domingo, 2 de setembro de 2018

A tia mais engraçada e suas plantas de terraço



Já faz um tempo que quero escrever sobre minha tia Marina. Talvez desde aquela postagem do Natal, em que falei da casa no bairro do Tatuapé. Aquela na esquina da Celso Garcia com a Rua Reynaldo Cajado. Mas, como meu primo Pedro, supremo guardião da receita da Friccazza da dona Marina não abre mão desse segredo de estado, vou falar de outras coisas.

Para começar, minha tia era uma dessas pessoas generosas com tudo e todos. Sempre querendo agradar quem visitava a casa. E era uma pessoa engraçada, dessas de tirar sarro com todo mundo, literalmente! Assim como minha avó, ela fumava pelas tripas do Judas.  Bem, era uma época em que muitos faziam isso.

Uma das coisas que me lembro de rir muito, foi um dia em que uns primos resolveram fumar “escondidos” no único banheiro da casa do Tatuapé. Até que minha tia, muito zoeira, bateu à porta do banheiro e soltou a pérola: “que vocês se juntem no único banheiro da casa para fumar em bandos, eu não ligo! Mas roubar a única caixa de fósforos da casa... Não admito”.

Mas a coisa que mais me faz lembrar minha tia Marina são as plantas. Não me lembro de não ver sempre algum vaso plantado por ela no terraço da casa. Ela plantava de tudo. Flores, hortaliças, ervas. E talvez seja dela um pouco essa mania que tenho de ter vasos e jardineiras em minhas janelas e área de serviço. É uma necessidade de verde que consome.

Assim como ela, eu trato minhas plantas com o que tiver à mão. Faço mini-composteiras com cascas de frutas e legumes, restos de verduras e cascas de ovos. Coloco borra de café para dar uma adubada no solo. E não me importo com o vaso que vou usar. Vale tudo quando queremos ter umas ervas frescas e algumas flores na janela.

As fotos desse artigo são, em sua maioria, das minhas plantas. A foto mais antiga é no terraço da minha tia, e aquelas crianças já não são mais crianças há um bom tempo e também não encontrei uma foto da minha tia. Mas não importa. Vejam as plantas dela. Debaixo de todo aquele amarelado da foto tem muitas coisas verdes, que deveríamos ter em todas as partes das nossas cidades cinza. Além disso, plantar em família é tão bom, que mesmo depois de muitos anos, ainda lembro disso e continuo.

Eu aqui na terra e minha tia em outro plano aprovamos e damos o maior apoio! E juro tentar conseguir a receita da Friccazza...

Um nhoque com molho para um domingo muito corrido


Sei que hoje é domingo, e, tecnicamente, dia de descanso. Mas, para quem trabalha por conta e ainda tem que cuidar da casa porque mora sozinha, não há dia de pernas para o ar.

Hoje, por exemplo, além de dar um jeito na casa (faxina só no feriadão), tinha que fazer mercado e deixar umas coisas prontas para a semana, já que nos próximos dois meses eu estarei prestando serviços em outro lugar.

Quando já estava na fila do caixa rápido, que demorou uma eternidade, vi nhoques na prateleira refrigerada, portanto, a massa eu trapaceei! Mas fiz um molho que vocês podem usar com qualquer macarrão e incrementar mais que eu fiz até.

Seguem os ingredientes e o preparo.

Ingredientes

10 a 12 tomates bem maduros
Uma cebola pequena ralada
Três dentes de alho picados
Folhas de manjericão picadas
Cogumelos Paris (frescos) picados
Uma colher de sopa de creme de leite.
50 g de queijo muçarela cortado em cubos pequenos
50 g de queijo gorgonzola picado em cubos pequenos
50 g de queijo parmesão ralado grosso

Preparo

Colocar os tomates cortados para cozinhar em água e sal até quase desmanchar. Passar por uma peneira que retenha as cascas e sementes do tomate e reservar.

Em uma panela colocar uma colher de azeite e refogar a cebola. Colocar pela ordem o alho, fritar um pouco, o manjericão e os cogumelos. Quando os cogumelos estiverem refogados, colocar o tomate e deixar apurar. Quando o molho estiver engrossando colocar o creme de leite. E deixar mais uns minutos. Se estiver grosso demais, coloque um pouco de água para afinar e deixe apenas levantar fervura.

