quarta-feira, 17 de outubro de 2018

Geleia fácil de figo



Primeiramente vou declarar em voz alta (estão ouvindo?): EU AMO FIGOS! Sei que há muitas pessoas que não partilham esse amor que eu tenho, mas só posso ter pena delas. Figos são deliciosos e versáteis.

Quando verdes, servem bem para doces em calda ou doces de corte, como as goiabadas. Mas nada se compara a um figo maduro, suculento, que serve para essa geleia da receita. Ou serve para comer recheado de algum queijo forte, como gorgonzola ou Rochefort, parmesão ou outro de sua preferência.

Tenho um amigo apaixonado por figos Rami, que são figos em calda feitos um a um. E essa geleia aqui serve para colocar na torrada, no biscoito, como recheio de bolos, ou servida com um pouco de creme de leite.

Auxiliar no tratamento de diversas doenças, como diabetes, hipertensão e colesterol, o figo é rico em vitaminas A, B e K, contendo minerais como ferro, potássio, cálcio e magnésio. Depois disso, não há como deixar a fruta fora da dieta, seja in natura, ou em um dos doces sugeridos.

Ingredientes

1,5 kg de figos bem lavados, sem os talos e picados
500 g de açúcar
Casca de um limão

Preparação

Colocar tudo em uma panela funda e levar ao fogo alto, até que o açúcar esteja todo derretido e o preparado esteja líquido (o figo faz bastante água). Baixe o fogo e deixe cozinhar, mexendo de vez em quando até estar no ponto desejado. Não esqueça que após esfriar ele fica mais denso, portanto tire do fogo quando estiver despregando um pouco do fundo. No final retirar a casca de limão e triturar com o mixer.
Deixe esfriar um pouco e coloque em vidros esterilizados. Dura uns três meses na geladeira.

Obs.: o açúcar pode ser substituído por adoçantes culinários, lembrando de reduzir a medida para 1/3 dos 500 g.


domingo, 14 de outubro de 2018

Ta chegando a hora de comer muita manga!



Dizer que a manga é fruto da mangueira é o mesmo que dizer que eu sou filha da minha mãe e do meu pai. Mas ainda temos coisas a dizer sobre essa fruta, que já usei em receitas de saladas, sucos e do chutney (https://depoisdos39.blogspot.com/2018/09/chutney-de-manga-caseiro-e-amigos-muito.html) como saber, por exemplo, que essa árvore frutífera é natural do sul e sudeste da Ásia, sendo introduzida em outras áreas da África e do Brasil pelos portugueses, que também tornaram a manga popular na Europa.

Na Índia, onde é a fruta nacional, há mais de 100 variedades de mangas. Muito mais que no Brasil, onde se cultivam as do tipo Haden, Espada, Coquinho, Rosa, Tommy, Bourbon, e Palmer, entre outras. Lá também são usadas em vários pratos da culinária nativa, enquanto que aqui, as pessoas usam mais a fruta in natura.

A manga é uma fruta do tipo drupa, de coloração variada: amarelo, laranja e vermelha, sendo mais rosada no lado que sofre insolação direta e mais amarelada ou esverdeada no lado que recebe insolação indireta e, acredita-se, é a fruta fresca mais consumida em todo o mundo.

Uma manga fresca contém cerca de 15% de açúcar, até 1% de proteína e quantidades significativas de vitaminas, minerais e antioxidantes, podendo conter vitamina A, B e C.

Graças à alta quantidade de ferro que contém, a manga é indicada para tratamentos de anemia e é benéfica para as mulheres grávidas. Pessoas que sofrem de câimbras, estresse e problemas cardíacos, podem se beneficiar dos níveis de potássio e magnésio.

Para quem tem problemas digestivos, as mangas ajudam o trato intestinal, ajudando ainda na cura de gengivites e estomatites (aftas).

Os que desejam cultivar essa fruta saiba que ela vai bem em climas tropicais e subtropicais. Devem ser plantadas em uma área com boa drenagem e um solo ligeiramente ácido, e regadas regularmente quando jovens, porém, ao atingirem a maturidade, devem ser regadas com intervalos entre 10 e 15 dias. Cerca de cinco meses após a floração, as mangas estão maduras. Quando a manga já chegou em seu tamanho final e está pronta para ser colhida, ela se torna fácil de ser tirada do pé, com um simples puxão.

