A luta contra a insanidade não tem fim
Essa semana foi tão corrida que mal deu tempo para cuidar de
blogar. Mas nem tudo foram correrias, e eu gostaria de partilhar algumas
vitórias (não necessariamente minhas), e algumas coisas que ainda persistem no
mesmo patamar.
Para começar, estou fazendo um trabalho bem longe do meu “home-office”,
mas isso é bom, pois me afasta um pouco de um mundinho que nunca foi o meu.
Preciso ver pessoas diversas, mesmo que, muitas vezes, elas se comportem igual
às desse lugar onde vivo.
É bom conversar com colegas enquanto trabalho e trocar
experiências. É bom ver que não se está sozinho quando parece que temos opiniões
que ninguém compartilha, ou mesmo que só concorda para não discordar ou debater.
Pessoas! O debate é necessário toda hora! Se não debatermos, ficaremos estagnados a uma ideia que é apenas cômoda.
Mas vamos às vitórias. Soube que a Monsanto (aquela empresa
das sementes geneticamente modificadas) foi derrotada em ação que esta moveu
contra a AVAAZ e outros sites, que além de escancararem para o mundo que a
empresa quer destruir tudo e todos que plantem organicamente, acha que ninguém
pode levantar a voz e falar isso. Foi mal grande M, mas um juiz acabou com seus
privilégios e mostrou que você não é onipotente.
Gostaria que essa vitória se estendesse ao nosso País, mas
parece que os juízes e políticos daqui ainda não aprenderam que precisamos
defender direitos e não privilégios. E assim seguimos lutando para não sermos
envenenados com agrotóxicos; para poder fazer hortas comunitárias; para ter
direito de plantar, colher e comercializar produtos orgânicos.
Precisamos nos responsabilizar para aprender a cobrar
Na área ambiental também precisamos continuar a luta por
muito tempo. Primeiramente, precisamos parar com as ocupações em áreas de
mananciais, e isso só será possível quando pararmos de excluir as pessoas como
se elas só tivessem deveres e nunca direitos. E falo aqui da exclusão social.
Precisamos ver claramente o limite entre nosso preconceito e a situação real e
perguntar: como posso ajudar a mudar isso?
Precisamos aprender a preservar, pessoas, nosso entorno, o
mundo. Não tudo de uma vez, porque também não somos onipotentes, mas de pouco
em vez. Parem de jogar lixo na rua. Não é só a “sua” bituca, sacolinha,
coisinha etc. É a sua e de milhões de pessoas que agem de modo igual. Quer
saber quando aquele córrego ou nascente estarão livres de poluição? Quando você
parar de jogar lixo no lugar errado.
Esta semana, estudando para escrever uma matéria, descobri
que só na construção civil geramos 60% de todos os resíduos sólidos do país em
um ano, o que dá umas 100 mil toneladas de lixo, que poderia ser reciclado e
usado em muitas coisas. Sim! Descobri que o entulho pode ser transformado e
usado! Será que há não passou da hora de descobrirmos isso todos nós? Porque
nos escandalizamos com algumas coisas e com outras não?
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