Em um refratário coloque os nhoques (frescos por favor), e espalhe entre eles os queijos em cubos. Cubra com o molho e ponha o queijo ralado antes de levar ao forno por uns 15 minutos. O nhoque que comprei é daqueles que não precisa cozinhar em água e o molho faz isso. Se você preferir fazer seus próprios nhoques, melhor ainda!

sexta-feira, 31 de agosto de 2018

Sexta-Feira e preciso muito de um pudim!


Esta semana eu fui almoçar com uma amiga em um pé sujo da cidade. Pé sujo ou não, eles fazem uma das melhores picanhas que já comi. Mas não esta semana. Além de ver pessoas que não me agradam de maneira alguma, a picanha estava passada demais, o feijão estava vermelho, como se tivessem colocado um quilo de colorau (sabe-se Deus porque).

Mas querem saber o pior? No local tem uma dessas TVs que passam propaganda o tempo todo e de tempos em tempos eles passam anúncio do local onde você está, e toda hora passava uma foto do pudim mais lindo que já vi na vida. Adivinha só o que pedimos de sobremesa?

NÃO TINHA MAIS!

Foi pior que uma vez na qual eu e mais duas amigas dividimos o último pedaço da melhor torta de limão do universo. Pelo menos eu comi umas garfadas de torta.

Bem... Estou desde aquele dia pensando em pudim. Hoje, mexendo num dos meus cadernos de receitas, encontrei a receita de um pudim de cappuccino. Adivinha só quem vai ter que fazer pudim???

Ingredientes

Uma lata de leite condensado (395 g)
A mesma medida de leite
Quatro ovos
Uma colher de sopa de maisena
Seis envelopes de 10 g de cappuccino solúvel

Preparo

Bata todos os ingredientes no liquidificador e coloque em forma caramelizada. Leve ao forno brando em banho-maria por uns 40 minutos. Deixe esfriar antes de desenformar.
Caso você queira fazer uma calda diferente para servir junto com esse pudim, leve ao fogo duas xícaras de açúcar com uma colher de sobremesa de manteiga e quatro envelopes de cappuccino solúvel. Coloque duas colheres de água para transformar em calda.


quinta-feira, 30 de agosto de 2018

Salmão grelhado com alho frito e molho de leite de coco


Pessoas queridas. Hoje estou num dia corrido daqueles, mas não posso me furtar de passar uma receita básica de algo que amo (!): Salmão. Peguei a receita em um site de empresa alimentícia e, confesso, tive que adaptar. Isso porque o site é para vender aqueles caldos de peixes, carnes etc. industrializados. Como sou hipertensa tenho que tomar muito cuidado no sal e esses “caldos”, que são gostosos, eu sei (!), mas fazem um mal danado para quem tem que controlar o sódio.

Eu substituí o caldo por um caseiro de pimentão e coentro. Mas, se vocês quiserem, podem usar um do tipo sabores do nordeste.

Outra coisa que me veio à cabeça é que minha sobrinha (e xará) vai detestar a receita porque ela não gosta de nada que tenha coco na receita. Mas eu adoro e sei que tem muita gente que gosta também. Como o molho é feito à parte, é só não misturar e comer o peixe grelhado com alho.

Ingredientes

Quatro postas de salmão fresco
Sal, pimenta-do-reino branca, alecrim a gosto.
Quatro colheres (sopa) de suco de limão
30 ml de azeite de oliva extra virgem
Cinco dentes de alho cortados em rodelinhas finas
Dois vidros de leite de coco
3/4 de xícara de chá caldo feito com água, pimentão e coentro (ferva bem para tirar os sabores e reserve depois de coado).

