sexta-feira, 6 de março de 2020

Caminhe por onde ainda tem árvores




Caminho por uma porção de motivos, mas principalmente para fazer uma atividade física, necessária à minha saúde física e mental. E enquanto caminho eu percebo melhor minha paisagem, que se perde quando estamos em veículos motorizados.

E aqui farei a primeira parada para dizer:

Por favor autoridades! Verifiquem os veículos que circulam nas nossas cidades. Eles estão sufocando as pessoas com fumaça escura e poluente que está matando tudo à sua volta!

Gosto de passar a fronteira da cidade onde vivo atualmente porque aqui não tem grama ou árvore para eu dizer que a do vizinho é mais verde. O vizinho tem árvore e grama. É uma cidade maior e mais equipada que a minha, mas eles conseguiram isso tentando não interferir tanto assim nas praças e avenidas. Veja bem, eles não são perfeitos, mas ao menos tentam! As únicas tentativas que vejo em Diadema são de tornar a vida de seus moradores um inferno total.

E lá vem a segunda parada!

Senhores das companhias de energia, as árvores nasceram antes de haver poste. Será que é possível colocar os postes com fiação e luz nas calçadas contrárias às que têm árvores? Só uma sugestão. Ah! E seria possível que as empresas de telefonia recolhessem seus fios não utilizados ao invés de deixar aquele ninho de rato nos postes ou nas calçadas?

Continuando: enquanto caminho por certa avenida, vejo não só árvores, mas canteiros de flores plantados por moradores; casas e alimentadores de pássaros, pois nem todas as praças têm árvores frutíferas; partes dos canteiros, antes incultos, transformados em pequenas hortas para uso dos moradores; e muitas árvores para abrigar com sua sombra os caminhantes como eu, que precisam de ar, beleza e vida no seu caminhar.

A terceira parada é para rebater uma coisa que ouvi de um “entendido” na TV.

Sim meu caro, a maior parte da população brasileira vive em centros urbanos, mas isso acontece porque muitos foram expulsos de suas terras por grileiros, latifundiários, madeireiros e afins. Não é porque vivemos em cidades que as nossas matas e outros biomas nos importam menos. Cuidamos das nossas plantas aqui porque não nos deixaram cuidar lá. E queremos que a destruição pare agora. Começando por aquela que suas palavras vãs estão causando. Parem com as mortes e invasões de terras que não lhes pertencem, porque a terra é de todos nós e não foi criada para a exploração.

E vamos seguir caminhando por entre as árvores, admirando aqueles que plantam, criam beleza e cuidam nos lugares onde outros criam destruição.


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