O título desse artigo tem a ver com a época que estamos vivendo. Mesmo que no Brasil tenhamos frutas o ano todo por termos estações do ano indefinidas, é mais para o final do ano que as mangas começam a aparecer nas feiras e mercados. Portanto, vamos a elas!

Ah! E manga é para comer e se lambuzar!



Dicas de cultivo de orquídeas e um amigo que foi plantar junto a Deus



A esquecida
Vou confessar que estou adiando muito este artigo. Prometi a uma amiga que faria uma pesquisa legal sobre orquídeas, porque ela começou a se interessar por essas flores tão delicadas de trato. E fui pesquisar, na internet, mas, principalmente junto a um amigo que cultivava orquídeas.

Entre troca de mensagens e alguns telefonemas, consegui algumas informações interessantes que vou compartilhar neste artigo. Mas lamento informar que o amigo que me deu a maior parte das informações se foi. Foi para perto de Deus plantar flores, espero! Era uma pessoa de índole maravilhosa e suas plantas reconheciam isso. Nós que aprendemos a gostar da companhia dele também.

Em tempo: as fotos que vou usar aqui foram feitas pela amiga Ana Ligia durante um festival de Orquídeas, na cidade de Poá (SP), seis anos atrás.

A primeira coisa que aprendi com esse amigo cultivador de orquídeas é que a paciência é essencial para ser um orquidófilo. A segunda é que a maior parte das orquídeas brasileiras é epífita, ou seja, elas crescem presas às árvores, mas não são parasitas, porque elas não roubam nenhum nutriente de suas hospedeiras.

Outra coisa que meu amigo fez questão de ensinar é nunca coletar ou comprar plantas retiradas ilegalmente das matas. As orquídeas já foram bastante dilapidadas pelos mateiros e colecionadores gananciosos. Procure adquiri-las de empresas produtoras de mudas ou de orquidófilos que tenham plantas disponíveis. Diga não às orquídeas coletadas do mato.

Posto isso, vamos às outras lições:

1 – Sempre escolha espécies de orquídeas adaptadas à sua região. Como a florada dessas plantas se dá duas vezes ao ano, é bom ter espécies diferentes e aumenta as chances de ter sempre alguma flor para admirar.

2. Mantenha o vaso úmido, mas não encharcado. É mais fácil matar uma orquídea por excesso do que por falta d’água. Não colocar pratinho com água debaixo do vaso, pois as raízes poderão apodrecer. Molhe abundantemente duas ou três vezes por semana, deixando a água escorrer totalmente. Nos outros dias, basta vaporizar as folhas de manhã cedo ou no final da tarde, quando a planta não estiver sob o sol.

3. Ponha suas plantas em locais onde elas possam ser banhadas pelo sol no horário da manhã. Como as pessoas elas gostam do sol até as 9 horas e após as 16 horas. Se a planta não tomar sol, ela não vai florescer. As orquídeas podem ser fixadas também no tronco de árvores, desde que estas não tenham copas muito grandes e sombreadas como as mangueiras. E de preferência, mantenha os vasos em um mesmo local. As plantas se ressentem das mudanças.

4. As orquídeas precisam de locais arejados, mas não de locais onde bate vento forte. Não esqueça que orquídeas são plantas delicadas.

5.  Utilize um desses adubos líquidos, facilmente encontrados na seção de jardinagem de qualquer supermercado. Adicionar algumas gotas à água com que será feita a vaporização, no caso de usar pequenos pulverizadores. Procure molhar sempre a parte inferior das folhas de sua orquídea, pois é aí que se encontram os estômatos, que absorvem água e nutrientes.

