sábado, 29 de setembro de 2018

Onde foram parar os pardais urbanos?



Muitos motivos me levaram a fazer essa pergunta do título. Nasci e cresci em grandes centros urbanos e pardais sempre fizeram parte das paisagens dos lugares onde vivi e vivo. Mas já faz um bom tempo que não os vejo e resolvi pesquisar para saber o que aconteceu a esses pássaros, que eram mais comuns que as pombas.

Para começar, pardal é uma forma popular de denominar um pequeno pássaro da família Passeridae. São pequenas aves que se adaptam em diferentes lugares do mundo, além disso, vivem tranquilamente nas áreas rurais e urbanas, e se alimentam de sementes e insetos, e, até bem pouco tempo, encontrados em todos os continentes.

Os pardais urbanos mencionados no título eram uma espécie bastante humanizada, por sua convivência conosco e apareciam nos quintais, varandas, beirais etc., se alimentando até de restos humanos. Entretanto o número dessas aves vem declinando, justamente por conta da convivência com a nossa espécie.

Nas áreas rurais as alterações na estrutura produtiva agrícola que promoveram uma queda no desperdício de grãos que servia de alimentos para as aves em questão. Em áreas urbanas foi identificado um processo decrescente no número de pássaros dessa espécie pelo mundo afora, como resultado da falta de áreas verdes e intenso processo de impermeabilização do solo, o que provoca a redução de insetos e automaticamente a oferta de alimentos. 

Para quem acha que estou me preocupando com coisa boba, por favor, gostaria que entendessem que todos os seres têm alguma função na natureza. Basta dizer que nas regiões onde antes havia pardais e agora não há mais, a quantidade de problemas com cupins cresceu de maneira absurda.

Os cínicos podem até dizer que é só chamar o exterminador, mas preciso avisar que um dia será a nossa vez de ser exterminados. Nós estamos nos tornando uma praga neste planeta, envenenando a água, o solo, o ar e até mesmo a nossa comida. Ou seja: nos tornamos as piores criaturas a viver por aqui. E não somos nem tão adaptáveis quanto outras espécies.

Vou terminar fazendo um apelo para os que ainda têm coração: veja bem o que você está fazendo. Você percebe como as suas ações podem afetar esse planeta em que vivemos? Até quando vamos nos comportar como um bando de gafanhotos destruidores de tudo?

Se vocês acreditam que exagerei, que a humanidade não tem nada a ver com esse extermínio de pardais, saibam que, no Brasil existem cidades que disseminaram praticamente 98% dos pardais. E vou citar o exemplo muito cruel da cidade baiana de Cruz das Almas, onde a população matou esses pássaros, pois não queria ser “importunada” muito cedo pelos sons das aves e também por causa de sua permanência nas varandas das residências. 


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