segunda-feira, 15 de março de 2021

Não dá para salvar nada?


As pessoas que me conhecem sabem que gosto de dar longas caminhadas, ouvindo música, sem interferência humana, em locais com árvores. Mas, por conta da pandemia, essa atividade se limitou um pouco.

Sábado, entretanto, resolvi fazer o percurso costumado, já que precisava ir ao mercado, que fica no caminho que gosto de andar. E mais uma vez fiquei sem ar. Não por conta da doença, ou do descaso das pessoas que descumprem qualquer regra e que não pensam em mais ninguém.

Os problemas? As podas destrutivas que a prefeitura de São Bernardo do Campo (sim vou dizer o nome!) realizou na ilha central da Isaac Aizemberg, entre o jardim Independência e o Parque dos Pássaros. Eu realmente gostaria de saber qual o “gênio” que programou aquela barbaridade. Não dá nem para justificar dizendo que os fios elétricos precisam passar, porque na ilha central não há.

Não se preocupem. Vou mostrar um antes e um depois para vocês. Conversando com alguns moradores mais antigos, ouvi deles que a justificativa dos funcionários era de que os “galhos poderiam cair sobre as casas”. Como a ilha central não tem casas próximas, muito menos os telhados destas, creio que a intervenção se deve à total necessidade de nos tirar até mesmo o pouco verde que resta.

Sei que temos problemas maiores, como o desmatamento massivo de florestas tropicais, as queimadas, a pandemia matando nossas populações. Mas cansei do descaso de tantos, que só pensam em si mesmos, e se odeiam tanto que têm de passar seu ódio até para os arredores.


Desde o início do atual governo municipal, São Bernardo perdeu uma parte bem grande de sua paisagem urbana por conta de intervenções mal feitas e maldosas em diversas áreas da cidade. Uma enorme área verde na região do Baeta Neves foi retirada para fazer um supermercado; no Piraporinha, perto da divisa, mais uma área foi desbastada para construir uma loja; no Rudge Ramos, por conta de um corredor de ônibus desnecessário, árvores e áreas inteiras foram desmatadas; agora foi a vez da Isaac Aizemberg, local que por suas árvores nativas e frutíferas, atraem pássaros e amenizam o ar da região.

Por favor, vejam as fotos de antes e depois, e comentem se vocês preferem o agora. Eu não. E como eu, muitos moradores, que até criaram uma “Fazendinha” estão sem ar, sem sombra, e com raiva. Com todos os problemas que temos, gostaria de ver resolvido ao menos um. De manter nosso verde, nosso pouco verde.



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