6. Se as plantas forem cultivadas de uma forma adequada, elas serão resistentes a pragas e doenças. Se não houver excesso de umidade, por exemplo, dificilmente os fungos irão atacar. De qualquer modo, previna-se. Um dos grandes inimigos do cultivo de orquídeas são as cochonilhas. Esses pequenos organismos sugam a seiva da planta e podem matá-la se não forem combatidos. Quem possui poucas plantas pode catá-los, um a um, antes que se propaguem. No caso de uma infestação, há necessidade de usar defensivos. Dê preferência às fórmulas naturais, pois os produtos químicos industrializados costumam ser tão prejudiciais às plantas quanto a quem as cultiva. Borrifar água com fumo de corda costuma ajudar bastante.


7. Anote o nome da sua orquídea numa plaqueta e, se vai se tornar colecionador, use códigos para melhor identificação. Anote também a data da floração de cada planta. Se ela não voltar a florescer na mesma época, no ano seguinte, isto pode ser um sinal de alerta: talvez ela esteja com algum problema. Examine, então, as condições de irrigação, luminosidade, ventilação etc.

8. Frequente uma associação de orquidófilos se quiser levar isso a sério. É um ponto para trocar ideias, tirar dúvidas sobre o cultivo de orquídeas e fazer contatos. Os orquidófilos costumam gostar de partilhar conhecimentos e, em se tratando de orquídeas, sempre serão incompletos.
De acordo com o amigo que eu perdi, as orquídeas sempre nos surpreendem com alguma novidade a aprender sobre elas. Talvez resida aí a aura de mistério que essas plantas exóticas carregam consigo.


sexta-feira, 12 de outubro de 2018

A missa de Aparecida e os pensamentos que não posso calar


Esse vai ser um artigo em forma de carta, e também em forma de prece, porque estou muito mais do que triste com tantas coisas acontecendo e não posso me calar. E vou dedicar isso a algumas pessoas que já foram especiais na minha vida um dia, mas se tornaram o mal dentro do mal.

Hoje é dia das crianças, e vejo um país no qual eu não quero criar filhos, porque é um país que gasta bilhões com uma eleição, mas não gasta nem trocados com a educação dessas crianças. E nem quero falar das barbaridades que ouço sobre a educação das escolas públicas porque só vejo um monte de gente burra falando do que não entende.  Para começar, ninguém está ensinando seu filho a ser gay, trans, heterossexual, nada! Não é porque seu filho aprende coisas sobre o dia da árvore que ele vira planta.

Segundo: você é responsável pelo seu filho. Educação é você quem dá e não a escola. A escola dá “INSTRUÇÃO” (SIM TUDO EM MAIÚSCULA)! Se seu filho vai se tornar alguma coisa é pessoa do bem ou do mal e isso é SUA responsabilidade. Quer ensinar algo ao seu filho/filha? Ensine que só quem respeita será respeitado.

Pare de ensinar seus filhos que alguém é superior a alguém neste mundo. Vai tudo parar no mesmo lugar: o cemitério. Somos apenas comida de vermes. O fim é o mesmo. Mas podemos fazer com que o meio seja melhor. Então pare de ensinar o ódio. Pare de ensinar o preconceito.   
Sei que eu estou pregando para os peixes aqui, ou para os muros, pois parece que a maioria não quer ver o que está fazendo. E nessa hora minha carta vai ser bem pessoal. Você acha mesmo que alguém merece ser espancado, torturado, massacrado porque nasceu de cor diferente da sua? Professa outra religião? É de outro sexo? E então me esqueça. Não quero ter nada a ver com gente tão mesquinha a ponto de acreditar ser isso uma solução.


Não vou nem apelar para a humanidade em uma pessoa assim, porque não creio que a pessoa terá isso. São pessoas que falam que negros ou índios não podem lutar pelos seus direitos, mesmo que eles tenham sido raptados e transformados em escravos, mesmo que suas terras tenham sido roubadas e tenham ficado doentes e continuarem a ser mortos todos os dias.

Mulheres não podem lutar pelos seus direitos porque são “inferiores”, e se eu levar em consideração algumas que conheço (e a quem dedico essas palavras) são mesmo. Porque pensam com a cabeça do marido, que acreditam em um camarada que estupra e mata, pensando absurdos sobre as vítimas.
Sei que estou me exaltando e vou chegar a outro ponto antes de terminar o texto.

