Como vai a saúde da Saúde?
Precisamos ser mais que pacientes no sistema público de saúde
Aos que estão me lendo, desculpem pela falta de postagens de ontem. Por conta de consultas de rotina, perdi meu dia e minha paciência. Mas vamos aos fatos e algumas considerações.
Ontem, após quase 10 meses de espera, tinha consulta marcada com o cardiologista no Quarteirão da Saúde, um local na minha cidade que concentra os especialistas que atendem pelo SUS, e que já foi motivo de orgulho. Como todas as vezes, me armo de água, algo comestível, livro etc., porque o dito cardiologista nunca atende na hora que se marca, tendo uma noção bem dilatada do significado de "respeito com o paciente".
Explicando melhor, a coisa começa com o dito "doutor", saindo para almoçar na hora em que deveria estar atendendo pacientes. Vou usar o exemplo do dia de ontem (31/8), no qual eu tinha uma consulta agendada para 13h40 e só fui atendida após as 17 horas. Ou da minha consulta anterior, que estava marcada para as 15 horas e na qual fui atendida às 20h50. E para quem acha que isso não é nada, pense que é um sistema que atende pessoas pelo Sistema Único de Saúde, pago com o dinheiro dos impostos estratosféricos pagos pela população deste país, e que a maioria dos pacientes do dito cujo são pessoas que já passaram do chamado "prazo de validade"
Para quem ainda não entendeu, no dia em que fui atendida perto das 21 horas, tinha outros pacientes na espera do mesmo cidadão. Pessoas com mais de 60. Uma senhora que estava ao meu lado estava perto dos 90, e ainda ficou para depois de mim.
Aí podemos pensar... Talvez ele seja um médico do balacobaco... Ah não! Ontem, após mostrar exames que já estavam vencidos há muito, todos dizendo que eu estou com uma saúde perfeita apesar da minha hipertensão, fui embora do consultório do tal cardiologista sem que este sequer medisse minha pressão arterial, me dando apenas uma certeza: ele faz de conta que atende aos pacientes e nós fazemos de conta que estamos indo ao médico. Não há tratamento, não há busca por melhora, não há cura!
O pior de tudo é que, também não há respeito.
Saí dali com a cabeça girando, pensando no sistema perverso, que ao invés de humanizar, joga todos no liquidificador e trata como se as pessoas que estão ali para curar seus males estivessem só para encher a paciência. Bem, não estamos. Somos pacientes que, acima de tudo, perderam a paciência com um sistema de Saúde que também precisa ser curado e que precisa que seus profissionais tenham, acima de tudo, um pouco só de empatia.
Relembro Hipócrates: Seja o alimento o seu remédio e seja você o seu médico, agora lembrando os Hipócritas: Estado de merda esse que finge que presta serviço, profissionais de merda que fazem exatamente isso: Merda e povo de merda que somos nós que aceitamos essa privada.
ResponderExcluirconcordo em gênero, número e grau
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