo e coloque os mexilhões e cebolinha. Serve-se com pão, que pode ser torrado com manteiga e colocado individualmente nos pratos.

Amendoim Caramelizado para a criança que há em nós


Muito comum nas festas juninas, esses amendoins caramelizados fazem a alegria de crianças de todas as idades. Eu estou com 58 e nunca recuso. E se usa apenas três ingredientes.  Eu usei amendoins mesmo para fazer o teste, mas pode ser feito com amêndoas, castanha de caju, noz pecã ou macadâmia, enfim, com qualquer tipo de castanha que se deseje.! Ingredientes

Ingredientes

200 g de amendoins (torrados sem sal)
145 g de açúcar mascavo
50 ml de água

Preparação

 Numa panela, coloque o açúcar e água em fogo médio misturando com a colher de pau. Quando a mistura começar a fazer grandes bolhas, adicione os amendoins e mexa constantemente.
 O caramelo vai cristalizar e formar uma espécie de areia ao redor dos amendoins. Retire então a panela do fogo. Despeje os amendoins em uma assadeira forrada de com papel manteiga e deixe esfriar.

Duas vidas ou uma só basta?

Duas vidas ou uma só basta? : Não me lembro de quem foi que disse a frase: “deveríamos ter duas vidas, uma pra ensaiar e outra para represen...