sexta-feira, 1 de junho de 2018

Vamos comemorar as festas juninas?


Aprenda sobre o milho, um dos ingredientes principais das festas

Chegamos a junho e, de certa forma, adoro este mês. Há um cheiro no ar de fogueiras de São João, mesmo que tenhamos muitos outros santos a comemorar, neste mês temos Santo Antonio (dia 13) São João Batista (24) e São Pedro (dia 30). E vou falar bastante nessas festas porque há manifestações por todo o país, como os Bumbas meu Boi, as quermesses, e muito foguetório.


Sei que estamos um pouco para baixo este ano por conta das coisas ruins que andam acontecendo, mas precisamos recobrar nossa capacidade de levantar, sacudir a poeira e dar a volta por cima.

Vou falar um pouco de um dos ingredientes mais usados nas festas juninas, que é o milho, um cereal nativo das Américas e que já era utilizado como alimento há pelo menos 12 mil anos. Aliás, muitos povos indígenas consideravam o milho algo mais precioso que o ouro, pois ele dava energia e sustento às populações locais.

Os nativos norte-americanos davam tanta importância ao milho que ele recebia diferentes nomes entre as tribos, mas sempre com o significado de vida. Era comido cozido e assado e, com ele moído, faziam-se bolos e pães. Tudo indica que a pipoca foi demonstrada pelos nativos aos colonizadores europeus em uma festa.

O milho é muito utilizado como alimento humano ou para ração animal, devido às suas qualidades nutricionais. O cereal tem alto potencial produtivo e, se falarmos de cultivo em larga escala geralmente é mecanizado, se beneficiando muito de técnicas modernas de plantio e colheita. Mas isso se falarmos das variedades mais comuns. Algumas culturas familiares e comunitárias têm trazido de volta à vida espécies de milho há muito esquecidas e que vêm sendo trocadas por transgênicos.

Faz um bem danado à saúde!

O Milho puro ou como ingrediente de outros produtos, é uma importante fonte energética. Ao contrário do trigo e do arroz, que são refinados durante seus processos de industrialização, o milho conserva sua casca, que é rica em fibras, fundamental para a eliminação das toxinas do organismo humano. Além das fibras, o grão de milho é constituído de carboidratos, proteínas e vitaminas do complexo B. Possui bom potencial calórico, sendo constituído de grandes quantidades de açúcares e gorduras. O milho contém vários sais minerais, como ferro, fósforo, potássio e zinco.

De acordo com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), apenas 5% do que produzimos vão para o consumo humano direto, sendo mais utilizado na fabricação de óleos, farinhas e outros ingredientes, além da ração animal.

Mas como eu disse no começo, o cereal é matéria-prima principal de vários pratos da culinária típica brasileira, especialmente as que comemos nas festas juninas. Temos canjica, cuscuz (vide artigo de 31 de maio), polenta, pamonhas, curau, bolos, pipoca, sucos, pães etc.  Nos próximos dias passarei algumas receitas juninas, com milho, ou com outros ingredientes. O importante é lembrar que podemos festejar, mas não podemos deixar de lado os problemas. Isso só acontece quando eles são resolvidos

Ah! E antes que me esqueça: milho também serve para fazer combustível, menos tóxico, menos poluente e de fonte renovável.




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