terça-feira, 16 de fevereiro de 2021

Quaresma, fraternidade e amor ao próximo


Estou escrevendo esse post depois de pensar muito, mas muito mesmo, porque tenho visto tantas demonstrações de raiva que poderiam me deixar muda, mas não. Já falei muitas vezes aqui mesmo neste blog que as pessoas deveriam parar de usar todos os lugares, especialmente as redes sociais, para colocar para fora suas frustrações, normalmente direcionadas contra as coisas e pessoas erradas.

Não tenho uma solução para todos os problemas do mundo, longe de mim! Mas para variar a maioria segue focando todos os que fazem tudo errado para justificar o próprio erro, não há justificativa! Se você sabe o que é certo e o que é errado, mas insiste em fazer o errado, a culpa é sua.

Sosseguem! Não vou usar esse espaço para isso, mas, já que estamos em início de quaresma, vamos usar esses 40 dias para algo mais do que fazer gestos largos na frente de um altar ou falar que a culpa é do outro, ou mesmo continuar a combater o pobre e não a pobreza.

Vou usar esse espaço para refletir sobre erros que todos nós cometemos. Para espalhar o amor que estamos precisando, porque raivas já tem gente demais espalhando. E vou começar com a prece que fiz hoje de manhã, tirada de um livro que já tenho há mais de 30 anos. Não é uma prece especial para um dia, mas para rezar todos os dias e refletir sobre o assunto.

É uma prece de quaresma, a favor dos pobres, dos oprimidos.

Se ela tocar sua alma, reze. Se sentir necessidade, compartilhe. Lembre-se que Jesus morreu de braços abertos para que não fiquemos de braços cruzados.

Deus, nosso Pai, que venha a nós o teu reino: teu reino que é liberdade e amor, que é fraternidade e justiça, que é vida, que é verdade e não mentira.

Queremos o teu reino que acaba com tudo aquilo que transforma as pessoas em coisas e faz com que não tenham uma vida digna.

Queremos teu reino que não realiza negociatas com os interesses daqueles que forçam pessoas a trabalharem como bestas de carga sem direitos, nem com os que distribuem violência em todas as estruturas, jurídicas, educacionais, econômicas. Gente que se diz cristã, mas não consegue ver o próximo.

Senhor, que venha o teu reino, porque só assim saímos do egoísmo e buscamos uma vida digna para todos, e fazemos aos outros o que desejamos a nós mesmos. Há muito para todos e precisamos aprender novamente a repartir!

Amém

 

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