Preparação

Tempere as postas de salmão com o sal, a pimenta-do-reino branca e o alecrim. Regue com o suco de limão e deixe tomar gosto por 30 minutos.
Numa panela, coloque os dois vidros de leite de coco e o caldo de coentro e pimentão (ou o do nordeste). Acerte o sal e deixe em fogo baixo para que reduza, até um ponto cremoso (se quiser bem consistente é só deixar mais tempo, que ele vira um creme). Reserve em local que mantenha aquecido (sem cozinhar mais), tipo estufa.
Numa frigideira antiaderente coloque o azeite e aqueça. Coloque o alho e deixe dourar. Retire o alho, reduza o fogo e grelhe as postas de salmão neste azeite. Deixe aproximadamente 4 minutos de cada lado, para não torrar.

Montagem 

Coloque a posta de salmão grelhada, polvilhe algumas rodelas de alho frito por cima e espalhe um pouco do molho em volta.
Sirva com arroz branco.


quarta-feira, 29 de agosto de 2018

Cassata e o doce sabor da minha infância


Hoje acordei mito agitada, com expectativas a respeito de muitas coisas que deveriam acontecer de modo mais fácil. Aí me sentei no computador, li as notícias do mundo, que estão um horror, e fui aprender um pouco mais sobre essa minha atividade blogueira.

Uma grande amiga, agora “se virando nos 30” em outro país e mostrando que não é fácil, escreveu em uma postagem de trabalho que bloggers precisam mostrar conteúdos relevantes todos os dias. Eu tento. Mas nem sempre sou bem sucedida.

Hoje, por exemplo, vou falar de uma coisa que a gente comprava pronto quando eu era menina, mas que desapareceu porque as empresas deixam de fabricar.

Cassata é um doce de origem italiana, feito com sorvete, creme de leite e frutas cristalizadas. Mas esse é um doce que cada um pode adaptar às próprias vontades, como usar sorvete diet, ou fazer com sorvetes de outro sabor, ou ainda substituir as frutas por castanhas.

Enfim, façam como quiserem, e a receita é a original de família. Mas lembrem-se de que é sobremesa para várias pessoas. Na minha família éramos seis, e não sobrava.
Deliciem-se! 

Ingredientes

Duas xícaras de sorvete de creme
Uma xícara de sorvete de chocolate
Uma xícara de creme de leite fresco
Três colheres (sopa) de frutas cristalizadas e passas
Duas colheres (sopa) de açúcar de confeiteiro
100 gr. de chocolate meio amargo
raspas de casca de um limão
Uma clara de ovo
Cerejas ao marasquino
Papel manteiga


Preparo

Cubra uma forma de pão com o papel manteiga, prendendo com fita adesiva nas laterais para firmar bem. Tem gente que prefere untar com óleo, mas eu acho que deixa gosto.
Espalhe o sorvete de creme, formando a primeira camada e leve ao congelador para endurecer;
Coloque o sorvete de chocolate, formando a segunda camada e leve novamente ao congelador para endurecer;
Bata o creme de leite em forma de chantilly e reserve;
Bata a clara em neve, junte as raspas do limão e açúcar;
Misture, delicadamente, a clara em neve ao chantilly e acrescente as frutas cristalizadas;
Coloque esta mistura sobre a camada de sorvete de chocolate e leve ao congelador por seis horas;
Vire sobre um prato e enfeite com o chocolate ralado, cerejas ao marasquino e chantilly. Sirva em fatias.

Obs. As fotos são de duas cassatas diferentes. A segunda é com amêndoas e sem cerejas!

segunda-feira, 27 de agosto de 2018

Dia de reflexão da blogueira



Muito bem! O aniversário da página passou e eu agradeço todos os votos recebidos na página e em outras mídias. Mas, chegou a hora de parar e pensar. Afinal esse blog não é só para passar receitas de bolo, apesar de isso ser a saída dos jornalistas diante da imprensa amarrada da ditadura.

Mas hoje não estou aqui para isso e sim para falar sobre administração pública, que é uma das coisas mais difíceis de fazer quando somos bem intencionados e só nos deparamos com pessoas que pensam apenas em manter poder e fazer s coisas de acordo com a conveniência.