Hoje, durante a missa, o sermão foi sobre Nossa Senhora Aparecida, que é apenas um dos muitos nomes da mãe terrena de Jesus Cristo. O padre fez questão de lembrar que essa mulher incrível se doou não apenas ao Deus em que acreditava, mas a nós, pessoas de pouco mérito. Lembrou que em suas aparições (que dão os codinomes a ela) sempre foram a pessoas humildes, negros, índios, pescadores, crianças. E que tudo o que ela sempre pediu foi prece, amor ao que o filho dela pregou, misericórdia e paz.

O que menos tenho visto em meu país é Paz. Leio notícias aterradoras sobre ataques a pessoas que têm o direito de ser diferentes. Se você é a favor disso, você pode tirar a palavra “cristão” do seu vocabulário, porque você está longe de saber o significado dessa palavra.
Hoje o padre nos lembrou de que todo o cerimonial da missa tem um significado, que é: não dissemine o ódio. Lembrou que se você tem rancor contra alguma coisa ou alguém só porque essa pessoa é diferente ou crê em algo diferente, você ainda não entendeu o plano de Deus.
E eu, no meio de tudo isso, só conseguia pensar que Nossa Senhora, junto com outras mulheres se postou junto ao filho que foi morto por outras pessoas rancorosas que não tiveram a menor vontade de entender a mensagem de amor ao próximo.

Hoje, olhando para o meu país, vejo a multidão enfurecida escolhendo Barrabás de novo ao invés do inocente. Espero que Deus tenha misericórdia dessas almas, porque estão mais do que perdidas.
E que Nossa Senhora rogue por todos nós e nos traga paz!

Sopa de grão de bico e espinafre em um dia das crianças bem frio



Hoje é dia das crianças e, para quem é católico, dia de Nossa Senhora da Conceição Aparecida.  E antes de passar a receita dessa sopa gostosa, que vai cair bem hoje porque está friozinho, quero falar um pouco dessas duas comemorações.

Mas antes de passar a receita, quero dizer que o Dia das crianças precisa nos lembrar do quanto os nossos pequenos precisam de proteção. E também que Nossa Senhora leva diversos nomes junto com ela. Alguns têm a ver com suas aparições (Fátima, Lourdes, Aparecida), mas outros são as qualidades dessa mãe de todos; grande advogada dos humildes; rainha da paz; imaculada!

E antes que alguém mais fale uma bobagem sobre Nossa Senhora, quero lembrar que ela esteve com seu filho no pior momento. Enquanto ele era morto. Ela não temeu por sua vida enquanto chorava aos pés da cruz do seu filho, junto a outras mulheres e apenas um de seus apóstolos.


Mas vamos à receita porque eu sei que ando devendo às amigas e amigos leitores, que desejam apenas cozinhar e espalhar carinho nos seus pratos. Essa é uma sopa equilibrada, completa e simples, que vai fazer adultos e crianças comerem legumes e verduras. Muito deliciosa e saudável!

Ingredientes

250 g de grãos de bico cozidos (se preferir compre o pacote tetrapak)
100 g de espinafre fresco
Três fatias de pão velho (amanhecido)
Dois dentes de alho
Uma cebola
Três colheres de sopa de molho de tomate
Uma colher de chá de páprica
Uma folha de louro
Seis raminhos de salsinha
Azeite, sal e pimenta.

Preparação

Corte o pão em cubos grandes e doure-os na frigideira com um pouco de azeite. Deixe o mais seco possível.
Ponha os pedaços de pão dourado numa tigela e junte a salsa cortada em pedacinhos e misture. Reserve.
Coloque novamente na frigideira um pouco de azeite e refogue os dentes de alho cortados. Junte a páprica e misture. Deixe ainda refogando por alguns segundos.
Ponha essa mistura na tigela com pão e salsa. Com a ajuda de um pilão, esmague tudo. Devemos tentar obter a mistura tão fina quanto possível. Reserve.
Em uma panela grande, refogue as cebolas cortadas com azeite. Quando a cebola tornar-se transparente, junte o molho de tomate e misture bem.
Junte em seguida o grão de bico (sem água) e o espinafre (já lavado e picado). Deixe cozinhar por alguns minutos, misturando regularmente.
Cubra de água e junte a mistura do pão. Tempere com sal e pimenta. Junte a folha de louro. Misture bem. Assim que ferver, deixe cozinhando por 30 minutos (não precisa tampar).
Delicie-se!


domingo, 7 de outubro de 2018

Brownie de chocolate branco e frutos vermelhos



Existe um brownie que não é feito com chocolate comum, mas sim com sua versão branca. O nome é Blondie, que também é o nome de um grupo de new wave do final dos anos 70 e começo dos 80.

