segunda-feira, 27 de agosto de 2018

Dia de reflexão da blogueira



Muito bem! O aniversário da página passou e eu agradeço todos os votos recebidos na página e em outras mídias. Mas, chegou a hora de parar e pensar. Afinal esse blog não é só para passar receitas de bolo, apesar de isso ser a saída dos jornalistas diante da imprensa amarrada da ditadura.

Mas hoje não estou aqui para isso e sim para falar sobre administração pública, que é uma das coisas mais difíceis de fazer quando somos bem intencionados e só nos deparamos com pessoas que pensam apenas em manter poder e fazer s coisas de acordo com a conveniência.

Senão vejamos: outro dia ainda falei sobre árvores removidas do paço municipal de Santo André; de prefeito em Diadema que quer destruir a praça Castelo Branco para transformar em estacionamento; de árvores cortadas pelas ruas com os motivos mais imbecis possíveis. E hoje, para completar, fico sabendo por uma notícia de jornal que a prefeitura de São Bernardo, que já teve o melhor setor de parques e jardins, vai cortar árvores centenárias da Avenida Senador Vergueiro para “instalar pontos de ônibus”.

Eu realmente não sei onde vamos parar ou como faremos para lutar contra isso, porque esse tipo de decisão me parece muito arbitrária, e não leva em conta o bem estar de ninguém.  Gostaria de saber que pontos de ônibus são esses que precisam tirar o lugar de uma árvore que está ali há muito tempo. Podem até não ser centenárias, mas se depender da sanha dos administradores do Grande ABC nunca chegarão a ser.

Sei que haverá leitor desse artigo dizendo que talvez a intervenção seja necessária, mas, afirmo que não é. A mesma administração que deseja fazer essa supressão deixou a praça da matriz sem as árvores, e idem para a Praça São João batista no Rudge Ramos. E a troco de que? De criar área de estacionamento, porque, é claro, é muito difícil criar bolsões nas ruas...

Pois é gente. É muito difícil fazer gestão de cidades para quem realmente quer fazer isso. Gestão significa ter equipamentos de saúde em bom estado de funcionamento e com profissionais no atendimento, além de provisões (remédios ataduras, curativos etc.); escolas com professores e em estado decente para abrigar alunos enquanto eles aprendem alguma coisa; guardas municipais que atendam a população criando ao menos um vínculo com a comunidade e fazendo ao menos que a lei municipal seja cumprida.

Polícia para quem precisa

Nesta última parte, das GCMs, vou destacar especialmente a da minha cidade, Diadema, que tem bons profissionais sim, mas que deixa a desejar no atendimento. Não sinto proximidade quando telefono e sou atendida por alguém que parece zombar de mim enquanto eu falo sobre alguém causando arruaça no bairro. Fico imaginando se os bairros onde acontecem os tais “pancadões” são tratados com o mesmo desprezo que recebi nas muitas vezes que liguei para falar sobre o mesmo problema.

Pode parecer que estou choramingando, mas como é um problema que já reclamo há dois anos sem solução, e em todas as polícias (municipais e estaduais), me dou ao direito de falar sobre isso no meu blog, porque resolver ninguém resolve. Em reuniões do famoso Conselho de Segurança (CONSEG) do meu bairro, me sinto como um disco riscado, mas não seria assim se as coisas fossem diferentes. Problema igual, discurso igual.

Estou sabendo por alguns amigos que na cidade vizinha, São Bernardo, a coisa anda parecida. Especialmente nos bairros mais distantes do centro, onde vemos muitas viaturas circulando. Não posso afirmar que o descaso lá seja o mesmo. Quando eu lá morava, chamava a polícia e ela aparecia. Aqui mandam você entrar na internet e fazer reclamação, como se todos tivessem a obrigação de ter internet em casa.

Então é isso. Temos as obrigações, mas não os direitos. Temos obrigação de pagar impostos e taxas, mas não o direito de andar por ruas e calçadas limpas. Temos o dever de cumprir a lei, mas não o de ver a justiça sendo feita, já que aqueles que não cumprem continuam a não cumprir. E nem estou falando aqui daqueles que são considerados “bandidos”, mas os ditos “cidadãos de bem”, que fazem e desfazem, interpretando as normas de acordo com suas conveniências.

Sim meus caros! Fazer barulho além dos limites, incomodando a vizinhança é ilegal! Estacionar seus veículos sobre a calçada, impedindo a passagem dos pedestres, é ilegal. Jogar lixo, entulhos e bagulhos em locais impróprios é ilegal. E mesmo que vocês pensem que isso é um “delito menor”, é um delito e deveria ser punido.

Mas vamos em frente, e vamos lutar pelos direitos que já são nossos, porém temos que exigir na ponta da faca, porque parece que falar e reclamar só vai causar naqueles que devem nos atender, o desprezo de quem pode resolver, mas não quer, e o escárnio de quem se acha acima do bem e do mal. Até quando? Só Deus sabe.




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