sábado, 13 de abril de 2019

Cenas de ódio que se repetem séculos afora



“O exército derrubou a tiros milhares de homens, mulheres e crianças, mesmo que estes não participassem dos combates. Soldados executaram quem ousava defender suas posições; outros morreram porque estavam em trajes de trabalhadores, ou pelo modo de falar. Os massacres realizados contra seus próprios compatriotas prenunciaram os demônios dos séculos seguintes. Você podia ser derrubado a tiros por ser apenas quem era, ou porque queria ser livre”.

Vai ter gente revirando os olhos para este texto meu, que começa com a citação de um capítulo sangrento da história. E qualquer semelhança com o período que estamos vivendo no Brasil, é apenas porque somos um povo burro, que não aprende nem com os próprios erros, que dirá com os erros dos outros.

Primeiramente, o trecho entre aspas fala de um período da história francesa conhecido como Comuna de Paris. Quero que as pessoas vejam e entendam que o que estamos vendo aqui no Brasil já aconteceu em outras partes, mas pessoas mais inteligentes assimilam e seguem em frente. No nosso caso, teimamos em não ver o óbvio: querem nos matar.

E se não fosse verdade, porque autorizar o uso de venenos nas lavouras que vão matar quem aplica, quem come, além de colocar a perder o solo, os animais e a água? Deveríamos sim criar defensivos agrícolas menos agressivos, mas para isso precisaríamos evoluir e isso custa dinheiro.

Se não querem nos matar, então a troco de que metralhar um carro de onde não partiu nenhum ataque? Morreu um pai de família, e ainda tem gente dizendo que “não morreu ninguém”, ou que isso é aceitável dada a violência que o Rio de Janeiro vive. Eu digo que não é aceitável. Que toda vida vale alguma coisa. A guerra criada o foi por pessoas que ainda acham que o inimigo está no morro, mas não está.

Em uma postagem de rede social alguém comentou que esse monte de tragédias acontecendo aqui pode ter sido atraído por pensamentos de ódio que estão ultrapassando os limites. Confesso que penso o mesmo. Vejo tanto rancor nas falas das pessoas que eu creio mesmo que atraímos o “coisa ruim” para este país. Começando por eleger o camarada mais burro do universo para dizer o que devemos ou não fazer de nossas vidas.

Confesso que jamais pensei que se podia fazer e dizer tanta besteira em 100 dias, mas dou meu braço a torcer que é possível! E de um presidente de redes sociais as coisas ruins espalham feito rastilho de pólvora, detonando o que vem no caminho. Precisamos de ordem? Sim! Mas isso não é ordem. Precisamos de progresso? Sim! Mas não estamos indo a parte alguma!

O país está travado, os meios de produção (que nunca foram tomados por comunista algum) estão indo embora, porque como eu disse, nem todos os seres do mundo são burros. Os caras já perceberam que deste mato não sai mais coelho, e perceberam a hora de parar de investir.

Podem revirar os olhos para mim, mas não creio que uma nação se construa com revisionismos mentirosos ou com um combatendo o outro só porque ganhou ou perdeu o poder. Uma nação se constrói em torno de uma meta que dê aos seus cidadãos os direitos que eles têm de nascença, pois só assim se podem cobrar os deveres.

Querem reformas? Comecem por criar condições de trabalho dignas. Comecem por trazer investimentos que gerem emprego e renda.

E Paulo: sei que você vai dizer em seu coração que isso não vai me trazer o dinheiro que preciso ganhar, mas os seus métodos também não trouxeram, e se eu não usar o blog para dizer o que eu penso, mesmo que apenas poucas vezes, ele não tem finalidade e nem eu.


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