Dedico esse artigo ao meu amado sobrinho/filho André, o cara mais legal do mundo que faz aniversário hoje!
Estava sem ideia para escrever e, confesso (!), às vezes
fico cansada até mesmo de passar uma receita, ou falar de preservação da
natureza e tal. Não é desgosto com essas duas coisas, que me agradam
muitíssimo, mas um pouco de decepção com o mundo, as pessoas, e sim, comigo mesma.
Ando pela rua (não está fácil nesse calorão) e vejo muitas
pessoas abandonadas à própria sorte. É Natal, ou quase, e deveríamos estar mais
caridosos. Mas tudo o que vejo são pessoas que não conseguem nem fazer um gesto
de gentileza. Um simples “pensar se não estamos importunando o próximo”.
Sim, temos pessoas abandonadas à própria sorte o ano todo, e
elas precisam de ajuda todos os dias. Podemos tentar ajudá-las todos os dias. E
devemos fazer essa tentativa. Mas a maioria de nós prefere olhar com desprezo,
como se essa ou aquela pessoa merecesse aquela vida.
Preferimos criticar um pedinte, ou criar uma teoria da
conspiração que coloca todos os que não “venceram na vida” no mesmo saco de
mesquinharias que preferimos ter à mão ao invés de abrir o coração e pensar, de
verdade, sobre o que vemos, tentando nos colocar no lugar do outro.
Li ou vi em certo lugar que não adianta nada ter um monte de
habilidades e diplomas se não temos a capacidade de cuidar do outro. E
concordo. Sinto falta de ver pessoas com boa educação (que está muito distante
da instrução) e que conseguem ser sempre solidárias, com os conhecidos, com os
vizinhos, com a própria família e os amigos, mas, principalmente, com
estranhos.
Pense que não importa se você não conhece aquela pessoa, é
um ser humano. E coloquemos algo nas nossas mentes para fazer todos os dias,
mesmo que não seja Natal.
Estou pensando sobre um calendário que recebi do youtubers
parceiros dos “Negócios do Bem” (se inscrevam, lá!), que é um tipo de
calendário de gentilezas para fazer este mês e resolvi fazer minha própria
lista, bem menor, com algumas coisas que deveríamos fazer o tempo todo.
- Seja gentil com todos, e pense antes de falar aquela frase
feita mesquinha que os idiotas adoram dizer para justificar suas mesquinharias.
- Se alguém pedir uma esmola dê se puder. Se não puder ou não
quiser, não fique falando coisas horríveis do tipo: “essa pessoa pede em todo o
lugar”, apenas para justificar algo que você não fez. Ninguém lhe obriga a
nada. E, como dizia minha mãe, se você não tem nada de útil a dizer, cale a
boca.
- Faça o bem sem olhar a quem. Sim! Você não sabe quem é
aquela pessoa, mas ninguém sai por aí pedindo porque a situação está favorável.
Pense que poderia ser você mesmo nessa situação.
- Quando vir alguém sair de uma situação difícil para uma
vida melhor, deseje que tudo continue bem para essa pessoa. Pare de fazer o
coro dos mesquinhos que adoram mais ver os outros se dando mal.
- Ajude sempre que puder, seja cedendo o lugar no ônibus;
ajudando a pegar algo que caiu no chão; dando alimento e roupa a quem não tem;
conversando com alguém solitário; lendo algo para alguém; ensinado a alguém
sobre alguma coisa.
- Pense muito sobre aquilo que você mais odeia em si mesmo e
tente mudar. É difícil, mas não impossível. Temos que melhorar. Evoluir.
- Tire a cara de todas as telas (TV, celular, computador) e
olhe no rosto das pessoas que você ama. Fale com elas e dê atenção. Amanhã pode
ser muito tarde.
Enfim: lave a alma e faça não apenas um Natal melhor, mas
uma vida melhor. Vamos tirar esses ódios mesquinhos de nossos corações para
sempre e viver mais em paz, respeitando uns aos outros.
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