Chegou o final do ano e com ele as festas, as decorações, comidinhas, bebidinhas, presentes etc. Este ano temos um convidado mais chato que o tio do pavê: o Corona Vírus. Sim! Ele existe e continua fazendo vítimas! Portanto, vamos fazer umas festas menores, só para os mais próximos, sem sair desembestado espalhando este e outros vírus por aí.
Fiquei sabendo que Papai Noel este ano vai mandar os
presentes pelo correio e outros serviços de entrega para não arriscar a ele,
seus duendes e renas, e, claro, mamãe Noel.
Mas vim aqui falar em decoração de Natal, lembrando muito da
minha mãe, que adorava fazer isso no fim de ano. Os dias antes de 8 de dezembro
(dia de montar árvore, presépio etc.) eram um “Deus nos Acuda” em casa, tirando
as caixas de cima do armário, a poeira de todos os objetos, bolas de natal,
figurinhas de presépio e todo o arsenal que acompanhava. E olha que, comparando
com umas pessoas que conheci ao longo da vida, minha mãe era sóbria com a
decoração.
Sério! Tem gente que decora a casa para o Natal como se
quisesse ser avistado da Estação Espacial Internacional e além! É tanta luzinha
e pisca-pisca e festões brilhantes que precisamos de óculos escuros durante a
noite.
Mas, vamos lá. É Natal, precisamos que alguma coisa brilhe
este ano, já que fomos reduzidos à nossa insignificância. Tenho certeza de que,
perto de sua casa, há algum “Rei do Real” vendendo pacotes de lacinhos, festões,
bolinhas e outros enfeites bem baratinho! Tá bom eles veem da China, mas sei
que você vai ignorar isso, do mesmo jeito que ignora todos os componentes
eletrônicos que têm em sua casa (que também vêm de lá) e só vai ficar falando
mal do gigante asiático quando entrar nas redes sociais super tolas às quais
você se engaja para falar bobagem!
Uma coisa que nunca entendi nas decorações de natal é porque
nós, de um país cheio de árvores das mais diversas espécies, insistimos em
colocar um pinheiro nas salas e decorar com coisas de neve e enfeites europeus
que não representam nada da nossa realidade. Mas, vá lá. Vamos comprar enfeites
baratinhos, porque desperdiçar 100 reais com uma bola de natal só porque ela
foi decorada com pó de ouro ao invés de purpurina é o fim da picada!
Especialmente se formos ver o preço que está a alimentação.
Reclamem dos preços dos alimentos, mas não torrem dinheiro à toa com enfeites
de natal. Gastem com comida, e não só para a ceia.
Minha mãe era super criativa nesta época do ano, porque a
gente não tinha dinheiro pra torrar com essas coisinhas fofinhas. Então, a
manjedoura era feita com papel-pedra (estampa de pedra), amassado e coberto com
papel verde picadinho para imitar musgo ou capim. A estrela de Belém era feita
com cartolina recoberta de papel alumínio, desses que usamos na cozinha mesmo. Todo
ano ela comprava um pouco de alpiste e colocava num algodão molhado para
brotarem (e é muito rápido isso) até o Natal. O presépio dela ganhava vida!
As bolas da árvore e os enfeites já era mais difícil. Eram
de vidro antigamente e duvido que alguém não tenha detonado todos derrubando a
árvore sempre que passava por ela. Hoje os enfeites são mais seguros, até
porque com os pets das casas, sempre vai ter um cão ou gato que não “vai com a
cara” daquele Noel gigante pendurado.
Enfeites feitos pelas crianças, com direito a purpurina colada de qualquer jeito está valendo! Lembre-se de que é uma ocasião para estar com a família e dar graças porque estamos juntos com a família, e não uma ocasião para exibirmos o nosso “sucesso”, baseado apenas em quanto dinheiro ganhamos.
Garanto que Jesus estará na manjedoura e não no palacete.
E como estou falando com uma maioria, vamos festejar e
decorar nossas casas para nós mesmos. Para ficar com as pessoas que amamos numa
noite que precisa voltar a ser especial. Trocar presentes é legal, mas não é o
mais importante.
Vamos deixar a casa bonita e limpa para receber a vida que
se renova. E a vida não depende de enfeites caros, mas do amor que dedicamos
aos outros.
Felizes festas!
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