É um bolo amanteigado (como o brownie), e ao invés de colocarmos castanhas ou nozes, usamos frutos vermelhos (amoras, morangos, cerejas). Você pode fazer a versão inteira (em uma assadeira quadrada) ou em formas de muffins. É um docinho bacana para a criançada levar de lanche, ou para aquela hora em que bate uma fominha de açúcar e queremos fazer algo fácil.

Ingredientes

Três ovos
60 g de açúcar
60 g de farinha de trigo
100 g de manteiga
200 g de chocolate branco
150 g de frutos vermelhos

Preparação

Numa tigela, misture os ovos e o açúcar. Junte a farinha e mexa novamente. Derreta a manteiga e o chocolate (juntos). Espere esfriar um pouco e misture tudo.
Por últimos junte misture os frutos vermelhos.
Despeje na forma já untada. Leve ao forno por 30 minutos a 180°C.

Lixo, entulho, bagulho e uma eleição muito complicada


Esse será o artigo mais difícil que escreverei, porque tentarei ser coerente, mas não tenho a certeza de conseguir. Vou começar a história com os restos de uma cama quebrada que estão dentro de minha casa e que preciso levar a um ponto de coleta do município para não deixar em casa ou na rua.

Estava comentando com alguém do meu bairro a respeito disso, e a pessoa me falou a certa altura para eu deixar na praça, porque “todo mundo faz isso”. E eu disse que não achava isso correto, mas a pessoa insistia dizendo “se você não fizer o outro faz”. Olhei bem nos olhos da pessoa e disse: ‘tem um monte de gente que rouba e mata, mas eu não vou fazer isso, porque sei a diferença entre certo e errado’. A tal pessoa se calou e depois de um tempo reconheceu que eu estava certa.

Ontem à tarde, alguém jogou um pacote de entulho em frente do meu prédio. E sei que essa pessoa foi vista, pois quando voltei os comércios ainda estavam abertos, mas ninguém se importou se estava vendo uma coisa errada acontecer, mas não moveu uma palha para impedir.

Independente disso, a questão aqui não é estar certa ou errada, mas sim pensar sobre o que se faz e se isso não vai prejudicar ao próximo. Estamos vivendo tempos tão individualistas que parece que todos pensam que o mundo foi inventado só para a própria satisfação, não importando se uma atitude nossa pode prejudicar milhões de pessoas.

Na verdade o pensamento geral é sempre: “mas é só o meu saco de entulho”; “é só o meu papel”; “é só o meu copo, canudinho, garrafa”; é só o meu! Não é. É o seu e o de muitas pessoas que pensam igual a você, sem se importar se está ferrando com a vida alheia. Provavelmente você se acha uma pessoa de bem, de família, e que qualquer coisa que você fizer está assegurada por isso. Mas não está.
Bondade está em pequenos gestos também. Está em pensar antes de falar alguma coisa que pode ofender alguém. Antes de fazer alguma coisa que pode atrasar a vida de alguém. E o que menos tenho visto nestes tempos é bondade. Especialmente em tempos eleitorais vejo uma sede tão sanguinária de poder que chego a passar mal.

Ouço e vejo pessoas chegarem às raias do absurdo para defender que devemos mesmo andar armados e sei lá (!) atirar nas caras uns dos outros porque algo que se faz não nos agrada. Não sei por qual motivo o fato de uma pessoa ter opção sexual diferente da sua; religião; cor de pele; sexo; ideologia diversa da sua seja motivo para agressão.

Vejo uma boa parte do meu país acreditando em um projeto que, além de ser um retrocesso de desenvolvimento, prega uma violência e um sadismo fora do comum. E ainda tem gente que não sabe como a Alemanha caiu no nazismo.

