Roupa com padrão é luta antiga
Em 2007, 10 anos atrás, escrevi um artigo falando da padronização obrigatória
da numeração das roupas fabricadas no País. A Abravest (Associação Brasileira
do Vestuário) vinha lutando há muitos anos para criar uma padronização no
tamanho do vestuário brasileiro, assim como já acontecia em muitos outros países.
Norma de padronização nacional deve se estender aos importados
Muito bem, de certa forma isso aconteceu, porque as roupas “made in Brasil” passaram a seguir regras da norma ABNT (NBR 13.377), mas e os montes de roupas importadas que chegam e são comercializadas todos os dias nas lojas do País?
Pelo que percebi ontem, em uma loja muito conhecida, é que a
padronização inexiste. Pior. Você
olha na etiqueta e lá está uma padronização
de tamanho para três países (EUA, México, China, por exemplo). Sabe o que não
havia? O tamanho correspondente no país chamado Brasil.
O consumidor brasileiro continua a perder muito tempo na
experimentação das roupas, sem falar nas peças que se compra sem o direito de
troca, como peças íntimas, por exemplo.
Tamanho único é um mito
Por mais que as associações salientem que há necessidade de
acatamento de uma norma padrão
para disciplinar o mercado nos mais diversos
segmentos do vestuário, na prática isso inexiste. Talvez a criação de um selo
de certificação ajude a atestar a qualidade e conformidade da norma. Fixado em
cada produto, o selo distinguiria as empresas que já se adaptaram às normas
perante o consumidor, mesmo em produtos importados, que devem, sim, se adequar
à normatização de um país. Por enquanto, como em muitos setores deste país, tudo o que podemos esperar é que alguém nos respeite e faça cumprir as leis que já existem. Mas talvez seja esperança vã! 10 anos depois do meu artigo e ainda não vejo, na prática, padrão nenhum.
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