sábado, 9 de dezembro de 2017

Chega de roupas que não servem!

Roupa com padrão é luta antiga


Estamos próximos de mais um Natal, o de 2017, e como sempre acontece, vamos às lojas para comprar roupa nova para passar as festas. Aí você entra nos grandes magazines e se depara com numerações e tamanhos que não têm nada a ver com a realidade. São duas roupas de tamanho ‘M’ que são totalmente diferentes em seus tamanhos reais e você ainda houve da vendedora a famosa frase: “o padrão das empresas é diferente”, ou "A confecção é pequena", como se isso fosse uma coisa normal ou como se a fita métrica fosse elástica.
Em 2007, 10 anos atrás, escrevi um artigo falando da padronização obrigatória da numeração das roupas fabricadas no País. A Abravest (Associação Brasileira do Vestuário) vinha lutando há muitos anos para criar uma padronização no tamanho do vestuário brasileiro, assim como já acontecia em muitos outros países.

Norma de padronização nacional deve se estender aos importados

Muito bem, de certa forma isso aconteceu, porque as roupas “made in Brasil” passaram a seguir regras da norma ABNT (NBR 13.377), mas e os montes de roupas importadas que chegam e são comercializadas todos os dias nas lojas do País?
Pelo que percebi ontem, em uma loja muito conhecida, é que a padronização inexiste. Pior. Você
olha na etiqueta e lá está uma padronização de tamanho para três países (EUA, México, China, por exemplo). Sabe o que não havia? O tamanho correspondente no país chamado Brasil.
O consumidor brasileiro continua a perder muito tempo na experimentação das roupas, sem falar nas peças que se compra sem o direito de troca, como peças íntimas, por exemplo.

Tamanho único é um mito


Por mais que as associações salientem que há necessidade de acatamento de uma norma padrão
para disciplinar o mercado nos mais diversos segmentos do vestuário, na prática isso inexiste. Talvez a criação de um selo de certificação ajude a atestar a qualidade e conformidade da norma. Fixado em cada produto, o selo distinguiria as empresas que já se adaptaram às normas perante o consumidor, mesmo em produtos importados, que devem, sim, se adequar à normatização de um país.
Por enquanto, como em muitos setores deste país, tudo o que podemos esperar é que alguém nos respeite e faça cumprir as leis que já existem. Mas talvez seja esperança vã! 10 anos depois do meu artigo e ainda não vejo, na prática, padrão nenhum.

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