Reciclagem é negócio milionário
Como a reciclagem e a boa educação devem caminhar juntas
Pretendo usar esse blog muitas vezes para falar de um assunto do qual eu gosto muito e que quero discutir com as pessoas de todas as partes: reciclagem. Estamos em um tempo em que não é mais possível aceitar a passividade das pessoas diante da destinação dos resíduos, nem o descaso dessas mesmas pessoas com relação às ruas, praças, bueiros etc.
Mas vamos começar pelo princípio. Como sabem, faço caminhadas diárias, às vezes no meu bairro, outras atravessando a fronteira (que fica literalmente a 300 metros da minha casa). Nessas caminhadas sempre gosto de olhar o entorno, ver a situação da rua, das árvores, das flores e por aí vai.
Mas o que tenho visto em muitas partes é um cenário de tristeza, que não deveria existir mais neste século XXI, pois já deveríamos ter aprendido com nossos erros. Lixo de todo o tipo jogado de modo a enfear, sujar, entupir.
Hoje, durante o percurso, recolhi umas 20 sacolas de plástico (algumas em bom estado), que me deixaram com a pulga atrás da orelha. Porque diabos pegar uma sacola no mercado para depois jogá-la, sem reutilização, nas ruas? Porque então não levar uma sacola de casa? Será que a pessoa pensa que o braço vai cair se ela fizer isso?
Mas não é apenas o monte de sacolas, mas as garrafas, os copos de plástico, as famigeradas bitucas de cigarro e os restos orgânicos que nem quero falar porque serão assunto de outra postagem mais adiante. Nos nossos tempos, em que a informação sobre quase tudo (ou tudo) está na rede, não dá mais para falar em falta de informação para as pessoas continuarem jogando lixo nas ruas.
Reduza, reuse, recicle
Sob o lema acima, o mundo vem mudando sua forma de lidar com o consumo e muitas pessoas já abriram os olhos para a reciclagem, que hoje, no Brasil, é um negócio que gera R$ 22 bilhões. É quase o PIB de muitos pequenos países. Mas esse negócio poderia ser muito melhor com medidas mais severas de coleta de resíduos e multas mais altas para quem insiste em jogar qualquer coisa nas ruas, sem critérios ou remorsos. Apenas com a coleta normal de resíduos sólidos, calcula-se que o país perca R$ 8 bilhões nos aterros que poderiam (e deveriam) estar no ciclo.
Mas, voltando ao motivo que gerou este post, pergunto: porque alguém acredita que tem o direito de sujar tudo e desperdiçar tudo sem remorsos, achando que a cidade ou a natureza vai absorver aquilo?
Vamos usar o lema acima, reduzindo o consumo e desperdiçando menos; reusando tudo o que for possível; e mandando para a reciclagem o que sobrar de todo esse processo.
Caso sua cidade não tenha coleta seletiva, faça uma você mesmo, conversando com os catadores que são mais espertos que todos nós, pois eles, antes de muitos, enxergaram a reciclagem como negócio e fizeram disso o seu meio de vida.
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