sexta-feira, 28 de fevereiro de 2020

Difícil é ser mulher e chegar aos 59 anos


Vou começar explicando que este post é um teste que escrevi para uma vaga de emprego. Como já vi muitos dos meus testes publicados sem que eu fosse contratada, resolvi que postaria no blog também.
Para ser bem franca não escolhi nenhum dos temas importantes a atuais apresentados para este teste, não porque não saiba nada sobre eles, mas porque vivi pessoalmente alguns deles, mas nesta ocasião estou vivendo um momento feminino diferente, que eu chamo de pós-menopausa e que é tão complicado e relevante como todos os momentos das vidas de qualquer mulher.

Se os complexos hormônios que vêm agregados ao cromossomo X já não fossem a causa de muitos males (calores e dores podem não ir embora com o fluxo menstrual!), a fase após os 50 é complicada em todos os sentidos. Se você está desempregada precisa praticamente implorar para conseguir uma nova posição o que, no Brasil atual, se tornou ainda mais complicado.

Não importa se lutamos para ter salários iguais  quando desempenhamos as mesmas funções; Ou se lutamos para ter voz e opinião, mesmo quando todos veem que a ideia que você acabou de apresentar e que foi descartada é aceita como uma grande “saída” porque saiu da boca de um homem. Essas são apenas ‘pequenas’ agressões que mulheres sofrem todos os dias e elas não ficam melhores quando você envelhece.

Se tomamos atitudes um mínimo mais autoritárias, somos tachadas de malvadas. Um homem na mesma situação seria o “grande líder”. Estou dando voltas só para dizer que de uma forma ou outra somos agredidas todos os dias. Sexualmente, verbalmente, fisicamente, espiritualmente. Lutamos tanto para sermos livres desses conceitos e preconceitos e, mesmo assim, ainda ouvimos a palavra FEMINISMO ser pronunciada como se fosse um palavrão, e por fêmeas da espécie!

Compreendo, mas já não muito, pessoas que confundem a palavra e o movimento feminista (que trata da busca por direitos iguais), com o machismo (que trata de segregar e manter privilégios). Conquistamos algumas posições, que perderemos se cruzarmos os braços. Ainda há muito o que fazer. Muito o que caminhar. Temas como amamentação ou parto ainda estão na pauta do dia.

Estupros ainda acontecem todos os dias com mulheres e meninas. E muitas vezes somos atendidas por pessoas que não têm nenhuma compaixão pelas vítimas. E em pleno século XXI. Estamos brigando para manter direitos que querem nos roubar. Ouvindo, como jornalistas, declarações de baixo calão enquanto tentamos exercer nossa profissão. E não podemos deixar nenhuma mulher de fora. Já basta desse assédio constante em todas as esferas.

Quero um mundo onde meninas não sintam medo de se expressar. Onde mulheres possam caminhar. Onde se aprenda a pensar, e onde mulheres de 59 anos possam encontrar novos empregos e oportunidades sem serem chamadas de velhas, porque elas podem ser incríveis e contribuir muito, até mesmo no aprendizado dos mais jovens, ou dando educação para quem não teve em casa.




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