Desde sexta-feira, quando comecei a escrever este texto na
sala de espera da agência bancária, estou me perguntando se vale a pena
publicar ou não. E acredite, não foi uma pergunta fácil de responder, porque
vai expor uma situação que estou vivendo, e que é igual à de muitos
brasileiros.
Estava na agência tentando renovar um empréstimo que pode,
ou não, me tirar do sufoco por algum tempo, já que estou vivendo a mesma situação
de milhões de pessoas, aos quais são negados os direitos mais básicos, entre
eles, o direito de ganhar seu sustento com trabalho.
Não bastasse esse, e outros direitos negados, ainda carrego
o cansaço de aturar nas ruas e nas mídias sociais as palavras de preconceito
eterno da mesquinhez brasileira, como: ‘é vagabundo’; ‘tem emprego de monte’; ‘não
trabalha porque não quer’ e por aí vai.
Muito bem! Eu sei que não sou vagabunda e quero trabalhar.
Quero tanto que comecei este blog, que não me trouxe um tostão furado de
retorno, só para poder exercer aquilo que sei fazer que é escrever.
Vou fazer uma pausa aqui e dizer que o amigo que me falou
sobre escrever um blog não tinha as mesmas ideias que eu a respeito disso, e
ele devem estar muito, mas muito arrependido mesmo de me colocar nesse caminho.
Mesmo que eu tenha seguido algumas das dicas dele para “bombar” o blog, eu
acabo escrevendo apenas as coisas que sei e nas quais acredito.
Portanto, se alguém aí está buscando a cura do câncer, vá ao médico. Não leia este blog porque eu não sei qual é a cura!
Mil vezes mais honesto é passar uma receita que eu fiz e deu
certo, ou pesquisar sobre coisas úteis junto a pessoas e centros de pesquisa
que não se baseiam em mentiras. Já existem mentiras demais neste mundo, e estas
mentiras estão sendo bombardeadas via redes sociais por pessoas tão raivosas
que beiram a histeria.
Uma amiga esta semana me disse que meu blog não emplaca
porque eu não falo bobagem. Espero sinceramente que ela esteja errada. Não
sobre eu falar ou não bobagens. Talvez esse artigo, superpessoal seja uma
bobagem. Mas espero que ela esteja errada sobre eu emplacar, porque tenho
esperança que ainda haja espaço para pessoas que querem ganhar a vida
honestamente.
De qualquer modo, hoje é domingo, eu já saí do banco há dois
dias; não resolvi meu problema; ainda estou no sufoco e não sei para onde
correr.
Mandei uns 10 currículos hoje, e ainda tenho que mandar um
portfólio para uma central de textos que pode ou não me aceitar. Preciso de ajuda
e nem sei mais como pedir. Mas vou continuar, porque desistir nunca foi uma
opção.
Vamos lá!
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