quinta-feira, 29 de julho de 2021

Quem poderá nos proteger?


Quem acompanha meu blog sabe do perrengue que passei depois de ter meus arquivos do computador “sequestrados” por um bando de malditos desocupados, que não conseguem fazer nada de útil da própria vida a não ser criar Ransomwares para ferrar a vida de quem já não tem nada além de problemas.

Há uns dias uma amiga (e não é a primeira), teve seu WhatsApp clonado e seus contatos começaram a receber estranhas mensagens perguntando sobre números de documentos, e PIX, essa nova modalidade do banco não fazer nada e a gente pagar por isso.

Mas falemos de um ladrão por vez já que estamos sendo usurpados por todos, até por quem deveria nos proteger.

Como se não bastasse sermos literalmente seguidos, invadidos, violados, ainda somos nós mesmos que temos que consertar as lambanças desse mundo.

No meu caso tive de formatar e reinstalar tudo que eu utilizava e só salvei os arquivos que estavam em minha nuvem, que também não confio muito na segurança.

Minha amiga? Teve de se comunicar com a administração do aplicativo mais usado no País para conseguir “desclonar” a conta, mas nesse interim, foi um festival de se comunicar por outros meios mais seguros e avisar que estava com problemas.

Sabe o pior? Tanto ela quanto eu estávamos usando nossos equipamentos para fazer o nosso trabalho. Surpresa! São ferramentas de comunicação e não só pra espalhar Fake News e fofoca!

Vou colocar aqui a revolta dela e a minha, quando dizemos que realmente tem gente muito desocupada e canalha neste mundo. Gente que poderia usar a vida pra tentar ajudar e não ferrar a vida dos outros. E neste país, em que você não sai seguramente na rua nem pra ir comprar pão, o que se faz quando o ataque vem de onde nem se sabe?

Podemos falar de proteção de dados? Mal assinaram a lei geral de proteção de dados e tivemos um vazamento monstro de numeração do documento pessoal mais importante do país, o CPF.

Não vou entrar nas minúcias da legislação porque não tenho dados suficientes para fazer isso, mas precisamos saber que não estamos seguros em parte alguma. Nem dentro de sua casa. Meu equipamento de trabalho está aqui.

Minha amiga teve sua conta invadida ao usar o wi-fi de um local conhecido que, por desconhecimento do proprietário, estava inseguro. Ou seja: não podemos mais ser apenas usuários de aplicativos e programas. Temos que ser experts em computação e telefonia.

Há uns dois anos, eu comecei a receber um boleto de cobrança da minha empresa de telefonia (falso é claro!), que me levou a procurar a justiça de pequenas causas por conta do que constava no boleto. Além do meu nome completo, escrito sem erros, tinha meu endereço completo, meu código de cliente e veio por e-mail, entrando na minha caixa de entrada e não no lixo eletrônico.

O julgador disse que havia várias maneiras disso acontecer, sem nem mencionar quais, e não me deu ganho de causa.

Assim como agora, eu me sinto violada nos meus direitos. Sei que vazou de algum lugar e não foi por minha causa, assim como o whats da minha amiga (e de outras pessoas que passaram o mesmo) não foi clonado por culpa dela.

Minha pergunta, a qual não terei resposta, é qual é a nossa proteção? Quem me garante que o aplicativo do banco no meu celular está seguro? Que meus documentos e vida privada são seguros?

Será que podemos mesmo lidar com esse mundo digital que sabe exatamente onde estamos a cada momento? Quem nos protege? Para onde telefonamos quando isso acontece?

Se alguém souber, ajude informando, porque eu não sei e também não sei se vai adiantar procurar essa defesa.

Em tempo: mais de 5 milhões de brasileiros tiveram seu WhatsApp clonado em 2020. Não estamos sozinhos, não é? Mas porque será que isso não me consola?

 

 

 

 



 

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