Senão vejamos: outro dia ainda falei sobre árvores removidas do paço municipal de Santo André; de prefeito em Diadema que quer destruir a praça Castelo Branco para transformar em estacionamento; de árvores cortadas pelas ruas com os motivos mais imbecis possíveis. E hoje, para completar, fico sabendo por uma notícia de jornal que a prefeitura de São Bernardo, que já teve o melhor setor de parques e jardins, vai cortar árvores centenárias da Avenida Senador Vergueiro para “instalar pontos de ônibus”.

Eu realmente não sei onde vamos parar ou como faremos para lutar contra isso, porque esse tipo de decisão me parece muito arbitrária, e não leva em conta o bem estar de ninguém.  Gostaria de saber que pontos de ônibus são esses que precisam tirar o lugar de uma árvore que está ali há muito tempo. Podem até não ser centenárias, mas se depender da sanha dos administradores do Grande ABC nunca chegarão a ser.

Sei que haverá leitor desse artigo dizendo que talvez a intervenção seja necessária, mas, afirmo que não é. A mesma administração que deseja fazer essa supressão deixou a praça da matriz sem as árvores, e idem para a Praça São João batista no Rudge Ramos. E a troco de que? De criar área de estacionamento, porque, é claro, é muito difícil criar bolsões nas ruas...

Pois é gente. É muito difícil fazer gestão de cidades para quem realmente quer fazer isso. Gestão significa ter equipamentos de saúde em bom estado de funcionamento e com profissionais no atendimento, além de provisões (remédios ataduras, curativos etc.); escolas com professores e em estado decente para abrigar alunos enquanto eles aprendem alguma coisa; guardas municipais que atendam a população criando ao menos um vínculo com a comunidade e fazendo ao menos que a lei municipal seja cumprida.

Polícia para quem precisa

Nesta última parte, das GCMs, vou destacar especialmente a da minha cidade, Diadema, que tem bons profissionais sim, mas que deixa a desejar no atendimento. Não sinto proximidade quando telefono e sou atendida por alguém que parece zombar de mim enquanto eu falo sobre alguém causando arruaça no bairro. Fico imaginando se os bairros onde acontecem os tais “pancadões” são tratados com o mesmo desprezo que recebi nas muitas vezes que liguei para falar sobre o mesmo problema.

Pode parecer que estou choramingando, mas como é um problema que já reclamo há dois anos sem solução, e em todas as polícias (municipais e estaduais), me dou ao direito de falar sobre isso no meu blog, porque resolver ninguém resolve. Em reuniões do famoso Conselho de Segurança (CONSEG) do meu bairro, me sinto como um disco riscado, mas não seria assim se as coisas fossem diferentes. Problema igual, discurso igual.

Estou sabendo por alguns amigos que na cidade vizinha, São Bernardo, a coisa anda parecida. Especialmente nos bairros mais distantes do centro, onde vemos muitas viaturas circulando. Não posso afirmar que o descaso lá seja o mesmo. Quando eu lá morava, chamava a polícia e ela aparecia. Aqui mandam você entrar na internet e fazer reclamação, como se todos tivessem a obrigação de ter internet em casa.

Então é isso. Temos as obrigações, mas não os direitos. Temos obrigação de pagar impostos e taxas, mas não o direito de andar por ruas e calçadas limpas. Temos o dever de cumprir a lei, mas não o de ver a justiça sendo feita, já que aqueles que não cumprem continuam a não cumprir. E nem estou falando aqui daqueles que são considerados “bandidos”, mas os ditos “cidadãos de bem”, que fazem e desfazem, interpretando as normas de acordo com suas conveniências.

Sim meus caros! Fazer barulho além dos limites, incomodando a vizinhança é ilegal! Estacionar seus veículos sobre a calçada, impedindo a passagem dos pedestres, é ilegal. Jogar lixo, entulhos e bagulhos em locais impróprios é ilegal. E mesmo que vocês pensem que isso é um “delito menor”, é um delito e deveria ser punido.

Mas vamos em frente, e vamos lutar pelos direitos que já são nossos, porém temos que exigir na ponta da faca, porque parece que falar e reclamar só vai causar naqueles que devem nos atender, o desprezo de quem pode resolver, mas não quer, e o escárnio de quem se acha acima do bem e do mal. Até quando? Só Deus sabe.




