sábado, 14 de abril de 2018

Redes sociais e a vida de todos


O bem e o mal na rede social


Nesta semana, entre tudo o que anda acontecendo, estava um depoimento dado pelo fundador de uma rede social muito famosa, sobre o vazamento de dados de milhões de usuários, perfis falsos, favorecimento eleitoral com o uso desses dados e muitas
outras coisas correlatas.

Independente de pensar que meus dados podem (ou não) ter sido usados para eleger um monstro laranja em outro país, vejo uma pancada de gente histérica com isso. Gente que conheço, e que faz parte do meu dia a dia. O que me faz pensar: Se isso incomoda tanto assim, porque essa pessoa mantém um perfil nessa rede social? E a partir dessa ideia surgiu outra: Há mesmo a necessidade tão desesperante de se estar em redes sociais?

Deixando de lado a ideia pueril de que o mundo era melhor antes das redes sociais, eu declaro que elas existem e não dá para voltar atrás na criação dessas ferramentas de compartilhamento de informação. Elas cresceram iguais a monstros, talvez porque na regulamentação, ninguém dimensionou o tamanho que isso ia alcançar.

Hoje é quase insano pensar que algo ou alguém não faz parte ao menos de uma dessas redes, e me lembro do quanto relutei em entrar nelas, exatamente por medo de ver minha vida e minhas ideias compartilhadas à velocidade da luz. Hoje faço uso delas, profissionalmente inclusive, mas ainda acredito que deveria haver regras mais claras em cada uma delas.


Por exemplo: não faço questão alguma de ler uma notícia, com fotos piores que as do antigo jornal “Notícias Populares”, sobre alguém que se suicidou; ou ver pessoas compartilhando o vídeo de um suposto assaltante em ação, porque, pelo menos no segundo caso, algum idiota que se acha mais esperto que todos pode resolver linchar alguém só porque parecia com a tal pessoa. E o que vejo são pessoas que usam mal o direito à informação, porque não sabem nem cuidar das próprias vidas.

Em redes sociais vemos pessoas se transformando em juízes, júris e carrascos ao mesmo tempo, como se o mundo todo fosse horrível e só elas fossem pessoas do bem. Mas senhores e senhoras, estejam atentos a esta frase: uma rede social é apenas uma coisa, uma ferramenta facilitadora de comunicação. Ela não é o mal, porque para o mal e o bem existirem, depende de pessoas, como eu e você, que está lendo. E o mal já existia muito antes dessas ferramentas serem criadas.

Tenho certeza de que está passando pela cabeça de cada um a vez em que alguém maltratou a você ou a outra pessoa por meio de uma rede social. Mas esta não faz nada sozinha. Ela não cria, assim como o computador no qual estou escrevendo não cria. Eu crio! Tu crias! Eles criam!

Portanto, antes da gente sair jogando pedras em seja lá quem for, vamos fazer um exame de consciência e pensar em quantas vezes maltratamos alguém ou vimos alguém ser maltratado sem fazer nada. Se após esse exame de consciência, você acreditar que a rede social é o mal, saia dela. Aliás, saia de sua casa e vá fazer algo de útil pelo mundo e pelas outras pessoas.Porque na rede (ao menos na minha), tem várias coisas ruins, mas também tem muita gente lutando para ajudar os outros. E por isso, eu fico.

Em tempo: este artigo será postado no meu blog (Depois dos 39 anos), e será compartilhado no Twitter, Google+, Pinterest e sim (!) Facebook. Espero que seja lido pelo maior número de pessoas possível, e gostaria que a mensagem fosse entendida. Precisamos evoluir!


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