Por motivos que não cabem aqui, entrei no site do Sebrae para fazer um curso obrigatório.
Sou microempreendedora individual (MEI) e me formalizei por
conta do mercado de comunicação.
Não consigo mais trabalhar seguindo as regras da CLT, não
por minha vontade, mas por conta dos “espertalhões”.
Hoje o que se chamava “vaga de emprego” virou um “PJ com obrigações,
mas sem direitos”.
Em outra oportunidade explicarei melhor isso.
Hoje quero falar de generalizações no lugar errado.
Comecemos pelo site do Sebrae e de como ele não é nem um
pouco amigável.
Para começar: no dia da inscrição o site não funcionava nem
por Deus!
Das 8 horas às 17h30 fiquei tentando me inscrever no
programa do curso. SEM SUCESSO.
Desisti para tentar no dia seguinte.
Mas não pense que foi assim uma “desistência”.
Foram oito ligações não atendidas para o 0800 da
instituição. 24 mensagens no whatsapp e três interações com o atendente robô do
site.
As 21horas alguém me contatou.
Anotou minhas queixas e dúvidas. Solução? Não!
O dia seguinte chegou e ao entrar na página vi que os cursos
obrigatórios já estavam disponíveis.
Ok, vamos começar!
Segundo obstáculo. O provedor de curso está numa plataforma
chamada Canvas (estrangeira) que não explica nada.
Mas o conteúdo está em português.
E nota-se que é voltado
para OUTRO tipo de empreendedor.
Mais uma vez constatei que o Sebrae é ótimo para coisas concretas, mas não para o intangível.
Juro que tentei adaptar os aprendizados ao que eu faço, mas
é difícil comparar o “vender coxinha” ao “escrever conteúdos”.
Fiz os exercícios e fui em frente.
Saber não ocupa espaço.
No dia seguinte fui retomar de onde parei.
Cadê? Pedia uma senha e eu não conseguia usar a que estava
salva.
Sabem como é? Aquelas mensagens do tipo: “esse não é o login
ou a senha?”
400 ligações depois alguém me atende. (Viva!!!)
Descubro que a minha inscrição tentada à exaustão não estava
terminada.
Fiz tudo (ou quase) de novo. Salvei nova senha e blá,
blá,blá...
O curso do dia era como se formalizar no MEI. Mas, espera!
Eu já sou MEI.
Toca assistir tudo de novo. Foi bom, aprendi como tirar nota
ao consumidor ao vender coxinha.
Não! Espera! Já tinha aprendido isso no ginásio!
(Obrigada professor Sebastião!)
Chegamos ao quarto dia de curso.
Adivinha? Minha senha não entra!
Não vou repetir tudo o que tive de fazer.
Vocês não merecem a tortura.
A moça do 0800 me aconselhou a terminar de uma vez o curso e
já baixar o diploma.
De acordo com ela estão com esses problemas desde outubro
passado.
Foi o que eu fiz, não sem antes deixar algumas sugestões.
Após a conclusão, baixei o certificado e salvei no computador e na nuvem.
Minhas sugestões e avaliações
1 Completei um curso com conteúdo tão genérico que
desconheço o uso.
2 Perdi um tempo maior tentando entender o uso do site do
que no curso em si.
3 O Sebrae deveria ter conteúdo mais diversificado para os
empreendedores.
4 Me senti naquelas lojas que dizem que tudo é “tamanho
único”, o que eu considero uma bobagem.
Sou GG, como poderia vestir PP?
5 Essas instituições deveriam ter sites mais amigáveis.
Eu, que tenho algum conhecimento, me peguei gritando com o computador:
EU QUERO FALAR COM UM SER HUMANO!!
6 Como a tiazinha que vende coxinha consegue lidar com isso?
Ao rever um exercício o site me mandou para um site em
língua estrangeira.
Vendedora de coxinha bilíngue?
7 No site do Sebrae me deparei com um problema que está em
quase todos os sites institucionais.
ELES NÃO ATENDEM AO PÚBLICO.
São genéricos no fornecimento do conteúdo, mas não na
funcionalidade.
Passei por isso quando me formalizei.
Não conseguia explicar que não tenho um negócio de porta
aberta.
Que não precisava de autorização da secretaria de
Agricultura (?? SIM).
Tive que contratar um contador para resolver coisas que a
tiazinha da coxinha também precisa.
Ou seja: esses sites não atendem às necessidades de pessoas
que precisam de simplificação.
Porque eles preferem gastar seus recursos tentando enfiar um
cubo em um buraco redondo.
E vamos em frente, porque este foi o aprendizado do dia.
Espero ter alguém do outro lado que simpatize com a causa.
PS- Tentei fazer sugestões no site do Sebrae. Adivinhem?
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