“O exército derrubou a tiros milhares de homens, mulheres e
crianças, mesmo que estes não participassem dos combates. Soldados executaram
quem ousava defender suas posições; outros morreram porque estavam em trajes de
trabalhadores, ou pelo modo de falar. Os massacres realizados contra seus
próprios compatriotas prenunciaram os demônios dos séculos seguintes. Você
podia ser derrubado a tiros por ser apenas quem era, ou porque queria ser livre”.
Vai ter gente revirando os olhos para este texto meu, que
começa com a citação de um capítulo sangrento da história. E qualquer
semelhança com o período que estamos vivendo no Brasil, é apenas porque somos
um povo burro, que não aprende nem com os próprios erros, que dirá com os erros
dos outros.
Primeiramente, o trecho entre aspas fala de um período da
história francesa conhecido como Comuna de Paris. Quero que as pessoas vejam e
entendam que o que estamos vendo aqui no Brasil já aconteceu em outras partes,
mas pessoas mais inteligentes assimilam e seguem em frente. No nosso caso,
teimamos em não ver o óbvio: querem nos matar.
E se não fosse verdade, porque autorizar o uso de venenos
nas lavouras que vão matar quem aplica, quem come, além de colocar a perder o
solo, os animais e a água? Deveríamos sim criar defensivos agrícolas menos
agressivos, mas para isso precisaríamos evoluir e isso custa dinheiro.
Se não querem nos matar, então a troco de que metralhar um
carro de onde não partiu nenhum ataque? Morreu um pai de família, e ainda tem
gente dizendo que “não morreu ninguém”, ou que isso é aceitável dada a
violência que o Rio de Janeiro vive. Eu digo que não é aceitável. Que toda vida
vale alguma coisa. A guerra criada o foi por pessoas que ainda acham que o inimigo
está no morro, mas não está.
Em uma postagem de rede social alguém comentou que esse
monte de tragédias acontecendo aqui pode ter sido atraído por pensamentos de
ódio que estão ultrapassando os limites. Confesso que penso o mesmo. Vejo tanto
rancor nas falas das pessoas que eu creio mesmo que atraímos o “coisa ruim”
para este país. Começando por eleger o camarada mais burro do universo para
dizer o que devemos ou não fazer de nossas vidas.
Confesso que jamais pensei que se podia fazer e dizer tanta
besteira em 100 dias, mas dou meu braço a torcer que é possível! E de um
presidente de redes sociais as coisas ruins espalham feito rastilho de pólvora,
detonando o que vem no caminho. Precisamos de ordem? Sim! Mas isso não é ordem.
Precisamos de progresso? Sim! Mas não estamos indo a parte alguma!
O país está travado, os meios de produção (que nunca foram
tomados por comunista algum) estão indo embora, porque como eu disse, nem todos
os seres do mundo são burros. Os caras já perceberam que deste mato não sai
mais coelho, e perceberam a hora de parar de investir.
Podem revirar os olhos para mim, mas não creio que uma nação
se construa com revisionismos mentirosos ou com um combatendo o outro só porque
ganhou ou perdeu o poder. Uma nação se constrói em torno de uma meta que dê aos
seus cidadãos os direitos que eles têm de nascença, pois só assim se podem
cobrar os deveres.
Querem reformas? Comecem por criar condições de trabalho
dignas. Comecem por trazer investimentos que gerem emprego e renda.
E Paulo: sei que você vai dizer em seu coração que isso não
vai me trazer o dinheiro que preciso ganhar, mas os seus métodos também não
trouxeram, e se eu não usar o blog para dizer o que eu penso, mesmo que apenas
poucas vezes, ele não tem finalidade e nem eu.
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