quinta-feira, 17 de janeiro de 2019

Blogar Em Depois Dos 39




Escolhi a coisa mais difícil de fazer ao criar um blog, que foi a diversidade de assuntos. Já dei receitas; falei sobre problemas caseiros, de trabalho, de políticas públicas e meio ambiente, entre outros temas. Mas o que eu quis dizer com toda essa diversidade? A vida (antes ou depois dos 39 anos) não está focada em apenas uma coisa. Se assim fosse, bastaria continuar respirando que tudo estaria bem, certo?

Pois é. A vida não é assim e meu blog muito menos. Estou passando momentos muito difíceis, assim como milhões de pessoas mundo afora, mas em nenhum momento eu desrespeitei a inteligência alheia afirmando que tenho a chave para a vida, o universo e tudo o mais. E digo por que eu não faria isso. Não acredito em charlatanismo. Se a vida tivesse manual de instruções seríamos todos lindos e felizes. Não somos.

Resolvi usar o espaço para falar sobre coisas simples do meio ambiente, sobre receitas que gosto de fazer e comer. Não é a toa que não há nada com quiabo, jiló, bucho ou bacalhau, já que eu não gosto. Falei sobre minha família e amigos (alguns ainda não entraram), porque são meu apoio.

Falei sobre trabalho, ou a falta dele, porque vivemos um momento em que poucos dão importância real para quem produz a riqueza, e muita a quem explora a pobreza. Não vou enganar ninguém, pois a ideia, desde o princípio, foi monetizar esse espaço. Nem relógios trabalham de graça.

Fiz tudo o que me mandaram fazer, como escrever sempre, mesmo quando estava caindo de cansaço; divulgar tudo em grupos de interesse, o que fiz incessantemente; Trabalhar sem parar… e isso não me incomoda. O que me incomoda é trabalhar e não ver o resultado.

Alguns dirão que eu tenho que persistir, e vou, e outros que eu preciso parar de choramingar e eu não estou. Mas as contas não param de passar por baixo da porta de nenhum de nós, e no fim o que importa é se você tem como sobreviver depois dos 39 anos. Porque tudo é muito bonitinho quando se fala coisas como “você receberá vários dígitos pelo seu trabalho”, mas a real é que nem todos chegarão lá. Eu sei que ainda não cheguei.

A última que ouvi foi que preciso pegar uns 10 blogs que perderam o dono e tomar como meus para ganhar alguns dólares em cada um deles. Aí me pergunto: “mas isso não seria roubar?” É claro que sim! E quando questiono isso, a pessoa diz que estavam abandonados mesmo. Não são de ninguém.

Não concordo. Se alguém fez e colocou seu esforço ali e suas ideias, a coisa pertence a alguém. É como pedir que eu escrevesse sobre os “temas que interessam e que estão na moda”. Ora… se tem um montão de gente fazendo isso, eu não seria apenas mais uma? O que me destacaria dos milhares que estão fazendo tudo igual?

Vou terminar dizendo que faço e fiz muitas coisas dentro e fora da internet que foram bem-sucedidas profissionalmente e pessoalmente. Fiz um monte de coisas que me fizeram acreditar que sou um fiasco total. No caso deste blog eu ainda não sei, porque tenho um monte de perguntas não respondidas.

Mas mesmo assim, darei uma resposta a alguns: eu NUNCA vou usar o conteúdo de outras pessoas aqui. Minha mãe não criou uma filha desonesta, nem filha sem ideias e imaginação para ter que roubar o que outros fizeram. Posso estar caída, mas não vou ser igual a tantos que pensam ser isso minimamente certo.

Obrigada amigos e leitores, especialmente os seguidores. Ainda não sei como trazer os seguidores do blogspot para cá, mas vou descobrir

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Comente, sua opinião é sempre bem-vinda!

Duas vidas ou uma só basta?

Duas vidas ou uma só basta? : Não me lembro de quem foi que disse a frase: “deveríamos ter duas vidas, uma pra ensaiar e outra para represen...