sábado, 4 de novembro de 2017

Precisamos muito de silêncio



Excesso de ruído faz mal ao corpo e à alma


Após quase 48 horas sem internet, com interrupções no fornecimento de energia etc., aqui estou eu para postar uma coisa que se tornou um fator de doença para mim, que é o excesso de ruído. Veja bem, eu moro em uma avenida bastante movimentada, na qual passam ônibus e caminhões pesados e barulhentos, motos com escapamento aberto e, sim, carros com som muito, mas muito alto mesmo.
Não fosse isso o bastante, apesar de eu morar em uma cidade com leis severas contra o ruído, vejo que houve um relaxamento na fiscalização e punição desse problema. O que há seis anos acontecia raramente (carro passando com um volume tão alto que treme a parede), agora se tornou corriqueiro. E, o pior, os lugares onde antes se podia recorrer para fazer queixa, fazem de conta que não está acontecendo nada. Ou seja: mais uma coisa que é direito do cidadão e que é ignorada.

Os perigos da exposição prolongada a altos níveis de barulho vão além do estresse e afetam diretamente a sua saúde

Mas, falemos aqui um pouco sobre o que pode causar o excesso de barulho na sua saúde. Tudo em excesso faz mal e com relação à exposição ao barulho, isso não só se aplica como justifica os problemas de saúde decorrentes dessa sanha que alguns têm de incomodar os outros.
Todos os dias somos expostos a diversos tipos de ruídos como motores e buzinas de carros, construções, música alta e eletrodomésticos que acabam colocando a saúde em risco.
Além da intensidade máxima de som considerada segura para o ouvido (85 decibéis) que é facilmente alcançado em diferentes situações do nosso dia a dia, outro fator importante para o prejuízo que o barulho pode causar para a audição é o tempo de exposição. Sons de 85 a 90 decibéis, os quais são comuns, se tornam nocivos depois de oito horas de exposição.

Temos leis antirruído que também estão sendo ignoradas

O barulho do trânsito, por exemplo, é uma forma de poluição sonora considerável, mas, de uma forma geral, não causa tantas perdas auditivas, pois a exposição a esse tipo de barulho nem sempre é contínua e prolongada, a não ser para pessoas que têm uma realidade diferente como trabalhar na rua ou dirigindo veículos como ônibus, máquinas e caminhões, ou pessoas como eu, que moram e trabalham numa avenida movimentada.
Ficar exposto a barulhos externos ou internos frequentes pode ocorrer em qualquer lugar, e quem fica submetido a barulhos intensos por muito tempo não demora a apresentar sintomas que vão desde zumbidos e a sensação de estar com os ouvidos tapados até as lesões auditivas que ocorrem progressivamente e são muito difíceis de serem revertidas.

O silêncio é de ouro

Mas muito mais do que isso, o barulho excessivo pode causar males e doenças muito piores mesmo com pouco tempo de exposição. Pesquisas mostram que o ruído acima do limite, além de problemas de audição, pode causar ansiedade, nervosismo, insônia, hipertensão e até mesmo impotência sexual. Este último deveria servir de alerta para a minha vizinhança, que acha super bacana ficar com o som do carro “no talo”, achando que assim vai atrair a mulherada.  Ah, e tocando a mesma música chata com aquela batidinha nojenta, que só serve para torturar alguém.
E para quem acha que estou só sendo chata, deem uma olhada na tabela que vai acompanhar este artigo e pense nos outros da próxima vez que resolver colocar seu som nas alturas. Lembre-se: o seu direito de ouvir música termina onde começa o direito dos outros ao silêncio!

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