Bolo pudim de chocolate


Na dúvida entre pudim e bolo de chocolate? Faça os dois... Juntos!

Um dia desses, caminhando pelo meu antigo bairro, encontrei uma ex-vizinho, confeiteiro  da padaria local. Entre muitas conversas, do tipo: “como vão os filhos?” etc. me lembrei de uma guloseima que ele fazia e eu adorava, e depois de muito ‘disse me disse’, eu o convenci a me ensinar.

Descobri que não tem nenhum segredo do outro planeta. E que é o tipo de doce para quem está na duvida entre fazer bolo de chocolate ou pudim de leite.

Esta é uma receita deliciosa, mas, perdão aos diabéticos e para quem está de dieta, mas não tenho versão light/diet.

Ingredientes

Caramelo:
1 xícara de açúcar

Pudim:
Uma lata de leite condensado
Duas xícaras de leite
Três ovos

Bolo:
1/2 xícara de margarina
Uma xícara de açúcar
Três ovos
Uma xícara e meia de farinha de trigo
Uma colher (sopa) de fermento em pó
1/2 xícara de leite
1/2 xícara de cacau em pó

Preparação

Caramelize uma fôrma com 30 cm de diâmetro com furo central com o açúcar (toda ela).

Pudim: bata no liquidificador o leite condensado, o leite e os ovos.
Despeje na forma já caramelizada.

Bolo: bata bem na batedeira a margarina com o açúcar e os ovos. Junte a farinha de trigo, o cacau, o fermento e o leite, até obter uma massa homogênea.

Despeje essa massa do bolo na forma já com o caramelo e o pudim
Leve ao forno quente, preaquecido, em banho-maria por cerca de 1 hora ou até que, enfiando um palito no centro, ele saia seco.

Deixe esfriar e leve à geladeira. Só desenforme quando estiver gelado.

sábado, 25 de agosto de 2018

Licor de chocolate branco um dia depois do aniversário


Dizem que é só passar a data do aniversário que todos os infernos astrais vão embora. Vamos ver se isso acontece com o blog também e que eu consiga deslanchar.

Mas, pensando em festa de aniversário, estava com tantas coisas chatinhas acontecendo, e pensando em bolos e docinhos, que nem me dei conta de fazer uma bebidinha. Como gosto mais de destilados que de fermentados, me lembrei de uma receita (muito antiga!) de licor de chocolate branco.

Querem saber o melhor dessa receita? Vocês podem substituir por chocolate meio amargo, que normalmente é o que eu fazia quando resolvia preparar. Mas, fui olhar na despensa e só tinha branco mesmo e é isso que foi (estou numa vontade de Galak que não é fácil!).

Mas, deixemos de lado esses lero-leros e vamos à receita, tão fácil de fazer que vocês vão se surpreender!

Ingredientes

 200 g de cobertura de chocolate branco picada
 Uma xícara (chá) de aguardente
 Uma colher (chá) de essência de baunilha
 240 g de açúcar
 2 xícaras (chá) de leite integral

Preparação

Derreta o chocolate no micro-ondas com uma xícara (chá) de água fervente, em potência média, por cerca de 2 minutos, mexendo na metade do tempo. Misture bem até que esteja completamente derretido.
Bata no liquidificador junto com os outros ingredientes até obter uma mistura homogênea. Deixe esfriar e coloque em garrafas para licor.

sexta-feira, 24 de agosto de 2018

Biscoitos austríacoscom cacau e parabéns para mim!


Não pessoal. Não é meu aniversário, mas hoje o blog “Depois dos 39 Anos” faz um aninho de vida. Mas, como escrevi mais de um texto por dia, passei dos 435. E vamos em frente porque ainda tenho lenha para queimar e leitores a conquistar.

Vou passar a receita de biscoitos austríacos, que são uns amanteigados parecidos com petit fours,  crocantes, leves e saborosos.

Os alemães os chamam de spritz e fazem esses biscoitos tradicionalmente no Natal. Mas um aniversário também é um bom motivo para fazer biscoitinhos e comer até se fartar, acompanhados de um cafezinho com leite, ou um chá.

