terça-feira, 28 de novembro de 2017

Estresse profissional e doenças femininas

Veja como mulheres são mais afetadas pelo estresse


Em um recente estudo científico publicado pela revista canadense Occupational Medicine, especializado em fazer correlações entre doenças e o trabalho, mulheres expostas a estresse no trabalho e as que ocupam cargos de baixa hierarquia têm duas vezes mais chance de desenvolver diabetes no futuro.
De acordo com o estudo, realizado pelo Instituto de Pesquisas sobre Trabalho e Saúde (IWH) e o Instituto de Ciência Clínica Avaliativa (ICE), no Canadá, a relação entre o grau de autonomia no trabalho e a incidência de diabetes na população feminina é alta. Durante a pesquisa, foram acompanhadas mais de 8.000 pessoas. O resultado mostrou que a proporção de casos de diabetes entre as mulheres devido ao estresse profissional foi de 19%, parcela mais representativa que a correspondente ao tabagismo e ao consumo de bebidas alcoólicas.

Homens e mulheres têm reações diferentes ao estresse?

Segundo os responsáveis pela pesquisa, as mulheres reagem ao estresse de maneira diferente dos homens, comendo doces e alimentos gordurosos. Além disso, os cientistas afirmam que o diabetes é favorecido por perturbações geradas nos sistemas neuroendocrinológico e imunológico, responsáveis pela maior produção de hormônios como o cortisol e a adrenalina. No entanto, não foi constatada a mesma relação entre os homens. Os estudiosos creditam isso ao fato de eles reagirem de forma diferente ao estresse, tanto no plano hormonal quanto nos hábitos de consumo.

Os estresses são iguais?

O que o estudo não revela é o tipo de estresse que cada sexo enfrenta, porque, sim (!), mulheres têm situações de estresse que os homens nem sonhariam. Ainda ganhamos menos dinheiro para exercer as mesmas atividades; somos assediadas não apenas sexualmente, mas moralmente de diversas maneiras; e, mesmo quando somos vítimas, somos acusadas de favorecimento de alguma coisa.
Precisamos combater muitas coisas ainda, ou combater de novo. Se nos chamarem de feministas, precisamos responder: “sim! Com muito orgulho!”, porque não é vergonha lutarmos por direitos inalienáveis. E, por fim, não aceitem a velha desculpa masculina de que são nossos hormônios falando. Tenho acompanhado, na minha longa carreira, mais casos de homens histéricos do que de mulheres. E eles nem têm um Hister (útero para os íntimos).
Por outro lado, precisamos rever nossas respostas diante do estresse, porque ficar doente não pode ser uma delas. Vamos ao menos tentar nos manter saudáveis, escolhendo, por exemplo, fazer uma atividade física ao invés de mandar brasa na caixa de bombons!




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