Do armazém ao supermercado, e vice-versa
Desde que o mundo é mundo, os seres humanos aprenderam a trocar uma coisa por outra, ou a trocar dinheiro por algo que se precisa. É essa a base do comércio, que existe desde a antiguidade. Evoluímos e inventamos modos de facilitar essa troca, criando moedas, cartões de débito e crédito, ou criando centros de compras e feiras, aonde os clientes vão atrás de suas necessidades.
Os supermercados chegaram ao Brasil em 1953
Nos anos 1930, um empresário americano comprou um galpão industrial e adaptou o lugar para vender comida deixando as pessoas se servirem. Nascia o primeiro supermercado, baseado no conceito de que esse ‘autosserviço’ diminuiria os preços das mercadorias em relação aos antigos armazéns, onde os funcionários entregavam os produtos nas mãos dos clientes. Entretanto, os tais preços baixos que antes comandavam as vendas não são mais os pontos atrativos dos mercados. Muitas vezes vemos mercados menores e, até mesmo, lojas pequenas praticando preços bem mais atrativos.
Hoje temos supermercados varejistas e atacadistas, sem falar nos “atacarejos”, que misturam os dois
Nesse terceiro milênio há de tudo, desde os mega complexos que parecem brotar do chão e chegam a comercializar 80 mil itens, supermercados comuns e os atacadistas que começaram a investir em certo “varejo”, de modo a atrair mais clientes.
Mas há outra vertente aparecendo, que é um caminho de volta para o comércio mais tradicional. E, apesar da pressão exercida pelas grandes redes, as vendinhas, quitandas, açougues e mercadinhos apostam nos diferenciais para manter clientes fiéis e ganhar novos adeptos, e tem se mostrado um nicho de mercado bastante atraente para quem quer apostar em um novo negócio. E não se engane em acreditar que esse fenômeno é apenas de pequenas cidades e locais onde as grandes redes resolveram não investir.
Queremos de volta o atendimento personalizado dos tempos da mercearia
Na Grande São Paulo, onde proliferam as megalojas, as tais “vendinhas de bairro” ainda têm a preferência de muitos clientes, seja pela proximidade de localização ou por representarem um ótimo recurso para compras menores e de última hora. Além disso, esses pequenos comércios são mais “próximos” dos clientes, criando uma familiaridade impossível de acontecer nas grandes redes.
Outra prova de que esse comércio “mais próximo” é uma saída, basta ver que grandes redes mercadistas têm investido em pequenas lojas do tipo Express para atender alguns locais de grande movimentação, mas sem lugares grandes para instalar uma loja tradicional.
Voltar às origens pode ser menos estressante para as nossas vidas
O que vemos é um caminho de volta às origens, com as pessoas cada vez mais desejando atendimento personalizado que existia nos tempos dos armazéns. Senão vejamos, nos antigos armazéns nós éramos atendidos por funcionários que pegavam o que desejávamos, colocavam nossas compras nas sacolas e, muitas vezes até nos levavam as mercadorias até em casa. Nos supermercados nós pegamos os produtos, colocamos nos carrinhos, tiramos para passar no caixa, embalamos de novo, e levamos para casa, tudo em nome de um preço mais baixo que, na maior parte das vezes, não existe.
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