sábado, 30 de outubro de 2021

Sei lá sobre o que eu falo


Hoje acordei a pensar sobre algum assunto para o blog.

Tenho muitos na minha pasta, mas nenhum me atrai agora.

Não quero escrever sobre a dieta da moda, mesmo que todos estejam precisando.

Tampouco estou com vontade de cozinhar.

Nem de passar receitas ou dicas de plantio e meio ambiente.

E porque estou com esse vazio?

Talvez a sensação de não comunicar nada a ninguém.

Este blog era para ser um local de reflexão e aprendizado, mas não.

Eu tenho a impressão de falar vazio ou de não conseguir atingir seres pensantes.

É claro que sei que isso não é verdade.

Apenas a sensação.

Quando vejo pessoas compartilhando frases feitas...

Especialmente aquelas mais idiotas...

Citações que são racistas, misóginas, sexistas... Sei lá!

Frases que a pessoa repete sem pensar se aquilo está certo.

Penso em como falhamos como humanidade.

Eu devo ter falado durante a minha vida centenas de coisas que ofenderam a alguém.

Com essas pessoas me desculpo. Nunca pretendi ser preconceituosa.

Sempre acreditei que estamos no mundo para evoluir, mas não vejo a evolução.

Ainda vejo gente comendo lixo, e debochados achando engraçado eles ainda terem lixo para comer.

Mulheres, crianças e idosos tratados como coisas diante da maioria indiferente.

E pessoas que pagamos para administrar fazendo de conta que isso é só política.

Não seus tolos! Não é só política: é CARÁTER.

Nos tornamos um monte de nazifascistas diante de um campo de concentração a céu aberto.

Somos mesmo a geração que acredita que ter um leilão de 5G é mais importante do que matar a fome de um povo?

Sim, o maior programa inclusivo deste mundo terminou. Sem bolsa família mais alguns milhões de famintos voltarão a existir.

Sem bolsa família a máfia voltará a ter mais dinheiro público para roubar. E matar.

E seguimos destruindo tudo o que poderia ajudar este país a ser uma nação.

Mas essas pessoas preconceituosas devem estar certas.

O que importa é se ajoelhar diante dos poderosos e garantir “o seu”.

E os famintos, desesperançados, doentes e sem casa que se danem.

Problema deles.

Mais legal é colocar uma frase que lemos e veio ao encontro da nossa própria mediocridade.

Muito mais legal é continuar não lutando por nada e engolindo tudo.

Um conselho: não me leiam e nem me entendam.

Se eu estivesse certa eu seria bem-sucedida financeiramente.

Porque parece que só isso importa.

É mais um texto que não vai dizer nada a ninguém.

Sei lá.

 

 

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