Caminho por uma porção de motivos, mas principalmente para
fazer uma atividade física, necessária à minha saúde física e mental. E
enquanto caminho eu percebo melhor minha paisagem, que se perde quando estamos
em veículos motorizados.
E aqui farei a primeira parada para dizer:
Por favor autoridades! Verifiquem os veículos que circulam
nas nossas cidades. Eles estão sufocando as pessoas com fumaça escura e
poluente que está matando tudo à sua volta!
Gosto de passar a fronteira da cidade onde vivo atualmente
porque aqui não tem grama ou árvore para eu dizer que a do vizinho é mais
verde. O vizinho tem árvore e grama. É uma cidade maior e mais equipada que a
minha, mas eles conseguiram isso tentando não interferir tanto assim nas praças
e avenidas. Veja bem, eles não são perfeitos, mas ao menos tentam! As únicas
tentativas que vejo em Diadema são de tornar a vida de seus moradores um
inferno total.
E lá vem a segunda parada!
Senhores das companhias de energia, as árvores nasceram
antes de haver poste. Será que é possível colocar os postes com fiação e luz
nas calçadas contrárias às que têm árvores? Só uma sugestão. Ah! E seria
possível que as empresas de telefonia recolhessem seus fios não utilizados ao
invés de deixar aquele ninho de rato nos postes ou nas calçadas?
Continuando: enquanto caminho por certa avenida, vejo não só
árvores, mas canteiros de flores plantados por moradores; casas e alimentadores
de pássaros, pois nem todas as praças têm árvores frutíferas; partes dos
canteiros, antes incultos, transformados em pequenas hortas para uso dos
moradores; e muitas árvores para abrigar com sua sombra os caminhantes como eu,
que precisam de ar, beleza e vida no seu caminhar.
A terceira parada é para rebater uma coisa que ouvi de um “entendido” na TV.
Sim meu caro, a maior parte da população brasileira vive em
centros urbanos, mas isso acontece porque muitos foram expulsos de suas terras
por grileiros, latifundiários, madeireiros e afins. Não é porque vivemos em
cidades que as nossas matas e outros biomas nos importam menos. Cuidamos das
nossas plantas aqui porque não nos deixaram cuidar lá. E queremos que a
destruição pare agora. Começando por aquela que suas palavras vãs estão
causando. Parem com as mortes e invasões de terras que não lhes pertencem,
porque a terra é de todos nós e não foi criada para a exploração.
E vamos seguir caminhando por entre as árvores, admirando
aqueles que plantam, criam beleza e cuidam nos lugares onde outros criam
destruição.
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