terça-feira, 17 de julho de 2018

Louro, a erva dos deuses e imperadores



Conta a lenda que o deus grego Apolo se apaixonou pela ninfa Dafne, que não correspondia ás investidas do moço. Um dia, o deus indignado com a indiferença tentou pegar a moça de modo violento. A ninfa, protegida de algumas deusas, se metamorfoseou em loureiro, dando origem a um dos temperos mais usados em cozidos, refogados, sopas e claro (!) no nosso feijão de cada dia.

Na antiguidade o louro era tão importante que suas folhas eram usadas em coroas que premiavam os atletas olímpicos e também nos triunfos dos imperadores e generais romanos. Dizem que quando um imperador desfilava em triunfo pelas ruas da Roma antiga, um escravo segurava a coroa de louros sobre a cabeça deste enquanto sussurrava ao seu ouvido: “lembre-se que você é mortal”.

O loureiro é uma árvore do tipo “sempre-verde” que atinge até 10 metros de altura. Suas flores são de um verde-amarelado pálido e são suportadas em pares ao lado de uma folha. As folhas, que são a coisa mais utilizada chegam aos 10 centímetros de comprimento por 4 de largura, mais ou menos, e seu fruto é uma pequena baga preta brilhosa que contém uma semente.


O rei da culinária

Essas folhas, grandes companheiras da culinária, têm sido usadas em uma grande variedade de receitas mediterrâneas. Mais comumente, as folhas aromáticas são adicionadas inteiras aos molhos de macarrão e removidas dos pratos antes de serem servidos.

A vida útil de uma folha de louro é longa, de cerca de um ano, com temperatura e umidade normais e são utilizadas quase exclusivamente como agentes aromatizantes durante a fase de preparação de alimentos. Entretanto, quando moídas, podem ser ingeridas com segurança e são frequentemente usadas em sopas e cozidos.

Seus frutos secos junto com o óleo de folhas prensadas podem ser usadas como temperos mais fortes e a madeira da árvore pode ser queimada para dar sabor defumado a carnes e embutidos.

Um auxiliar para a saúde física e mental

Qualquer cozinheira (o) de respeito sabe o que o louro faz pela gastronomia, mas os benefícios vão além, oferecendo calma à mente e saúde ao corpo. Entre suas propriedades mais conhecidas está a expectoração, pó que auxilia a depurar o organismo e regular a função respiratória, quando utilizado como infusão (chá), ou como parte de inalações.

Não se esqueçam de que o louro é uma planta medicinal e seu uso deve ser comedido. Um dos motivos de usar a folha na culinária, além de dar sabor à comida, é que o louro é tônico estomacal, agindo como digestivo e auxiliando no combate a inflamações.

Quando usado em inalações, além de atuar como expectorante, o louro ajuda a diminuir o estresse e a ansiedade, atuando como um calmante muito eficaz. O linalol, um óleo essencial presente nesta planta, é muito útil para acalmar nossa mente e reduzir o nível de cortisol no sangue. Obviamente, se o problema persiste, o correto é buscar ajuda de um profissional da saúde.

Aprenda a usar para se livrar do estresse e da ansiedade

A Aromaterapia faz um tratamento no qual as folhas são queimadas, precisando apenas de um recipiente metálico onde o louro pode ser queimado com segurança e três folhas secas de louro, além de um local tranquilo onde você possa se deitar e sentir o aroma da fumaça. Dizem que ajuda tirar a fadiga, trazendo uma sensação de relaxamento.

Além de inalar fumaça, outra forma de usar o louro para tratar a ansiedade é fazer uma infusão, como já foi dito. Para isso a pessoa só precisa de um litro de água, dois paus de canela e cinco folhas de louro.

 Basta colocar o litro de água em uma panela e ferver. Nessa hora  acrescente a canela e as folhas de louro, fervendo mais um minutinho e desligando o fogo. Abafe a panela por uns 20 minutos e coe para ficar apenas com esse chá. Coloque em uma garrafa de vidro para sua melhor conservação e tome uma xícara de café antes das refeições.


Nenhum comentário:

Postar um comentário

Comente, sua opinião é sempre bem-vinda!

Duas vidas ou uma só basta?

Duas vidas ou uma só basta? : Não me lembro de quem foi que disse a frase: “deveríamos ter duas vidas, uma pra ensaiar e outra para represen...