Estresse feminino
Duas em cada três brasileiras se dizem estressadas
Durante a semana da mulher de 2017, uma pesquisa realizada
pela consultoria Nielsen, especialista em análise de mercado, em 21 países
emergentes e desenvolvidos, mostrou que, no Brasil, cerca de 67% das mulheres
se consideram estressadas na maior parte do tempo. A empresa entrevistou 6.500
mulheres de todo o mundo, sendo 318 no Brasil.
O país com a maior proporção de mulheres que se dizem
estressadas é a Índia (87%), seguida por México (74%) e Rússia (69%). As
brasileiras ocupam a quarta colocação.
Entre os países desenvolvidos, as mais estressadas seriam as
espanholas (66%) e as francesas (65%). No outro extremo da classificação
ficaram as suecas e as malaias, ambas com 44% das mulheres afirmando estarem
sofrendo com estresse a maior parte do tempo.
A pesquisa concluiu que as mulheres entrevistadas
desempenham funções que contribuem para aumentar seus níveis de estresse, mas
as estruturas sociais em torno delas variam muito entre países desenvolvidos e
emergentes, variando, portanto os níveis de exposição dessas mulheres ao
estresse. Como resultado, mulheres em países emergentes tendem a sentir maior
pressão.
Analistas da Nielsen, comentando o resultado da pesquisa,
sugerem que muitas empresas e locais de trabalho no mundo se desenvolveram, mas
a sociedade ainda tem muito para evoluir, e que isso não ajuda no
enriquecimento do papel da mulher na sociedade e colabora para o aumento do
estresse a ser suportado por elas.
Os especialistas afirmam que as mulheres sentem a cobrança
para ter uma carreira moderna e manter as responsabilidades da vida familiar de
acordo com os padrões tradicionais.
Diferenças e igualdades
As mulheres sentem mais os efeitos do estresse do que os
homens e têm dificuldades em lidar com ele. Um quarto delas admitiu sentir-se
sobrecarregada mais de oito vezes por semanas
Essa “sobrecarga” vem dos inúmeros papéis desempenhados pelo
gênero feminino, tais como mãe, esposa, filha, profissional etc. E, claro, não
ajuda nada ainda ter que ouvir, muitas vezes de quem conhecemos, que devemos
estar com hormônios em polvorosa e tudo o mais.
Durante a vida vi um sem número de homens “estressados”, com
“ataque de pelanca”, sem que ninguém jogasse na cara deles que os hormônios
estavam atacados. Seria de bom tom, no mínimo, que ao menos nisso fôssemos
tratadas com isonomia.
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