Pois é. Isso também é fazer algo sem pensar se isso vai prejudicar ao próximo. Vamos colocar aqui que não estou fazendo a propaganda de ninguém, mas estou levantando a bandeira da democracia e pedindo: pensem muito bem antes de fazer algo que pode prejudicar milhões de pessoas que não merecem isso.

Para terminar, gostaria de lembrar que a Alemanha nazista levou o mundo a uma guerra mundial, na qual mais 47 milhões de pessoas morreram em batalhas, em campos de concentração, de fome, de doenças. A violência não nos levou a parte alguma. Quero lembrar também que alguns dos mais improváveis rivais ideológicos se uniram para combater um mal maior. E é só o que eu peço e espero. Uma união para combater o mal maior.

Mas também espero que as pessoas parem de jogar lixo na rua. Talvez um dia eu consiga convencer alguém. Hoje escorreguei em um monte de santinhos largados pela rua. Que droga!

sábado, 6 de outubro de 2018

Licor de café e as mudanças que esse fruto faz!



Estamos vivendo um momento particular neste país, mas não quero falar disso. Quero falar do café, essa coisa adorada por 10 entre 10 brasileiros e que está na base deste país. Já falei em outro artigo (vejam https://depoisdos39.blogspot.com/2017/10/o-cafe-e-saude.html), sobre a chegada e os benefícios do café para as pessoas, mas hoje tenho um motivo especial para falar de café.

Estava dando uma faxina nas estantes de livros e encontrei uma brochura com receitas de café e uns escritos falando das fazendas cafeeiras, de seus “sinhôs” e “sinhás”; de sua “elegância”, mas bem pouco sobre os escravos que construíram esse país com seu sangue, suor e dor. E fala quase nada sobre os imigrantes que vieram substituir essa mão de obra, jogada à margem pelos seus antigos exploradores.

Eu não queria falar disso hoje, mas realmente a tal brochura me deixou triste e pensativa. Porque vejo tanta gente sendo chamada de vagabunda sem ser que isso me remeteu a esses tempos passados. Vou terminar passando uma receita fácil de licor de café, e pensar que vocês me perdoarão o texto longo antes disso.

Ingredientes

- 1 xícara de grãos de café
- 1 kg de açúcar
- 1 litro de aguardente de boa qualidade
- ½ litro de água

Preparação

Colocar os grãos de café a macerar na aguardente num frasco de vidro de boca larga por 10 dias ou mais e ir mexendo diariamente.
Coar o líquido com um coador de pano e reservar.
Prepare uma calda com o açúcar e a água, até dourar. Deixe esfriar.
Junte a calda à mistura de café que já está no frasco de vidro e mexa bem.
Deixe descansar por 30 dias pelo menos e depois disso filtra-se com papel próprio para xaropes. Filtros permanentes também fazem o trabalho bem.
Depois é só engarrafar e deixar envelhecer por uns três meses. Esse licor, que deve ser bebido com parcimônia após as refeições, dura muitos anos depois de feito.

Dica: misturado com um pouco de creme de leite fresco ele fica muito bom também!


quinta-feira, 4 de outubro de 2018

No Dia de São Francisco


Hoje é o dia do santo que mais se aproximou do ideal de paz e de amor pregado (em palavras) pelas religiões. São Francisco, que amava e falava com os animais; que tratava pedras, árvores, rios, sol e lua, enfim, tudo como criaturas.

Quero aproveitar esse dia para postar algo que fale de paz, já que o Deus em que eu acredito não desceu a essa terra para dizer que nos matemos uns aos outros, e sim para que nos amemos uns aos outros. Difícil? Sim. Mas poderíamos começar em patamar mais baixo, respeitando ao próximo.

Quero aproveitar o jeitão de São Francisco e fazer com que voltemos a tempos mais simples, em que olhávamos mais nos olhos uns dos outros ao invés de olhar para uma tela de TV ou celular.

Quero chamar a atenção para essa mania feia de jogar lixo no chão. Quem ensinou que isso está certo?

