Esta manhã acordei com uma canção dos anos 1980 (Do They
Know it’s Christmas? - Band Aid) e fiquei pensando em como começar minha série
de dicas para o Natal e Ano Novo, que, este ano serão bem difíceis para algumas
pessoas e quase impossíveis para outras.
Sim, ainda estamos na pandemia e as coisas não melhoraram.
Ainda não temos uma cura para todos e teremos que restringir visitas,
festanças, idas às compras etc. Mas podemos aumentar nosso entendimento sobre o
verdadeiro significado das festas.
Vamos começar com a tal canção, que fala de crianças e
adultos em situação de extrema pobreza e fome, naquela época, na África. A
pergunta da canção é: “Eles sabem que é Natal?”
Um músico, Bob Geldof, juntou uma série de outros músicos de
algumas das bandas mais influentes do Pop e do Rock para gravar essa canção e
angariou muitos milhões para compra de alimentos, medicamentos etc. Ao mesmo
tempo ele foi muito criticado por pessoas que não fazem nada a não ser
envenenar tudo.
Mas não quero falar nelas. Porque esse vírus do mal está se
embrenhando nos corações das pessoas e o que queremos é que todos os vírus que
matam, corrompem, envenenam, sejam erradicados.
Precisamos de uma vacina de amor, de misericórdia, de perdão
e de esperança. Esta é a lição que devemos aprender com o Natal. Que é a época
de renovar a esperança em um mundo menos cruel, com mais paz e igualdade entre
os homens. Com mais direitos e menos privilégios. Com trabalho digno para as
pessoas. Com o direito de ganhar seu sustento e o de sua família; com direito a
educação, moradia, saúde, educação.
Sei que ainda estamos longe desse ideal, mas temos que
começar por algum lugar. Pode ajudar alguém? Faça isso! Sem cobranças e sem expectativas
de “retorno”. Só faça! Olhe à sua volta e veja a verdade! Sempre há alguém por
perto precisando de ajuda!
E quando alguém falar em cortar gastos com saúde pública,
educação, moradia etc. aprenda a dizer não, porque esse vírus, o dos
interesseiros que roubam dos pobres cada dia mais só será curado assim. Com um
grande NÃO.
Voltando às festas, se puderem, façam uma ceia em família;
façam uma prece por vocês e por todos os que não poderão fazer essa ceia; peçam
a paz para o mundo; peçam que o mundo se cure e que as pessoas melhorem não só
de corpo, mas de alma. A evolução é necessária.
Perdi meus pais antes dos anos 1980. Eles não eram perfeitos,
nem eu tampouco. Mas aprendi com eles que estender a mão é melhor do que
apontar o dedo; que o valor de uma pessoa não pode ser medido pelo quantidade
de dinheiro na conta bancária; que tudo o que importa na vida não é aparência,
mas o quanto somos relevantes nas vidas das pessoas.
Lembrando do último Natal que passei com minha família ainda
inteira (muitos foram para outro plano), tínhamos o frango frito da minha mãe
para comer, um pequeno presente para cada um, já que as vacas magras também nos
circundavam naquela época, mas tínhamos a certeza de que deveríamos viver cada
segundo como se fosse o último, e agradecíamos porque ainda estávamos juntos e
tínhamos comida e um teto sobre a cabeça.
Vamos todos ao menos tentar fazer o Natal de alguém um pouco
melhor? Senão continuaremos, 40 anos depois, perguntando “Será que eles sabem
que é Natal?”
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