terça-feira, 23 de janeiro de 2018

As redes sociais e a depressão alheia

Muito faz quem não atrapalha


Vou partilhar neste artigo de algumas coisas experimentadas na vida e que tenho visto e analisado nas redes sociais em geral, partindo de um artigo que escrevi domingo, sobre uma situação que tenho vivido e que vejo montes de pessoas vivendo todos os dias, porque, sim (!), eu olho em volta e vejo como as coisas estão.

Primeiro esta situação que partilhei e recebi alguns apoios de quem só consegue me dar apoio. Ajuda de gente que tenta me ajudar sempre que pode. Indiferença e também comentários nada motivadores.
Em alguns grupos de redes sociais dos quais faço parte, a maioria de orações e apoio ao próximo, tenho visto coisas semelhantes acontecendo. Gente que procura ajuda nesses grupos, e recebe o que pode de algumas pessoas, mas também recebe muito rancor, julgamento sem conhecimento de fatos e muita negatividade.

Dia desses uma moça, grávida, pedia ajuda por ter perdido tudo e estar sem ter como se sustentar ou ao filho que chega. Nem vou entrar no mérito se a história é verdadeira ou não, porque não tenho como comprovar, nem ajudar. Mas li os comentários, a maioria de apoio e pedidos de informações sobre como poderia ajudar, mas muitos, muitos mesmo (!), condenando a moça por ela estar grávida. Coisas do tipo: “vai ao baile funk e depois pede ajuda”.

Independente do que eu penso sobre o gênero musical, me pergunto em que o tal comentário ajuda. Nada! Não ajuda nada! Não educa. Não dá apoio. Não resolve o problema (que não nasceu com o baile funk) que é muito mais profundo. A mídia social espalhou pelo mundo a notícia, mas não espalhou inteligência, porque o ódio exalado desses comentários não é sinal de inteligência.

Mais uma vez vou dizer que não são as mídias sociais que têm ódio. São as pessoas. As mídias são o
revólver dado a elas para espalharem suas vidas e seus pensamentos pequenos e mesquinhos. Vejo as mesmas pessoas que compartilham seus “vídeos fofinhos” e suas “mensagens de amor e fé”, mostrando que, se quisessem, seriam psicopatas. Na verdade o são. Mesmo que usando apenas palavras.


Vou terminar fazendo um apelo que pode, ou não, entrar nas mentes que me leem: se você não pode ou não quer ajudar, siga em frente. Não comente. Você não é obrigado a fazer nada. A única coisa que você tem o dever de fazer é de se colocar no lugar da pessoa e pensar se você gostaria de ser tratado (a) daquela maneira. Não precisa espalhar um monte de amor, mesmo que isso seja muito bom (!), mas precisa espalhar respeito. Aproveite e repense todas as suas atitudes. Respeito é bom e todo mundo gosta!

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