Pensei muito antes de começar a escrever sobre o assunto, primeiro porque essa é uma época difícil pra mim por ser de muitas perdas. Mas estamos na pandemia e muitas pessoas estão perdendo pessoas queridas e estão sentindo a falta que fazem.
Às vezes gostaria de ser um colo para consolar os que
perderam como eu as pessoas amadas.
Outras vezes queria abraçar amigos que estão com medo de toda a
destruição que este país está vendo, causada por pessoas tão nefastas, que chamar
a isso egoísmo não compreenderia tanto mal.
Mas não consigo e, às vezes, eu mesma perco o ar e a vontade
de viver.
Hoje é o dia dos namorados, e como todas as datas desse tipo,
só valem para um comércio desenfreado, que deveria ser mais contido por conta do
afastamento social, que não consigo mais chamar de isolamento. Fui ao mercado
para comprar uns alimentos e não entrei, porque o ajuntamento ali estava
absurdo.
Mas vamos deixar os namorados comemorarem. Espero que, mais
do que trocar presentes, haja afeto verdadeiro, uma vontade de viver para
conviver.
E como estou falando muito em festas juninas, vamos lembrar
dos inocentes tempos do Correio Elegante, quando a gente mandava bilhetinho
(SIM! A GENTE ESCREVIA!) para as pessoas de quem “gostava”. A paquera durava um
tempo até chegar a trocar beijos. Mas não era nada inocente. A finalidade era a
mesma: beijar, dar amassos etc.
E dia dos namorados lembra que é véspera de Santo Antônio, casamenteiro (??) e patrono dos pobres. Amanhã, dia 13 de junho, é dia de levar pão para benzer e pedir para nada faltar nas nossas mesas, rezando neste momento por todos os que estão passando necessidade, já que emprego está mais difícil que o governo federal ser responsável e comprar vacinas para todos.
Vamos pedir que Santo Antônio nos proteja contra tanta
maldade e prometer que, tão logo a gente possa, vamos fazer uma festança
junina, com direito a paçoca, pé de moleque, todos os derivados de milho e todas
as delícias de quermesse.
Hoje, na véspera, é dia de fazer simpatia para atrair um amor,
saber o destino da vida etc. Só lembro a que a gente colocava água no prato e
pingava 13 gotas de vela pra ver que figura formava. Se era igreja, casava. Se
era navio, viajava. Enfim... tem outras, mas não lembro nenhuma.
Só me resta terminar pedindo: Santo Antônio, não nos deixe faltar
o necessário para a nossa existência. Rogai por nós e tira essa revolta que
está nos engolindo!
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