Melhor ainda é comemorar que ainda estou aqui, e que fiz muitos novos amigos graças à troca de receitas. Essa aqui é de uma velha amiga e vizinha, a dona Charlotte (austríaca, claro!), que sempre nos dava chocolates de presente de aniversário, já que ela trabalhava na Sönksen, que, creio, nem existe mais.

Se a dona Charlotte ainda fosse minha vizinha, acho que ganhava um chocolate para comemorar este aniversário, ou os biscoitinhos.

Ingredientes

170 g de manteiga amolecida
70 g de açúcar confeiteiro
20 g de cacau em pó
Uma clara
185 g de farinha de trigo
Avelã em pó para decoração (ou qualquer castanha transformada em pó).


Preparação

Numa tigela, misture a manteiga amolecida com o açúcar confeiteiro e o cacau em pó.
Em seguida, junte a clara e misture bem.
Por último acrescente a farinha de trigo e misture até ficar uma massa homogênea.
Com a ajuda de um saco confeiteiro, faça os biscoitos sobre a forma (já forrada com o papel manteiga). Polvilhe cada um com a avelã em pó**.
Leve ao forno por 20 minutos a 180°C.

** Você pode comprar o pó de qualquer tipo de noz ou castanha nas boas lojas do ramo, ou simplesmente colocar no liquidificador, até transformar em pó.



quinta-feira, 23 de agosto de 2018

Véspera de aniversário e musse de amoras


Desculpem a correria ms a receita é fácil e deliciosa!


Amanhã, 24 de agosto, é o aniversário deste blog, no qual já escrevi um pouco de tudo. Comecei falando de uma reação alérgica, falei de vida e morte, de trabalho, de cultivo de hortas e jardins. Dei montes de receitas, falei de tantas coisas e não sei se cheguei a algum lugar.

Não importa. Amanhã é aniversário e também dia de São Bartolomeu. Vou comemorar com algo refrescante. Como as amoras estão entrando na estação, vamos de musse dessa frutinha deliciosa e muito benéfica à saúde (vide https://depoisdos39.blogspot.com/2017/09/cha-de-folha-de-amora-alem-de-gostoso.html).

Amo essa fruta e tenho a felicidade de ter várias amoreiras nas proximidades. Vou aproveitar!

Ingredientes

 100 g de amoras (usei as silvestres)
 80 g de açúcar glacê
 sementes de uma vagem de baunilha
 2 saquinhos de gelatina incolor
 100 ml de água morna
300 g de iogurte grego natural

Preparação

Num copo alto, colocar as amoras com o açúcar glacê e as sementes da baunilha. Para quem não aprecia muito as sementes das amoras, convém passar por uma peneira antes de juntar a gelatina já diluída em água quente. Bata tudo no liquidificador por uns dois minutos para incorporar tudo bem. Incorporar o iogurte e misturar delicadamente.
Se quiser pode colocar em taças individuais e levar à geladeira por umas duas horas antes de servir. Se quiser, decore com amoras frescas.


quarta-feira, 22 de agosto de 2018

Cadê a árvore que estava aqui?


Cortes e podas de árvores a dois dias do ano um!
Abacateiro suprimido porque derrubava folhas sobre os carros

Para quem já leu meu blog, que faz aniversário daqui a dois dias, sabe que há algumas coisas das quais eu gosto mais de falar, como culinária, hortas, jardins, reciclagem e natureza. Talvez por ser uma moradora de cidade, eu sinto falta de muitas coisas e, pelo menos enquanto caminho, preciso de lugares onde haja verde, e onde eu tenha espaço para andar com segurança, o que, em Diadema, está quase impossível.

Na verdade eu não comecei esse artigo para falar das calçadas quase inexistentes da minha cidade, mas sim sobre o descaso da administração municipal com relação a árvores ou qualquer tipo de vegetação. Já falei em outras postagens sobre como meu bairro foi sendo suprimido de verde, e a tal questão da compensação, que jamais é feita na mesma região de onde as árvores foram suprimidas.

