O que os olhos não veem o coração não sente?

Hoje acordei pensando em certos “ditados” da minha infância, alguns ainda usados constantemente para justificar atos, quase sempre, repreensíveis. Esse do título é apenas um deles, e devo dizer, só pode ser usado por pessoas que traem as outras; que prejudicam achando que a pessoa nunca saberá; ou que o que ele faz se justifica, já que está encoberto. Esse é o ditado do traidor, do que faz tudo escondido porque sabe que está fazendo coisa errada.

Uma prova de que esse ditado é uma mentira deslavada? Alguém aí consegue ver o Corona Vírus a olho nu? Sabe por onde anda? Como ele se espalha? Qual a cura? Pois é! NÃO! Então, porque eles acham que a festinha que fazem, em casa, na oficina mecânica, no bar com portas abaixadas não vai afetar o contágio de ninguém? Pois façam um favor para o mundo e deixem os leitos de hospitais livres para aqueles que realmente estão se resguardando.

Mas do que estou falando? Essas pessoas não se importam com ninguém. Para elas os milhares de mortos pelo mundo não importam. Porque não está em volta do umbigo deles.

O que eu quero escrevendo esse post? Sinceramente quero ver se convenço mais alguém que, neste momento, se guardar é o melhor a fazer. Sua ansiedade não é maior do que a de ninguém, e ficar torrando a paciência alheia não vai fazer o vírus ser curado, vai apenas causar mais desconforto a alguém, que amanhã pode ser você ou alguém da sua família.

Vocês acham engraçado alguém dizer que há pessoas que podem ser enterradas em fossas? Pensem que pode ser você ou alguém da sua família.

O que eu quero dizer com isso? Que o único ditado que ainda tem validade é: “faça aos outros o que você gostaria que fizessem a você”.

Parem de posar de bom cristão se você acha que seu vizinho pode morrer e você não. O simples fato de você odiar já é prova de que você não é bom coisa nenhuma. Você é um ser mesquinho que acha que sua vida é importante e a do outro não é.

E se você acha que o que os olhos não veem... etc. e tal, acredite: sempre tem alguém olhando. E sentindo.