segunda-feira, 12 de novembro de 2018

O que a arte tem a ver com os jardins?



Essa é uma pergunta que pode ser respondida com “nada” e “tudo”. A arte, dizem, é a “expressão do belo”. Mas é mais que isso, creiam! A arte é a forma que alguns humanos encontram de expressar sentimentos, impressões sobre a vida, sobre o mundo em que vivem.

Há alguns tolos que já me disseram ser a arte uma inutilidade. Mas são os mesmos tolos que ‘acham’ que filosofia, história, geografia, literatura etc. são bobagens e também são as pessoas que não conseguem manter uma planta viva, porque são incapazes de regar e tratar.

Lamento por essas pessoas, mas acreditar nesse monte de bobagens é jogar no lixo tudo o que a humanidade nos legou de melhor. É não saber e nem querer saber. Mas esse não é o objetivo desse artigo.

Para falar a verdade eu comecei o dia ainda desanimada por essa gripe encruada e pensando em ir a algum museu no próximo feriado olhar uns quadros. No meio da busca para ver algo, me deparei com um artigo que coloca muitos dos museus no centro de belos jardins, como o caso da Pinacoteca do Estado, um belo exemplar arquitetônico que fica na Avenida Tiradentes e tem algumas das obras mais representativas da arte brasileira. Preciso dizer que está no meio de um jardim?

Na mesma região, o Museu de Arte Sacra trás obras do barroco paulista em um prédio preservado. No local um convento de enclausuradas, a sensação de ainda estar no Brasil Colônia e, claro, um jardim.

Do mesmo modo, vários museus de São Paulo (e do Brasil) estão no meio de alguns dos mais belos jardins, que, como exemplares urbanos, devem ser preservados. O Museu do Ipiranga, fechado para reforma há anos e sem previsão, tem um jardim à La Versalhes, e o Museu da Imigração, localizado no bairro do Brás, tem ajardinados lindos.

Um museu existe para preservar qualquer realização humana, seja artística ou memorial, e para isso devem ser visitados e cuidados. Assim como seus jardins. Não podemos mais deixar que o descaso com aquilo que não se entende deixe esses lugares morrerem pelo fogo, pelo desleixo oficial e pela ignorância dos que não querem aprender ou ver.

Nesse feriado de 15 de novembro procure um programa assim e vá com a sua família. Conheça um pouco de arte. Veja algumas antiguidades. Sempre se pode aprender com elas. Caminhe pelos corredores de um museu e sente em seus jardins para apreciar a natureza. Quer dicas? Vá à internet. O Google existe para procurar coisas assim também.

E por favor: jamais seja uma dessas pessoas que acham tudo inútil. Todas as artes (música, pintura, literatura, teatro, cinema, quadrinhos), tudo isso existe para nos mover em frente, porque se não conseguimos aprender as lições deixadas, como podemos evoluir no futuro?

Em tempo: algumas das fotos são de visitas feitas com amigos queridos a museus e exposições nos locais mencionados. Todas valeram a pena! Não serei eu a matar a arte!



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