Vou mostrar algumas fotos (com legendas), de árvores que foram cortadas no meu bairro, mas não consigo mostrar todas, já que foram muitas. Piraporinha, quando me mudei para cá há 13 anos, tinha árvores em todas as ruas do meu entorno, além de duas áreas verdes que foram detonadas, dando lugar a torres de apartamentos e condomínios industriais. Se houve compensação? Claro que não! Nem mesmo a rede de água e esgoto foi redimensionada para aguentar tanta carga.

Hoje (22/8), sei que haverá uma “visita técnica” à praça mais antiga da cidade, a qual a administração quer transformar em estacionamento. Ou seja: árvores e humanos fora! Carros são mais importantes. E a administração é do Partido Verde...

E pegando nesse gancho, vou falar das árvores do estacionamento da prefeitura de Santo André, que, na calada da noite, foram arrancadas sob a alegação de que não se “desenvolveram adequadamente”, mas que estavam ali há mais de 30 anos. Fiquei tristemente surpresa, pois aquela cidade sempre teve certa preocupação com a questão do verde e da qualidade de vida, com programas inovadores inclusive na questão de coleta seletiva. Há ainda a alegação de que galhos poderiam cair das árvores atingindo os veículos e as pessoas, como se isso fosse algo comum de acontecer no local. Mas, sabemos que árvores só atacam em legítima defesa.
Restos das Sibipirunas do Paço de Santo André, por Edu Guimarães

Santo André e Diadema são as únicas vilãs? Não. Parece que nenhuma cidade da Grande São Paulo está escapando da motosserra assassina. Amigos de várias regiões de São Bernardo dão queixa de que árvores estão sendo cortadas, enquanto o mato não é nem aparado. E as coletas seletivas em cidades onde acontecia foram cortadas. Ah! Estamos economizando, mas também não estamos administrando.
Estacionamento sem as árvores, com uma "irônica" lixeira, por Edu Guimarães

E chegamos ao ponto que eu queria. Estamos elegendo administrações que não sabem como é difícil fazer a zeladoria de uma cidade. É preciso entender e cuidar da questão do lixo; do bem-estar dos munícipes; do saneamento; das escolas; e de como a cidade pode melhorar se cuidarmos dela, com plantio (em todas as regiões) de árvores e vegetações. Há estudos internacionais que atestam não só os benefícios à saúde quando há mais verde nas cidades, como também o quanto isso aumenta o bem-estar e diminui a violência.

Não estou dizendo aqui que a criminalidade vai acabar plantando árvores, mas as pessoas, devido ao verde mais espalhado, tendem a ser menos briguentas e mal-humoradas. Cria-se ânimo e bem-estar.
Nos últimos 13 anos em que estou aqui vi as árvores do meu bairro sumirem, ou serem podadas tão descuidadamente que acabaram mortas. Vi o ruído (de carros, ônibus, motos, caminhões e pessoas) aumentar ao limite do intolerável; a poeira se tornou cada vez mais cinza e particulada; os riachos não apenas não foram recuperados como pioraram.
Árvore suprimida porque atrapalhava a passagem de pedestres, mas cujas raízes permanecem impedindo qualquer passagem

As águas das represas que nos abastecem estão com poluição de metais pesados, impossíveis de tratar, e os esgotos estão explodindo por serem mal dimensionados. E nós? Estamos sendo mortos por isso também.

Não sei a solução para tudo isso. Aliás, esse foi um dos motivos de criar este blog, o de falar sobre o assunto. Mas, como muitas coisas, não creio que tive grande sucesso na criação de um debate.  Espero melhorar se tiver um segundo ano, mas creio que, além de escrever, terei que fazer uns terrorismos, como plantar em todos os buracos que tiver nas calçadas, cortar todos os fios que estiverem caídos nas vias e quebrar com minhas próprias mãos todo veículo que passar aqui com ruído acima dos 30 decibéis.

Torçam por mim!

Por mais áreas verdes que nos tragam vida




Duas vidas ou uma só basta?

Duas vidas ou uma só basta? : Não me lembro de quem foi que disse a frase: “deveríamos ter duas vidas, uma pra ensaiar e outra para represen...