Quero pedir que a água seja limpa; que todo mundo tenha casa e comida; que tenhamos saúde e saneamento; que tenhamos escola; e que as crianças e os animais sejam livres; que as árvores floresçam e frutifiquem; que a fome acabe.

No dia de São Francisco, tudo que desejo são as bênçãos para todos aqueles que lutam por um mundo melhor, e não por interesses que destroem a tudo e todos.

No dia de São Francisco eu quero paz.

Dedico esse post ao amigo Roberto Klimas Bajorinas, que faz aniversário hoje!


quarta-feira, 3 de outubro de 2018

Pão recheado com bacon e quatro queijos



Depois de oito horas no trabalho, muitos problemas sem solução e umas quatro horas no percurso de ida e volta, tudo o que eu queria é esse sanduíche quente pra comer. Você pode fazer como entrada, no meu caso eu acho que está mais para prato principal! O que acham?

Ingredientes

Cerca de 300 g de queijos ralados ao seu gosto* (muçarela, parmesão, provolone, gouda, queijo de cabra,   gorgonzola etc.)
Um pão italiano redondo
Uma cebola e cinco dentes de alho picados
200 g de bacon em cubos
Margarina sem sal o quanto baste
Salsa picada

Preparação

Comece por recortar uma "tampa" no pão e retirar todo o miolo sem furar o pão. Reserve.
Em seguida coloque numa frigideira antiaderente a cebola e o alho, juntamente com o bacon (sem adição de qualquer gordura) e, se quiser, coloque uma pitada de pimenta do reino. Deixe cozinhar até tostar o bacon.
Num recipiente coloque o preparado anterior e misture a margarina e a salsa. Misture bem e adicione os queijos ralados. Ponha dentro do pão. Cubra o pão com papel de alumínio e leve o forno médio (cerca de 170º C) por 20 minutos.
Passado 10 minutos mexa o preparado para  cozinhar por igual. Nesta altura coloque o miolo, também, no forno para  tostar.
Sirva acompanhado do miolo torradinho assim que sair do forno.

Obs.:  o pão leva queijos que derretam e combinem bem. Não usei nenhum queijo processado por achar que eles mascaram os sabores, mas se for usar um desses (a escolha dos queijos é ao gosto do freguês), prefira um bom Catupiry, o verdadeiro.


terça-feira, 2 de outubro de 2018

Terrina de batata, e um dia cheio de trabalho


Sabe aqueles dias chatos, em que o trabalho não rende e parece que ficamos dando voltas sem resolver nada? Pois esse foi o meu dia de trabalho. Metrô e ônibus lotados, muita gente em petição de miséria pelo caminho e alguns “colegas” que transformam seu dia em uma filial do inferno.

Mas, não me deixei abalar. Fiz uma prece e continuei. Agora, aqui em casa, fiz esse prato e estou esperando ficar pronto  enquanto impulsiono algumas páginas de um amigo nas redes sociais.

Essa terrina de batatas é fácil e versátil. Eu fiz o recheio com ovos porque precisava dar cabo de alguns aqui de casa, antes que fiquem passados. Mas pode-se escolher o recheio que quiser. É do gosto de cada um.

Ingredientes

Mais ou menos ½ kg de batatas
Um ovo
100 g de queijo ralado
150 g de presunto cortados em cubos
Sal, pimenta e noz moscada
Quatro ovos cozidos


Preparação

Descasque, corte as batatas em rodelas e cozinhe com água e sal.
Tire do fogo. Amasse as batatas. Acrescente o ovo cru, o sal, pimenta e noz moscada (a gosto), e misture bem.
Junte o presunto cortado em cubinhos e o queijo ralado.
Unte uma forma, dessas em formato de pão e polvilhe com farinha.
Despeje a metade da mistura na forma e aperte bem.
Coloque os ovos cozidos, no centro da forma e alinhados. Cubra como resto da mistura e aperte novamente, deixando a massa bem lisinha.
Asse por 30 minutos no forno a 180°C. Espere esfriar antes de desenformar.



Duas vidas ou uma só basta?

Duas vidas ou uma só basta? : Não me lembro de quem foi que disse a frase: “deveríamos ter duas vidas, uma pra ensaiar e outra para represen...